Tag: drogas

  • Sexo, ritual e passeios de moto

    Sexo, ritual e passeios de moto

    Saindo daquela minha tragédia grega atual, vou mudar o foco um pouquinho e escrever sobre uma noite nada convencional com o Ferdinand, o nosso galã, o vampiro sedução, (ele vai me xingar depois dessa!).

    Bom, ele veio visitar no meu país há alguns tempos atrás e decidiu que seria bacana se nós nos conhecêssemos melhor, para o laço ficar mais forte e tal. Eu achei bacana e ficou combinado dele vir a minha casa em uma típica sexta-feira de muita lua e muita putaria noturna para relaxar!

    Lá estava eu vendo uma série quando minha campainha toca, e o vampiro alto, loiro cheio de charme estava entrando na minha sala e como sempre falando, “Cara como você cresceu!” ¬¬’’’’’’ Obrigada Fê nem da pra reparar! Demos um abraço, ofereci uma taça de sangue, afinal é o certo na nossa sociedade, assim como vocês oferecem um copo de água, um boquete…. Nós oferecemos sangue porque é bacana e tradicional.

    Depois de algum tempo colocando a conversa em dia e tratando de alguns negócios, decidimos que seria legal dar umas voltas de moto e ir em alguns lugares exóticos dedicados à nossa sociedade. Sugeri um BloodPub conhecido entre nós e super discreto, o mesmo aceitou, claro, e seguimos caminho indo até o lugar.

    Chegando lá é apenas uma entrada normal em uma sala discreta ao estilo vitoriano, mas ao descer ao porão ou ao HellRoom, nossa recepcionista era nada mais nada menos que uma bela vampira que escondia suas partes com tapa sexo, eu não me incomodei e o Ferdinand também não, afinal o que é bonito é para ser admirado, enfim, voltando ao local em si, passado pela recepcionista, chegamos até o salão principal, que lugar agradável, garçonetes semi vestidas, Blooddrink por toda parte e confortáveis sofás e ótimas funcionárias nos serviam do jeito mais agradável possível, – Se eu soubesse que frequentava lugares assim, confesso que teria lhe convidado bem antes Lili!- Ferdinand parecia surpreso com meu gosto peculiar – Achou o que Fê, que eu vivia em festas country e em passeios românticos?  – Apenas sentei mais próxima dele e com uma piscadela fiz sinal para que a vampira morena nos servisse – Mais alguma coisa que eu possa ajudar senhorita King? – Ela disse toda insinuativa – Mais tarde querida! – Respondi apenas flertando de leve, Ferdinand ainda pasmo com a minha atitude, tomou mais um gole de seu copo e sorriu – Sabe Lili, passeios românticos eu sei que não são tua praia, mas desse teu lado sedutora de vampiras, mocinhas e afins é novidade… – como não sou boba nem nada, dei mais um gole no meu copo e guiei Ferdinand até uma parede cheia de buracos, lá podia se ver vários casais na pegação – Tá saqueei o porquê do nome HellRoom, aliás eles são bem convidativos?!… – Ferdinand parecia cada vez mais animado, decidi então leva-lo dois andares a cima e apresentar o HeavenRoom, o quarto dos céus….

    Não pensem meus caros, que neste quarto ao invés da sexualidade explicita, teríamos vampiros recatados e conversando sobre livros! Não, muito pelo contrário, o HeavenRoom, era o quarto onde os rituais mais pesados, mais loucos aconteciam, rituais no qual vampiros e bruxos entravam em transe, saiam da sua realidade e participavam de sensações e momentos que não esqueceriam tão cedo – E ai Fê, topa? – olhei para ele com uma pontinha de esperança que ele dissesse sim e o mesmo me olhou sorriu e deu um passo para dentro do quarto de ritual. E lá fui eu atrás do boss…

    Olhares, corpos, alucinações das mais loucas, me senti quase despida, vi Ferdinand abraçado a outras vampiras enquanto eu ria sem controle, me senti leve, cores… muitas cores me deixaram fora de ar, até que senti braços fortes me tomarem em seu peito, era o Ferdinand que me puxava para junto de seu pequeno harem, lembro de tomar copos e mais copos de néctar da vida, senti meu corpo ser tocado enquanto eu mesma tocava outros, senti o Ferdinand e mais alguns dali, sensação boa, sensação muito boa, o prazer tomou conta e depois um apagão veio em minha mente e o mundo parou…

    Acordei com uma sensação de leveza e sinceramente não lembrava de nada, até que olho a minha volta e vejo que muitas pessoas participaram na minha loucura, aliás acho que foi loucura generalizada. Mas quando olhei pro lado eu me toquei do que aconteceu, vi um loiro, tatuado, conhecido, semi nu….. PQP!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Sempre que entro nesses lances acabo com um conhecido querido sem roupas ao meu lado, lembra da Becky? Rs

