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  • Girls night out – Lilian – Pt1

    Girls night out – Lilian – Pt1

    24/05/1960 – 21h34m

    – Você acha realmente que poderá lidar com isso?

    – Come on T! Será que é tão difícil confiar em mim?

    – Não é uma questão de confiança Lili, isto é extremamente perigoso!

    – Se eu nunca treinar, como é que vou exercitar meus dons?

    – Seus dons precisam de treino emocional e físico!

    – Manusear uma katana precisa de emocional?

    – Minha cara, pare de ser ingênua e foque no necessário!

    Trevor , como sempre exigindo o máximo de mim, desde que eu me transformei em vampira. Meus primeiros dez anos nesta nova vida foram feitos por longos aprendizados, um deles era o controle sobre a sede, digamos que foi o mais difícil de lidar. Eu tive que aprender a meditar e controlar a vontade de saciar meus desejos vampíricos, aprendendo também a seguir  as regras da Ordem Vermelha ( Posso apenas dizer o primeiro nome do clã), lá me foi ensinada as técnicas de arte da luta japonesa, uma delas a minha especialidade o Kenjutsu ( Técnica da Espada) uma arte marcial clássica japonesa do combate de espadas. Eu domino oito dos mais antigos estilos do Kenjutsu, estes foram criados no século 15 e 16 na região de Kyoto e mantidos dentro da Ordem, cultivados e repassados aos mestres e seus aprendizes. Dizem que essa arte foi passada para um vampiro antigo, o merecedor do aprendizado, o mesmo foi agraciado com a dádiva de aprender com os oito monges criadores  da arte da espada, dando inicio a criação da Ordem.

    Nossos mestres tinham o dever de nos preparar para muitos tipos de combate além do principal citado a cima. Tínhamos que provar diariamente que poderíamos ser soltos no mundo após o treinamento completo. No nosso clã, você é preparado para o mundo após renascer como um ser da escuridão, sendo treinado e guiado, até que venha a certeza de que atingiu a evolução física e emocional necessária  para lidar com essa nova vida sozinho e fora das fortalezas da Ordem.

    Uma vez liberado, você é marcado para sempre com o guia espiritual do clã através do Tebori ( Tebori  é a tradicional arte de tatuar manualmente o corpo ) com a marca do Dragão Vermelho nas costas ( O Dragão Vermelho  simboliza o poder e a valentia, o heroísmo e a perseverança), eu fui treinada durante trinta anos antes de receber a grande chance de sair para o mundo e mostrar aos meus mestres que eu era merecedora da confiança deles.

    Eu aproveitei para viajar e conhecer o mundo durante cinco anos, acabei conhecendo outros tipos de artes marciais, culturas, vampiros de que ainda mantenho contato, nunca saindo do que me foi ensinado, mantive as regras e contribui para o meu crescimento como vampira.

    Após estes cincos anos, voltei ao local no qual a Ordem fica localizada, estava sentindo falta do meu mestre e grande amigo (praticamente a minha figura paterna vampírica). Uma vez que voltei ele me propôs ir morar em um pais da Latino America, lá ele tinha alguns amigos e eles ajudavam vampiros na mesma situação que eu, ou que apenas precisavam ser guiados. Ele queria que eu ajudasse, e claro que aceitei e segui Trevor  começando uma extensão da Ordem.

    2014 – 22h45m

    Era uma típica noite de segunda-feira, eu podia ouvir Dani e Trevor discutindo sobre alguma coisa relacionada aos novos membros que estavam em treinamento.

    – Dani você as vezes parece uma criança teimosa!

    – Se eu sou uma criança teimosa, você é um típico velho rabugento.

    – Eu tento lhe falar para manter as técnicas da Ordem e guiar os mais novos através deste meio! Ponto final Dani!

    Eu tentei por muitas vezes explicar que por mais que fossem “recém nascidos” ou vampiros que precisavam de algum tipo de ajuda, eles eram adultos pensantes e com opiniões. Mas vai tentar discutir isso com dois vampiros com mais de quatrocentos anos… Total perca de tempo. E eu estava totalmente entediada, precisava sair para tirar o tédio da minha cola, resolvi então pegar minha katana,( ela fica escondida através de um efeito de espelho criado por um mago conhecido por nosso clã, a espada não aparece aos olhos humanos e nem aos não humanos, ela aparece apenas quando está em uso), liguei meu carro, um Charger 1970 preto e reformado (Claro) e então resolvi conhecer uma das vampiras do clã do Ferdinand, alguém que me foi muito receptiva e simpática ao me conhecer.

    – Alô?

    – Oi Becky, está afim de fazer algo?

  • Fui traído! E agora? – pt2

    Fui traído! E agora? – pt2

    Eu estava em meu sítio aproveitando uma maravilhosa noite sentada na varanda, lendo um bom livro. Por um instante, observei a lua cheia e pensei na hipótese de que talvez pudesse haver algum peludo por perto, e mesmo com os riscos eu estava tranquila. Lá era um dos meus novos refúgios, um ambiente calmo e pacato em que só se ouve os barulhos dos insetos. Além disso, só ficaria por lá no fim de semana e logo voltaria para a cidade e seu “agito” noturno.

    Após tantos anos “vivendo” com receio, eu me sentia livre e protegida com a ideia de ter encontrado um novo clã. Ou melhor, um clã, pois até então, eu nunca havia feito parte de algum. Naquele momento, tudo o que eu esperava era ser aceita, e acho que eu estava me saindo bem. Pois, apesar de ser brincalhona e ter a aparência frágil eu era sim, muito forte e fiel com aqueles que me mostravam merecedores. E diante de tal situação, eu sentia que tinha encontrado verdadeiros amigos, talvez até uma família.

    Estava quase amanhecendo. Resolvi voltar para dentro da casa e fui direto tomar um bom e demorado banho.  Na volta, olho para o celular. Duas ligações perdidas. Uma era de Eleonor. A outra, de Franz. Liguei para minha querida amiga que logo me encheu de perguntas sobre o que eu havia achado dos “meninos”, pois, ao saber do nosso encontro, não conseguiu conter a curiosidade.

    -Ah Ferdinand é super querido. De cara ficamos muito amigos e descobrimos inúmeras afinidades. Ainda não conheci os outros pessoalmente a não ser o… Franz, uma figura. Mas nem vem Eleonor! (risos)

    Ficamos horas no telefone “fofocando”. Mas enquanto falava com ela, imaginava por que raios Franz estava me ligando.

    -Alô? É…Oi… Franz? É a Becky. Desculpe retornar só agora. Eleonor me ligou e sabe como é…

    -Oi, ah sim. Imagino que ficaram horas falando de mim!

    Naquele momento, olhei para o teto do quarto e soltei um “convencido” e imediatamente o questionei:

    – Precisa de algo?

    -Preciso sim, de sua ajuda. Ferdinand mandou chamá-la também. Mas, só poderei explicar quando você chegar aqui, “sabe como é…”

    Enfim, trocamos mais uma ou duas palavras e combinamos de nos encontrar, pois, eu estava curiosa para saber o que estava acontecendo…