Tag: orgia

  • Sangue frio – Pt2

    Sangue frio – Pt2

    Atenção: Conteúdo inadequado a menores de 16 anos.

    Cheguei ao encontro daquele “vampirata moderninho” seguindo o endereço indicado pelo Fê, que em algumas de nossas conversas fraternas em companhia de bons vinhos deixou-me a par dos assuntos sobre o projeto “Escolhidos” e sobre os métodos utilizados por Hector. Segundo Ferdinand, a metodologia daquele vampiro sodomita era um pouco diferente do seu, acreditando que eu certamente me identificaria com seu estilo e que, de certa forma, seria deveras interessante cumprirmos algumas missões juntos, compartilhando nossos conhecimentos sobre a arte de causar sofrimento a alguns dos porcos e infelizes seres que praticam a perversidade contra inocentes. Eu sabia claramente em qual terreno estaria pisando, e estava ansiosa, como de costume, e ao mesmo tempo excitada com tais expectativas, pois sempre gostei de bons desafios.

    Eram por volta das onze, de uma noite qualquer, quando fui recebida em sua moradia para nosso primeiro encontro. Uma festa gótica.  Fui pega de surpresa em ter que ir a tal festinha a caráter, porém, eu possuía algumas peças no carro que quebravam um galho.  Confesso que inicialmente a conversa soava estranha, como se quiséssemos intimidar um ao outro. No entanto, logo constatei que tínhamos algumas afinidades em determinados aspectos. Hector estava sentado e com meu lápis de olho na mão mostrou precisar de auxílio. E foi então, que pude observá-lo com mais detalhes. Bem de pertinho. Tinha o corpo magro, mas definido. E uma altura mediana. Seu cheiro era instigante para mim, seus olhos miúdos e negros e suas mãos com dedos longos movimentavam-se junto ao cabelo razoavelmente comprido e escuro, com enorme destreza, conforme falava. Porém, naquele momento, nos mantivemos em silêncio. Concentrada no que estava fazendo, pude sentir sua perna roçar sobre a minha. Distraído, Hector pareceu não notar que eu imaginava sobre o que eram seus pensamentos. Ficamos ali por alguns minutos imaginando-nos em cenas sórdidas e quentes.

    Deixei meu carro em sua garagem para irmos juntos e, na tal festa, conheci alguns amigos de Hector.  Mas, no final cada um foi para um lado observar o ambiente, e claro, ambos sabíamos que estávamos atentos as ações um do outro. Mordemos alguns pescoços por lá e madrugada adentro constatamos que era hora de ir embora.  Chegando, desci e escorei-me no carro.

    – Você vai ficar hospedada aqui. Podemos levar sua mala lá para cima, pequena?

    -É… Na verdade eu havia me preparado para ficar em um hotel aqui perto.

    -Não. Agora que eu a conheci, realmente quero que fique aqui por esses dias. Devo agradecer a Ferdinand pela companhia que me enviou.

    – Quer é? Hector… Eu sei no que estava pensando quando eu estava fazendo essa maquiagem sexy de corvo em você. Não precisa se preocupar com nada.

    Ele compreendeu minhas intenções e olhou para mim, sem parecer surpreso. Deu um sorriso frio e sínico de lado.

    Nem o diabo pôde prever o que houve ali. Não havia nem uma alma na rua àquela hora, e se houvesse eu não me importaria. Hector veio para mim, agarrou meus cabelos já desalinhados com força e entre uma mordiscada e outra senti meu corpo arrepiar como há muitos anos não acontecia. Sim, ele rasgou ainda mais minha meia calça, colocou minha calcinha minúscula de lado, abriu sua calça jeans preta cheia de correntes somente o suficiente para transarmos ali mesmo, prensados sobre o carro.  A cada movimento, mordíamos e bebíamos o sangue frio um do outro na qual sentíamos uma junção do orgasmo humano com o vampiresco. Arrancávamos pedaços de nossa própria carne com as unhas e quando nos acalmamos, daquela sede doentia, continuamos ali, em movimentos lentos e fortes penetrando um corpo gélido no outro o máximo que fosse possivel…

    Naquela noite, após aquela loucura toda. Ele carregou minha mala até o quarto. Tomamos um belo banho. E ainda ficamos até amanhecer bebendo e conversando. Hector me mostrou sua coleção de utensílios e bisturis, onde planejamos nossos passos para resolver um dos casos entre os diversos que havia em toda aquela papelada de processos criminais encaminhados por um aliado e amigo policial. Eu estava determinada. Por enquanto, também estava satisfeita, mas eu queria e sabia que ainda haveria de acontecer muita coisa dali pra frente.

