Tag: garotas

  • Girls night out – Becky – Pt2

    Girls night out – Becky – Pt2

    “Estou amarrada. Meu corpo todo dói e eu ainda podia sentir aquela maldita sensação. Minha visão está turva, mas posso ver a sombra de Erner caminhando em minha direção… – Minha pequena Becky…”

    Acordo assustada. Maldita insônia. Meu corpo tenso e a cabeça zonza. Eu ainda não havia me recuperado totalmente das últimas noites em busca da maldita Débora.  Levanto-me, lavo o rosto. Lá fora, o sol estaria forte naquele horário. Eu estava entediada e com aquele pesadelo, acabei por lembrar meu passado. Peguei os diários antigos de Erner e comecei a ler alguns trechos que já havia lido inúmeras vezes.

    “Alemanha, Agosto de 1932.

    A senhorita Rebecca, logo Sra. Erner, tem alcançado alguns progressos. Ela vem resistindo mesmo que lentamente às dores e as seções nas quais a submeto. Em seu pouco tempo como vampira tem demonstrado um bom desempenho, mas há muita coisa a ser feita. Sua mente ainda é fraca, a manipulo com facilidade. Ainda não sei se herdará meus poderes, mas preciso ter paciência, pois ainda é apenas uma tola menina e prefiro que não progrida tanto…”

    Eu lembrava-me bem, que meu tempo aos domínios daquele doente e extremamente demoníaco, havia sido duro demais. Porém, mesmo que naquela época tudo o que eu mais desejasse era ser livre, eu me esforcei para que com certa “obediência” pudesse aprender a controlar os poderes que adquirisse após ser transformada. Mas, não é tão fácil quanto parece, ainda mais quando aquele que deveria ser o seu mestre e treiná-la, só deseja torturar você e ver o seu sofrimento. É certo, como alguns de vocês sabem que um dos meus poderes é realizar a viagem astral, algo que desenvolvi sozinha após o vampirismo, mas que muitos humanos também podem e conseguem fazer. Só que uma das principais diferenças entre os vampiros e os humanos é que nossas almas já estão de certa forma, condenadas, por tanto, viajar por outras dimensões é um tanto quanto perigoso e traz suas consequências, por exemplo, perda parcial da memória, fortes dores, além do risco de minha alma não conseguir encontrar meu corpo novamente.

    Porém, o clã do qual Sr. Erner pertencia e na qual eu também deveria pertencer (mas precisei fugir), possuem poderes, que os possibilitam conseguir tudo o que desejam. Até onde sei, eles são  vampiros manipuladores. Mas, durante as décadas que passei com Sr. Erner, busquei em tentativas frustradas ser como ele era e aprender a controlar e manipular mentes, a causar dores e sensações terríveis em outros seres apenas com o pensamento, como ele fazia muitas vezes a mim. Mas, adquirir essas habilidades requer muitos anos de experiência e eu não aguentaria tanto tempo presa naquele porão. Então, após me livrar de Sr. Erner, me apossar de todos os bens que ele tinha e conseguir fugir, eu me virei bem. Porém, sem ajuda, amparo e orientação de alguém mais experiente, em muitos momentos precisei encontrar em mim mesmo formas simples para sobreviver, pois, eu era um ser diferente, descobri que era um pouco mais forte do que os humanos normais, mas quando precisava me alimentar usava artimanhas femininas e conseguia ser extremamente convincente para atrair “vitimas” ou conseguir informações necessárias.

    Já é fim de tarde, eis que meu celular toca. Deixo o meu momento “Remember” de lado. Quem seria?

    -Alô.

    -Oi Becky, está a fim de fazer algo?

    -Olá, Lilian? Eu ia mesmo te ligar. Eu, você e Pepe temos uma pequena reunião com Ferdinand esta noite.

  • Girls night out – Lilian – Pt1

    Girls night out – Lilian – Pt1

    24/05/1960 – 21h34m

    – Você acha realmente que poderá lidar com isso?

    – Come on T! Será que é tão difícil confiar em mim?

    – Não é uma questão de confiança Lili, isto é extremamente perigoso!

    – Se eu nunca treinar, como é que vou exercitar meus dons?

    – Seus dons precisam de treino emocional e físico!

    – Manusear uma katana precisa de emocional?

    – Minha cara, pare de ser ingênua e foque no necessário!

