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A bruxa me ajudou na caçada

Frequentemente quando digo à patroa que vou sair para me alimentar é algo chato e trabalhoso. Alguns de vocês irão concordar comigo que mulheres sempre são excessivamente preocupadas. A Beth, por exemplo, é daquelas a moda antiga que sempre querem ir a eventos sociais acompanhando seu homem e faz de tudo para isso. Teve até uma história engraçada de uma vez que ela se escondeu no porta-malas do carro e só fui descobrir quando abri para colocar um defunto dentro e dei de cara com ela e com seu sorrisinho sínico… De qualquer forma eu sempre fico receoso em leva-la junto.

Coloquem-se na minha posição, eu sempre saiu para caçar meliantes, obviamente sempre dá merda pois cutuco onças com vara curta e ter alguém junto comigo é algo delicado. Talvez esse seja um dos motivos para os vampiros caçarem solitários? Não sei, mas dessa última vez não resisti aos encantos da bruxinha e a levei comigo. Depois dizem que os vampiros são irresistíveis… É por que você não viu uma mulher de minissaia, deixando um pedaço da cinta-liga a mostra, sentando no teu colo e sussurrando em teu ouvido…

Pois bem, relutei de início, mas fui convencido a leva-la, inclusive a deixei escolher aonde iríamos. Como tinha de ser um local diferente aos que sempre frequentamos, ela deixou seus pudores de lado e fomos a uma casa noturna diferente apelidada de inferno por seu frequentadores. No lugar nada de muito diferente se não fosse pelo fato do local ser um ex-açougue, inclusive algumas das paredes brancas machadas e alguns ganchos haviam sido mantidos em suas posições originais.

Para estacionar já foi aquele drama, detesto ir de carro, mas por sorte achamos uma vaga próxima ao bar. Ao entrar a influência sempre ajuda e como eu conhecia um dos seguranças ele nos conseguiu uma boa mesa próximo ao palco. Papo vai e papo vem surge obviamente por parte da Beth a conversa: “E ai, já sabe quem vai ser o lache?” Quando ela falou dessa forma fria eu me senti um pouco constrangido. É uma sensação parecida com aquela em que o cara é pego em flagra com outra ou quando uma criança é pega roubando doces… Comecei Então a ensaiar uma respiração, para parecer mais humano e lhe respondi: “Então amor, nem percebi ninguém ainda, alguma sugestão?”. Ela olhou em volta e apontou um cara no balcão que já estava meio alto. Obviamente ela não iria escolher nenhuma das “gatinhas” que lá estavam…

De início fiquei meio assim, mas aquele cara realmente era uma boa presa: sozinho, alcoolizado. Bom, deixa ele lá, se não achar mais ninguém de interessante durante a noite lhe convenço a vir conosco na hora de ir embora e faço um lanche no banco de trás enquanto a Beth nos leva para casa.

A banda começou a tocar, abriram um espaço entre as cadeiras e local foi tomado por adolescentes viçosos, com energia acumulada e que precisava ser liberada. Depois de alguns drinks a patroa disse que ia ao banheiro. Ela se se levantou, e ia em direção ao reservado quando foi parada por um cara cheio de dedos. Cara como detesto esse tipo de cara que já chega pegando… Ela com toda sua classe, deu um chega pra lá no cara, abriu sua pequena bolsa e pegou o que parecia ser de longe um pó ou base, não sei o nome. Quando o cara tentou se aproximar de novo ela assoprou um pouco do que tinha dentro na cara dele. Fiquei surpreso ao ver a reação dele ao ficar imóvel, dar meia volta, pegar uma cadeira e ficar sentado olhando para o nada. Nesse momento, percebi um uso público e sutil de magia bruxólica. É aquela situação em que você fica de queixo caído diante do poder que elas têm. Quando ela voltou para a mesa lhe perguntei o que era, ela disse: “Ah nada demais só uma coisinha que aprendi na Escandinávia, no último semestre”…

Enquanto o tempo passava e nos divertíamos como se fossemos um casal normal meu relógio disparou e vibrou no meu pulso informando que faltavam apenas duas horas para o amanhecer. Merda, pensei comigo. Olhei para o balcão e não ví mais o bêbado, eu precisava agir rápido, tinha de me alimentar e ainda precisava de pelo menos uma hora para chegar em casa tranquilo.

Fui ao banheiro, mas ele era muito pequeno e individual, então tentei usar a audição aguçada para perceber algum temperamento mais exaltado, mas a música atrapalhou. Então, chamei a Beth e saímos em busca de alguém pelas ruas.

Sair pelas ruas nesse horário é ruim, pois elas estão muito vazias, foi então que a Beth sugeriu que eu a usasse como isca. Meio cabreiro com a ideia relutei de inicio, mas tendo em vista as circunstancias acabei deixando-a ajudar.

Paramos o carro em uma rua um pouco maior. eu fiquei dentro e ela do lado de fora esperando. Não demorou muito para que alguém parasse, era um cara de caminhonete um pobre coitado indo para o trabalho. Ele perguntou o que ela precisava e ela disse que o carro tinha parado do nada. Ele então desceu e ela mais que rapidamente assoprou o “pozinho” nele que ficou estático olhando para o nada também.