    Não posso reclamar até porque foi bom e eu consegui vários novos contatos para passar alguns dias… =x… Mas foi insano levar o Ferdinand, porque nunca imaginei nós dois em uma aventura tão peculiar. Ele, porém, acordou sorrindo, contente e ainda tirou comigo – Hey, vou te convidar pra sair sempre! Muito insane essas festas que tu vais Lili! – Ferdinand levantou a procura de suas calças em meio aos corpos nus vampíricos que dormiam no quarto escuro iluminado por pequenas luzes – Fê a gente meio que…. – Aiii como é difícil falar isso, mas ele sem problemas conseguia falar – A gente meio que se conheceu melhor e dividimos uma noite bem cheia de surpresas agradáveis… – sim, que noite… Achei que seria melhor pegar minhas peças de roupas espalhadas e me trocar, arrumar o cabelo e sair de lá antes do sol aparecer…

    Quando chegamos em nossas motos, sem falar uma só palavra, eu me perguntava o que ele iria fazer depois até que – Hey, que tal a gente dar mais umas voltas de moto e quem sabe se alimentar de alguns babacas atoa por ai?  – A sugestão dele era ótima, subi na moto e fiz com a cabeça um sinal de aprovação, Ferdinand logo em seguida subiu em sua moto e partimos para mais algumas voltas a procura de alguma diversão ou apenas bancar os “Justiceiros”.

    “Oh Senhor, nos diga

    Nosso lugar é bem lá embaixo

    Se você escutar atentamente

    Você pode ouvir o choro

    Oh Senhor, Deus sabe

    Nosso lugar é bem lá embaixo”

  • Odeio o anoitecer – Parte 1 de 2

    Odeio o anoitecer – Parte 1 de 2

    Certamente, um dos períodos no qual eu mais me sinto triste é o entardecer. Não deveria ser assim, afinal esse período do dia nos equivale ao “amanhecer da noite”, mas alguns sentimentos são quase impossíveis de se explicar. Digo isso, pois foi o que me aconteceu tempos atrás, o que de certa forma me motivou a sair e dar um rolê. Antes que me perguntem eu não posso sair de dia, mas o céu estava com aquela cor roseada.

    Moto na estrada, em alguma rodovia grande do interior e o objetivo seria me encontrar com Hector. Nosso projeto “Os escolhidos”, estava parado, então a ideia seria levantar um pouco a poeira. Minutos depois eu cheguei no local combinado e lá estava ele junto de Eliot, sentados numa mesa de bar do interior, essas de plástico com marca de cerveja barata.

    Hector reclamou pelo encontro ser tão cedo, mas tive de marcar naquele horário em função de minhas insônias frequentes. Papo vai e vem, ele me contou sobre o que andava fazendo e decidimos ir para o seu refúgio, numa casinha de madeira de difícil acesso, no que parecia ser um sítio. Inclusive, reclamei, pois a estrada era horrível, quase furei os pneus da moto e arranhei algumas partes de baixo. Poxa, vocês sabem do amor que tenho pelas minhas motocas…

    – Relaxa, se quiser eu mando te entregar uma moto novinha.

    – Cara sabes que esse modelo não está mais em fabricação.

    – Pra mim moto é tudo igual.

    – Tá tá, me mostra logo o que tens feito aqui nesse fim de mundo…

    Diante os fatos ele me mostrou algumas foto aéreas e aparentemente era uma fazenda grande, onde dentre tantos detalhes se armazenava e distribuíam drogas sintéticas. Sendo a principal uma derivação, ainda sem nome e muito próxima da tal Flakka, consumida nos USA.

    Se há algo que adoro fazer é estourar esse tipo de lugar e não me faltava vontade para que fôssemos naquela noite mesmo. No entanto, como o objetivo desse nosso projeto é ajudar a sociedade, não bastava entrar lá e quebrar tudo, tínhamos também de prender os culpados e fazer com que eles chegassem até a polícia federal.

    Então liguei par a o meu amigo na PF e avisei dos nossos planos. No início ele ficou com o pé atrás, mas depois de alguns minutos ele consultou o banco de dados e como sempre viu que nossa ajuda seria vital. Está certo que nossas empreitadas deixam muitos destroços, mas vem cá. Precisamos nos divertir também…

    Consegui, que alguns agentes fossem ao local nos próximos dias e tratamos de planejar uma ação rápida. Como sempre entraríamos ocultos por algum feitiço/poder e dentro do lugar trataríamos de prender os lideres. Eliot já havia ido ao lugar e possuíamos algumas rotinas e detalhamentos sobre os melhores caminhos a serem seguidos.

    A verdade é que estes lugares possuem pouca vigilância. Nos filmes são vistos cercas altas, vigilância com câmeras e muitos seguranças. Só que isso é coisa de filme babe e a realidade é muito mais simples. Por que gastar tanto com segurança se podes gastar mais com trabalhadores? Tendo em vista essa realidade havia na verdade apenas dois galpões grandes, um onde as pessoa dormiam e se alimentavam e outro onde estava a produção das drogas.

