Tag: poderes

  • Entrevista com o vampiro Ferdinand

    Entrevista com o vampiro Ferdinand

    Olá minhas queridas leitoras, no final do ano passado uma garota que se dizia jornalista me convenceu a lhe dar uma entrevista. Isso foi feito em vídeo, mas como há muitas partes em que ela aparecia eu optei por divulgar apenas o áudio aqui no VampiroCast. Como faz algum tempo os meus planos mudaram e como vocês ouvirão, nós não fizemos ou temos a intenção de fazer um ensaio fotográfico. Isso havia sido uma proposta cortada por meu tio e mestre Georg.

    Apesar do áudio estar ruim e da música do lugar ficar um pouco alta, acredito que ele matará a curiosidade de muitas de vocês. Inclusive publico junto deste post aqui em cima no banner mais uma foto minha tirada no dia desta entrevista. Outro fato, que certamente vão me perguntar é sobre o cigarro e adianto que isso não é um hábito. Eu fumo em situações raras como esta, onde passa certo receio ou impaciência na minha cabeça.

  • Os escolhidos

    Os escolhidos

    Anos atrás no final de 2007 eu passeava com minha ex por Desterro, quando num momento inesperado, reencontrei Hector. Era para ser um simples passeio de barco pela ilha, mas para minha surpresa o velho pirata estava na mesma marina cuidando de seus negócios marítimos.

    Logo que nos vimos foi aquele elegante papo de cavalheiros “Seu puto, não acredito que estou te vendo por aqui…” Situação que trouxe as velhas histórias a tona e fizeram com que ele mesmo se oferecesse para ser nosso “capitão” num de seus barcos. Foi um passeio muito prazeroso no qual pude rever os detalhes do mar de minha ilha natal. Cousa que eu não fazia a mais de 50 anos.

    Coincidências a parte o reencontro com Hector havia sido num momento muito importante, uma fase boa de reencontro pessoal, estabilidade amorosa e no qual eu procurava algo além de meus afazeres de clã. Pois convenhamos, ter uma vida eterna só de trabalho, nunca foi objetivo para nenhum vampiro…

    Apesar das peculiaridades da história de Hector , vocês já devem ter percebido que somos muito parecidos. Família humana cheia de detalhes e segredos, mestres importantes na sociedade de sangue vampiresca, objetivos e funções parecidas no clã… Então, talvez por isso tenhamos nos tornado bons amigos.

    Continuando, noites depois eu marquei uma reunião com Hector em uma casa que eu havia alugado. Sebastian e Eliot, cria de Hector, também nos acompanharam e surgia ali os primeiros passos de nosso novo projeto: “Os escolhidos”.

    A ideia não é criativa, tão pouco original, mas com poderes sobrenaturais, dinheiro e tempo livre só tinhamos uma cousa a fazer: Virar super-heróis? Não, é muita exposição para alguém que não pode sair à luz do dia, precisa de sangue… No entanto, ajudar a resolver crimes nos pareceu ser um bom passatempo…

    Esse rumo havia sido tomado depois que conheci o irmão de Beth, cara que já foi citado por aqui em vários momentos, no qual apelidei de “delegado”. Como a influência dele é relativamente interessante, seria uma base boa para nosso projeto.

    Tendo então os planos traçados eu simplesmente juntei a fome com a vontade de comer. Aproveitei o final de ano com as famílias reunidas e marquei um encontro com todos. Naquela noite Hector usou seus poderes mentais e convenceu o delegado a ser nosso informante e lá mesmo reafirmamos nosso pacto de sangue. Aquele pacto no qual os vampiros bebem o sangue um do outro para criar uma espécie de contrato ou laço mais estreito. É algo bem complexo, mas de forma resumida vampiros com estes pactos têm obrigação de se ajudar acima de qualquer outra cousa.

    O final de ano havia passado e já em fevereiro tivemos nossa primeira reunião no local escolhido para ser a sede dos escolhidos. Cada um de nós cinco havia ficado responsável por juntar determinados “brinquedos”. Computadores de alto desempenho, armas militares, veículos fortemente equipados com armas e blindagem, entre outros. Inclusive já tínhamos uma missão inicial, monitorar o tráfego de mulheres brasileiras para os EUA.

    Todavia, o projeto teve de ficar de lado, pois em meio às investigações Hector e Eliot foram seguidos e uma de suas bases, aquela que guardava a cripta do velho Rafael Santiago sofrera um ataque. Esse é um grande problema no qual sempre enfrentamos por vezes o lugar escolhido para hibernação é atacado, às vezes algum terremoto ou desastre natural ocorre e as criptas precisam ser evacuadas…

    Mas o projeto “os escolhidos” morreu, Ferdinand? Não mancebo, é disso que falarei agora, pois desde então estávamos envolvidos na escolha de novos locais para criptas e cheios de afazeres pessoais. Por vezes eu até tentei levar tudo sozinho e contei várias histórias por aqui, mas agora nos sobrou tempo para retomar tudo.

    Por enquanto, como as histórias envolvem muitos detalhes,  elas serão divulgadas somente para um grupo seleto do site…

  • Eleonor, a caça bruxas. Parte II

    Eleonor, a caça bruxas. Parte II

    Os segui até um prédio no centro, o lugar era muito sujo, desses que os donos tem poucos cuidados com a aparência e que geralmente são freqüentados por traficantes, putas e gente despreocupada com luxo.
    Parei com meu carrinho um pouco atrás e fiquei esperando até que eles entrassem, para minha surpresa a mulher e o garoto foram na frente e o cara atrás com a menina no seu colo. Será que já haviam feito algo com a pobre coitada no caminho?