  • A vampira pin-up – pt2

    A vampira pin-up – pt2

    Todos sabem das cousas que conto sobre meus irmãos e falar de si próprio é sempre algo difícil, mas para que entendam melhor como eu levo as minhas noites, deixo-lhes uma frase do grande Giacomo Casanova: “Economia em prazer, não é pra mim.”

    Baseando-me nesta ideologia estimulei a conversa entre Eleonor e o tal vampiro, pianista e galã cheio de dedos na esperança de que ele nos apresentasse a beldade pin-up. A conversa foi rápida, mas trocamos muitas dicas e detalhes interessantes, que nos proporcionaram inclusive alguns contatos Wampir relacionados à moda da cidade. Além disso, para minha felicidade ele nos convidou para uma apresentação mais íntima, aonde a maravilhosa Josephine iria se apresentar apenas para um grupo seleto de amigos.

    Na noite seguinte fizemos um pequeno tour, marcamos algumas reuniões e visitamos algumas lojas, onde inclusive tive de carregar as muitas sacolas de minha doce morena consumista. Programas de índio a parte e finalmente nos sobrou tempo para ir a apresentação com os tais amigos selecionados de Josephine.

    Se o Queens of the Stone Age fizesse um som naquela época, certamente estaria rolando Make It Wit Chu quando eu revi a sensacional gringa pin-up. Jeans colado, camisa amarrada entre s seios e lenço na cabeça. Apenas as lentes verdes de seu ray-ban aviator separavam seus lindos olhos dos meus… – Estou apaixonado – Pensei  comigo.

    O tal músico nos avistou logo na chegada e fez as devidas apresentações – Encantado – Disse eu babando e esbanjando toda a elegância europeia que me fosse possível. Porém, para minha surpresa ela ignorou o beijo que tentei lhe dar na mão e  me deu um abraço seguido por beijo carinhoso no rosto, aliás fez o mesmo com Eleonor.

    Conversamos muito rapidamente, aquele básico “Oi tudo bom fiquem a vontade, amigos do fulano são meus amigos…”, seguido por ais apresentação que me frustraram um pouco. Afinal meu ego dizia que seria mais fácil a aproximação com aquela pinup cheia de atitude. Além deles havia mais dois casais de vampiros e três humanos.

    Fizemos amizade fácil e eles adoraram o fato de que naquela época éramos empresários da moda brasileira, ainda mais cariocas. Assim como hoje o conhecimento sobre o Brasil não era tão grande, mas Carmen Miranda e o fato de o Brasil não ter participado com tanto afinco nas duas guerras rendeu boas conversas.  Vários minutos haviam se passado e antes do amanhecer fomos convidados a visitar o espaço vampiresco do lugar. Um porão muito grande, repleto de cômodos aconchegantes e onde a festa continuaria com a apresentação de Josephine numa sala grande, cheia de almofadas e iluminada por várias velas.

    Confesso que havia ficado um pouco chateado pelo fato de não ter recebido tanta atenção por parte da diva, mas a noite continuaria e aparentemente cheia de surpresas. O vampiro se acomodou com um violão e olhando fixamente para Eleonor começou a tocar algo caliente, provavelmente flamenco ou algo do gênero. Depois de alguns instantes surgia Josephine, avassaladoramente sexy num vestidinho carmim curto, que realçava ainda mais suas formas voluptuosas.

    Entre um rebolado e outro ela dançou entre nós de olhos fechados, envolta por vezes no que parecia ser um transe inconsciente e que rapidamente nos contagiou. Lembro-me de um intenso perfume de hibiscos antes dos primeiros humanos sucumbirem à dança, seguidos na sequencia por todos nós.

    Todo estase gerado pela intensidade do mantra, provavelmente misturado há algum feitiço não poderia terminar de outra forma: orgia. O sangue dos humanos, vários corpos nus entrelaçados uns aos outros numa interminável batalha pelo prazer. Bocas, saliva, mãos, gemidos longos e todos aqueles gostosos barulhos emitidos quando a pele de um se esfrega continuamente a pele do outro…