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  • Adoro ver o sangue de traficantes

    Adoro ver o sangue de traficantes

    Nestas últimas noites vivi momentos interessantes junto de minha amada Beth. Momentos em que por vezes desejei ser mortal para poder passar um dia inteiro a seu lado, aproveitando cada segundo a seu lado. Claro que não fico me torturando por causa deste mísero detalhe, todavia achei legal falar disto, pois ouvi comentários aqui pelo blog com dúvidas a respeito do que Beth estaria fazendo.

    Enfim, deixando o lado humano de lado, este post é para falar de uma história interessante que me ocorreu a umas quatro semanas atrás, onde ajudei meu cunhado na perseguição e posterior prisão de alguns traficantes de drogas.

    Esta história teve início em uma noite no qual a Beth ligou para seu irmão, para felicita-lo por seu aniversário. Minha audição aguçada que sempre está ativada, me fez ouvir “sem querer querendo” ele comentar que estava em um caso de tráfico. Situação que obviamente me chamou atenção e no momento em que lhe felicitei inevitavelmente acabei lhe fazendo falar um pouco mais do que podia. Apesar dele ainda estar bravo comigo por causa da última vez que nos vimos…

    Descobri que a ação promovida pelos colegas do meu cunhado se passaria em um hotel e lá fui eu tentar dar uma de policial para combater o tal 290 (crime de tráfico). Meu cunhado me conseguiu um uniforme, armas e eu resolvi utilizar um novo poder chamado Maskharah que o Zé estava me ensinando antes de sua morte. Com este poder é possível imitar a face de outras pessoas com todos os seus detalhes e formas, utilizando-se de um pouco de ilusionismo e atuação, claro.

    Lembro que o grupo se reuniu próximo das 20h e la estava eu se passando por um recruta da entorpecentes. O plano discutido era simples, dar flagrante, apreender todos os materiais ilegais e elementos envolvidos.

    Porém nem tudo é tão simples quanto se pensa e assim começava mais uma aventura em minha não-vida…

    1h – “Merda!!! De onde veio todo esse armamento?” Essa foi a última frase que ouvi do capitão antes dele ser baleado entre o pescoço e o colete e cair ao meu lado. Enquanto eu o puxava para o corredor senti de imediato que o grupo pensava em fugir, mas meu cunhado, que era o segundo no comando, tomou as rédeas da situação. Ele nos reagrupou então numa região segura no corredor daquele hotelzinho barato para reprogramar a ação.

    1h 10m – Chamamos reforços e o pessoal que estava do lado de fora lançou granadas de efeito moral e fumaça para dentro do apartamento. Não demorou muito para que eu ouvisse movimentação dentro do apartamento e ao avisar meu cunhado ele me chamou num canto e perguntou o que eu podia fazer. Até pensei em me transformar em algo ofensivo, mas não podia fazer aquilo em meio a tantos humanos. Na hora a melhor solução foi se esconder no andar de cima e virar névoa para invadir o apartamento na surdina.

    1h 17m – Combinei a ação e pouco tempo depois eu estava dentro do apartamento em forma de névoa, havia muita fumaça o que dificultou um pouco minha visão, todavia consegui ver os 5 elementos trancados em um dos quartos, programando suas próximas ações e recarregando suas potentes armas. Um deles inclusive possuía algumas granadas em uma cinturão. No quarto também haviam duas malas com cocaína e uma mochila com muito dinheiro, ou seja, tantos os vendedores como os compradores estavam ali.

    1h 25m – Meu cunhado estava tentando manter uma negociação com os elementos e por duas vezes ele falou em alto e bom tom “O prédio está cercado, se entreguem e vamos acabar logo com essa palhaçada!”. Porém os safados não se manifestavam e apenas um deles disse cochichou: “Cara só vou sair daqui morto”. Ao sentir tão demonstração de desapego diante de sua vida aparentemente inútil, meu lado sombrio começou a me instigar e meu demônio começava a implantar ideias em minha cabeça: “5, até que não é tão difícil”, “Cinco corações pulsando, lembra-se do gosto?”…

    Em momentos como esse é sempre difícil manter a concentração e mesmo com a vontade chicoteando minha mente eu consegui resistir bravamente por mais alguns minutos. Não demorou e minha audição aguçada me permitiu ouvir os dois grupos se manifestando para agir. A partir desse momento seriam poucos segundos para eu poder fazer qualquer coisa e acabei optando pelo belo e bom improviso.

    1h 34m – Já em forma humana usei minha velocidade para pegar algumas das granadas de fumaça que ainda expeliam o seu conteúdo, aproximei-me com a mesma rapidez do quarto onde eles estavam e as joguei dentro. Em segundos eles começaram a tossir e assustados saíram correndo do quarto.

