Tag: explosão

  • Um a menos nos testes

    Um a menos nos testes

    Eis que surgiu a primeira baixa referente à disputa para se tornar minha nova cria. Acabo de ser avisado sobre Willian, que estava próximo de concluir a primeira etapa de nosso projeto, mas infelizmente algo deu errado e ele simplesmente destruiu o laboratório onde trabalhava. No triste episódio além dele outros dois Ghouls se foram e Eliot, cria de Hector, ficou gravemente ferido. Porém sua regeneração vampiresca provavelmente irá recompor sua integridade física.

    Esta notícia soou muy triste aos meus ouvidos e como sempre o faço, escrevo para tentar por as ideias no lugar. Eu realmente tinha esperanças de que meu pupilo pudesse trazer bons resultados aos nossos projetos. Todavia, às vezes a sorte pode estar do outro lado, diferente daquele no qual estamos empenhados.

    É muy triste por que ele tinha um grande futuro pela frente, possivelmente repleto de teorias a serem desvendadas e tantos outros projetos a serem executados. Fica a lembrança dos bons momentos, as conversas, as histórias, os e-mails, os “likes”… #Triste

  • Torturas, sexo com vampiros. Pt2

    Torturas, sexo com vampiros. Pt2

    Pensei comigo – Seria uma embosca, teriam percebido nossas operações e interceptaram algo pelas comunicações que fizemos on-line? Possuiriam eles o poder de perceber os sobrenaturais?  – Confesso que por alguns segundos antes de iniciarmos a comunicação, um pânico comedido tomou conta de mim, a ponto de quase falar a palavra combinada para abortar a operação.

    – Boa noite e antes de tudo peço que não se assustem com a quantidade de gente aqui hoje, faremos uma festinha mais tarde, fizeram boa viagem? Você é a Fátima que queria uma garotinha, não é mesmo? – Disse a vampira em tom mais baixo e que pareceu muito espontânea de inicio, beirando a tagarelice para falar a verdade.

    – Sim – Viemos atrás da garotinha, este é meu segurança Roberto – Apontando para mim com a cabeça.

    Por sorte a vampirinha me deu apenas um oi, diferente do vampiro, que estava à mesa junto de um cara e não tirou os olhos de mim. Os outros presentes praticamente não deram bola. Estavam conversando, alguns jogavam baralho em uma mesa, outros assistiam tv ou apenas comiam algo, talvez pizza.

    Os olhos atentos do vampiro seguiram cada um dos nossos passos até a saída por completo da sala. – Não gostei daquele cara, fica em cima Paulo – Informou minha audição aguçada. – Vai dar merda – Pensei  comigo, mesmo assim mantive o personagem e segui atentamente os passos da vampirinha.

    Ela não parou de falar até chegamos no porão e para que tenham ideia eu tive a impressão de ela falou a vida inteira em poucos segundos. Cousa que nem o pior tagarela dos geminianos teria feito. Percebi muitas câmeras por todos os lados e ao chegar ao porão outra surpresa. Um local grande, com ventilação artificial, vários beliches e muitas crianças… Provavelmente mais 20 até onde contei.

    Assim que comentei sobre a quantidade de crianças ouvi um “puta que pariu” pelo ponto de rádio e certamente os policiais que nos ouviam deviam estar afoitos para dar flagrante. Enquanto a tagarela nos falava do lugar e mostrava a tal virgem que queríamos comprar, percebi a chegada sorrateira do tal Paulo. Ele ficou na porta nos observando e ali mesmo no local começaram as negociações.

    – Havíamos acertado por 5 mil verdinhas não é mesmo? – Naquele instante percebi mais ainda como alguns seres não tem escrúpulos algum, afinal dentre tudo, nos pareceu que ela estava vendendo um saco de batatas premiadas.

