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  • Caso policial: Sacrifícios diabólicos

    Caso policial: Sacrifícios diabólicos

    Na semana passada meu ex-cunhado, o delegado e irmão de Beth, me ligou contando sobre um novo caso. Sempre que vejo seu nome na tela do meu smartphone, meu lado investigativo se expande e inevitavelmente eu abro um “sorrisão”. Então de imediato atendi e deixei que ele falasse, pois nossa última ação juntos não havia sido muito boa.

    – Ferdinand, preciso da sua ajuda em um caso extra oficial… Tais aqui perto? Acho melhor falar contigo pessoalmente…

    O papo foi rápido, ele não tocou em assuntos passados, mas assim que me resumiu parte da ação, eu larguei tudo o que fazia e fui ao seu encontro. 20 minutos depois e lá estava eu encontrando o delgado no pub. Cumprimentamos-nos, fizemos aquela troca de palavras básicas: “Oi, como está, quanto tempo, tudo bem…” e depois de alguns minutos ele me apresentou uma pasta com fotos. Uma simples ação que bastou para que meu demônio começasse a dar o ar da graça. Nas imagens várias meninas mortas com idade aproximada de uns 5 anos e com indício de tortura. O pior é que não eram torturaras daquelas normais, mas sim algo que certamente envolvia o mundo sobrenatural.

    – Muitas delas foram marcadas com ferro quente e o que nossa inteligência descobriu é que estas marcações seguem uma continuidade. São na verdade letras gregas, que inclusive nos fizeram chegar à palavra “Typhon”, que significa algo como “A personificação de satanás”.

    Somente por ouvir tal nome meu corpo se estremeceu. Ainda mais depois de tudo o que houve com Eleonor e aqueles malditos seguidores das trevas. Dizem que atraímos certas coisas somente por pensar e lá estava eu, novamente envolto em mistérios relacionados a um bando de babacas, que curtem falsos ídolos diabólicos.

    Resumindo, eu peguei o máximo de informações que ele possuía e chamei Julie. A curiosa morena, não hesitou e depois de algumas horas apareceu num dos meus apartamentos. Trocamos aquelas deliciosas caricias e já perto do amanhecer lhe apresentei o caso das meninas torturadas.

    Ela ficou chocada com as fotos e ao ouvir o nome “Typhon”, também sentiu seu corpo se estremecer. Esta palavra, aliás, é muito abrangente e digamos que o corpo dela se arrepiou por inteiro em meus lençóis ceda… Então, depois das primeiras avaliações Julie ligou o notebook e fez alguns contatos e pesquisas, chegando inclusive há alguns suspeitos. Estes, aliás, próximos daqueles que o delegado havia me passado.

    Perto do meio dia decidimos descansar um pouco e na noite seguinte fizemos as primeiras buscas. Fomos de carro, pois não sabíamos o que iríamos encontrar e com um veículo blindado, afinal com segurança não se brinca. Dirigi por mais ou menos uma hora até uma cidade do interior e para nossa sorte, não havia nenhuma alma viva circulando por aquelas ruas geladas. Julie era minha navegadora e se deparar com uma rua ela me disse para ir mais devagar. Perguntei o que era e ela me disse que havia sentido alguma presença.

    Depois de ouvir sua descrição eu parei o carro próximo a um terreno baldio e lhe perguntei se dava para sentir de onde vinham tais sensações. Foi quando ela fechou os olhos por um instante e depois os reabriu, apontando de imediato para uma casinha modesta de dois pavimentos ao nosso lado. Por mais que nesses momentos meu demônio sempre me sugira entrar quebrando tudo, eu preferi abrir um pouco o vidro do carro para em forma de névoa.

    Esta forma de névoa em que eu me transformo é invisível aos olhos humanos e o máximo que um filho de adão pode sentir, é uma brisa um pouco mais quente, caso eu passe por perto de seus corpos. Geralmente é o meu melhor disfarce, salvo às vezes em que não estou lidando com algum sobrenatural, que possivelmente poderia me sentir ou ver…

    Adentrei a casa pela janela do banheiro e entre uma fresta ou outra eu chegue até um dos quartos. Um adolescente dormia e aparentemente não apresentava nenhum perigo. Sai então em busca de mais indivíduos e achei outro quarto onde estava uma menina naquela faixa dos 5 anos e que também não me transmitiu nada de estranho.

