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Demônios e um sequestro – 2 de 3

Liguei para Julie e a bela Wampir de lábios carnudos, me atendeu prontamente. “Quanto tempo Fê, achei que tu nunca mais me ligaria, saudades das minhas mordidinhas, seu safadinho?” Digamos que Julie sempre foi um tanto quanto direta e nunca se esqueceu dos vários momentos que já tivemos mundo a fora. Porém, naquele momento não cabiam brincadeiras e fui direto ao assunto. “Ju, deixe nossas traquinagens para outro momento, estais por perto? Preciso de tuas habilidades demoníacas, Eleonor e sua cria foram sequestradas…”

Independente de ela ter percebido minha aflição, ou pelo simples fato de apenas querer estar próxima a mim, ela não relutou e disse que me encontraria em breve. Então na noite seguinte, perto das 23 horas estávamos Franz, H2 e eu discutindo alguns planos. Quando o interior do lugar começou a ficar escuro, as lâmpadas do ambiente não conseguiam mais iluminar e no momento em que a mais completa escuridão tomou conta de tudo, um silêncio apavorante complementou a situação.

Todos nós já havíamos enfrentado tal ritual em momentos passados, porém desta vez o fator surpresa não estava a nosso favor. No máximo 30 segundos haviam se passado desde o início de tudo e quando eu estava prestes a tentar fazer o contra ritual. A escuridão se dissipou, surgindo imediatamente a minha frente à linda e formosa Julie. Naquele momento ainda estávamos sob o efeito do ritual, ou seja, com a visão turva e tudo que consegui fazer foi aguardar. Na sequência a Wampir me abraçar e sussurrou em meu ouvido: “Boa noite meu vampirinho gostosinho, finalmente estais solteiro e só para mim?”.

Seus sussurros e sacanagens contadas próximas de meus ouvidos, sempre me seduziram facilmente, mas naquele instante, me controlei e a afastei carinhosamente de perto de mim, ao passo que também fui lhe dizendo “Ju minha querida, por favor acalma-te a situação é complicada, vamos resolver o sequestro de Eleonor, depois comemoraremos, quem sabe…”

Franz e H2 foram mais diretos que eu e depois das formalidades, repassamos tudo o que havíamos previamente planejado. A primeira necessidade que tínhamos era obviamente saber do paradeiro de Eleonor e Stephanie, no entanto, Julie sabia exatamente quem nos diria isso…

Para abrir espaço ela afastou alguns móveis da sala, depois pegou um carvão em sua mochila e rabiscou alguns dizeres pelo chão. Na sequencia, espalhou por todo o ambiente um pouco de enxofre, que estava misturado a vários outros componentes, enquanto também pronunciava algumas palavras em latim. Depois deu a cada um de nós um selo desenhado num simples pedaço de folha de caderno e nos disse para mantê-lo junto ao corpo. Só para constar Franz colocou dentro de sua cueca…

Iniciava-se naquele instante um ritual de conjuração ou como alguns preferem chamar, demonização. Lembram-se de quando eu falo do meu demônio, que as vezes age por mim em algumas situações? Julie e alguns outros, conseguem controlar ou pelo menos se comunicar com seus “companheiros demoníacos” e era isso que ela pretendia fazer naquele momento.

Certamente eu se eu soubesse do que iria acontecer eu teria escolhido um lugar menos visado, que um hotel para aquela reunião, mas isso são detalhes… Ficamos os quatro um de frente para o outo na intensão de fazer um pequeno círculo. Julie cortou um de seus pulsos com um punhal ritualístico e novamente pronunciou mais algumas palavras em latim. Naquele instante as luzes começaram a piscar e o ambiente começou a esquentar.

Depois de alguns segundos algumas lâmpadas queimaram, e tudo o que era mais sensível, incluindo nossos pertences e alguns objetos mais delicados da sala ficaram com a aparência de derretido ou chamuscado. Era nítido o calor vinha do corpo da vampira, e quando ela atingiu o ápice de seu transe, ela simplesmente desmaio. Naquele instante me aproximei de Julie, seu corpo estava mais quente que o de um humano normal e só me restou colocá-la no sofá para descansar.

Cerca de uns 5 minutos haviam se passado, o calor já havia se dissipado e estávamos na sala aguardando Julie acordar, quando alguém bateu a porta do flat. Fui atender e era uma das camareiras. Mal a ví, tentei lhe dispensar, porém ela me surpreendeu com um olhar fixo, as pupilas de seus olhos estavam muito dilatadas e ela me disse: “Não vai me convidar para entrar senhor Wampir?”

Nesse momento eu dei uma olhada, tentei dar aquela mexida na porta, mas o pé da fulana estava segurando. Com isso e num ato impensado me senti coibido a deixar que ela entrasse. Ela caminhou lentamente entre nós, quase como se estive dentro d’água, foi até Julie, acariciou sua face, sentou-se no sofá e colocou a cabeça da Wampir sobre seu colo. Então entre mais alguns cafunés , ela iniciou uma breve conversa conosco, sempre com uma voz suave e muito encantadora.

“Tadinha, sempre que me procura ela fica assim, tontinha, fraquinha… Vocês querem saber do paradeiro das outras não é mesmo? Pois bem eu proponho uma troca, mas adianto que minha doce Julie não poderá saber disso. Caso contrário tenho uma legião de fãs, que virá lhes puxar os pés enquanto dormem. Prestem atenção… ”

Pacto feito e na noite seguinte partimos para uma fazenda, afim de por um ponto final nesta situação ridícula, que ocorrera com minhas queridas Eleonor e Stephanie.

25 comentários

  1. Mais uma historia perfeita,não espero para ver todo o desfecho.

  2. que historia fantastica espero que o final seja maravilhoso

  3. Ferdinand, como me torno uma “Wampir”(se e q me permite falar assim)???

    Estou anciosa pela sua resposta!

  4. que aventura, ein?
    ainda mais uma parte para dar o desfecho!! rs estou curiosa!
    enviei-te dois emails, aguardo sua resposta rs
    xoxo

  5. Cada vez com mais e mais surpresas, Ferdinand ! Esperamos que o final seja incrível. Beijos !

  6. Ferdinand, Ferdinand!

    “O Wampir que aterroriza a noite dos Meros Mortais”!!!!

    Espero um dia lhe conhecer!

  7. Boa Noite .
    A Quanto tempo, não !
    És de fato uma história interessante.

  8. Quantas mudanças ocorreram aqui no blog. Ficou ótimo !

  9. Genteeeeeeeeeeeee
    Isso ta cada vez melhor, olha Ferdinand, se tu não fosse um Wampir e eu te conhecesse te dava um beijinho na testa, faz tudo por essas duas não? huuuuuuuum
    Adorei meu querido 🙂

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