Tag: prazer

  • De volta a uma rotina nada normal – Parte IV

    De volta a uma rotina nada normal – Parte IV

    Beijei Lorenzo vorazmente.  Em meu quarto, joguei – o na cama. Sentada em cima dele, beijava-o e acariciava seu peito enquanto tirava sua camiseta.  Com as mãos em minha cintura, pressionava sua ereção em meu corpo e nos movimentávamos como em uma dança sincronizada. De repente ele parou.

    – Caramba o que estou fazendo!

    – Hum? O que foi Lorenzo?

    – Desculpa, mas eu não sei se consigo.

    – O que? Hahahaha Lorenzo, eu que devo lhe pedir desculpas, você não irá sair daqui assim.

    – Mas faz tempo que…

    – Shhhhhhhhhiiii – Falei colocando o dedo indicador em sua boca e rindo ao mesmo tempo – Quem manda aqui é eu.  Foi você quem começou com isso, agora terá que terminar. Espere aqui.

    Ele olhou-me sério e apreensivo, mas obedeceu. Quando voltei continuava exatamente como eu havia deixado. Tranquei a porta do quarto.  Com a corda que eu havia buscado, fiz alguns nós prendendo cada um de seus braços à cabeceira da cama. Olhando-me com os olhos arregalados, soube que ele queria perguntar o que eu iria fazer.

    – Você não estava me desejando? Irei matar seu desejo, mas a minha maneira, entendeu?

    Aumentei o volume do rádio que já estava ligado, tocando algumas das seleções de músicas que eu adorava e que me inspiravam nesses momentos. Então, lentamente tirei meu roupão, revelando apenas uma minúscula lingerie vermelha. Puxando seus pés, o mantive esticado sobre a cama e em um movimento rápido tirei sua calça e comecei a beijá-lo e a acariciar seu corpo e seu sexo.

    – Ah, por favor, não faça isso!

    – Hahahahah devia ter pensando antes. Agora, cala a boca que eu não mandei você falar!

    Embora envergonhado, ele estava gostando. Embora tentasse evitar, estava excitado e controlando seus gemidos de prazer. Era engraçado despertar essas sensações em alguém assim. Para mim estava sendo tudo totalmente diferente do que eu já havia visto. Ele era um homem diferente dos que conheci pelo mundo. Arranhei seu peito definido fazendo- o sangrar um pouco. O cheiro de seu sangue era tentador. Mas, eu não queria mordê-lo. Não ainda. Queria senti-lo. Vi que naquele momento ele se empolgava. Ainda amarrado, sentei sobre si e o pressionei contra meu corpo. Eu comandava. E no ritmo da música me movimentava e dava gargalhadas de prazer enquanto o observava ter um orgasmo rápido.  Soltei as amarras e ele investiu contra mim, segurando- me no colo, bateu com minhas costas na parede e demonstrou querer mais.  Deixei-o à vontade durante as últimas horas que se seguiram, enquanto nos beijávamos então, em um momento de excitação, o mordi e o mantive paralisado e quieto, sentindo a dormência tomar seu corpo com minha mordida…

    Horas depois, acordei ao lado de Lorenzo, que me olhava apavorado. Eu, porém, falei sorrindo e me esticando:

    – Olá Lorenzo, como está sentindo-se?

    – Eu estou estranhamente bem. Mas, você… Quem é você?

    Droga. Será que ele lembra que o mordi? Pensei comigo mesmo.

    – O que foi Lorenzo? Qual é o problema, não gostou do que fizemos?

    – Não é isso. Eu gostei sim, pode acreditar. Nunca havia sentido prazer dessa forma. Mas, vendo você dormir… É… Você tem alguma coisa estranha. Seu corpo é tão gelado. Estava dormindo de olhos abertos, parecia morta…

    Merda! Foi como voltar no tempo e relembrar como foi descobrir o que Sr. Erner era. Aqueles olhos paralisados como o de um defunto. Sua expressão morta enquanto dormia. Então naquele momento nostálgico, me distrai e não vi Lorenzo levantar…

    – Hey, o que está fazendo! Não faça isso!

    Foi quando senti o sol queimar-me violentamente.

  • Sangue frio – Pt2

    Sangue frio – Pt2

    Atenção: Conteúdo inadequado a menores de 16 anos.