    Só me restava o que seria o quarto dos pais e lá fui eu, porém para minha surpresa me deparei com uma espécie de barreira mágica, que impediu minha entrada. Obviamente aquilo me deixou curioso, mas me contive e sai novamente da casa para tentar a janela. Para meu azar o tempo estava fechando, alguns raios insistiam em fazer muito barulho e ventos fortes começaram a dificultar minha locomoção. Mesmo assim usei toda minha força e consegui me aproximar da janela, fiquei por ali tentando achar alguma brecha entre as cortinas, quando levo um susto.

    Um homem com 40 anos aparentes e uma longa barba castanha escura abriu a janela. Ficou por alguns instantes olhando ao redor, como se estivesse procurando algo (eu) e na sequencia fechou tudo. Sua feição denotava preocupação ou raiva e de alguma forma sua imagem ficou gravada em minha memória.

    Tratei então de voltar rapidamente para o carro e lá estava Julie tremendo. Ela estava quente, algo praticamente impossível de ser ver num vampiro e depois de me ver novamente na forma humanoide, me falou para sairmos o mais rápido possível daquele lugar. Não hesitei e à medida que íamos nos afastando do lugar, Julie aparentava ficar melhor. Ela não soube dizer o que estava acontecendo, mas era claro que havia sido enfeitiçada por alguma magia de proteção.

    De volta ao meu apartamento mandei uma mensagem para o delegado, que me respondeu dizendo que iria mandar uma viatura vigiar o lugar. Em função de minha transformação e do ataque sofrido por Julie resolvemos descansar. Lembro que durante aquele dia eu não tive um sono muito agradável e inclusive fui acordado por uma ligação. Era novamente o irmão da Beth, que queria me informar mais uma morte… A menina que eu havia visto na casa durante a madrugada…

    Continua!

  • O Doutor – Grito No Vazio Parte 5 Final

    O Doutor – Grito No Vazio Parte 5 Final

    “Bisturi, faca, serra, alicate, chibata… É está tudo aqui…” Pensou o Doutor conferindo metodicamente pela quarta vez seus instrumentos de trabalho. Ele estava tão excitado que simplesmente não queria ter que interromper a sessão com Alessandra – a sua menina – para pegar algum instrumento que eventualmente esquecera. Era sempre assim, na primeira sessão o Doutor sempre levava seus pacientes aos seus limites físicos, a primeira sessão era sempre grosseira, com surras intermináveis, cortes precisos e dolorosos entre outras feridas feias. Tudo isso para saber se o paciente era digno do resto. “Ela vai agüentar… Ela TEM que agüentar…” Mais uma vez pensou o Doutor consigo mesmo. Normalmente eles agüentavam, a menos claro, que o Doutor enjoasse deles no meio da sessão, e então se contentava em reduzi-los a um amontoado de carne disforme. O Doutor era um mestre no uso de adrenalina, anfetaminas e outros medicamentos estimulantes, além disso em casos de extrema necessidade o Doutor administrava uma boa dose de seu próprio sangue, era do seu conhecimento que o sangue de um vampiro possuía grandes propriedades regenerativas, em Alessandra ele faria questão de utilizar esse seu medicamento “especial”, pois não iria se perdoar se aquele corpo deliciosamente pálido ficasse repleto de cicatrizes e marcas. O Doutor utilizava as feridas e o grotesco para iluminar seus pacientes, mas era um profundo admirador do belo.

    Estava quase tudo pronto, quase. Ainda faltavam alguns detalhes que o maníaco julgava serem importantes. O primeiro deles, um local onde deixar as coisas, bem, isso a mesinha portátil, dessas de acampamento, iria servir. Segundo porém não menos importante, um fundo musical. Otto Von Bastian – Ainda que ele se quer lembrasse desse nome – era um grande admirador da música, para ele cada canção evocava um tipo de sentimento, nele e nos seus pacientes, o Doutor estudou cuidadosamente a pilha de cds que mantinha em seu consultório. Pensou em algo clássico, Chopin, Mozart talvez… Não! Alessandra provavelmente dormiria ouvindo algo para ouvidos tão refinados, mas o Doutor não estava com espírito para a batida eletrizante do psy, então o que escolher? Seus olhos pararam em um cd que ele recentemente havia comprado…Ramstein, metal industrial alemão, ótimo! Era isso que o Doutor queria, apesar de sua idade já avançada, mesmo para um vampiro, ele ainda se maravilhava com a música moderna, e as letras em alemão, quase que sabáticas da banda viriam a calhar naquela noite. Agora estava tudo pronto, O Doutor pegou tudo, respirou fundo – algo desnecessário, mas que normalmente o acalmava – e seguiu para o subsolo do hospital psiquiátrico onde vivia, para a ala esquecida por todos, onde os pacientes eram mandados não para serem curados, mas para serem esquecidos.