    Por fora havia até uma meia dúzia de câmeras, que mandavam as filmagens para uma casinha pequena, onde dois caras se revesavam na segurança. As cercas em volta do lugar eram simples e estavam ali apenas para que os três Dobermans não fugissem, ou os empregados.

    Tudo mapeado e prontos para agir eu recebo uma mensagem da Claire no meu smartfone:

    – Fê quado puder me liga.

    Como havia um pouco de tempo antes da ação daquela noite eu resolvi ligar e fui surpreendido por um pedido inesperado de ajuda:

    – Obrigada por retornar brevemente. Tô desesperada meu pai sumiu e não posso falar disso com o nosso grupo, acho que tem gente daqui envolvida, me ajuda, por favor?

    Nessas horas eu sempre lembro do Franz pegando no meu pé, que eu não resisto aos pedidos de uma mulher carente, mas quando falei da situação para Hector ele foi enfático:

    – Cara sério? Na boa se tu for atrás dela vou mandar a merda esse nosso projeto.

    – Hey pera lá meu velho, não é bem assim…

    – Ferdinand tu não tem compromisso cara, tá sempre atrás qualquer putinha que te liga.

    – Ah vai a merda…

    – Vai se fude…

    Vendo que o clima estava uma bosta e prestes a ficar pior Eliot prontamente nos interrompeu:

    – Senhores não é hora pra discussões tolas, vamos focar nessa missão de hoje e ao final disso o Ferdinand pode ir correndo para onde quiser. Vai ser rápido.

    Hector ficou na expectativa, eu até ponderei por algum tempo, na verdade Hector estava certo, mas poxa, não sou de ferro e ele me ofendeu.

    – Tá relaxa vou ajudar vocês, mas porra Hector vê se cala boca, tu me confunde como Franz as vezes.

    – Tô errado cara?

    – Tá vamos nos concentrar nisso aqui, um problema de cada vez…

  • Os mortos não voltam – Parte V

    Os mortos não voltam – Parte V

    A música tocava alto demais para meus ouvidos sensíveis, e apesar de conseguir controlar isso, naquela noite eu estava extremamente desnorteada. Olhava ao redor procurando alguém com quem pudesse conversar. Alguém que fosse útil, talvez. Sophie resolveu dar uma volta com Lilian, que a todo instante perguntava se eu estava me sentindo bem, e não queria deixar-me sozinha, depois que contei os últimos acontecimentos e depois que mencionei estar com maus pressentimentos. “Relaxa um pouco e vamos nos divertir”. Sentei próxima ao balcão do barzinho e pedi uma bebida. Observando todos naquela festa, por um instante pensei que tudo aquilo era uma miserável perda de tempo. Lorenzo estava em apuros e eu estava ali, no meio daquela gente bêbada e alterada.

    – Você é daqui?

    – Oi? – Não percebi que alguém civilizado havia sentado ao meu lado.

    – Você… Nunca lhe vi por aqui. Aqui todos se conhecem…

    – Então, deve conhecer a Lilian. Vim com ela. – Falei sem olhar para ele, concentrada nas últimas gotas de meu Martini.

    – Ah sim, conheço ela de vista, Hélder, muito prazer. – Falou estendendo uma das mãos.

    Cumprimentei aquele rapaz que a principio não parecia interessante. Mas, como boa observadora que sou, percebi em seus olhos azuis outras intenções ao falar comigo. Após trocar algumas frases em meio a uma conversa desconexa, percebi que ele tinha uma tatuagem no pescoço, logo abaixo da orelha. Era um símbolo. Ele era um bruxo. Lembrei-me imediatamente do retrato de Thomas e Antoni, que por sinal, ainda estava no bolso da minha jaqueta. Minha memória visual era ótima. O símbolo tatuado naquele rapaz era o mesmo que Antoni tinha em suas mãos naquela imagem antiga. Percebi que eram do mesmo clã. Então, me perguntei se Thomas, que tinha em suas mãos o outro símbolo, o mesmo marcado na parede de meu apartamento, pertencia ao clã inimigo. Olhei para ele curiosa e ainda confusa com meus pensamentos, as peças estavam se encaixando, e acabei sendo impulsiva demais ao perguntar:

    – Você conhece algo sobre o clã de bruxos demônios? Conhece Antoni Erner?

    – Do que está falando?- perguntou surpreso, semicerrando os olhos e depois tentando disfarçar- Hahahahah, olha…acho melhor beber mais um drink, por minha conta, e vir comigo, vocês precisam esperar aqui….

    Sem entender nada, acabei tomando drinks que não devia, e havia algo na bebida que inexplicavelmente surtiu um efeito sobre mim. Não lembro como acabei indo dançar com aquele rapaz desconhecido. Mais tarde, Lilian e Sophie juntaram-se a nós estranhamente risonhas. Lembro-me que minha tensão passou por algumas horas e em alguns momentos, eu já nem sabia por que estava naquela festa. Lorenzo parecia estar ali comigo, sorrindo, dançando. Seus olhos verdes correndo sobre mim. Senti seu beijo adocicado em meio a um sorriso. De repente, uma forte dor de cabeça atingiu-me. Delirando, ouvi apenas:

    – Durma bem, minha pequena.

