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The Reaper – Entre um Marlboro e outro

– O xerife estava lá naquele dia, sim. Ele ia sair para caçar inocentes animais, mas mudou de ideia bem rápido, quando Susane lhe disse que estava esperando Al Colt naquela mesma tarde.

– Como Susane sabia disso? – Ferdinand me perguntou.

– Bem, isso é uma história instrutiva por si só – Disse ao vampiro que agora assim como eu estava próximo do nosso objetivo e o meu mais novo trabalho e talvez em parte um tira gosto.

– Acho que não – Ferdinand disse – baseado no que aconteceu. Se fosse eu, teria quebrado uma perna de tanto correr de medo ao receber a noticia por de baixo do tapete… Sabe bem o que me refiro.

– Susane sempre soube que uma hora ou outra eu iria atrás do xerife, só não esperava que eu levasse companhias com rancor e conhecidas dele também.

– E para quantos homens Susane contou isso? Sobre a nossa visita ao xerife. – Ferdinand assim como eu, gosta muito de ter tudo sob controle. Não o culpo, sou assim também e sigo a risca os meus planos de ataque e fuga.

Apesar da força que temos, que diga-se de passagem é muita, eu tinha um plano B. Apenas nós dois não iríamos fazer tudo sozinhos enquanto tentávamos pegar o nosso mais novo trabalho. Trabalho meu e diversão para o vampiro.

– Eu sempre tenho um plano B. Aliás um ajudante…

– O grande Reaper precisa de um ajudante? Por essa eu realmente não esperava!

– Me dê um descanso, afinal eu sou apenas um…

– Um ser imortal, poderoso, assassino e implacável?

– Já terminou? Diz o vampiro antigo que jogou aquele motoqueiro do outro lado da rua com a força de apenas uma mão…

Apesar dos poucos dias ao lado do encarecido e pouco paciente vampiro eu devo confessar que posso com toda certeza afirmar que o Ferdinand não possuí nenhum tipo de paciência. Esse sentimento o abandonou faz anos e podemos dizer que provavelmente não foi o seu melhor aliado.

Não quero me demorar na descrição por isso vou rapidamente fazer uma prévia da nossa noite anterior a chegada aqui as portas do xerife. Estávamos tranquilamente na beira da estrada esperando apenas a confirmação de endereços enviada pela assistente e pseudo filha dele a Pepe, quando um motoqueiro alcoolizado achou que seria muito bacana parar para bater um papo e nos insultar de nazistas barbudos tatuados… Me lembro do motoqueiro tomando voo noite a dentro e um grito de desespero encher e esvaziar os seus pulmões. Ferdinand fez tudo com uma mão enquanto eu apenas observava e fumava um Marlboro. Fim do meu devaneio.

– Ele pediu por aquilo Reaper. – Respondeu o vampiro que assim como eu deixou o conforto do Demon e esperou comigo a nossa ‘ajuda’ do lado de fora a beira da estrada.

– Que veículo é o da nossa suposta ajuda.

– Ela vem caminhando…

O olhar do Ferdinand era impagável, parecia ter visto um fantasma. Eu apenas sorri e acenei para o fim da estrada onde eu conseguia com meus olhos ( quase olhos de Tandera) enxergar ao fundo os doces cabelos da pequena Koko. Minha amiga de longa data e um ser peculiar e que engana qualquer um com seu doce e ingênuo olhar de menina, os cabelos curtos nos ombros, os olhinhos de um azul céu e o sorriso inocente.

– Reaper não diga que o nosso reforço é aquela pequena menina…

– Não deixe as aparências te enganarem.

Sim o vampiro ficou sem palavras quando a pequenina e bela mulher chegou e sorriu docemente para ele e estendeu a mão para cumprimentar o gigante vampiro.

– Ele realmente é alto como você R. Poderiam fingir ser irmãos, as tatuagens e o estilo retrô passa isso de vocês. Prazer Ferdinand eu sou a Koko.

A voz feminina e meiga poderia enganar qualquer um. Aliás a voz engana e muito bem o ser medonho e portador de pesadelos que era a ‘doce’ e ‘delicada’ Koko. Ela pode enganar quem quiser na sua forma humanoide, uma entidade maligna vive a espreita, mas poucos sabem que seres malignos tem o poder de possuir seres das sombras e este era o caso da pequena Koko, ela era uma fusão que deixaria até o mais ávido sobrenatural assustado.

– Quais os poderes dela?

– Desculpe o meu amigo Koko, ele ainda não se acostumou com uma coisinha tão delicada como você.

A ruivinha sorria para o vampiro galã com ar de ‘eu ainda vou fazer até você se assustar’ que só ela sabe fazer. Enquanto eu buscava no mais fundo do meu ser tentar descrever o que seria essa pequena beldade ela mesma se explicou.

– Os poderes são suficientes para fazer até o mais corajoso dos homens se cagar nas calças. Já fiz muitos se borrarem, porém não é o seu caso senhor vampiro. Venho aqui ajuda-los e claro me alimentar, preciso de almas para saciar a minha fome… Aquela adolescente na estrada foi apenas um aperitivo.

“Línan milli góðs og ills er tortryggin en maður þarf hina til að viðhalda jafnvægi heimsins.”

‘A linha entre o bem e o mal é tênue porém um necessita do outro para manter o equilíbrio do mundo.’

Ass: The Reaper.

Sjáumst næst!

15 comentários

  1. Legal o/. Já estava ansiosa por mais um conto!!! Ô Ferdinand, alguma previsão de quando vai sair a outra parte do teu livro?

  2. Adorei a história e adorei a Koko!! Uma pergunta: ela foi transformada nova ou só é pequena mesmo?

  3. Amei a história, pena que li a noite antes de dormir, isso me rendeu uns pesadelos. Gostaria de uma orientação em relação a leitura, possui alguma recomendação em especial dos seus livros favoritos?
    Obs.: Já estou acompanhando alguns lançamentos teus.
    Beijinhos.

    • Olá Débora tudo joia? Pode parecer sacanagem da minha parte mas não recomendo livros sobre vampiros. Leio pouco do gênero na verdade. De mim vais encontrar talvez algumas dicas de títulos do gênero thriller como From Hell ou assuntos diversos. Quanto aos meus “lançamentos” Tenho apenas o livro Ilha da Magia, mas estou me agilizando para lançar outro em breve. Bem-vinda! =)

  4. Achei que tu tinha morrido,faz um bocado de tempo que você não posta nada.

  5. Olá ferdinand,Gostaria de saber se há algum tipo de cura para o vampirismo ou uma forma de suprimir os elementos dessa “Existência”

  6. Tenho muitas dúvidas sobre vampiros tem com eu entrar em contato?

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