    Assobiando para esconder a excitação o Doutor entrou mais uma vez na sala onde Alessandra estava, fazendo a moça dar um salto e se encolher ainda mais.

    _O que você vai fazer comigo seu desgraçado?

    Sem resposta…

    _Responda!

    O Doutor tranqüilamente colocou a mesinha onde queria, dando as costas para Alessandra de maneira desdenhosa. Alessandra teve o ímpeto de saltar nas costas de seu algoz e bater nele mas ao fazer isso ela esqueceu dos tendões cortados, a dor novamente varou-lhe do calcanhar até a coxa, e Alessandra caiu no chão se contorcendo, arrancando mais uma risadinha cínica do Doutor.

    _Tão corajosa é a minha doce menina…

    Murmurou o Doutor, agora colocando seus instrumentos sobre a mesa, todos eles ajeitados em ordem, ainda que essa ordem só fizesse sentido para ele. Em um pequeno cd player ele colocou o cd e deixou a música invadir aquela sala imunda, desconcertando ainda mais Alessandra. Tomando o cuidado de deixar a mesa bem longe de Alessandra, o Doutor agora contornou a cadeira e apanhou o balde que continha o sangue de Paulo, o cadáver ainda estava ali, ensangüentado, a língua pendendo frouxa pra fora do horrendo corte que abriu de um lado ao outro do pescoço. O sangue seria o refresco do Doutor, e também uma ferramenta importante para a sessão. Sua habilidade na tortura destruiria o corpo e a dignidade de Alessandra e seus poderes de controle mental destruiriam sua mente… Ele iria violá-la e todos os sentidos.

    Agora ele precisava tirar o corpo do gancho, afinal ele queria que Alessandra ficasse em pé quando a sessão começasse. Erguendo o corpo de Paulo como se fosse um pedaço de carne em um açougue o Doutor retirou o gancho de aço que o mantinha pendurado pelo baixo ventre. Limitando-se apenas a jogá-lo num canto como um fardo indesejável o Doutor agora analisou cuidadosamente a altura do gancho… “É, serve…” Pensou ele satisfeito.

    _Agora venha minha menina, hora de começarmos nossa sessão de hoje…

    _Que sessão seu desgraçado? QUE SESSÃO? – Falou Alessandra mais apavorada do que nunca.

    O Doutor apenas a levantou, e habilmente algemou suas duas mãos utilizando uma algema firme. Ele a levantou com facilidade, mesmo com seus protestos, imprecações e chutes, e a colocou quase que pendurada pela algema, no gancho preso ao teto. Alessandra conseguia apenas tocar a ponta dos dedos no chão, e esse simples ato bastava para causar-lhe uma for terrível nas pernas.

    _Primeiro vamos dar uns pontos nesses calcanhares, não quero que você morra seca de tanto sangrar…

    Habilmente o Doutor costurou os cortes nos calcanhares de Alessandra, impedindo assim que ela se esvaísse em sangue. Satisfeito com a costura o Doutor sorriu e permitiu-se um momento de intimidade com a paciente, dando-lhe um gentil tapinha no traseiro generoso de Alessandra.

    _Pronto, agora vamos nos livrar dessas roupas…

    _É isso que você quer seu desgraçado? Tudo bem pode fazer, só não me machuque… Por favor… – Falou Alessandra, já perdendo qualquer noção de dignidade e orgulho.

    O Doutor riu quando voltava com um bisturi.