    Trevor , como sempre exigindo o máximo de mim, desde que eu me transformei em vampira. Meus primeiros dez anos nesta nova vida foram feitos por longos aprendizados, um deles era o controle sobre a sede, digamos que foi o mais difícil de lidar. Eu tive que aprender a meditar e controlar a vontade de saciar meus desejos vampíricos, aprendendo também a seguir  as regras da Ordem Vermelha ( Posso apenas dizer o primeiro nome do clã), lá me foi ensinada as técnicas de arte da luta japonesa, uma delas a minha especialidade o Kenjutsu ( Técnica da Espada) uma arte marcial clássica japonesa do combate de espadas. Eu domino oito dos mais antigos estilos do Kenjutsu, estes foram criados no século 15 e 16 na região de Kyoto e mantidos dentro da Ordem, cultivados e repassados aos mestres e seus aprendizes. Dizem que essa arte foi passada para um vampiro antigo, o merecedor do aprendizado, o mesmo foi agraciado com a dádiva de aprender com os oito monges criadores  da arte da espada, dando inicio a criação da Ordem.

    Nossos mestres tinham o dever de nos preparar para muitos tipos de combate além do principal citado a cima. Tínhamos que provar diariamente que poderíamos ser soltos no mundo após o treinamento completo. No nosso clã, você é preparado para o mundo após renascer como um ser da escuridão, sendo treinado e guiado, até que venha a certeza de que atingiu a evolução física e emocional necessária  para lidar com essa nova vida sozinho e fora das fortalezas da Ordem.

    Uma vez liberado, você é marcado para sempre com o guia espiritual do clã através do Tebori ( Tebori  é a tradicional arte de tatuar manualmente o corpo ) com a marca do Dragão Vermelho nas costas ( O Dragão Vermelho  simboliza o poder e a valentia, o heroísmo e a perseverança), eu fui treinada durante trinta anos antes de receber a grande chance de sair para o mundo e mostrar aos meus mestres que eu era merecedora da confiança deles.

    Eu aproveitei para viajar e conhecer o mundo durante cinco anos, acabei conhecendo outros tipos de artes marciais, culturas, vampiros de que ainda mantenho contato, nunca saindo do que me foi ensinado, mantive as regras e contribui para o meu crescimento como vampira.

    Após estes cincos anos, voltei ao local no qual a Ordem fica localizada, estava sentindo falta do meu mestre e grande amigo (praticamente a minha figura paterna vampírica). Uma vez que voltei ele me propôs ir morar em um pais da Latino America, lá ele tinha alguns amigos e eles ajudavam vampiros na mesma situação que eu, ou que apenas precisavam ser guiados. Ele queria que eu ajudasse, e claro que aceitei e segui Trevor  começando uma extensão da Ordem.

    2014 – 22h45m

    Era uma típica noite de segunda-feira, eu podia ouvir Dani e Trevor discutindo sobre alguma coisa relacionada aos novos membros que estavam em treinamento.

    – Dani você as vezes parece uma criança teimosa!

    – Se eu sou uma criança teimosa, você é um típico velho rabugento.

    – Eu tento lhe falar para manter as técnicas da Ordem e guiar os mais novos através deste meio! Ponto final Dani!

    Eu tentei por muitas vezes explicar que por mais que fossem “recém nascidos” ou vampiros que precisavam de algum tipo de ajuda, eles eram adultos pensantes e com opiniões. Mas vai tentar discutir isso com dois vampiros com mais de quatrocentos anos… Total perca de tempo. E eu estava totalmente entediada, precisava sair para tirar o tédio da minha cola, resolvi então pegar minha katana,( ela fica escondida através de um efeito de espelho criado por um mago conhecido por nosso clã, a espada não aparece aos olhos humanos e nem aos não humanos, ela aparece apenas quando está em uso), liguei meu carro, um Charger 1970 preto e reformado (Claro) e então resolvi conhecer uma das vampiras do clã do Ferdinand, alguém que me foi muito receptiva e simpática ao me conhecer.

    – Alô?

    – Oi Becky, está afim de fazer algo?

  • Cassino, garotas, drogas e o carnaval

    Cassino, garotas, drogas e o carnaval

    Ontem a noite eu estava sem fazer nada. Bem alimentado, sem problemas ou questões que precisassem da minha atenção, ou seja, vivendo aquele delicioso ócio criativo. Porém quando se é um Wampir (vampiro) os momentos de ócio duram pouco, principalmente quando velhos amigos resolvem reaparecer, como foi o caso do meu estimado Frederick, que ficou conhecido aqui no blog nas últimas noites como “Lord Frederick”.
    Frederick é uma figura que surgiu em minha não vida a mais ou menos uns 70 anos atrás, enquanto eu circulava pelo Rio de Janeiro, antes de minha hibernação nos anos 60. Este grande Wampir, cujo nome verdadeiro se perdeu ao longo dos tempos, é conhecido pelos quatro cantos do mundo e detentor de muitas façanhas honrosas. Apesar disso, o que vocês vão descobrir hoje e nas próximas linhas é o que eu mais gosto de fazer: contar nossas intimidades. Sim povo, este blog é para contar o que os Wampir fazem fora de suas rotinas de sangue, batalhas e o já famoso mundo sobrenatural…

