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Vampiros do Oriente / Grito No Vazio Parte 3

“Nas noites atuais, esperando uma possível paz entre as Cortes, surgiu o termo ‘Kuei-jin’, unindo um termo japonês e um termo chinês…”

É galera ainda to aqui me acostumando aos termos e nomes usamos por nossos irmãos amaldiçoados do Oriente. É tanta coisa nova que nem sei por onde começar.

Estou aqui na festa do príncipe Tshuki e lembram do que eu tinha dito sobre as pessoas no japão se vestindo estranho e tal, Imagina os vampiros… É um mais hilário que outro. Tá tá eu sei que não podem ser vistos como um bom exemplo de vampiros que se vestem normal, mas vejo por que eles estão em alta aqui.

Bom até o momento eu conversei com um tal de Takai Shirito e ele me contou um pedaço da lenda que fala sobre o surgimento dos vampiros para eles:
“Os mortos ressurgidos. São como os fantasmas, que precisam sanar suas dívidas cármicas, a diferença é que seu desejo de viver era tão grande que o Grande Ciclo lhes deu uma oportunidade de voltar a viver… EM SEU CORPO. Precisam de sangue para viver assim como os Kain-jin, mas não é o sangue que os mantém vivos e sim o Chi que o sangue contém. Alguns deles são capazes de retirar o Chi da respiração da vítima, outros do ambiente (osmose), enquanto alguns refinaram a arte da culinária com a carne humana. Seguidores de um dos Cinco Dharmas, que lhes mantém no curso da redenção dármica, são suscetíveis à luz do sol e ao fogo como os Kain-jin. Possuem uma segunda natureza, a natureza do demônio. As duas naturezas (Hun, sua natureza normal e P’o, sua natureza demoníaca) vivem em conflito, o que frequentemente afasta o vampiro de seu caminho dármico.”

Grito No Vazio Parte 3

Tsc, tsc, tsc… Veja só você minha menina, deitada aí nesse chão sujo, toda emporcalhada! Venha, vamos sentar na cadeira, deixe-me olhar para…

A voz gentil do Doutor foi subitamente interrompida pelos gritos apavorados de Alessandra que se debatia violentamente, ignorando a dor nas pernas causadas pelos cortes profundos feitos a bisturi, rompendo seus tendões. As mãos de seu algoz eram firmes e frias, e ergueram o corpo esguio de Alessandra como um fardo leve e simples. O Doutor jogou a moça sobre a cadeira acolchoada, e Alessandra se esparramou como uma boneca. Alessandra estava apavorada demais para gritar e limitou-se a olhar aterrorizada e enojada quando o Doutor caminhou até o corpo nu de Paulo, pendurado no teto. O Doutor brincou com o corpo empurrando-o para que ele realizasse pequenos giros. Já não havia mais sangue no corpo de Paulo e a julgar pela quantidade que Alessandra conseguia ver no balde, o Doutor já estivera ali coletando outras cotas daquele precioso líquido vermelho.

Alessandra olhou aterrorizada quando aquele homem de face tão gentil e voz mansa pegou uma caneca de zinco pendurada na parede e a mergulhou no balde de sangue, tornando o prateado do zinco rubro com o sangue de Paulo. O homem caminhou de volta para a frente da cadeira e encostou-se na parede numa postura tranqüila, perna direita apoiada contra a parede, mão esquerda no bolso, e a outra mão segurando a caneca casualmente, como se o líquido ali fosse café, ou chá, e não o sangue recém-retirado de um cadáver. Era um homem impressionante, um pouco acima do peso, é verdade, mas o que mais impressionava Alessandra – e provavelmente o que a impedia de sofrer de mais espasmos e ataques histéricos – era o seu sorriso e seu olhar por sobre os pequenos óculos escuros. Havia algo profano naquele sorriso, mas ao mesmo tempo ele era o acalanto que mantinha Alessandra imóvel, já o olhar… Bem, este era o olhar hipnótico que o lobo lança sobre uma corsa. A gravata borboleta dava ao homem um aspecto irreverente, quase cômico, mas também bastante charmoso.

O Doutor percebeu o olhar detalhista de Alessandra e pareceu se divertir com a maneira com que sua “paciente” – como ele mesmo chamava suas vítimas – o olhava. Sim, ele gostava daquilo, desde a primeira vez que viu Alessandra o Doutor a desejou, e como a desejou! Usando seus incríveis talentos e dons do Sangue, o Doutor permitiu-se ler a mente de Alessandra. Ela estava tão assustada! E mesmo assim se mantinha firme, consciente e principalmente: não permitia que o terror tomasse conta de si, Alessandra havia, secretamente, prometido a si mesma que não sentiria medo, bem, esse pensamento seria secreto, se não fosse seu algoz o Doutor.

Imediatamente o Doutor captou esses pensamentos, e não conseguiu conter sua risadinha macabra, risadinha esta que fez Alessandra ser tomada por calafrios que tomou conta de todo seu corpo já tão castigado pela habilidade daquele homem.

_Gosto de você minha menina… Desde quando a vi pela primeira vez… Não tenha medo, não irei lhe fazer mal.

Se não fossem os tendões cortados e o namorado morto Alessandra até teria acreditado nas palavras gentis e tranqüilas daquele homem. Mas ela se quer teve tempo de avaliá-las antes de gritar enojada quando o homem levou a caneca à boca e sorveu com prazer o sangue de Paulo. Aquilo não era… Humano! Alessandra esqueceu a promessa que fez a si mesma e começou a gritar e espernear, fazendo o Doutor largar a caneca no chão e correr para ela, prendendo seus braços e imobilizando-a sobre a cadeira.

_Shhhh, shhhh acalme-se minha menina… Haverá um tempo para os gritos e para o desespero… Por hora acalme-se…

4 comentários

  1. Kra, me lembra de colocar em minhas orações, NUNCA ter o prazer de encontrar com esse kra!
    To com medo so de ler!!!

  2. Simplesmente incriveis as hitorias do Doutor, to fascinada.

Os comentários estão encerrados.