    _Não, não minha menina, por favor, sou um profissional, ainda que você seja uma mulher bastante atraente, não é em sexo que eu estou interessado, apesar de que, quem sabe depois da nossa sessão, se você quiser, podemos ter uma certa intimidade…

    Alessandra cuspiu no rosto do bastardo, a dor estava lhe deixando corajosa, exatamente como o Doutor previra, exatamente como o Doutor QUERIA. Ele então começou a cortar a roupa de Alessandra com bastante habilidade, cuidando para não passar a lâmina além do tecido e cortando a pele. O primeiro a aparecer foram os seios. “Sim, são rosados…” O Doutor falou a si mesmo em nota mental, olhando com desejo para os mamilos da moça. Em poucos segundos a tão esperada nudez de Alessandra estava exposta, e amarrada como estava ela não podia escondê-la. O trabalho do Doutor finalmente começara.

    As luzes dos carros davam um reflexo interessante no asfalto molhado pela chuva fria que caía, como se as imagens de repente ficassem distorcidas em um espelho molhado. Distorcida também ficara a mente de Alessandra depois que ela conhecera o Doutor, logicamente não era isso que ela achava, afinal o Doutor trabalhara duramente para fazer Alessandra crer que ela agora era uma pessoa iluminada pela dor. Alessandra desviou de algumas poças de maneira graciosa, saltitando como uma lebre jovem brincando nos campos primaveris. A menos de uma semana Alessandra se quer acreditava que voltaria a andar, não depois do Doutor ter cortado seus dois tendões que davam os movimentos aos pés. Mas o sangue vampírico era poderoso, ele curara as feridas no corpo violado de Alessandra, mas jamais seria capaz de curar as feridas em sua mente, tampouco as feridas em sua alma.

    O Doutor a reduzira a um pedaço de carne disforme e doentio, ele destruíra tudo que era humano em Alessandra, tornando-a um monte de nada, apenas uma massa agonizante que outrora foi uma pessoa, mas que, ao final da tortura, só era capaz de balbuciar gemidos e apelos vãos. Ele a surrara com uma chibata, fazendo nacos de carne e pele voarem por toda a sala, ele costurara sua boca, violara seu sexo, forçara a beber o sangue de Paulo, seu namorado, tudo isso em nome de seus estudos.

    _A dor leva ao tormento e o tormento leva a superação! – Alessandra agora repetia o mesmo discurso que o Doutor lhe dera antes de aplicar a primeira chibatada que lhe rasgou o couro das costas. De fato ele estava certo, Alessandra acreditava nisso, ela precisava acreditar, afinal aquela era a primeira vez que o Doutor permitira que ela saísse sozinha e ela não queria decepcionar seu novo e amado mestre. Não, o Doutor não lhe abençoara com a natureza vampírica mas Alessandra bebera sangue o suficiente, sangue do Doutor, para ser assolada por um amor incondicional, profano, como se agora ela estivesse presa pelos grilhões da escravidão.

    Ainda se lembrando dos ensinamentos de seu mestre Alessandra passou a se perguntar que momento da tortura foi mais importantes e mais revelador para ela. Seria a seqüência interminável de chibatadas? Ou quem sabe os cortes dolorosos e o banho com álcool? Foi o momento que o Doutor rasgou o próprio pulso e ofereceu seu sangue para que ela pudesse curar seus ferimentos? Quase isso… Gratidão… Era isso que havia ficado e o que mais humilhara Alessandra. A gratidão que Alessandra sentiu quando a tortura terminou e o Doutor permitiu que ela vivesse, afinal não valeria a pena morrer depois de enfrentar todas as provações que Alessandra enfrentara. Não, o Doutor não havia destruído seu corpo, tampouco sua vida, ele a fizera nascer, ele causou e tratou de suas feridas, como um pai disciplinador, porém amoroso.

    _E aí gata afim de uma carona? Ta chovendo pra caralho hein? – O pensamento de Alessandra foi subitamente cortado pelo homem de meia idade a bordo do Palio Weekend marrom que reduzira a velocidade ao seu lado. A interrupção irritou Alessandra, reflexos do tratamento que o Doutor lhe reservara. Mas de fato estava chovendo, apesar de que Alessandra ainda retinha boa parte do sangue que o Doutor lhe dera, e ele prometeu que ela jamais ficaria doente novamente, bem, o que o Doutor promete, ele cumpre. Mas aquela era a primeira “saída de campo” de Alessandra, ela sabia que o Doutor estava lhe testando, então “foda-se” – pensou a moça – “vou seguir com esse babaca e ver no que dá”.