    Pagamos a quantia que estava num pacote pardo em um dos meus bolsos e fomos levados para fora do lugar junto da garotinha. Operação 100%, tudo perfeito, o flagrante gravado em áudio, a saída tranquila do lugar…

    Até que alguém nos grita desesperado pelo ponto: – Abortar, rápido, rápido, rápido… E um clarão de fogo, seguido pelo barulho de disparos pode ser ouvido ao longe. Provavelmente vindos de onde os policiais do apoio estavam.

    Clique aqui para ler a parte 3.

  • O totem desaparecido – Final

    O totem desaparecido – Final

    Eu havia sido recarregado, sentia-me forte como se tivesse me alimentado de sangue fresco e ao reabrir os olhos vejo-me deitado em uma cama, no que parecia ser uma das casas do tal plano no qual estávamos. Ao meu lado um velho índio, que dentre outro detalhes utilizava um colar igual ao de Apoema.

    – Enfim acordou meu filho, precisei realinhar teus chakra, está bem agora?

    – Sim sim obrigado, já estou acostumado a esses apagões, quase tudo na minha vida gira em torno disso e desde que virei o que sou. Onde estamos, onde estão os outros?

    – Nos aguardam do lado de fora, Carlos está ansioso para ir buscar o Totem!

    Então sem mais delongas saímos do lugar e para minha surpresa ao abrir a porta sou agraciado com uma das mulheres mais lindas que já vi. Cabelos amendoados e muito lisos, olhos escuros como a maioria das minhas noites e com o rosto pintado com tinta azul, ao melhor estilo Pocahontas em dia de guerra. Confesso que poderia preencher uma página com todos os seus atributos… No entanto, quando me viu ela apenas sorriu e disse com todo o carinho possível: – Porra até que enfim Edward, você estava esperando o que, a Bella vir te dar um beijinho??? Anda te mexe, todos nós queremos voltar logo para casa. – Porém, eu estava tão bobo diante a beleza da garota que simplesmente ignorei a piadinha e somente sorri feito um idiota… Eu devia estar babando na verdade…

    Todos estavam sentados próximos a uma grande árvore no jardim, cujo cume não pude ver em função da forte neblina que ainda assolava o lugar. – Então nosso Wampir acordou! Como estou sentindo tuas energias renovadas, vou reforçar nosso plano de ação. A ideia é simples meus irmãos e nos separaremos em dois grupos. O maior vai atrás da outra matilha e o menor irá atrás do totem. Ferdinand, Apoema e Charlotte e eu iremos ao santuário.  Stuart irá liderar o outro grupo que conterá o máximo possível àqueles bastardos. Lembrem-se tudo o que acontece por aqui afeta os seus corpos no plano terrestre, que a Deusa Dhan os proteja e que nosso reencontro seja próximo.

    Caminhamos por muito tempo em meio à densa floresta e longe da urbanização. Por alguns momentos eu me sentia muito bem naquele plano, pois era como se eu estivesse voltado no tempo, numa época antes de virar o que sou. Bem na verdade eu estava empolgado “secando” a bela indiazinha que rebolava a cada passada a minha frente… Contudo, isso não durou muito e meus pensamentos foram interrompidos por Carlos:

    – Pois bem meu amigo, preciso te deixar a par do que está acontecendo. Aqueles dois Wairwulf, que foram assassinados eram os protetores do Totem de Giniw, que dentre vários atributos é uma espécie de gerador que torna possível a nossa entrada em planos como este. Como é possível entrar aqui e sair onde se quiser imagine as possibilidades de tal artefato. Apoema é o espírito que vive dentro do Totem e ao perceber que eu queria apenas protegê-lo, veio para o nosso lado contra a outra tribo. Neste momento estamos indo na direção do santuário, que nada mais é do uma cópia do totem neste plano, onde Apoema fará a transferência de propriedade dos antigos protetores para alguém que ele julgue merecedor. Caso ninguém seja capaz de tal mérito todas as almas presentes aqui serão expulsas e o totem será “desligado” por cem anos.

