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Chuva, frio e a minha sede

Hoje é mais uma daquelas noites em que vou a caça, eu já disse que evito isso ao máximo e consumo as bolsas do hemocentro sempre que as consigo, mas existem vezes que a besta me toma. Existem vezes que o sangue falta até mesmo aos que mais precisam.

Nesses dias a sede vem como uma fera em minha mente, os instintos afloram, o cheiro das coisas aumenta e não é mais possível controlar o que nos controla. Os dedos tremem enquanto o lábio inferior tem espasmos e ressecam a espera do néctar da vida alheia.

Acabei de ler o jornal, mais um estupro… O que esses caras têm na cabeça? Ou melhor, o que eles não têm?
Mais um no sul da ilha, bêbado maldito, pegou a própria filha… Eu não queria por a moto na rua com essa chuva, mas minha besta quer dar uma voltinha.