Tag: improvável

  • Uma amizade Improvável pt 5

    Uma amizade Improvável pt 5

    Amizade improvável

     

    Vamos lá, eu abro a porta e lá está uma Kate nua, nua, NUA! E não é aquele nú bom que a gente pode receber de vez em quando em uma booty call, nãoooo! Comigo tem que ser sempre na moeda do azar, tem que ser um nú com o ser machucado e pedindo ajuda! A minha sorte me fascina, juro, me deixa fascinada e encantada, sqn!

    Peguei Kate no colo e a levei até o sofá da sala, lá lhe dei um cobertor e um copo de sangue, parecia fraca, parecia que havia entrado em uma luta. Esperei até que ela recuperasse a força (e um pouco da dignidade, sejamos honestos, não é legal aparecer assim na casa alheia) e esperei alguns minutos até que ela falasse algo, quando começou a falar logo percebi a mudança drástica na feição, a tristeza agora cedia lugar para o medo – Lili, o que você foi fazer na minha casa¿ – ela sabia a resposta, eu não precisava entrar em detalhes, aliás eu não precisava nem explicar, ela por si só respondeu a própria pergunta – Foi me investigar não é¿! Eu imaginei, afinal um vampiro da antiga Ordem é treinado para se proteger… ‘Proteja a ti e ao teu companheiro, em hora de batalha proteja todos e em hora de guerra proteja até o último soldado!’ , não é mesmo… O eterno clã criado das entranhas do inferno, trazido ao vampirismo, o exército de quem não posso pronunciar o nome…. – Oi, o que, como assim¿ Como ela sabia os nossos dizeres, a história do clã não é novidade para ninguém do mundo sobrenatural, mas as dizeres de guerra, nossos juramentos eram, me inclinei para mais perto dela e fiz sinal que continuasse, eu não iria falar nada por hora, queria tudo o que ela pudesse me dizer – Eu sei sobre tudo, eu fui atrás para descobrir tudo sobre o Trevor e acabei chegando até você! Meu clã é inimigo do teu, desde que os dois vampiros fundadores se desentenderam, quando um queria a disciplina e não o caos, o outro era dominado pelo poder e almejava o caos… – OH shit! Não é qualquer clã antigo, não é qualquer inimigo que se pode conter, é algo que vai além da força, vai além do que eu posso conter, apenas os antigos saberiam como lidar, mas maioria dorme enquanto Michael e Trevor comandam o clã.

    Levantei do sofá ainda desorientada com a informação, achávamos que o clã havia dissipado e dividido depois dos séculos, já Trevor achava que era apenas poeira na história vampírica mas não, eles se reuniram, se auto modelaram de novo, uma ameaça tão grande como qualquer outra vinha por ai, teríamos que tomar medidas drásticas, mas antes eu tomaria conta deste caso na minha sala.

    Sentei novamente, agora de frente para Kate, com a minha katana descansando em minhas pernas, acendi um cigarro, a pequena vampira me espionou por algum tempo, então sabia que se eu estava armada com a minha fiel escudeira, minha paciência havia ido pro espaço, bem longe do meu consciente – Agora Kate, já que descobri que você deu uma paparazzo com a gente, especialmente Trevor e eu, tens que explicar algumas coisas que estão me deixando curiosa – eu não iria machuca-la ou matar a vampira, apenas queria a verdade e a partir dali pensar na atitude a ser tomada – Por que você veio aqui, por que você está machucada e por que caralhos vocês está aqui pelada como uma meretriz no fim da festa¿ – Ok, minha paciência morreu e eu estava em modo automático, até que ela sem pestanejar olhou em meus olhos e eu não vi mentira, eu não vi táticas eu vi apenas a verdade – Por que eu não quis continuar com isso, eu não queria te perseguir mais ou levar informações ao clã que eu pertencia, eu me recusei e… – sabe quando você já prevê o que a pessoa vai falar, por que passou por algo não igual mas semelhante, então – E eles vieram até mim, vieram aqui, me ameaçaram, me bateram e acharam que seria legal me…. – eu abracei ela, sabia o que fizeram com ela, não precisava falar mais nada, não eram vampiros, eram animais disfarçados de vampiros.

    Levei Kate até minha banheira, ajudei ela a tomar banho, coloquei um conjunto de moleton meu nela, deixei que ela dormisse mais um pouco. Peguei o celular e liguei para Trevor, contei tudo, contei sobre estarem nos vigiando, contei sobre Kate, falei do fato dela ter largado o clã e eles a seguirem, torturarem e abusarem dela, contei que estava sozinha e que precisava de alguém mais comigo.

    Trevor falou que pegaria o jato e viria para cá assim que anoitecesse de novo, pediu que eu ligasse para Daniel e que eu ficasse dentro de casa e sempre alerta com qualquer movimento diferente do lado de fora.

    Liguei para Daniel, o mesmo estava a quilômetros de mim, iria chegar em alguns minutos, falei com Steven e ele também estava a caminho, seria o primeiro a chegar. Fechei a casa, subi as grades de emergência e esperei sentada  no sofá, com a katanna de um lado, minha Ak 47 do outro, minha Eagle Desert no coldre da minha calça e duas adagas na mesa da frente, se fossem tentar algo, teriam que lidar comigo e minha loucura antes.

    Eis que meu celular então recebe uma mensagem, número desconhecido, abri a mensagem e lá estava a confirmação que o pau iria comer e a coisa estava feia, “ Foi uma tristeza muito grande cortar os pneus de uma moto tão linda como a tua, Lili! Gostaria de fazer isso com teu belo pescoço, mas antes me aproveitar de você claro… Espero que vocês se reúnam, todos vocês, por que vão precisar de ajuda! Avise seu adorado mestre, Trevor, que a Devil Dagger se levanta novamente. Fique bem querida, cuide da sua nova amiguinha, nossa ex integrante, enquanto ainda é tempo!”

