Tag: ruiva

  • Um vampiro invisível?

    Um vampiro invisível?

    A noite estava fria, uma densa névoa insistia em ocultar a maioria dos prédios ao meu redor e lá estava eu num dos meus apartamentos próximo ao centro. Estar próximo ao centro de uma cidade é sempre muito vantajoso com relação à acessibilidade, principalmente aos bares, lojas de todos os tipos, ambientes culturais e tudo mais que possa servir de apoio à vida eterna de um vampiro.

    Todavia, estes mesmos centros suportam também muitas cousas ruins, tais quais: criminalidade, excesso de pessoas, trânsito, polícia e todo tipo de caçadores que um sobrenatural possa imaginar. Os antigos inclusive, nos dizem para nos ausentarmos o máximo possível de tais lugares, porém eu mesmo sou a prova de que o “agito” é totalmente viciante.

    Então, enquanto eu assistia a um bom filme, praticando aquele gostoso ócio, surge-me aquela tradicional presença de algum ser sobrenatural. De início devido à distância do fulano eu não soube definir o que era. Porém, à medida que ficava mais próximo eu soube com exatidão que era um Wampir e a cada segundo a mais que passava algo me dizia que era provavelmente um conhecido.

    Sabe aqueles momentos em que você não espera visitas, não agendou nada e ainda por cima quer curtir uma noite de sossego fazendo o simples “nada”? Calma, isso ainda vai piorar… Já apostos e preparado para o que pudesse surgir, sinto o tal Wampir perto do prédio. Aparentemente é apenas a sensação da presença e nada físico ou audível surge aos meus sentidos aguçados.

    Certamente, algum poder estava sendo utilizado e antes que pudesse ser surpreendido, parti para um dos quartos, onde noites atrás eu havia guardado a “caixa”. Esta nada mais é do que uma caixa de madeira, tratada de forma hermética e onde guardo algumas poções, amuletos e demais utilidades que a vida sobrenatural me obrigou a colecionar.

    Confesso que ser surpreendido nunca é bom, mas rapidamente liguei alguns fatos e lembrei com precisão das aulas que tive com o falecido Joseph (saudades do Zé) sobre invisibilidade. Inclusive, achei um saquinho de tecido onde ele havia escrito algumas palavras e eu outras por cima: “Apenas dois poderes avec une réelle visibilité, estes somente les vieillards dominavam. Juste au cas ou autre sempre tenha consigo algumas feuilles des lespedezioides para a magia…”.

    Daquele instante em diante, minha noite de calmaria virou o mais absoluto caos. Alguns objetos da sala começaram a levitar, outros simplesmente caiam ao chão e até mesmo as cortinas balançavam sem o sopro de qualquer vento. Fatos que me puseram a preparar uma anti-magia. Concentrei-me enquanto mascava as folhas de lespedezioides e com o punhal ritualístico cortei a palma da mão esquerda. Misturei a pasta com o sangue e disse as palavras mágicas… Silêncio… Tudo imóvel e calmo novamente, mas por pouco tempo. Segundos depois sou surpreendido por um novo barulho do lado de fora, daqueles onde algo grande cai e se espatifa ao chão.

    Sendo minha curiosidade algo tão evidente, eu não me contive e fui rapidamente a janela ver o que era. Imagine a minha surpresa ao ver Letícia, a vampira ruiva, imóvel ao chão. Por sorte ela havia caído num gramado escuro e oculto do jardim lateral, o que facilitou o seu “resgate”.

    Uma coisa é a Julie ou a Beth com suas brincadeirinhas, outra é uma novata vindo desrespeitar o meu doce lar. Confesso que a minha vontade naquele instante era de deixá-la no quintal para que o sol levasse a sua alma para o inferno, mas seria complicado explicar tudo para o seu mestre. Então, por via das dúvidas acabei levando-a para o apartamento onde ela dormiu por mais uma noite e dois dias.