    Quando acordei, não sabia ao menos que horas eram. Se era noite ou se era dia. Estava zonza. Com certeza teria uma ressaca daquelas. Vi Sophie adormecida entre dois rapazes. Alguns bêbados perdidos. Encontrei-me junto a Lilian, vestindo apenas minha saia e meu sutiã. Quando dei por mim, comecei a perceber e a lembrar tudo o que havia acontecido. Caramba. A festa havia rendido. Olhei para Lilian. Nos beijamos? Pensei. Não. Foi mais do que isso. Mas havia sido bom. No momento tornou-se engraçado. Levei as mãos à cabeça. Durma bem minha pequena… Olhei ao redor. Então percebi, havia uma presença estranha e ao mesmo tempo familiar ali, nos observando.

  • Meu bem meu mal

    Meu bem meu mal

    Há certo tempo atrás eu estava sem muito o que fazer, praticando o famoso ócio criativo e resolvi escrever algumas histórias sobre temas diversos. Esta que exponho abaixo, foge a tradicional temática das histórias de minha não vida de vampiro, porém gostaria de aproveitar meu espaço para ver a opinião de vocês a respeito. Por favor sejam críticos, tal qual sempre. Obrigado!

    Meu bem meu mal

    “Não há bem sem mal, nem prazer sem preocupações.”
    (La Fontaine)

    Sexta-feira, 09:45: Paulo, cansado, tenta ler e entender algumas linhas sobre álgebra. O calor incessante não consegue ser vencido pelo fraco ventilador que sopra no teto da sala. Os olhos piscam, as pálpebras tremem e vários pensamentos tomam conta da cabeça.
    “- Aquela maldita prova de amanhã eu não consigo entender nada.”
    Fórmulas após fórmulas, as costas do rapaz alto, começam a doer. A cadeira desconfortável e o pouco espaço para as pernas sob a mesa. Tudo é desculpa para sair e tomar um ar.

    “-Vejamos o que tenho na mochila.”
    Sim, estava lá aquela peteca, que Paulo pegara outro dia com um de seus amigos. A prova ficou de lado, os olhos pararam de piscar e a vontade de dar mais uma cheirada surgiu.
    “-Esse pozinho vai me acordar!”
    “-Era disso que eu tava precisando”.
    Livros largados, mochila nas costas, era hora de procurar um lugar para dar uma cheirada.

    A faculdade é um lugar grande, tem muitos prédios cheio de salas vazias e escuras. A noite pouca ou quase nenhuma pessoa pode ser vista. Mas nada melhor que o banheiro da Matemática, ele é grande escuro, tem aquela pia gigante e da até pra tirar um cochilo que ninguém vai perceber.

    O caminho até o banheiro é escuro, o silencio é enlouquecedor e os vigias ainda não começaram a fazer suas rondas. Paulo segue solitário, quando de repente, ouve-se barulhos de latas sendo derrubadas. Um calafrio sobe pela espinha do rapaz que levanta a cabeça na procura de alguém ou algo, até que surge a sua frente no meio do corredor um gato preto. O pequeno animal, anda em direção do rapaz, que imóvel, fica a observar o felino passar se esfregando por suas pernas, continuando seu caminho como se não tivesse encontrado ninguém. Paulo respira fundo, olha para os lados, como se procurasse alguém, sorri e continua pelos corredores.

    As velhas lâmpadas fluorecentes, piscam e o caminho fica mais sombrio, Paulo empurra uma velha porta que range. O banheiro estava do jeito que ele lembrava, úmido, pouca luz, pia grande alguns mictórios e algumas cabines com vasos sanitários.

    A mochila vai ao chão, Paulo procura pela trouxinha. Coloca um livro em cima da pia e desenrola o pó branco em cima. A carteirinha da faculdade serve para quebrar melhor as pedras e a cédula de 1 real vira um tubinho. Tudo pronto, a hora chegou. Em uma só tragada a droga se vai pelo nariz.
    “-Sempre me da vontade de espirrar”
    “-Será que essa pega rá…pi…do…”

    O mundo para por alguns minutos, silêncio, escuridão total. Ouve-se barulhos de pessoas andando, barulho de correntes sendo presas, algo esta sendo arrastado. A escuridão começa a ser interrompida por flashes das lampadas, que mostram portas batendo vultos surgem… Três estalos de dedos são ouvidos. Paulo tenta abrir os olhos, mas encontra dificuldade. As lampadas param de piscar, mas o ambiente continua sombrio. O rapaz sente sua cabeça sendo chutada e quando finalmente abre os olhos vê uma mulher lhe observando sentada na privada. A mulher tem olhos escuros, cabelos longos amarrados em uma única trança e também escuros. Traja uma calça jeans e uma camiseta vermelha, com um cachecol preto envolta do pescoço.

