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Um dia nas minhas rotinas de Lican

Acordei e como de costume mais cedo que os demais. Junto de Vera fiz meu desjejum com muito café e carne fresca de capivara. O tempero secreto da Lican é um dos seus maiores segredos e faz a alegria de marmanjos, tal qual eu. Papo vai e vem e chega até nós, todo esbaforido, o Jonas. Um lican nativo da região e que era lenhador antes de se juntar a nossa alcateia e causa.

Sujeito matreiro, que atuou por muitos anos derrubando arvores e que depois da transformação se tornou protetor de Gaia.

Naquele dia ele estava bastante esbaforido e tão logo nos cumprimentou foi logo dizendo o que lhe afligia:

– Bom dia pessoal estive pelos lados do monte das duas quedas e avistei uns mal-acabados por lá. Um deles tinha equipamentos de topografia e um outro desbastou grande parte, fizeram uma clareira perto da margem esquerda da primeira queda e acamparam por lá.

– Será que era algum povo da Funai, exército? – Comentei com ele.

– Olha desse povo não sei não. Pelo menos não era ninguém conhecido ou que já tenha visto por essas bandas.

– Procura o Isaias e fica um tempo lá observando o que eles fazem. Aquela região não é dos nossos domínios, mas tem aquela tribo dos Maku que pode ter problemas com eles.

– Certo, chefe!

Esse dia fluiu tranquilo e fiz apenas as atividades corriqueiras, como a manutenção de algumas cabanas e limpar as pestes que insistem em surgiu perto da horta principal. Gosto bastante desses trabalhos pois a parte física é trabalhada, de tal forma que um velho como eu pode tirar um pouco da poeira dos músculos. Sem falar dos meus experimentos com madeira e outros materiais.

Tentamos ter uma rotina de exercícios, dia sim, outro não e todo sábado, por exemplo, promovemos uma espécie de esconde e esconde com captura de bandeira. A equipe vencedora fica de folga dos trabalhos pesados na semana seguinte.

Mais para o final do dia alimentei os javalis e aproveitei para pescar numa dos lagos naturais que ficam à beira do rio. O pôr do sol estava bonito, apesar dos muitos Paracanã que inevitavelmente perambulavam pela região. Seres minúsculos que incomodam demais e me lembram os borrachudos lá do sul.

Logo mais a noite estávamos todos a beira da fogueira. Aguardando a fritada que Vera fazia junto de outros Lican. Assim que iniciamos a janta os papos começaram, regados a muito cauim. Uma bebida fermentada de mandioca que aprendemos a fazer de uns anos pra cá.

– Sabe Carlos, passamos o dia atrás daqueles malacabado e assim que capamo o gato eu fiquei matutando. Será que o povo não era de boa fé?

– Por que acha isso Jonas?

– Não sei chefe, meu instinto pode falhar as vezes, mas, chibata! Senti algo bom deles.

– A gente pode ficar de bubuia, então?  – Comentei, feliz por ele ter percebido. Usado seus instintos.

– Sim sim, chefe!

– Toma aqui mais um gole então, amanhã tem treino cedo e é importante que vocês relaxem hoje a noite.

11 comentários

  1. Carlos pelos lados do meu território rsrs gostei da história, ansiosa por mais aventuras . Sinto cheiro de ação vindo por aí, ahh Fer outra coisa que que observei kk foi ele falar da carne de capivara que é muito consumida por aqui tbm … assim como a bebida que ele Descreveu … a atividade de derrubada, nossa meu pai trabalhava nisso tbm … me identifiquei muito… gostei … chega to esbaforida por mais histórias…bjs 😚

  2. Olá você poderia me mandar uma mensagem no meu email, tenho algumas perguntas para você já que diz ser um “vampiro”, e não se preocupe não irei pedir para me transformar ou coisas bobas assim

  3. Funai e o exército sempre achando que podem ir e vir em qualquer lugar. Depois o que sobra é o testemunho dos garimpeiros locais relatando ter encontrado pedaços de roupas e armamentos pelo chão e ossos humanos floresta a dentro

  4. Mas o que eram esses homens? Sexta no globo repórter #piadinhavelha

  5. Olá ouvi falar através de relatos reais de YouTubers que possui uma organização chamada d.e.s.c.o.b eles caçam lupinos e e faz experiências com eles posso até providência o link e bom dia

    • Sim sim, nas últimas décadas as pesquisa genéticas evoluíram bastante e não me impressionaria se a qualquer momento começassem a aparecer quimeras ao redor do mundo. Infelizmente, isso pode ser tanto usado para o bem e prosperidade, como para os oportunistas e gananciosos.

  6. Não me espanta mais nada vindo do ser humano, nada mais me deixa perplexa, a sua natureza fria e calculista destroem a si ppróprios. Estes dias mesmo mandaram um vídeo Fer no garimpo aqui perto de Ourilândia, de um lycan morto não sei se era montagem mas parecia muito real … Tinha sangue e tudo filmado de um smartphone, o cara lá narrando o que tinha acontecido, vou ver se acho este vídeo e te mostro … Foi chocante.

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