    Cheguei ao encontro daquele “vampirata moderninho” seguindo o endereço indicado pelo Fê, que em algumas de nossas conversas fraternas em companhia de bons vinhos deixou-me a par dos assuntos sobre o projeto “Escolhidos” e sobre os métodos utilizados por Hector. Segundo Ferdinand, a metodologia daquele vampiro sodomita era um pouco diferente do seu, acreditando que eu certamente me identificaria com seu estilo e que, de certa forma, seria deveras interessante cumprirmos algumas missões juntos, compartilhando nossos conhecimentos sobre a arte de causar sofrimento a alguns dos porcos e infelizes seres que praticam a perversidade contra inocentes. Eu sabia claramente em qual terreno estaria pisando, e estava ansiosa, como de costume, e ao mesmo tempo excitada com tais expectativas, pois sempre gostei de bons desafios.

    Eram por volta das onze, de uma noite qualquer, quando fui recebida em sua moradia para nosso primeiro encontro. Uma festa gótica.  Fui pega de surpresa em ter que ir a tal festinha a caráter, porém, eu possuía algumas peças no carro que quebravam um galho.  Confesso que inicialmente a conversa soava estranha, como se quiséssemos intimidar um ao outro. No entanto, logo constatei que tínhamos algumas afinidades em determinados aspectos. Hector estava sentado e com meu lápis de olho na mão mostrou precisar de auxílio. E foi então, que pude observá-lo com mais detalhes. Bem de pertinho. Tinha o corpo magro, mas definido. E uma altura mediana. Seu cheiro era instigante para mim, seus olhos miúdos e negros e suas mãos com dedos longos movimentavam-se junto ao cabelo razoavelmente comprido e escuro, com enorme destreza, conforme falava. Porém, naquele momento, nos mantivemos em silêncio. Concentrada no que estava fazendo, pude sentir sua perna roçar sobre a minha. Distraído, Hector pareceu não notar que eu imaginava sobre o que eram seus pensamentos. Ficamos ali por alguns minutos imaginando-nos em cenas sórdidas e quentes.

    Deixei meu carro em sua garagem para irmos juntos e, na tal festa, conheci alguns amigos de Hector.  Mas, no final cada um foi para um lado observar o ambiente, e claro, ambos sabíamos que estávamos atentos as ações um do outro. Mordemos alguns pescoços por lá e madrugada adentro constatamos que era hora de ir embora.  Chegando, desci e escorei-me no carro.

    – Você vai ficar hospedada aqui. Podemos levar sua mala lá para cima, pequena?

    -É… Na verdade eu havia me preparado para ficar em um hotel aqui perto.

    -Não. Agora que eu a conheci, realmente quero que fique aqui por esses dias. Devo agradecer a Ferdinand pela companhia que me enviou.

    – Quer é? Hector… Eu sei no que estava pensando quando eu estava fazendo essa maquiagem sexy de corvo em você. Não precisa se preocupar com nada.

    Ele compreendeu minhas intenções e olhou para mim, sem parecer surpreso. Deu um sorriso frio e sínico de lado.

    Nem o diabo pôde prever o que houve ali. Não havia nem uma alma na rua àquela hora, e se houvesse eu não me importaria. Hector veio para mim, agarrou meus cabelos já desalinhados com força e entre uma mordiscada e outra senti meu corpo arrepiar como há muitos anos não acontecia. Sim, ele rasgou ainda mais minha meia calça, colocou minha calcinha minúscula de lado, abriu sua calça jeans preta cheia de correntes somente o suficiente para transarmos ali mesmo, prensados sobre o carro.  A cada movimento, mordíamos e bebíamos o sangue frio um do outro na qual sentíamos uma junção do orgasmo humano com o vampiresco. Arrancávamos pedaços de nossa própria carne com as unhas e quando nos acalmamos, daquela sede doentia, continuamos ali, em movimentos lentos e fortes penetrando um corpo gélido no outro o máximo que fosse possivel…

    Naquela noite, após aquela loucura toda. Ele carregou minha mala até o quarto. Tomamos um belo banho. E ainda ficamos até amanhecer bebendo e conversando. Hector me mostrou sua coleção de utensílios e bisturis, onde planejamos nossos passos para resolver um dos casos entre os diversos que havia em toda aquela papelada de processos criminais encaminhados por um aliado e amigo policial. Eu estava determinada. Por enquanto, também estava satisfeita, mas eu queria e sabia que ainda haveria de acontecer muita coisa dali pra frente.