    Existem poucas regras em nosso mundo, mas certamente brincar com um vampiro mais velho pode até mesmo ser punido com a morte final. Sinceramente, mesmo depois de ela ter dito que tudo não passava de uma brincadeira, eu ainda tive vontade de perfurar cada uma de suas unhas com várias agulhas. Todavia, pensando na aliança entre nossos clãs, mandei-a de volta ao seu criador. Ao menos por uns tempos não verei a cara da infeliz.

    Obviamente aqui estou eu vendo os classificados de imóveis…

  • A vampira ruiva

    A vampira ruiva

    Hoje começarei a contar sobre uma nova “personagem”, confesso que ainda nos dias de hoje e depois de quase cinco anos de site, me é estranho chamar meus amigos e conhecidos de personagens. Todavia, como sempre, isso se faz necessário para ocultar nossas reais identidades. Portanto, hoje falarei de Letícia…

    Assim como Stephanie, Letícia também entrou em nosso mundo aqui pelo site. Porém, ao contrário da anterior, esta já havia sido transformada em Wampir há muitos anos atrás. Letícia é uma Wampir nova ou como alguns de nós apelidamos esta fase: pupillus ou simplesmente pupilo.

    Tudo começou por causa de um e-mail no qual ela se apresentou. Desde então tivemos várias conversas, que se estenderam ao telefone e dentre os quais falamos muito sobre Wampirs conhecidos em comum. Até que depois de tais confidências finalmente agendamos um “bom papo de boteco”. Sim, vocês sabem que a Bohemia é constante em nossas não vidas, sendo assim, nada melhor que um local movimentado e com boa música para fazer novos amigos.

    Mesmo com tudo agendado noites antes, tive de ir sozinho a nosso primeiro encontro, pois todos os outros estavam ocupados. Inclusive Sebatian, que há semanas pesquisa para mim um feitiço novo chamado Vita ultra modum, mas isso é outra história. Era uma noite fria destas típicas de outono no Brasil, um vento fresco pairava no ar e as estrelas convidavam qualquer um a um belo passeio. Sendo assim nem pensei duas vezes antes de sair com uma de minhas motos, aliás, estou gostando cada vez mais da minha nova moto e do silencioso “giro” de seu potente motor elétrico.

    23h00m em ponto e lá estava eu sentado a mesa de um tradicional boteco que eu frequento, é um dos negócios que tenho em sociedade com o Franz, então estava digamos seguro. Sem saber muito da aparência da garota eu fiquei lhe esperando por longos 23 minutos. Percebendo que pontualidade não era o forte da pupilo, aguardei mais alguns instantes até que finalmente percebo uma energia moderada vindo de algum lugar próximo a mim.

    Olho para os lados e como toda Wampir novinha lá estava à espalhafatosa ruiva, que havia deixado de lado os conselhos que eu havia dado sobre vestimenta. Trajando um belo corselete verde que parecia lingerie, com calças jeans super justas e um casaquinho preto. Um belo salto a deixava com mais de 1,75 e a carregada maquiagem escura a faziam parecer uma garota de programa da Baixo Augusta.

    Com a primeira impressão deixando a desejar, só me restava aguardar que ela viesse ao meu encontro. Então dito e feito, ao menos o poder de sentir os sobrenaturais ela havia aprendido e não demorou até que parou ao lado de minha mesa. Sr. Ferdinand? – Perguntou ela – Sente-se minha querida – Disse eu ficando de pé e puxando a cadeira para que ela se acomodasse.

    Então finalmente chegastes senhorita Letícia, é um prazer tê-la aqui esta noite! – Por mais que eu me sinta incomodado com atrasos ou algo do tipo eu não consigo tratar mal uma mulher. Primeiras impressões a parte e o papo durou por longos minutos, entre uma ou outra beliscada de água para disfarçar as aparências. Nunca é fácil aceitar a companhia de novos indivíduos em nosso convívio, porém Letícia havia gerado belas expectativas. Principalmente por confessar de quem ela era pupilo e tendo em vista o renome de seu mestre.