    Desci e fui seguindo o que eu julgava ser “eles ao longe”. Logo que entrei no prédio, já vi um sujeitinho vomitando, nisso eu pensei comigo, ui, por que é que eu sempre me meto nessas coisas, vai ver é o sangue de papai que tem algo especial, afinal Galego e eu somos muitos parecidos nisso.

    Escada acima, muita sujeira, mais gente feia e lá estava o quarto 52, dava para ouvir alguns resmungos, coisa de quem devia estar com uma mordaça na boca. Olhei em volta e não vi ninguém no andar então, peguei o punhal que escondia na bolsa resolvi bater a porta. (A Eleonor adora armas brancas e é uma ixímia lutadora) Toc toc… “Quem é” me perguntou uma voz masculina, “Oi sou a vizinha do quarto ao lado” Por alguns instantes não ouvi mais os resmungos e de repente as trancas da porta começaram a ser abertas, uma pequena fresta mostrava um homem sem camisa, com belo porte e uma tatuagem no pescoço que parecia ser o rabo de um pássaro.

    Nem pensei duas vezes, segui meu instinto e chutei a porta, derrubando-o. Com a porta aberta pude ver o garoto do bar amarrado junto a menina desmaiada em uma cadeira. Ao fundo várias velas e o casal de vadias vestindo apenas uma espécie de manto, branco semitransparente. (mulheres são tão detalhistas, eu juro que tento descrever as coisas como elas, mas não consigo)

    Ao me verem a mulher foi para um dos quartos e o homem veio pra cima de mim dizendo “Sua vaca quem tu pensas que é pra entrar aqui assim?”, nessas horas o nosso diabinho fica big doidinho, e minhas presas quase furam os lábios, as unhas aumentam, engrossam e rasgam as cutículas… Pisei direto no peito do gatinho malhado que estava no chão tentando levantar e me atraquei com o miserável, o apunhalei perto do ombro, próximo a clavícula, por ser uma região que sangra muito, nisso ele segurou minha mão e gritou de dor me empurrando ao chão. No chão lhe dei uma chave de pernas e o derrubei contra uma estante que lá estava.
    O gatinho que estava no chão se aproximou por trás de mim e me levantou pelos cabelos, ele era forte e tentou me imobilizar com os braços, me levantou do chão inclusive. Mas ele não foi páreo para meu salto alto que quase furou sua coxa com o big chute que dei. Com um joelho no chão foi fácil morder aquele lindo fênix pintado no seu pescoço… O gatinho não levantou mais e quando me aproximei do outro, senti uma força me puxando para trás, era a vadia que estava no quarto usando sua telecinésia. Ela foi forte o suficiente para me jogar contra a parede e me deixar meio tonta. Enquanto tentava me levantar, vi o cara arrancando o punhal do pescoço e vindo em minha direção. Percebi que o lugar estava escurecendo mais que o normal então eu tinha de ser rápida, eles estava preparando mais um big ritual.

    Usei o resto de forças que eu tinha e chutei algumas velas de um canto que caíram próximas e eles, o que fez o manto da mulher se incendiar. O fogo meu deixou um pouco preocupada era hora de tirar o casal dali, soltei as cordas do garoto e ele me ajudou a soltar a menina. Nisso a escuridão aumentou e se ampliou por causa da fumaça. Antes que eu pudesse pensar em algo levo uma apunhalada nas costelas o que me fez contorcer os músculos de dor e soltar um grito meio felino e agudo… Ai como doía e o pior é que era meu próprio punhal… Agora era hora de usar a manha de uma boa sanguessuga. Ativei o meu “charme” eu chamo de charme, mas na verdade é um podersinho que nos deixa mais atraente e as pessoas praticamente fazem o que queremos… Dito e feito eles ficaram ali paradinhos me olhando, precisei apenas dizer vão para quarto lá é mais “seguro” se tranquem lá e só saiam quando eu mandar…

    Arrastei então um móvel para a porta deles, como eles não estavam mais me vendo o efeito do poder começou a passar, então era hora de aumentar o fogo e sair rápido. Procurei por algo e achei uns vidros com um liquido que parecia fluído para lampião, cheirei e era mesmo (ela é muito sortuda) joguei perto da porta deles e aquilo parecia uma bela fogueira, joguei um pouco mais pela sala e fui para o carro. Na descida a mesma movimentação de antes e na saída puxei o carinha vomitado para fora, pois aquele prédio velhinho iria virar o inferno. Não precisei esperar muito para ver várias pessoas saindo correndo, levei o carro um pouco mais para trás e fiquei ali admirando a turba.

    Nada deles saírem até que vejo uma janela sendo quebrada, uma cadeira voando e a mulher se levitando com o cara para fora, até o terraço de outro prédio. Fui até um beco escuro entre os prédios e escalei até eles, ao me verem eles ficaram estáticos novamente. Dessa vez o diabinho foi big rápido e bati a cabeça deles um contra o outro e quando caíram desmaiados os joguei de cima do prédio.
    Depois daquela noite eu fiquei dois dias dormindo, e ao acordar me senti aliviada, pois eram três vadias a menos para incomodar…

    ( E depois tem gente que nega seu sangue, essa é minha irmã^^)