    Somente a cabeça de Paulo esta dentro da cabine. Seu corpo do lado de fora parece estar amarrado.
    “-Estás te sentindo preso.”
    diz a mulher em tom irônico. Assustado e tentando se soltar Paulo diz:
    “-O que esta acontecendo, onde que eu estou… me solta”.
    “-Tu não tem sido um bom garoto”.
    Ficando nervoso Paulo reage:
    “-Me tira daqui, socorro, socorro…”
    Um novo chute na cabeça o atordoa e o faz para de gritar.

    No mesmo tom calmo e irônico a mulher fala:
    ”-Não adianta gritar, ninguém vai te ouvir, tu sabe que só passam pessoas por aqui de dia…”.
    “-Eu não quero saber, me tira daqui sua vaga…”
    Com um soco na porta e com a mesma calma na voz a mulher fala:
    “-O que eu preciso fazer pra tu ficar quieto? Tu não ta em condições de exigir nada! Eu vou falar e quero te ver bem quietinho entendeu?”
    Paulo fica em silêncio.
    “-Como eu ia dizendo tu não tem sido um bom garoto, reprovou em diversas matérias, tens desrespeitado a tua mãe, tch tch tch…tadinha dela, trabalha dia e noite pra te manter só estudando e tu maltrata a coitadinha. Tu sabe o que ela passa todos os dias naquele escritório? E a Maria tua ex namorada, tadinha, sofre até hoje pelo trauma que tu deixou nela pelos tapas, arranhões e toda aquela merda que tu dizia pra ela. Mas fica tranquilo hoje tu vai pagar por tudo!”
    Paulo que estava até agora ouvindo, arregala os olhos e fala com tom de medo:
    “-O que você quer comigo eu nem lhe conheço, o que foi que eu te fiz cara?”
    E a mesma voz calma responde:
    “-Eu tenho diversos nomes mas pode me chamar de Adriel!”.

    Surge novamente a escuridão, um barulho de serra acompanhado de batidas e um grito de dor…
    “-Ahhhhhhhhh, para para pelo amor de Deus”.
    “-Eu ouvi a palavra Deus? Quem tu acha que é pra pedir pelo amor divino?”
    Adriel passa a mão nos cabelos de Paulo, com carinho admira a face do rapaz e da um tapa em seu rosto:
    “-Eu não quero mais ouvir tu falar em Deus, ele não existe mais pra ti. Eu vou ser o teu inferno a partir de agora. Lembra-se da primeira vez que tu cheirou cocaína? Foi bom né? Tu gostou daqueles 30 minutos de prazer inconsciente. Sabe o que aconteceu nesse tempo que tu ficou inconsciente? Tu bateu na tua namorada, espancou a tadinha até ela chorar te implorando pra parar, e tu abobado achando que ela tava gostando. Tudo bem isso vai custar um pé”

    Escuridão, serra e gritos de dor…
    “-Por favor eu te imploro, para para…”.
    -“Isso tá apenas começando meu garoto. Teve uma vez que tu fumou cocaína junto de maconha. Nossa foi ótimo, tua cabeça tinha ficado leve, a matéria da faculdade no dia tinha ido que é uma beleza, em casa tu só lembra de chegar e dormir né?” A voz de Adriel que estava calma fica forte e grave:” Quando tu chego em casa tua mãe preocupada te perguntou o que tinha acontecido. Tu grito com ela, chamo ela de vagabunda, abriu a geladeira derrubo tudo que tinha dentro, pego o gato do chão e coloco no microondas. Tu achou mesmo que aquele pobre gatinho tinha fugido e que tua casa tinha sido roubada, como tua mãe disse? Ah isso vai te custar uma perna!!!”

    Entre flashes de luz pode se ver o rosto de Paulo fazendo expressões de dor. O barulho insano da serra e os gritos de dor param quando novamente Adriel brinca com o cachecol sobre o rosto de Paulo.
    “-Cansada de se incomodar contigo a Ritinha te deu um pé na bunda, finalmente ela descobriu um cara legal e te largou. E o que tu fez? Arrumou briga com o cara, arrebentou uma cadeira nele, ele ficou meio cego de um olho por causa disso sabia? tch tch tch, acho que um braço paga essa dívida!!!
    Paulo, quase desmaiado fala:
    “- Por favor não me mata não me ma…”
    Um golpe certeiro de machado é ouvido, enquanto a mão de Adriel segura a boca do rapaz que não consegue gritar.

    “-Tudo bem te sobrou um braço”
    Adriel comenta com humor e com um sorriso no canto da boca. Paulo está ofegante, mau consegue respirar…
    “-Lembra quando teu pai morreu? Tu não te aguento e pra tentar esquecer o momento subiu o morro e foi cheirar com teus amigos. Foi a vez que tu mais cheirou não sei como não entro em coma. Seria melhor por que dai tu não teria estuprado aquela pobre menina que te ofereceram… Esses teus amigo, tu acha que aqueles merdas são teus amigos? Eles só tão contigo por que tu é engraçado pra eles, quando tu bebe ou se droga tu vira outra pessoa. Eles adoram te ver naquele estado… Bom acho que tu não vai mais precisar desse braço que te sobrou!”