    Noites depois Franz também quis conhecer a pupilo e me jurou de pés juntos que só conversaram… Difícil acreditar que ela não tenha experimentado os lençóis de meu irmão, porém ele está convicto que ela pode andar mais vezes conosco. Independente do que eles tenham feito, imagino que ele tenha lido a mente da ruivinha e visto as suas principais intenções.

    Novos aliados? Amigos? Só o destino sabe o que esse novo contato irá nos trazer…

  • FanArt da Vivian

    FanArt da Vivian

    Este FanArt é da Vivian, que fez um belo click do por do sol e aproveitou para mandar junto um elegante poema sobre a sua visão do despertar de um vampiro, além de algumas fotos pessoais.
    Quero deixar um registro aqui: Tenho um certo “fraco” para as ruivas =)

    Além disso, queria ouvir a opinião de vocês sobre algo: vocês se sentem bem quando possuem algumas fotos publicadas por aqui?

    O despertar

    Acordo confusa e me pergunto onde estou?
    Olho para os lados e vejo o que restou daquela noite,
    Sem saber o que faço um caminho eu trilho
    Por esta noite sombria de céu vazio
    Na simples esperança de encontrar algo que me faça lembrar tudo…

    Olho lá no fim da estrada e te vejo
    Sem mero entendimento você corre, para bem longe
    Não estendo o porquê disso
    Estão vou ao seu alcance..
    Esta tudo tão estranho, pois vejo o mundo diferente
    Sinto fome, uma fome sobre humana, uma fome que não é comum,
    Uma fome forte e agonizante,
    Sem entender o porquê..
    Sim uma fome de sangue!

    Não sei o que fazer, caminho pela rua com adrenalina a mil,
    Todos que me olham me evitam, fogem..
    Então paro em frente a uma espelharia,
    E me recordo de tudo,
    Então percebo que o despertar aconteceu!

    Corro, corro, o mais longe possível,
    Vejo que ainda tenho muito para aprender nesse novo mundo,
    Nesse mundo estranho,
    Sem conseguir conter esse mal que tanto me atormenta.

    Caminhando pela floresta, nessa noite sombria
    Em busca de ajuda, em busca de alguém que ira me fazer bem,
    Que ira dividir esse mundo comigo, por toda a eternidade..
    Em busca de alguém que fará meu coração bater,
    Em busca de alguém que me fará sentir novamente o calor,
    E a chama de uma paixão!

     

  • Menaje atroa na década de 20

    Menaje atroa na década de 20

    Sempre me perguntam sobre o lado sexual dos vampiros, sobre como mantemos nossas relações sexuais, ou como funcionam nossos órgãos sexuais. Tal qual sempre digo, somos humanos normais nesse sentido com a exceção de que não podemos nos reproduzir, ou seja, explicando de uma forma clara: um vampiro não pode fecundar mulheres e uma vampira não pode gerar um bebe. A menos que ocorra algo através de magia ou com alterações genéticas, como se ouve falar muito atualmente.

    Esses dias lembrei-me de uma noite de festa no qual sai com Eleonor (minha irmã) para uma festinha (orgia). Para que fique claro Eleonor é filha do Barão, que é tio “tataravoavô” de minha falecida mãe, ou seja, parente distante mas na mesma linhagem de sangue. Deixando mais claro ainda, chamo Eleonor de irmã, por convivência da mesma forma que homens chama outros amigos de irmãos, ok?

    Pois bem vamos aos fatos daquela noite…

    Todo vampiro tido como normal depende de sangue humano para sobreviver, esse sangue nos proporciona toda a energia que nos mantém mortos-vivos e precisa ser reposto de tempos em tempos. Não vem ao caso o porquê da necessidade desse líquido precioso, mas é fato que se desprovidos dele entramos primariamente em um estado de fúria, que pode proporcionar um sono quase eterno. Por que essa explicação? Sei lá, volta e meia me pergunto algo e vou respondendo como posso.