  • Sangue frio – Pt1

    Sangue frio – Pt1

    Atenção: Conteúdo inadequado a menores de 16 anos.

    Ela surgiu numa noite qualquer, disse que estava disposta a ajudar em meus projetos e que de certa forma sentia simpatia por meus métodos. Não é sempre que a amiga de um amigo surge a tua porta e com tais intenções. Baixa estatura, esguia e se não fosse isso ainda estava  com a cabeça cheia de dúvidas e anseios, seria ela minha nova aprendiz?

    – O Fê me contou diversas histórias sobre os Escolhidos e o jeito com que vocês vão atrás dos bandidos. Ele de certa forma é bom ou bonzinho demais comparado a você, pelo que entendi…

    – Ele é justo. Todos temos um lado bom ou ruim.

    – Sim, ele já me disse isso, mas mesmo você tem um lado bom?

    – Talvez, pequena…

    Já em nossa primeira noite juntos, decidi levar Becky a uma festa diferente, onde eu testaria até onde vão os seus escrúpulos. Como era uma espécie de comemoração gótica, precisamos fazer algumas mudanças em nossa aparência. Nada demais na verdade, apenas algumas roupas, maquiagem e acessórios. Acontece que rolou um clima interessante, no momento em que ela resolveu me maquiar, estilo Corvo. Sim igual aquele do filme.

    Estava sentado e ela apareceu a minha frente de saia de couro curta, meia calça cheia de texturas e rasgos. A parte de cima do espartilho aumentou e realçou seus seios e para finalizar, ela ainda havia amarrado os cabelos lisos pretos estilo Lolita. Para ser bem sincero, ela estava bastante atraente, mas o que me chamou a atenção foi na verdade os seus procedimentos frios e calculistas.

    Olho no olho, coxa com coxa e ela começou a passar o lápis preto em meu rosto. Estava nítida sua concentração sem piscadas e como um experiente médico, que opera com muita precisão um bisturi afiadíssimo, ela desenhou todo meu rosto. Confesso que a cada traço a vontade de ser rasgado por aqueles dedos finos aumentava voluptuosamente.  Tanto que em determinados momentos eu cheguei a sentir o sangue escorrendo, o seu cheiro, o seu gosto, o seu corpo…

    “Se não fosse ela, a amiga do meu amigo, alguém de importância para o seu clã. Eu teria lhe agarrado, rasgaria ainda mais sua meia calça, colocaria sua calcinha minúscula para o lado e mandaria ver ali mesmo, com ela sentada em meu colo. Quem sabe com o mesmo bisturi, eu cortaria as amarras de seu espartilho e na sequencia morderia com força os seus seios juvenis. Depois, aproveitando todo tesão liberado por meus atos brutos e impensados. Entre uma metida ou outra, beberia com gosto vários goles de seu sangue frio e amaldiçoado. Num momento único, onde seriam combinados os dois tipos de orgasmo, que certamente só os vampiros tem o privilégio de sentir.”

    Ainda bem, que certas ações ficam apenas nos pensamentos e ao final da seção de maquiagem fomos diretamente para a tal festinha. Por lá encontramos alguns dos meus amigos e infelizmente, a pequena se entrosou com um deles. O que foi até bom na verdade, pois pude perceber seus métodos, principalmente os relacionados ao flerte e a dominação.

    O que vai acontecer depois disso? Só o diabo sabe, mas estou ansioso para ver ela usando algum bisturi da minha coleção.

    Posfácio do Ferdinand: Esse texto foi enviado por Whatsapp pelo Hector e dei uma “amenizada” antes de publicar por aqui. Diz ele que já conversou com a Becky sobre tais pensamentos e quem sabe ela mesma nos conte sua versão desse primeiro encontro entre ambos. Aguardem!

  • Vampiros tem prazer?

    Vampiros tem prazer?

