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A Vingança de Rebecca – Parte V

Voltei para meu corpo. E então, senti todas as dores de uma vez só. Parecia que eu iria “morrer”, era como um efeito colateral. Enquanto estava fora de meu corpo parte de mim estava imune, mas quando voltava, sentia tudo em dobro. Quando descobri meu primeiro dom, perguntava-me se teria só este ou se logo descobriria outros. Mas, já me sentia com uma grande vantagem, pois, além disso, havia descobrido que Erner já não lia mais minha mente por eu ter aprendido a controlar os meus medos. Para que entendam melhor, os manipuladores agem e conseguem o que desejam ao despertar o medo em suas vitimas, algo que eu descobri naquela ocasião…

A porta foi aberta novamente. Erner veio em minha direção e surpreendentemente desamarrou-me e levou-me para cima.

– Tome um banho e vista a roupa que está ali na cama, Rebecca – falou rispidamente.

Eu sabia que ele planejava algo para aquela noite, talvez estivesse se preparando para “livrar-se de mim”, conforme suas anotações. Com isso, eu precisava pensar rápido. Quando ouvi que Erner retornava e subia as escadas, deixei a porta do banheiro entreaberta de modo a deixá-lo me observar enquanto secava-me do banho. Um truque típico, mas, eu sabia que ele faria isso e também sabia que em sua mente surgiriam desejos e ideias insanas a meu respeito. “Uma última vez, talvez, por que não?”. E sim, apesar de nunca ter me comportado de maneira, digamos, provocante, eu sabia que era capaz de despertar interesses em um homem.

Enrolei-me na toalha. Caminhei até a cama sem olhar para Erner que naquele momento encontrava-se de costas para mim olhando para lua, pela janela. Vesti apenas a “roupa de baixo” que estava junto com um vestido e caminhando pelo quarto fui em direção ao espelho e comecei a observar-me. Erner virou-se para trás e perguntou:

– O que está fazendo? Eu mandei você se vestir, faça logo o que mando.

– O que foi? Não quer olhar para mim? – Falei sem deixar o espelho- Sabe, meu cabelo já cresceu novamente, passei anos sem olhar para mim e me sentir uma mulher bonita. Mas, lhe agradeço por tudo isso. Sou realmente grata. Tornei-me forte e confiante, pois mesmo sem ter escolhido isso para mim, hoje sinto que ganhei um presente… Pois serei jovem para sempre!

-Vejo que você nunca deixará é de ser atrevida, e nunca deixará de provocar-me.

Virando em sua direção, caminhei lentamente encarando-o, joguei-o na cama e disse:

– E você não gosta que eu o provoque?

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