    _Uma carona? Claro, ta chovendo bastante mesmo… – Mentiu Alessandra cinicamente, era apenas uma garoazinha fria do inverno de Florianópolis.

    _Meu nome é Alessandra e o seu? – Sorriu a exuberante loira entrando no carro.

    _Ãn, é… Eu sou o João Pedro… – Respondeu o homem desconcertado pelo fato de uma mulher daquelas aceitar sua carona.

    Alessandra ergueu um pouco a saia leve, ensopada pela chuva, arrancando um olhar repleto de volúpia de seu benfeitor. O Doutor iria se orgulhar dela, João Pedro era um homem de meia idade, com seus trinta e dois, trinta e três anos. Era divorciado, ou estava traindo a mulher, deduziu Alessandra pela marca de aliança no dedo que segurava o volante do Palio. Sempre observadora, Alessandra foi instigada pelo Doutor a prestar a atenção em cada detalhe. “Os detalhes são essenciais aos olhos” dissera ele enquanto acalentava Alessandra em seu colo, após a última sessão de tortura.

    Ela não sabia direito o que fazer com João Pedro, mas certamente ele jamais iria esquecer. Será que ela deveria levar ao Doutor? Não! Ele iria querer que ela fizesse sozinha! Mas o que fazer? Alessandra começava a sentir o peso da inexperiência, o Doutor certamente saberia o que fazer, se é que ele escolheria alguém como João Pedro para dar vazão aos seus instintos… Não, o mestre de Alessandra é muito mais metódico, mais detalhista, mais… perfeito.

    _Pare o carro! – Falou subitamente Alessandra, fazendo João Pedro se assustar e frear de maneira brusca.

    _Mas que mer… – João Pedro foi sufocado pela boca quente da pupila do Doutor. O homem queria se beliscar, ele só podia estar sonhando. A mão ousada de Alessandra desceu pelo peito de Alessandro, chegando a barriga e, descendo mais um pouco, encontrando o zíper da calça jeans, a última resistência que separava o toque devasso de Alessandra do sexo desejoso de João Pedro.

    Alessandra puxou João Pedro para si, o homem, afobado e sedento que era, já foi logo desabotoando a blusa da moça, expondo um belo par de seios. “Sim, são rosados”, foi o que disse o Doutor quando expôs a nudez de Alessandra pela primeira vez. Alessandra lembrou das palavras de seu mestre exatamente no momento que João Pedro abocanhava-lhe o seio direito tomado pela volúpia e pelo tesão. Alessandra não segurou a risadinha cínica, a risadinha que aprendera com o Doutor em seu tormento. João Pedro se quer percebeu a risadinha e percebeu ainda menos quando Alessandra habilmente levou sua mão até a bolsa caída no chão do carro. Com a destreza de uma ladra profissional ela abriu o zíper da bolsa enquanto seu sedento amante se fartava em seus seios generosos.

    O brilho da lâmina do bisturi prendeu a atenção de Alessandra por um instante, mas João Pedro… Bem, ele só se deu conta que era seu fim quando Alessandra já havia lhe aplicado o terceiro golpe. O primeiro fora certeiro, direto no pescoço, o segundo Alessandra enfiara por baixo das costelas flutuantes. Uma perfuração no pulmão impediria João de gritar, foi o que o Doutor lhe ensinara, e parece que sua aluna aprendeu bem. Alessandra foi tomada pelo furor assassino, outrora preso no âmago mais profundo de sua alma, mas ela não negaria mais seus instintos… Não depois do Doutor mostrá-la o verdadeiro significado da dor. Pobre João Pedro, mais uma vítima do acaso em uma cidade que certa vez já foi tranqüila.

    Alessandra deixou o Palio Weekend ali mesmo na rua, a porta aberta, e o braço de João Pedro para fora, era seu presente ao Doutor, bem, com certeza aquela cena seria a primeira capa dos jornais da cidade. “Ups!” – Pensou Alessandra e saiu saltitante, como uma colegial, assobiando “Rosenrot” do Rammstein, a música que marcou sua libertação…