– É uma pena que ela não tenha entendido a situação e quem sabe agora, no plano a qual sua alma estiver, consiga perceber melhor os seus erros. Talvez Deus tenha piedade de sua alma ou quem sabe o Diabo no qual ela acreditava lhe dê bons conselhos.
A esta altura dos acontecimentos o fumo do cachimbo de Frederick acabara e ele apenas o largou sobre a mesinha ao lado. Na sequencia aproximou-se novamente dos prisioneiros, fato que bastou para o homem se estremecer por completo. Percebendo a tremedeira do infeliz o vampiro riu-se por dentro e proferiu em claro e bom tom:
– Honre tuas calças, tua mãe nunca te disse isso? Calma, por hora só quero limpar a sujeira que esta vadia proporcionou ao meu recanto!
Então com a maior calma de todas, o sanguessuga libertou as amarras que ainda prendiam o corpo da mulher. Colocou o pedaço de carne surrado em seus ombros e levou para fora. Minutos mais tarde e bastante sujo de terra, ele voltou para a cabana e limpou todo o sangue com um esfregão, panos e água proveniente de um poço nos fundos do esconderijo.
A descarga de adrenalina fora tanta que o homem simplesmente desmaiou e se pôs a roncar feito um porco na “engorda”. Aquilo obviamente surpreendeu o filósofo, que não pestanejou e usou a água com sangue podre do balde da limpeza para acordar o sujeito.
– Vem cá, tu achas mesmo que isso aqui é algum tipo de pegadinha, brincadeira ou o que? Vai dizer que o garotinho, está cansadinho? Vamos facilitar um pouco a situação…
Com a mesma frieza de sempre Frederick soltou o homem de suas amarras e deixou deitado ao chão. Depois se voltou para um dos armários, abriu uma das gavetas e pegou uma espécie de cassetete de madeira, no qual utilizou para surrar ambos os braços do homem. Entre gritos e gemidos, Frederick se manteve calmo e tomou cuidado para não deixar nenhum osso intacto.
– Agora que aliviei a tesão da morte da sua ex subordinada, posso começar o verdadeiro jogo contigo. Tome… Beba tudo o que conseguir de meu sangue, isso vai permitir que te recuperes mais rápido do que imaginas.
O homem estava fraco, as dores em seus braços estavam insuportáveis e ele estava prestes a entrar em colapso. Porém, diante a situação o sangue de Frederick falou mais alto e já as primeiras gotas que chegara a corrente sanguínea do infeliz lhe proporcionaram um alivio mágico e instantâneo.
Bastaram alguns segundos para que o efeito fosse ampliado e enfim o homem teve forças parasse sentar. Em seguida já lhe era possível ficar consciente e assim que pode proferiu suas primeiras palavras:
– Por que tudo isso?
– Já ouviste falar que o amor e o ódio são sentimentos muito próximos? Resolvi por isso em pratica agora contigo, numa espécie de teste empírico. Calma que isto será apenas o início do que está por vir!
Assim que o homem ficou são por completo Frederick o “apagou” com uma ríspida e violenta coronhada na fronte…