    Em uma bela noite de primavera acordei com fome, a década era a de 20, o ano não lembro e a cidade era a bela rio de janeiro, no entanto, o que importa mesmo é que Eleonor havia acordado da mesma forma. É fato que vampiros quando estão com fome transpiram brutalidade e sexualidade, então imagine o ambiente naquele dia. Tomei um banho, aparei a barba e quando menos espero a sinto passando suas mãos e unhas em minhas costas. Como é bom acordar assim não é mesmo?

    Entre alguns amassos e beijos, de inclusive fazer sair sangue, a convenci de ir à caça na av. Atlântica. E lá fomos-nos, eu na forma de lobo e ela como uma bela pantera negra em meio à selva fechada e com poucas trilhas que na época existiam no parque da Tijuca.

    Enquanto corria em meio às árvores eu sentia meu demônio aflorando implorando para se libertar e tomar o controle, mas agüentei o quanto pude até que chegamos próximos a Praça Bernadelli, um local que não existe mais e que era ótimo para ver ao longe o majestoso Copacabana Palace.

    Era perto das 22 quando andávamos de mãos dadas nas calçadas “petit pavet”, já em forma humana e em direção ao hotel. Nesta noite acontecia uma festa no lugar, pelo que lembro era um casamento mas isso não vem ao caso.

    Naquela época todos andavam bem vestidos e não tivemos dificuldades em dar uma de “furão” haja vista o alto poder de persuasão de Eleonor. Ok, a beleza sobrenatural da linda moça de seios fartos e lábios carnudos, bem vermelhos, ajudaram um pouco.

    É preciso informar que nesse momento o meu demônio já estava prestes a assumir e não demorou a acharmos algumas vítimas, além do que em casamentos sempre tem gente “fácinha”. Por sorte as senhoritas estavam hospedadas e nos convidaram para os seus aposentos, local onde a nossa festa começou.

    Cabe aqui recordar o fino traço das senhoritas que nos acompanhavam, uma bela descendente de irlandeses, de cabelos alaranjados como o fogo. Lindos olhos azuis, vestido verde oliva de fina seda francesa com detalhes em renda e pedrarias. Sua amiga escolhida por Eleonor, era loira, tão jovem quanto à outra e dona de um sorriso rejuvenescedor que contrastava com o azul claro e radiante de suas jóias decoradas com belas turquesas.

    Subimos pelo elevador e dentro dele iniciei meu festim. Entre toques suaves e pegadas firmes não demorou muito para que a pele clara da ruiva se estremecesse toda. Alguns beijos gélidos no pescoço dela e minhas presas afloraram… O corredor foi um caminho longo até o quarto, que foi aberto no desespero, fazendo a porta ser fechada com um grande estampido seco.

    Antes que pudesse manifestar qualquer reação humana, meu demônio sugou a pobre ruiva até que pode, terminando antes que seu sopro de vida se fosse a fazendo desmaiar em pleno tapete branco que cobria o assoalho de fina madeira. Excitado pelo jovem sangue consumido, não precisei pestanejar muito para compreender que seria aquele dia que eu aprofundaria meu relacionamento com Eleonor.

    As moças semi-nuas na cama e o forte perfume exalado pelos hormônios femininos foram o combustível motivador dos meus seguintes atos. E lá ficamos nós três envolvidos pela ardente excitação sobrenatural no mais fabuloso ménage atroa, onde três almas se tornam apenas uma. É certo que depois de alguns instantes éramos apenas dois, mas quem disse que queríamos parar?

    Quarto arrumado com as donzelas deixadas sob os lençóis e voltamos corados para casa. Esta noite havia selado algo que nos unia há muito tempo, sentimentos recolhidos que se expandiram na forma de uma grande amizade fraternal que dura até os dias de hoje.