    Escuridão total…silêncio…Luz do dia
    “-Acorda, acorda muleque… Esse garoto, saco, ficam vindo aqui…”
    Dor de cabeça, preguiça, Paulo sente alguém lhe chutando, abre os olhos devagar…
    “-Para para!!! O que heim, onde eu to?”
    A guarda imóvel olha para Paulo e fala:
    “-Levanta dai garoto tá pensando o que? Isso não é teu quarto não pow. Não tem casa não???”
    Paulo sem saber direito o que está acontecendo, se arruma pega sua mochila o livro em cima da pia e vai embora pelo corredor. A guarda abre um sorriso, era Adriel com roupa de vigia.

  • Cassino, garotas, drogas e o carnaval

    Cassino, garotas, drogas e o carnaval

    Ontem a noite eu estava sem fazer nada. Bem alimentado, sem problemas ou questões que precisassem da minha atenção, ou seja, vivendo aquele delicioso ócio criativo. Porém quando se é um Wampir (vampiro) os momentos de ócio duram pouco, principalmente quando velhos amigos resolvem reaparecer, como foi o caso do meu estimado Frederick, que ficou conhecido aqui no blog nas últimas noites como “Lord Frederick”.
    Frederick é uma figura que surgiu em minha não vida a mais ou menos uns 70 anos atrás, enquanto eu circulava pelo Rio de Janeiro, antes de minha hibernação nos anos 60. Este grande Wampir, cujo nome verdadeiro se perdeu ao longo dos tempos, é conhecido pelos quatro cantos do mundo e detentor de muitas façanhas honrosas. Apesar disso, o que vocês vão descobrir hoje e nas próximas linhas é o que eu mais gosto de fazer: contar nossas intimidades. Sim povo, este blog é para contar o que os Wampir fazem fora de suas rotinas de sangue, batalhas e o já famoso mundo sobrenatural…

    “Ferdinand, já que tu e o Franz estão passando uns tempo juntos, que tal barbarizarmos hoje como nos velhos tempos? Ich bin in der Nähe…”

    E este foi o sms enviado por Frederick que iniciou toda a nossa noite. Não lembro a hora que chegamos, mas ainda estou um tanto quanto entorpecido e por favor não levem este meu texto como um exemplo de minha escrita rss
    Lembram-se da ruivinha da camisa dos botões saltitantes do outro dia? Pois bem, ela virou digamos uma passatempo constante de meu amigo Franz e foi ela que o trouxe meu amigo em sua moto para nosso refúgio. É muito engraçado ver o meu irmão na garupa daquela bicicleta motoriza miniatura, porém como ele me diz: “As vezes é bom se sentir adolescente novamente mano”.
    Isso aconteceu próximo das 21 horas e logo que ele desceu e depois da minha piadinha sobre a moto, eu lhe informei sobre a sms de Frederick. As vezes ainda me impressiono com a eterna disponibilidade para festas de Franz e nesta noite a resposta para Frederick não seria outra se não, “ok, onde vamos?”.
    21:20 ouço algumas batidas na porta da garagem da casa do centro e antes mesmo de chegar próximo para abrí-la, senti a forte energia de algum ser sobrenatural. Olho por uma pequena fresta e lá estava Frederick trajando sua tradicional vestimenta. Calça social preta e camisa social na mesma cor.
    Depois de um longo abraço seguido de um esperado “esporo” por causa do blog, decidimos junto de Franz por ir até a cidade vizinha, onde Franz era amigo de um dono de casa noturna, vulgo prostíbulo. Essa casa era no alto de um pequeno morro e o acesso até a casa principal era feito somente por uma trilha pavimentada e em meio a uma pequena floresta particular.
    Até ai tudo bem, apesar do acesso inusitado, mas ao me deparar com a tal casa eu percebi por que era um dos lugares prediletos de Franz. O lugar era basicamente uma mansão com 3 andares, subsolo e uma piscina de borda infinita com vista para o centro da cidade. Não entramos pela entrada principal, mas sim por outro nos fundos lugar, na porta estava um segurança fortemente armado com uma “doze” e ao ver Franz ele apenas sinalizou com a cabeça e nos liberou a passagem. Como é bom ser vip, não?
    Essa entrada nos levou diretamente ao subsolo e depois de passar por mais duas portas com seguranças também muito bem armados, chegamos a um maravilhoso cassino. O cassino era algo de primeiro mundo, como dizem as pessoas aqui na América latina e como tal possuía, vários brinquedos que inclusive devem deixar muitos cassinos de Vegas no chinelo.
    Gastamos alguns poucos trocados, coisa de 2 ou 3 mil dólares cada um, testando nossa “sorte” e para alegria dos proprietários, chegamos a conclusão que estávamos para o amor e não para o jogo. Nesse sentido eu resolvi tomar a iniciativa e me atraquei com a doce morena, chamada Flávia que já estava há algum tempo no meu colo e querendo algo a mais.
    Ok certamente ao chegar nesse ponto da história alguém vai dizer, mas nossa nos últimos tempos o Ferdinand (Galego) só pensa/fala em orgias! Fique calmo(a) leitor(a), essa história terminará diferente das últimas…
    Então depois de aproveitar a piscina, curtir um bom som e confirmar toda minha masculinidade nas curvas daquela garota eu resolvi experimentar alguns psicotrópicos adquiridos ali mesmo pelo meu querido e eloqüente amigo Frederick. Como eu já comentei em outro post, algumas drogas de efeito mais intenso ainda nos fazem efeito e já que eu não tinha nada a perder, pois estamos mortos, mais uma vez eu me perdi em meio as alucinações de um bom LSD.
    Se o LSD era bom ou não isso só alguma entidade divina ou especialista poderia confirmar, mas o que importa é que me fez ver o mundo de uma forma bem inusitada por algumas horas. A água da piscina ficou fortemente azul escura, a cor das peles das pessoas incluindo a nossa estava em vários momentos vermelha e eu juro com todas as minhas forças que havia um cara de chapéu de palha me perseguido onde quer que eu fosse. Inclusive quando cheguei em casa eu acho que eu vi ele mais um última vez, onde me viu e deu um breve “tchau” acenado com a cabeça enquanto mascava um pouco de fumo de corda.
    Meu carnaval vai ser um pouco refletivo…
    Nota mental: Pensar duas vezes antes de sair com meus amigos/irmãos novamente.
    Nota mental 2: Evitar drogas ilícitas por algum tempo.
    Nota mental 3: Por que diabos um cara de chapéu de palha, meio caipira estava me perseguindo? Seria ele minha imaginação ou realmente havia alguém, tipo “anjo da guarda” me cuidando?