Ela o levou até o carro e me alimentei ali mesmo, pois a fome já era grande. Passado o tempo limite para mantê-lo vivo, parei lambi a ferida e lhe levamos até o caminhão onde o deixe encostado no banco do carona.

Ainda estava com fome e íamos com o carro para casa quando vejo sentado em um ponto de ônibus o bêbado do bar. Até pensei em consumi-lo, mas hoje era o dia de sorte dele.
Moral da história: Poções mágicas de bruxas podem ajudar muito, mas ainda prefiro caçar bandidos sozinho, à pessoas corretas acompanhado de minha bruxinha…

30 comentários

  1. O pó de Pirlipimpim ou popularmente chamado pelas bruxas modernas da escandinávia de “Schweigen schnell” ou ainda traduzindo toscamente para português como silêncio rápido. É produzido a partir da pequena flor de dormideira negra, de madrugada e armazenada com água de orvalho durante as últimas semanas da primavera. Acrescentam-se mais alguns ingredientes e por fim deixa-se secar por 3 luas ou até que o próximo Sabah ocorra… Resposta da Beth ˆˆ

    • pergunta pra Beth se existe uma porção do amor q eu possa fazer… seria bem util para um certo menino q eu estou de olho a mais de 1 ano hauehuahueahaeuhauehauaehuaeh

      • Poções do amor são um problema, muitas vezes a pessoa se torna tão melosa, tão fixada na gente que temos que fazer outra para anular a primeira, e o feitiço do amor não é como o amor verdadeiro, ele com o tempo se acaba como uma paixão. O amor verdadeiro sim não se acaba, ele apenas muda, junta-se a ele outras coisas boas, como o sentimento de companheirismo, cumplicidade, carinho, etc…. é este que recomendo a todos. Mas se as pessoas mesmo assim querem tentar então o jeito é torcer para que com ao longo do tempo elas aprendam a conviver com as frustrações de se iludir com algo que não é verdadeiro.
        Ja fiz uma poção fraquinha quando era adolescente para ver se funcionava, e funcionou muito bem, alias bem de mais, logo percebi meu erro, e por sorte acabou o efeito, a pessoa não era o que eu imaginava que fosse, possessivo de mais piorou com a poção, ah sim os ciumentos ficam mais ciumentos quando atingidos por essas poções do amor.

    • Mais facil falar Pó-de-Pirlipimpim e não é tão tosco quanto ‘silência rápido’ =X
      o.o Acho q não sirvo para ser bruxa….

    • éeh conserteza pó-de-piripimpim.. será mais beem arpovado por akee… rsrs’
      e Beth com toda serteza deveria siim fazer um blog para ela..
      haa galego vse’ nn acha que ela deve se divertir tambem??
      boom pelo menos pelo que viih nessa história ela já sabe mtu beem se virar e vi tbm que foi ela que sauvou sua madrugada com um pequen ótimo lanchinhoo de ultima hora alem de vse’ ter se divertido com ela neh…
      boom ela tbm teem o seu poder e o seu valor não acha?

  2. Ótima história !!!!
    O pó de Pirlipimpim me faz lembrar a Emília do sitio do pica pau amarelo hahaahhahaahah !!!
    É as bruxas são poderosas ! Tá na hora de eu aprender a ser também !!! Estudar já !#FATO

    • Eu vivo aliás morro, dizendo isso pra ela… Nos últimos tempos ela tem gostado mais desse mundo, quem sabe não tenhamos novidades para breve ^^

  3. Galego, sou novato aqui mas você está de parabéns! Seu blogue é fantástico, e o mesmo digo para suas histórias!

    • Fala Ricardo, bem-vindo! Logo de cara me deparei com isso no site: “First let me make this absolutely clear, I am NOT a Vampire.” Acho que isso já lhe responde rss

      • Mas depois tem: “What I am is a privileged researcher into the very private world of the Vampire.”

        Er, bem… eu acho que ele não perguntou se o cara era um vampiro, e sim se o que ele dizia era verdade. Mas não especificou nada, então deixa pra lá.

        E se tudo o que estiver lá for mentira, então uma parte do que você escreve aqui é também. Porque, pelo menos na parte de “Truth & Lies” (dos 80% que eu entendi, pq meu inglês não é fluente ainda) algumas coisas condizem com as que estão aqui.

        =/

        • Sim sim algumas partes coincidem e se não me engano são as que já são consenso geral, não?

          • Ma bene, ao meu ver o único concenso geral é o de que os vampiros chupam sangue, não suportam a luz do sol, longevidade e forca física superior. O resto todo mundo contesta de algum jeito ou aumenta um ponto, e isso pra mim não pode ser consenso. Algumas partes que coincidem fazem parte desse “resto”.

            Mas já que pra você é assim, então ok, sem pontos perdidos. :]

  4. bom o galego qeria bebeado mais se bem q o cara do caminhao serviu bem em galego? esse po funciona mesmo hein ? passa um pouco pra mim da uma liçao nuns caras ai … kkkkkkkk 😉

  5. first time sou nova mais vc ja me conhece d o twitter e d o seu s ite vc ate me deu uma dica de como entrar aqui para cmentar valeu ae :)…

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