Noite após noite eu sempre escutei meu instinto. Lembro-me de momentos no qual tal sentimento protegera minha constituição física, de outras épocas no qual ele trouxe feeling para traçar rotas corretas e também de situações onde o mesmo instinto trouxe pessoas importantes para meu convívio.
Acordei sonolenta, se não fosse a necessidade de ter de sair para arranjar alguns trocados eu juro que ficaria dormindo por muuto mais tempo. Rastejei até a bacia, vi aquela mesma cara de sempre no espelho e tentei jogar água, como se apenas tal liquido sem cor, sem gosto, sem graça pudesse me transformar em algo diferente.
Vesti o melhor terno que minhas fábricas produziam… Já que eu deveria representar meu clã no futuro, vestir-se bem e agir como alguém que emana poder se tornaria algo fundamental. Não que no inicio eu talvez fosse um playboy esnobe, mas já que o dinheiro é farto eu decidi usá-lo sem dó nem piedade… Levei cerca de 30 minutos e depois eu já estava pronto para mais um passeio vampiresco.
Ao abrir os olhos depois de muita água eu continuei sem graça e ao que tudo indicava eu ainda era a mesma sanguessuga insossa de sempre. Coloquei todas aquelas parafernálias que as mulheres usavam naquela época e desci para o salão, onde novamente eu ganharia alguns trocados com meu corpo.
Até pensei na proposta de Franz para irmos jogar tempo fora em algum bordel, mas sei lá, eu queria mais das minhas noites. Quem sabe algum projeto novo com Sebastian seria o suficiente para me animar novamente. Então fui até o seu quarto e para minha surpresa ele já havia aceito o convite de Franz. Tendo em vista, que a mais de duas semanas eu não me deitava com uma humana, decidi segui-los, afinal sexo é bom, não é mesmo?
“Droga, de novo aquele velho babão e sujo por aqui, ao menos esse filho da puta sempre me da umas boas gorgetas. Lá vou eu…” =/
O cocheiro nos deixou perto do lugar e andamos por cerca de duas quadras a pé. Éramos poucos pelo Rio de janeiro daquela época e isso nos permitia andar despreocupados, mesmo diante eminente ameaça Wairwulff ou bruxólica do novo mundo. Lugar a dentro as mesmas putas, os mesmos vagabundo e bêbados. “Sinceramente, preciso incentivar Franz a frequentar lugares melhores”. Pensei comigo.
“Argggg que nojo… Cofff coffffff… Eu não mereço isso, que morte de merda, preciso arrumar algo diferente, sair dessa bosta e usar meus poderes, quem sabe roubar bancos!?” Tudo ia de mal a pior naquela noite, quando finalmente percebi a sorte mudar de lado e vir a minha direção na forma de três vampiros gatíssimos e ricos. =)
Fomos recebidos pela velha cafetina e muy amiga de Franz. na verdade sempre que íamos lá ele a comia… Se há algo que não entendo nele é esse gosto extravagante e surrealista, mas cada um com suas manias. Sebastian parecia animado e empolgado como sempre, meu pupilo adora os convites putanescoa de Franz…