  • O efeito das drogas nos vampiros

    O efeito das drogas nos vampiros

    Ontem fiz algo que realmente não gosto muito, mas como vocês sempre insistem eu resolvi dar uma passadinha pelo MSN. Fiquei on-line das 22 as 23 horas e entre muitos papos interessantes alguém me pediu para falar sobre drogas e a relação disso com o mundo dos vampiros.

    Como é de praxe vou retomar uma velha história, de uma época primordial em minha não-vida no Rio de Janeiro de 1962, um pouco antes de eu resolver hibernar.

    Lá estava eu em meio a década de sessenta, ao contrário do que muitos pensam sobre os anos 70 ser o alge das libertinagens, os anos sessenta também foram muito “safadinhos“. No Rio, muitas meninas já utilizavam os biquínis pequenos, minissaia, o carnaval já era a maior festa do ano, as favelas já eram grandes. Enfim, tudo o que existe hoje por lá, já existia nos anos 60 também inclusive as drogas e o tráfico.

    Como vocês já sabem nessa época eu tive um affaire com minha meia irmã Eleonor, nada muito sério, na verdade se fosse hoje em dia seria algo comum: sexo eventual e festinhas a dois, três e assim por diante…

    Estávamos em uma festa particular, um figurão da época resolveu comprar um veleiro e queria mostrar aos amigos. Gente rica, bebida e drogas a todo vapor. Enfim, um ótimo lugar para conhecer pessoas importantes e de quebra arranjar uns bons pescoços.

    Eleonor e eu cegamos juntos, mas na entrada nos separamos. Sempre que um vampiro caça é melhor o faze-lo sozinho. Afinal duas pessoas diferenciadas podem chamar muita atenção juntos. Cabe aqui inclusive uma dica: se quiser ser notado, ande com pessoas que sejam diferentes de você.

    Para mulher é tudo sempre mais fácil e antes que eu pudesse desprender os olhos dela já vi um senhores literalmente babando pela morena de olhos verdes. Eu já precisei fitar a festa inteira antes de produzir qualquer ação. Por sorte sempre nas festas dos ricaços sempre tem uma mulher tida como rebelde e que fica a mercê de caras diferentes, tal qual eu, meus olhos azuis e minha pinta de galã europeu… Modesto também…

    Aproximei-me da fulana e logo cara falo aquela clássica frase:

    – Sozinha também?

    Ela obviamente não me deu bola, mas ai entra aquela velha estratégia de se parecer atraente e atiçar a curiosidade da garota:

    – Lá em New York estas festas costumam ser mais animadas…

    Se existe uma coisa que ainda atiça as mulheres do Brasil até hoje são os caras que tem experiências no exterior. Não, estou certo meninas?

    Papo vai e vem, consegui levar a garota para um canto e trocamos algumas carícias. Eleonor também estava em algum lugar com um cidadão aleatório e em certo momento nos vimos e conseguimos combinar de irmos para algum lugar digamos mais reservado.

    O cara velho de bigode amarelado pelo charuto, que Eleonor havia achado, possuía motorista e nos levou para sua casa. Uma bela casa em Ipanema, construída próxima e quase que na mesma época do antigo castelinho do cônsul sueco Jansson. Lá chegando fomos recepcionados por uma senhora bem velhinha que devia ser a copeira ou algo do gênero.