    Não, apenas nós quatro não iriamos conseguir muita coisa, eu precisava de mais gente, afinal todo nosso condado estaria em perigo, foi que a idéia surgiu, meus amigos motoqueiros, clã do norte poderia me ajudar afinal eles devem algo para a Ordem e não arriscariam ver suas terras invadidas por seres assim. Precisava chamar Gabriel, o regrado que me ajudou antes, talvez ele trouxesse alguns membros com ele, afinal não posso sair matando vampiros a torto e direito, iria me fuder legal se fizesse isso sem o o ok de algum deles, peguei o telefone e liguei para ele – Gabriel eu …. – Fui interrompida pelo próprio – Já sei, e já estamos aqui, senti  a presença e permaneci no Tennessee, conheço a Devil e sei do que são capazes, eles se auto remodelaram Lili… Estarei ai daqui alguns minutos e áh antes que me esqueça, a vampira Kate é ex mulher do mestre supremo do clã…. – AHHHHHHHHHH que sorte a minhaaaaaaaaaa!!!!

    Como se a minha ‘vida’ precisasse de mais emoção, agora eu estou aqui com a ex do fodão da Devil dormindo na minha cama, após ter chego aqui nua!!!!! Por que ela não me contou este detalhe¿ Se ela estiver mentindo ou omitindo algo eu juro que arranco as tripas dela assim que ela acordar.

    “Quem é que está escrevendo, João, o Revelador, escreveu o livro dos sete selos

    Agora Deus desceu na viração do dia, e chamou Adão pelo seu nome

    Mas ele se recusou a responder, porque ele estava nu e envergonhado

    Quem é que escrevendo, João, o Revelador, escreveu o livro dos sete selos

    Agora Cristo tinha 12 apóstolos, e três deitou fora

    Ele disse: “Olhe para mim uma hora, enquanto eu vou ali orar”

    Mary Margaret eles estavam lá e ouviram cada palavra que ele disse

    disse “Ide dizer aos meus discípulos, eu disse me encontrar na Galiléia”

    E diga-me quem é que está escrevendo “, João, o Revelador”

  • Uma amizade improvável pt2

    Uma amizade improvável pt2

    “Quando se é jovem você sempre aceita o que consegue
    Mesmo bicicletas e regadores automáticos te molham
    Agora sei que há um jeito diferente de morrer
    Meu corpo respira, o coração ainda bate
    Mas não estou viva.”

    Risadas, bebidas, conversas para todos os lados, brincadeiras a parte, e eu estava naquele transe entre desvendar os mistérios da pequena Kate e me distrair em meio a tantas novidades sobrenaturais que eu estava presenciando. Peguei um copo de Jack (Sim caros humanos eu sei o que acontece com vampiros que se aventuram a tomar o néctar da verdade de vocês e não eu não me importo rs), precisei de alguns segundos para ligar alguns fatos e quando me dei por vencida entornei o copo por completo, pensei em pegar outro mas achei que seria melhor me esconder entre um cigarro e outro enquanto procurava Steven, o mesmo estava bem enturmado com uma de sua espécie enquanto eu fui persuadida novamente pela bela Kate – Jack Daniel’s? É algum tipo de auto punição? Imagino que saiba o efeito desagradável que isso vai ter mais tarde! – achei um tanto “fofo” o jeitinho preocupado dela, apenas pisquei e fiz um sinal para que me seguisse.

    Andei até minha moto sentei na parte do motorista e ofereci que ela se sentasse no carona, fiquei a encarar aquela vampira que sabe muitas coisas a meu respeito, ela apenas retribuiu o olhar e fez aquela cara de “E ai?!”, dei um trago e pensei bem no que falaria, ela foi mais rápida e me interrompeu mesmo antes que eu desse alguma palavra – Você costuma levar todas para a garupa da tua moto no primeiro encontro? –  aquilo me divertiu, encontro? WTF? – Não, eu geralmente não preciso nem disso, enfim… Sabes que me deixou curiosa com o lance “Temos muito em comum”… E ai o que me diz sobre? – Kate me olhou profundamente, agora não parecia com vergonha e sim desconfortável, tentei não passar mais desconforto para a vampira, seus olhos agora transmitiam receio – Ah deixa isso quieto por hora…. Na hora certa você vai saber… – hora certa? Sério isso? Se temos tanto em comum, devias saber que minha paciência as vezes deixa de existir, né?!

    Mais alguns cigarros e um papo descontraído, percebi que era hora de dar o fora dali, afinal não estou afim de virar churrasco ainda. Quando fui me despedir de Kate me surpreendi com a atitude da mesma, ela ficou de pé na minha frente e antes que eu pudesse ter algum tipo de reação, Kate me tomou um beijo nos lábios e eu fiquei apenas observando enquanto a pequena vampira ir embora em seu Corvete.

    Fiquei mais alguns minutos ali fora sozinha, tentando descobrir o que fazer com aquela peculiar vampira, ganhei o número de celular dela e um beijo que me deixou sem palavras, e agora? O que vinha depois disso? A revelação talvez desse mistério todo?! Tomara né?! Apenas peguei meu celular e lá havia uma mensagem de Whatssap da Kate, “Lili não fique pensando muito, afinal as melhores coisas da ‘vida’ são uma surpresa! Kisses Kate. :)”. Ela ainda vai me deixar maluca, e nós apenas nos conhecemos hoje, imagine como serão os outros encontros… Por que eu estou aqui imaginando e tentando adivinhar tudo o que está para acontecer…