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Cheiro de peludo e minha besta…

20:33 – O sol estava se pondo no horizonte, eu ainda podia sentir seu calor sobrenatural  incomodando o meu descanso. A droga do cheiro tinha surgido no ar. Fazia algum tempo que eu não sentia esse fedor de cachorro suado. No entanto o silêncio em volta da minha casa era constrangedor e eu sabia que alguma coisa estava acontecendo.

Minha besta nunca me engana na verdade ela se excita com a aproximação de algo sobrenatural, perigo ou necessidade de sangue. É a velha história da emoção do predador diante algum acontecimento, que movimente a sua inércia.

Eu já estava com as presas à mostra, meu rosto começara a rosar, pois o sangue dentro de mim estava agitado. Senti o gosto de sangue por causa das minhas presas que aumentaram a ponto de cortar o lábio inferior… Levantei sem fazer qualquer movimento brusco… Eu estava em desvantagem, estava sendo o alvo da caça, mas estava no meu domínio, esse era meu lugar e eu sabia de tudo ou de todos que passavam pela região.

20:40  – O cheiro era diferente, eu nunca tinha sentido nessa região. Uma peluda? Coisa difícil de ver e ainda mais sozinha. Minha besta estava extasiada, quase em frenesi pela oportunidade de se libertar, mas ela não iria se libertar por qualquer coisa. Eu sempre a controlei e até o momento ela não tinha assumido o controle sobre nós.

Fui até a porta da frente, minha besta dizia que ela estava do outro lado da casa, abri e realmente não tinha nada na frente. O cheiro, aquele cheiro forte, estava ali. Comecei a rodar a casa. Consegui andar em silêncio até sem querer pisar num maldito galho seco…

20:50 – O cheiro aumentou de tal forma que estava insuportável, eu já não podia mais voltar para dentro. A sensação de ser caçado não é boa, mas minha besta adora, os lhos se enchem de sangue, meus dentes cortam um pouco mais os lábios e o gosto de sangue inflama minha língua de desejo. —Auuuuuuuuuuuuu— Merda! Tem mais de um…

Barulho de pegadas… Meu telhado, porra, tem um no meu telhado. Subo no telhado com dois saltos e vejo de costas  a peluda… Cravo meus dentes no pescoço dela e levo uma patada que me joga contra algumas telhas. Caio, levanto e pulo em cima de novo, mas desta vez com as garras na barriga. Sinto a maldita gemer de dor… Ela me morde no ombro… FDP como dói, queima quase como luz do sol. Levei um chute e voei telhado a baixo. Caio em cima de algumas folhas e desloco meu ombro. Bosta…

20:55 – Coloco meu ombro no lugar batendo contra a parede da casa. Eu sentia que já estava bem machucado, mesmo regenerando… —Vai lá volta pro teclado e mata aquela vagabunda, dizia minha besta. Eu não podia fazer isso, ia ser morto facilmente caso aparecesse mais um deles.

Corro para casa atrás de uma pistola escondida com balas de prata…

21:00 – Sinto o cheiro dentro de casa, o fedor de cachorro sujo era horrível… Escondo-me atrás de uma parede… Atiro duas vezes… Por sorte acertei… Ela caiu e quebrou minha mesinha de centro da sala. Respiração ofegante, gemidos e pequenos uivos… Ela começa a parecer humana.

Fleeeee…. Uma flecha acerta meu braço que estava se regenerando… Deixo a arma cair e na seqüência outra flecha acerta minha coxa esquerda e isso me faz ficar de joelhos……….. Tudo bem agora não era mais eu que controlava nos dois!

22:12 (noite seguinte) – Algumas seqüencias de flashes vêm a minha mente como: Beber sangue da peluda caída  me sentir mais forte e correr para fora de casa… Bebo sangue de outro peludo e acordo na casa do meu senhor na noite seguinte.

Um comentário

  1. Revendo as “historinhas” de galego…!

    Sentia falta delas
    ‘-‘

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