    – Dona Valentina, hoje quero total privacidade com meus amigos e a senhora pode tirar folga.

    Fiquei pensando comigo o que uma velhinha como a pobre coitada da Dona Valentina fazia quando tinha folga, mas tive os pensamentos interrompidos quando minha companhia subiu correndo em um dos sofás e nos brindou com Streep tease modesto. Sinceramente os anos 60 foram muito depravados e hoje ver as pessoas reclamando de mulheres dançando funk de shortinho chega a ser ridículo.

    Enfim, aproveitando o ensejo Eleonor se aproximou da garota desinibida e lhe deu alguns beijos… Logo depois o senhorzinho se empolgou e foi para cima das duas. Eu a principio fiquei de voyer, pois não estava tão empolgado para sexo, deixei eles la “brincando“ e para minha sorte ou azar o cara inventou de usar algumas coisinhas para apimentar a situação.

    O velho foi até o escritório e na volta trouxe uma trouxinha de cocaína. Enquanto as duas garotas estavam entretidas no sofá ele esparramou o pó branco sobre a mesa e com uma nota novinha de 5 Cruzeiros fez um rolinho no qual utilizou para inalar a droga.

    Depois de duas tragadas uma em cada narina ele me ofereceu um pouco e como já estou morto resolvi experimentar. Tentei estimular meus pulmões o processo leva alguns instantes até consegui infla-los novamente e aspirei um pouco… Obviamente não obtive nenhum resultado a não ser o de  expelir tudo de volta depois de dois espirros, ou seja, algo nojento e dolorido. Não adianta nem comida nem nada dura em nossos organismos além de sangue ou talvez um pouco de água pura.

    A garota vendo a cena riu de mim, largou Eleonor no sofá e deu uma boa tragada no que ainda restava do pó.

    O velho já estava bem “doido” quando Eleonor se aproximou por de trás de sua cadeira e abocanhou sua jugular. Por sempre mordemos a jugular? Ele á a mais cheia de sangue, ou seja, a mais saborosa.

    Já que eu não estava afim de sexo, também parti para cima da garota. Mas como tinha tempo, afinal ela estava em uma viagem insólita com o seu inconsciente, eu fui aos poucos. Mordisquei seu pulso, depois lambi para cicatrizar. Fiz o mesmo com outras partes de se corpo e por fim perdi um pouco o senso de realidade. Fui pego de surpresa pela maldita droga que veio junto do seu sangue. Sim querida leitora, entrei também na “viagem“ insólita no qual havia zombado.

    Como descrever a situação? Pensamentos aleatórios vinham a minha mente, lembrei-me de situações no qual lutava, lembrei-me de ver o mundo com um ar meio diferente e distorcido, foram muito os sentimentos, que inclusive quase provocaram a morte daquela pobre alma safadinha no qual eu trocava caricias e breves mordidas.

    Por sorte a viajem não durou muito e alguns minutos mais tarde tudo voltou ao normal, a não ser pelo fato de Eleonor ter se passado com o senhor e o levado ao óbito…

    No dia seguinte, alguns boatos na cidade falavam de um empresário que fez uma festinha particular com a filha de um figurão e que morreu por overdose. Muitos inclusive disseram que a menina lhe matou fazendo sexo e por falar nela, foi mandada para estudar na Europa.

    Depois da viajem eu estava mais do que propenso a retirar-me daquele lugar e futuramente hibernar por algum tempo…

     

  • Sexo, drogas e Rock ‘n Roll

    Sexo, drogas e Rock ‘n Roll

    Certo dia depois de alguns meses como vampiro me surgiu uma dúvida. Cara e agora? não tenho mais sexo? Será que tudo morreu mesmo, inclusive o meu “mojo”. Será que se eu fumar um cigarrinho de maconha não vou mais ficar legalsinho?

    Foi então que neste mesmo dia eu fui me aconselhar com meu senhor. Que me respondeu com palavras sábias: “Se liga seu mané, é só tu te concentrar e reativar os batimentos do teu coração”. Desta forma didática eu aprendi que posso continuar com minha vida sexual ativa e da melhor forma possível.

    Com relação as drogas em geral, ( ilícitas ou não ) depende. Nessa mesma situação posso falar das doenças também. É assim, não morremos por doença, as únicas que realmente nos atingem são as de pele, muitos vampiros como o Zé, meu amigo nosferatu, tem diversas dessas e geralmente são transmitidas por seus senhores na hora do “abraço”. Com relação as drogas, cara, tem efeito sim, conheci uma vez um vampiro chamado Hector Santigo, um ex-pirata viciado em rum. Ele vivia meio capenga e caindo aheuhauehuae. Mas já vi outros usando outras drogas e deu efeito também. É só tu pensar as drogas agem no cérebro, portanto agem em qualquer um que tenha um…

    Uma coisa que eu sinto muita falta é comer, comida de verdade. Mas se faço isso vomito logo em seguida. Tudo tem seu preço.

    Ta afim de uma cerveja ai? Manda a minha com muito sangue…