    Isso explicava por que alguns Wairwulf rondavam a casa, por que o Totem havia sumido e por que tantos poderes ocultos estão envolvidos em tudo que está relacionado a tal relíquia.  Diante tal história só me restava acompanhá-los e desejar que mais nada desse errado.

    Minutos mais tarde chegamos ao tal santuário, uma bela construção de pedras escuras envolta de arbustos e pequenas árvores. Confesso que estivesse passando por ali não repararia na pequena formação rochosa, com pouco mais de 2m de altura e com uma bela águia entalhada no topo. Apoema foi o primeiro a chegar ao local e antes de iniciar o ritual nos disse: – Preciso juntar toda a energia que eu conseguir, é possível que isso faça todo o lugar se estremecer, portanto fiquem próximos a mim. Caso os outros cheguem, apenas aguardem minha manifestação.

    Enquanto o espírito se concentrava nós apenas aguardamos em silêncio, quando sem mais nem menos tudo ao nosso redor parecia sacudir, tal qual como em um interminável terremoto. Pedras rolavam, árvores caiam, um forte vento quase nos levantava do chão, até que após alguns instantes veio a calmaria. Porém como nada é fácil, Carlos avistou alguém da outra tribo e correu para seu encontro. Charlotte, o seguiu antes que eu pudesse dizer algo e para minha surpresa lá estava eu novamente em minha forma bestial.

    Ao contrário das outras vezes, nesta eu pude controlar minha forma como se estivesse sem ela e certamente foi a primeira vez que percebi todos os benefícios da transformação. Força, visão, destreza, olfato… Todos ampliados de uma maneira nunca antes sentida por mim. Olho para o lado e Apoema havia sumido, então não me restava mais nada além de ir para a briga.

    Iniciava-se ali uma série de lutas, onde os ferimentos literalmente doeram na alma. Garradas, mordidas, chutes… Todos arrancavam partes do que pareciam ser nossos fluidos e que se dissipavam no ar quando arrancados. Foi assim até que outro terremoto e desta vez mais forte, fez todos caírem ao chão, a camada de neblina que parecia permanente finalmente se dissipou e agora podíamos nos ver uns aos outros. Lá estava Carlos, Charlotte, o irmão mala e quase todos os outros entre amigos e inimigos.

    Naquele instante paramos obrigatoriamente de brigar, era como se o lugar nos forçasse a parar todas as lutas e pedisse atenção. Quando finalmente surge uma espécie de luz vinda de onde Apoema estava, a formação luminosa flutuou até mais ou menos o meio do campo de batalha e aos poucos nos mostrou a forma de uma bela águia. Em questão de instantes, ela começou a mudar de um tom amarelado para um tom vermelho, quando sem qualquer tipo de aviso simplesmente explodiu… Silêncio… Escuridão…

    Não sei quanto tempo se passou desde a explosão luminosa, mas ao reabrir meus olhos percebo que estou novamente abaixo da terra e ainda sob efeito de minha magia de união com esse elemento. Percebo que ainda é noite então desfaço o poder e revejo a floresta do plano terrestre. Próximo a mim vejo Carlos e também os corpos de Charlotte, Stuart e de todos os demais a exceção daqueles pertencentes à tribo rival.

    Dirijo-me a Carlos, ouço seu coração que ainda bate e lhe dou alguns tapas na cara. Entre resmungos o velho Wairwulf reluta como uma criança birrenta, mas finalmente abre os olhos. Ele se senta, espreguiça-se e depois de um tempo me fala: – Eu imaginava que seriamos expulsos daquele plano, só não sabia que Charlotte seria escolhida a nova protetora do Totem, venha, vamos acordá-la!

    Duas noites depois ligo para meu ex-cunhado e recomendo o arquivamento do inquérito, em seguida arrumo algumas malas e viajo para o Chile. Afinal, depois de tudo que enfrentei junto de Carlos, eu precisava participar do Ritual de agradecimento a Apoema e oferecido pela linda Charlotte.