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Na tribo do meu irmão

A vida da floresta em meio a uma tribo de humanos + licantropos têm se mostrado uma experiência muito significativa em diversos aspectos. Mesmo sendo irmão de sangue do Alpha, alguns ainda me veem com olhos punitivos. Do tipo: “O que esse playboy tá fazendo aqui” ou ainda “Cai fora haule!”… Porém, com alguns deles tal qual a Sophie, uma lycan que pode se metamorfosear em pantera, as coisas são um pouco diferentes.

Como vocês sabem eu tenho essa aura que atrai mulheres empoderadas e te falar que curto andar com elas. Não que o empoderamento seja um diferencial, a verdade é que pessoas intelectualizadas, que exploram ou que vão além da média curricular tem pensamentos diferenciados.

Sophie se deitou na rede ao lado da minha num dia desses no qual eu estava com insônia e trocamos uma ideia legal sobre como nossos caminhos se cruzaram…

– Então você é mesmo irmão de sangue do Carlos?

– Sim desde a época no qual ainda se chamava Adolf, tal qual nossa mãe havia lhe dado.

– Ele sempre foi visionário assim?

– Para ser honesto ele era bem estabanado e enrolado antigamente. Depois que a licantropia se manifestou nele e ele passou por tudo o que ele já deve ter contado para vocês nesses últimos 100 anos. Ele se tornou outro cara. Um cara bem diferente de quando era apenas meu caçula.

– Engraçado, eu só tenho 30 anos, inclusive as vezes falam que minha aparência é de algo próximo dos adolescentes humanos e mesmo assim não consigo visualizar essa experiência centenária de vocês… Eu sei que é minha realidade, mas parece algo muito distante.

– Relaxa, sei bem como é… Acho que eu já te disse que fui transformado aos 25 e ao contrário de vocês que envelhecem, dizem que eu vou ficar assim para sempre. É um saco, na real, e as vezes parece que o tempo literalmente não passa. Eu só me dou conta da passagem dos anos, em situações em que retorno há algum lugar que não vou com frequência. Semanas atrás eu lembrei de algumas pessoas de um centro espírita. Resolvi ir até ele e fui surpreendido por um terreno baldio. Perguntei pelos arredores e fazia mais de 15 anos que o prédio havia sido demolido. (risos)

– Pelo visto estou melhor que você então? Hahahah

E esse papo rendeu mais algumas filosofias e risadas até que ela foi almoçar e meu sono de beleza resolveu aparecer. Nessa época eu já estava para ir embora da tribo, meus rolês de apoio ao Carlos foram muito proveitosos e poder estar perto dele. Do último membro vivo da minha família humana, trouxe um certo ânimo e novos objetivos para os meus caminhos.

4 comentários

  1. Fiquei confuso… Essa experiência é sua Ferdinand? Ou é daquele seu irmão que aparece no início do seu livro? Se não me engano ele se chamava Adolf também… Se é sua, o Carlos é seu irmão de sangue mesmo? Que eu lembro você só tinha um… Fiquei mais perdido que cego no tiroteio

  2. Faz muito tempo que não apareço por aqui, não sabia que Adolf é um licantropo. Como se deu essa transformação?

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