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  • Fui traído! E agora? – pt3

    Fui traído! E agora? – pt3

    “Eu desço dessa solidão
    Espalho coisas sobre
    Um Chão de Giz
    Há meros devaneios tolos
    A me torturar
    Fotografias recortadas
    Em jornais de folhas…”

    Eu estava com muitas ideias na droga da cabeça. A vontade era de sair de moto, sem juízo ou capacete. Achá-la e meter a mão na cara daquela puta. Como pôde depois de tudo o que tivemos? Depois de tudo o que lhe dei ou ainda poderia lhe proporcionar deste mundo ou dos outros?

    – Vadia! – Gritei sozinho e desolado no quarto do hotelzinho de beira de estrada.

    – Alô, alguma notícia do wi-fi ou ele tá vindo a cavalo? – Falei para a recepcionista

    – Disseram que “resetaram” o modem senhor – respondeu a garota cheia de resceio e aparentemente medo.

    – Ok. Por favor, me retorna quando voltar! – Falei grosseiramente.

    Se há algo que me irrita é o fato de não poder fazer o que quero. Sim sou teimoso, sim odeio ficar parado e sim vou parar de reclamar e lhes contar o que ocorreu depois que o maldito acesso a internet voltou…

    – Hey pessoal, finalmente consegui me conectar no Skype para falar com vocês. E ai Franz alguma notícia daquela puta?

    – Então irmãozinho. Fomos aos lugares que indicou e nem sinal dela…

    – Puta que pariu – Interrompi-o e louco para lhe dizer que eu iria cuidar daquilo eu mesmo.

    – Calma, deixa eu falar… Não a encontramos, mas a Pepe e a Becky fizeram um refém enquanto eu investigava outro lugar. Espera que vou te mostrar a cara do infeliz…

    Naquele instante Franz levou o notebook para o outro quarto, onde havia um senhor oriental de cabelos brancos e que vestia roupa social. Além disso, ele estava visivelmente abatido, machucado e sem saber o que estava lhe acontecendo.

    – Pelo que descobrimos ele é um “laranja”. Partiram dele os contatos feitos com a aquela vagaba e vamos tentar que ele marque uma nova reunião para emboscá-la. O que tu achas?

    – Acho que ouvi falar desse puto ai é o tal (…), mas acho que é uma boa opção. Conseguiram mais alguma cousa?

    – Por hora isso e o fato de que ela ainda não terminou a espionagem. Parece que ficou devendo alguns arquivos e projetos para eles. Quando ela soube que estava sendo investigada, simplesmente picou a mula, como dizem irmãozinho.

    – Menos mal, me mantenham informado. Não quanto mais ficar me escondendo do mundo. Não achei que a droga da transformação da Pepe fosse sugar tanta energia.

    – Quanto mais velhos, mais poder desprendemos nas transformações. Tanto que a Pepe está bem forte. Fica de molho ai por mais um tempo, melhor isso do que eu ter de te salvar em algum lugar (risos).

    – Ah falou o todo poderoso… Enfim deixa-me dar um tchau para as garotas…

    Depois disso, falei por mais alguns instantes com Pepe e Becky, mas nada além dos “oi, tudo bem?” e desliguei em seguida.

    Desliguei o notebook como quem fecha um livro depois de mais um capítulo lido. Avisei na recepção que iria sair e que era para preparar meu carro. Sai sem rumo, mas com o objetivo de esticar as peras e espairecer. Naquele momento eu estava um pouco mais aliviado por ter falado com meu irmão, mas seria muito interessante se surgisse algum bêbado ou perdido querendo doar sangue.

    “Boite (…) 2 Km”

  • To entediado aqui… Grito No Vazio Parte 4

    To entediado aqui… Grito No Vazio Parte 4

    Pow bicho,

    fiquei cansado aqui no oriente e to voltando pra Floripa… Opa tão me chamando pro avião…

    Por enquanto fiquem ai com a penúltima parte do conto do doutor:

    Grito No Vazio Parte 4

    O homem acariciou o rosto de Alessandra e à medida que ela parava de gritar seu aperto forte foi enfraquecendo. Alessandra já não queria mais gritar, limitando-se apenas a respirar de maneira ofegante e permitir que as lágrimas rolassem soltas sobre sua face. O Doutor aproveitou aquela proximidade para admirar um pouco sua beleza, Deus! Como ela era bonita! Os cabelos era louros e caíam em cachos pouco abaixo dos ombros, os olhos eram de um azul claro, típico dos descendentes germânicos, ainda que esse azul tão belo estivesse um tanto manchado pelo vermelho provocado pelo choro, mas para o Doutor aquela era uma mistura interessante, o azul imaculado mesclado com o vermelho da violação, era como poesia para o vampiro. O Doutor permitiu-se olhar mais, normalmente ele evitava aquela proximidade com seus pacientes, mas Alessandra era especial, ele a desejava, ele queria iluminá-la com sua sabedoria profana, e o que o Doutor quer, ele consegue. Seus olhos desceram até o pescoço de Alessandra, a pele era macia e branca, tal qual a das moças ricas de seu tempo, por um breve segundo, que mais pareceu uma eternidade, ele viu a jugular pulsar no pescoço de Alessandra. O Doutor lutou contra seu instinto de predador, que o mandava dilacerar a garganta daquela bela fêmea e sugá-la até a última gota. Não! Ele não deveria beber de Alessandra, ele a queria imaculada e forte para as duras lições que ainda lhe seriam apresentadas antes do fim desta noite.

    Seu olhar desceu mais um pouco, chegando até os seios da moça. Eram firmes, delicados, o vampiro se esforçou para tentar ver além da delicada blusa que cobria o corpo de Alessandra. “Devem ser rosados” pensou o vampiro, cada vez mais sedento. Então ele se afastou subitamente, fazendo Alessandra levar um susto, haveria tempo para ele contemplar a nudez de Alessandra, mas tudo ao seu tempo… Tudo ao seu tempo… O Doutor era metódico e controlado demais para permitir que aquela mortal o fizesse esquecer de seus estudos, apesar de sua natureza vampírica e bestial clamar por uma noite regada a sangue e sexo com aquela deliciosa e assustada menina.

    _Vamos amarrar mais uma vez essas mãozinhas. Preciso pegar meu equipamento para iniciarmos a sessão dessa noite… Shhhh shhhh, não se mexa minha menina, não poderei amarrar se você se debater dessa forma… Assim, quietinha…

    Dessa vez os nós foram firmes e bem feitos, dignos de um mestre escoteiro. “Ele QUERIA que eu me soltasse”, pensou Alessandra, em mais um breve momento de lucidez.

    _O que você quer de mim? Por que fez isso comigo? – Alessandra tirou coragem de onde não havia.

    O Doutor apenas sorriu e beijou-lhe a testa, enquanto afagava-lhe o cabelo sedoso, porém um pouco sujos de quando Alessandra ainda estava no chão.

    _Responda seu filho da puta!

    O Doutor dessa vez arregalou os olhos, “filho da puta” era algo que ele não esperava ouvir saindo daquela boquinha tão delicada. Ah, como ele iria apreciar esta noite! Como ele iria sentir prazer em extrair os gritos de Alessandra. Para o Doutor felizmente a noite ainda seria repleta de um prazer insano e demente, mas para a pobre Alessandra aquele era o início de algo que mudaria sua vida – se ela saísse viva dali, coisa que começava a duvidar – para sempre.