    Puxei as pernas do primeiro e o arremessei contra as paredes do corredor em direção a sala. O segundo vinha logo atrás ficou assustado com o que presenciou e tentou atirar, mas não conseguiu pois fui mais rápido e lhe dei uma coronhada com minha pistola em seu pescoço. Logo atrás vinha o terceiro que me viu batendo no segundo e recuou. Encerrava ali minha sequencia pois levei dois tiros de escopeta que por sorte acertaram meu colete a prova de balas mas que me derrubaram direção a sala.

    Nesse instante vejo dois policiais invadindo a sala munidos de escudos e capacetes, logo atrás vinha meu cunhado que falou em claro e bom tom: “Rendam-se vocês não tem mais para onde ir”…”Joguem as armas e saiam com as mãos na cabeça”.

    1h 38m – Os três que restavam jogaram as armas no corredor e se renderam. Meu cunhado veio até mim me deu um capacete e sussurrou: “Tua máscara caiu”. Um pouco atordoado com o impacto do tiro eu me recompus e levantei. De imediato vejo o capitão se aproximar, sua ferida já estava protegida com uma gaze improvisada, mas mesmo estando fraco ele teve forças par ame dizer: “Aqui não existe lugar apara heroísmo garoto, pega tua sorte e volta pro colo da tua mãe, tu quase fudeu a operação”…

    3h 28m – Já em casa e no chuveiro revejo mentalmente meus passos. Nunca gostei muito do sistema policial e de toda aquela moralidade irrefutável. Será que eu realmente havia me precipitado? Bom, se fosse noutro lugar onde eu pudesse me transformar em minha forma de batalha seria o fim daqueles humanos…

    Fui dormir repensando minhas estratégias e em como as coisas mudaram hoje em dia. Concluí mais uma vez que minha intuição havia gerado mais problemas do que resultados positivos e com isso foi impossível não relacionar tudo aos 30 anos que perdi dormindo.

  • Ainda atrás de informações

    Ainda atrás de informações

    Acredito ter encontrado um caminho a seguir depois da conversa que tive com o tal Ávila. Era um sujeito sujo e mal encarado, típica pessoa que se olha de longe e se desvia para não arrumar rolo passando perto.

    Como eu sabia que ele não ia se abrir fácil eu o surpreendi enquanto ia ao banheiro no tal Bar. Tranquei a porta principal rapidamente e o prendi por trás, segurando com uma mão os braços e com a outra pressionei sua cabeça sobre o balcão da pia.

    – Algumas horas depois que tu saiu da casa do Zé ele foi morto, o que aconteceu por lá cara?

    Ele me xingou de várias coisas e se fez de mole, então comecei uma tortura leve, usei minha habilidade para aumentar as unhas e com o indicador pressionei o seu pescoço…

    – Eu não fiz nada eu não fiz nada eu não fiz nada seu maluco…

    Detesto quando me chamam de doido ou algo do tipo, soquei com o cotovelo as costas dele o que proporcionou um breve gemido.

    – Calma loco eu falo eu falo…

    Geralmente as pessoas falam as coisas mais facilmente que nos filmes, basta ser um pouco mais brabo e ter voz firme. Ele se sentou então ao chão e olhando para baixo disse:

    – Véio eu vendo uns barato, teu amiguinho comprava uns bagulho de mim só isso…

    Antes que ele terminasse a frase lhe dei um tapa corretivo com as costas da mão, o que lhe fez deitar e cuspir nos meus pés.

    – Eu sei da merda que tu vende seu babaca, quero saber o que tu fazia lá um tempo antes dele ser morto.

    Ele tossiu um pouco, mas em seguida soltou:

    – Véio eu só fui lá deixar um bagulho, não sei de nada véio… Ele tava com pressa parecia que ia vazar pra algum pico sei lá. Entreguei o lance ele me pago e fui embora loco só isso…

    Dei outro tapa corretivo nele, mas agora para o outro lado o que lhe fez cuspir um pouco de sangue.

    – E na hora que tu foi embora não viu ninguém diferente chegando ou passando perto do ap?

    De imediato ele disse:

    – Não véio nad… Humm pera, tinhas umas duas gostosa subindo as escada, duas xereca perfumada… Eu até dei uma brincadinha, ta ligado, mas elas nem olharam loco. Uma tava com um casacão preto e a outra tinha uma mala. Acho que elas não morava ali não, mas não vi se foram lá pro teu amigo…

    Nessas horas um pensamento rápido sempre atormenta minha mente, será que mato o f.d.p. rápido ou o deixo sofrer um pouco. Como eu estava com pressa quebrei o pescoço dele, transformei-me em névoa e fui embora dali até o meu carro.

    Saindo dali, era impossível não pensar que as duas mulheres estivessem envolvidas com a morte, mas elas podiam ser qualquer coisa, bruxas, lobas. Nessas horas até de alguns vampiros pode-se desconfiar. E estou indo atrás de um amigo do Zé, um cara que tem todo tipo de informação e talvez possa me informar se alguém estranho de fora estava circulando pela região.