    “Hoje quero falar um pouco de um sentimento que julgo muito importante para a evolução da sociedade no geral além da vampiresca. Através desse sentimento as coisas acontecem e com certeza muitos ciclos são quebrados e tantos outros são iniciados. Falo do prazer. Pense comigo o que provocou a migração dos humanos entre os continentes? O Prazer de conhecer lugares novos. Por que os grandes castelos e monumentos foram construídos? Pelo prazer de conquistar e dominar. Qual o principal motivo que destrói ou aproxima os indivíduos? O prazer em suas mais diversas sensações fisiológicas sexuais ou afetivas de companheirismo.

    Eu poderia citar aqui outros milhares de exemplos sobre a importância do prazer para a sociedade, mas isso foi apenas para ilustrar que tal sentimento também faz parte da não-vida de um vampiro. Não só pelo fato de termos de viver em meio à sociedade, mas por que os vampiros sentem prazer de diversas formas tais quais os humanos.

    Sugar sangue, sem sombra de dúvidas, é o que mais proporciona prazer para um vampiro. Não só pela questão fisiológica de nutrição, mas também pela mística que envolve a situação. Com exceção às vezes em que recebemos o sangue de doadores espontâneos ou de formas não convencionais, quase sempre precisamos lutar para obstá-lo. Sendo assim, essa busca pelo sangue nem sempre é fácil, afinal estamos caçando seres inteligentes, que na maioria das vezes são capazes de se defender e até brigar de igual para igual conosco dependendo da situação. Desta forma, o prazer vem da vitória após imobilizarmos nossas vítimas, tal qual um esperto predador quando ataca a pobre vítima vegetariana e inofensiva.

    Além disso, os vampiros também sentem prazer com sexo, pois a nossa pele continua com as terminações nervosas em funcionamento, bem como as veias irrigadas por plasma. Claro que não produzimos mais hormônios como testosterona ou progesterona que estimulam a libido, mas o prazer sexual poder ser obtido de muitas formas além da cópula comum, não é mesmo?…”

    Não meus queridos, não fui eu quem escreveu esses parágrafos acima, foi meu tio o grande barão, em um dos seus diários que acabo de achar em meio a umas caixas com seus pertences. Como ele está dormindo e deve ficar assim por mais alguns anos eu resolvi dar uma ajeitada nas suas coisas, enquanto matava a saudade de antigamente revendo alguns itens como jóias, livros e outras quinquilharias de época.

    Vou tentar traduzir mais pensamentos que ele escreveu se eu julgar importante, mas é um germânico meio arcaico e sua letra não é das melhores, então não esperem muito.

  • Vai um pescoço ai ?

    Vai um pescoço ai ?

    Primeiro o aroma que  trás junto uma sensação de euforia, depois vem o barulho do coração, eu já consegui ouvir o pulsar, aquela correnteza passando dentro de pequenos vasos, o barulho me lembra um relógio, tic tac tic tac tic tac…

    Eu não agüento, minhas mãos ficam inquietas, aperto o polegar junto dos outros dedos, vem denovo a sensação na garganta, euforia, estase, pescoço, vida…………………………

    Respiração, desejo, estase………………

    Sempre giro minha cabeça. Sabe quando se estala os ossos do pescoço? Esse é o meu “tic nervoso” depois que minhas presas se soltam da carne fresca e viva, é como se todos os meus músculos se contorcessem, surgiu um arrepio…. nossa como foi bom… o sexo ? Não, isso não tem comparação, nada se compara ao prazer de possuir, de tocar, de sentir, de provar, de lamber…

    Quero mais, vem cá… Hummmm delícia, minha língua limpa meus lábios e o prazer se repete, resta apenas alguns segundos e novamente me controlo, a vida está em minhas mãos, quero mais, quero maissssss.

    O lado humano assume, foi-se mais uma, o que eu faço com o corpo? -Ah, ainda ta viva? Deixa ai, daqui a pouco alguém acha. Não, depois de tanto prazer e serviços não posso deixar aqui dentro do quarto. Chamei o vigia, ele chamou a ambulância. Mais uma vida salva… Será que vai se lembrar de algo? Melhor não pensar…

    Assim começou minha noite, minha empregada, a escolhida, depois de tanta vontade não resisti, ninguém mandou ela usar decote e ter a pele tão branquinha!