    “Ferdinand, já que tu e o Franz estão passando uns tempo juntos, que tal barbarizarmos hoje como nos velhos tempos? Ich bin in der Nähe…”

    E este foi o sms enviado por Frederick que iniciou toda a nossa noite. Não lembro a hora que chegamos, mas ainda estou um tanto quanto entorpecido e por favor não levem este meu texto como um exemplo de minha escrita rss
    Lembram-se da ruivinha da camisa dos botões saltitantes do outro dia? Pois bem, ela virou digamos uma passatempo constante de meu amigo Franz e foi ela que o trouxe meu amigo em sua moto para nosso refúgio. É muito engraçado ver o meu irmão na garupa daquela bicicleta motoriza miniatura, porém como ele me diz: “As vezes é bom se sentir adolescente novamente mano”.
    Isso aconteceu próximo das 21 horas e logo que ele desceu e depois da minha piadinha sobre a moto, eu lhe informei sobre a sms de Frederick. As vezes ainda me impressiono com a eterna disponibilidade para festas de Franz e nesta noite a resposta para Frederick não seria outra se não, “ok, onde vamos?”.
    21:20 ouço algumas batidas na porta da garagem da casa do centro e antes mesmo de chegar próximo para abrí-la, senti a forte energia de algum ser sobrenatural. Olho por uma pequena fresta e lá estava Frederick trajando sua tradicional vestimenta. Calça social preta e camisa social na mesma cor.
    Depois de um longo abraço seguido de um esperado “esporo” por causa do blog, decidimos junto de Franz por ir até a cidade vizinha, onde Franz era amigo de um dono de casa noturna, vulgo prostíbulo. Essa casa era no alto de um pequeno morro e o acesso até a casa principal era feito somente por uma trilha pavimentada e em meio a uma pequena floresta particular.
    Até ai tudo bem, apesar do acesso inusitado, mas ao me deparar com a tal casa eu percebi por que era um dos lugares prediletos de Franz. O lugar era basicamente uma mansão com 3 andares, subsolo e uma piscina de borda infinita com vista para o centro da cidade. Não entramos pela entrada principal, mas sim por outro nos fundos lugar, na porta estava um segurança fortemente armado com uma “doze” e ao ver Franz ele apenas sinalizou com a cabeça e nos liberou a passagem. Como é bom ser vip, não?
    Essa entrada nos levou diretamente ao subsolo e depois de passar por mais duas portas com seguranças também muito bem armados, chegamos a um maravilhoso cassino. O cassino era algo de primeiro mundo, como dizem as pessoas aqui na América latina e como tal possuía, vários brinquedos que inclusive devem deixar muitos cassinos de Vegas no chinelo.
    Gastamos alguns poucos trocados, coisa de 2 ou 3 mil dólares cada um, testando nossa “sorte” e para alegria dos proprietários, chegamos a conclusão que estávamos para o amor e não para o jogo. Nesse sentido eu resolvi tomar a iniciativa e me atraquei com a doce morena, chamada Flávia que já estava há algum tempo no meu colo e querendo algo a mais.
    Ok certamente ao chegar nesse ponto da história alguém vai dizer, mas nossa nos últimos tempos o Ferdinand (Galego) só pensa/fala em orgias! Fique calmo(a) leitor(a), essa história terminará diferente das últimas…
    Então depois de aproveitar a piscina, curtir um bom som e confirmar toda minha masculinidade nas curvas daquela garota eu resolvi experimentar alguns psicotrópicos adquiridos ali mesmo pelo meu querido e eloqüente amigo Frederick. Como eu já comentei em outro post, algumas drogas de efeito mais intenso ainda nos fazem efeito e já que eu não tinha nada a perder, pois estamos mortos, mais uma vez eu me perdi em meio as alucinações de um bom LSD.
    Se o LSD era bom ou não isso só alguma entidade divina ou especialista poderia confirmar, mas o que importa é que me fez ver o mundo de uma forma bem inusitada por algumas horas. A água da piscina ficou fortemente azul escura, a cor das peles das pessoas incluindo a nossa estava em vários momentos vermelha e eu juro com todas as minhas forças que havia um cara de chapéu de palha me perseguido onde quer que eu fosse. Inclusive quando cheguei em casa eu acho que eu vi ele mais um última vez, onde me viu e deu um breve “tchau” acenado com a cabeça enquanto mascava um pouco de fumo de corda.
    Meu carnaval vai ser um pouco refletivo…
    Nota mental: Pensar duas vezes antes de sair com meus amigos/irmãos novamente.
    Nota mental 2: Evitar drogas ilícitas por algum tempo.
    Nota mental 3: Por que diabos um cara de chapéu de palha, meio caipira estava me perseguindo? Seria ele minha imaginação ou realmente havia alguém, tipo “anjo da guarda” me cuidando?