Tag: vadias

  • Mulheres, tequila e sangue

    Mulheres, tequila e sangue

    Eu juro, mas eu juro que tento ser um cara tranquilo, por vezes tento esquecer que tenho poderes e que devo tentar ter uma vida pacata fazendo coisas normais, mas ontem foi mais daqueles dias que fui obrigado a me alimentar.

    Atualmente como alguns sabem eu vivo com minha noiva, rodando pelo mundo sem ter um lugar fixo. Nós já tentamos viver pacatamente em uma casinha no campo, mas ela foi invadida e nos últimos meses precisamos cair na estrada.

    Acontece que sou um vampiro e como tal preciso de tempos em tempos me alimentar de sangue principalmente humano para não enlouquecer ou fazer barbaridades deixando meu demônio aflorar. Até que esse meu martírio tem levado mais tempo para me atazanar, mas a cada 3 semanas, com uns dias a mais ou a menos eu preciso me nutrir.

    Desta vez infelizmente não encontrei nenhum meliante, meu manjar predileto, então tive de recorrer às pessoas normais. Isso me deixa sempre ruim, pois é mais complicado, afinal preciso “mexer” na vida de uma pessoa justa, trabalhadora e quase sempre pertencente a uma família. Sem contar o fato de que terei de ir a um lugar público e possivelmente flertar.

    Nessas ocasiões procuro lugares com grandes aglomerados de pessoas e que tenham pouca iluminação, tal qual as casa noturnas ou as populares “baladas”. Obviamente vou sozinho a Beth até já quis me acompanhar mas sempre argumento que é mais seguro para ela ficar em casa, afinal se algo der errado terei mais uma coisa para me preocupar além, dos seguranças, da polícia, caçadores, bruxas, metamorfos, anjos, demônios…

    Nesta última noite de quinta para sexta, resolvi ir a uma casa de shows, dessa em que algumas mulheres fazem strip-tease e homens gastam fortunas com bebidas e sexo. Esse é sempre um ótimo lugar para encontrar bêbados que mal conseguem se manter sentados.

    Aproveitei que a noite estava limpa sem ameaça de chuva e botei a moto na estrada. Sei que já falei disso, mas andar de moto para mim tem o mesmo efeito de um calmante para um humano e sempre faço isso para dar uma boa relaxada pondo as ideias em ordem.

    O local ficava bem no centro mas as 3 da manhã foi fácil estacionar, paguei a pequena taxa de R$200,00 e adentrei o recinto. Quem já foi nesses lugares sabe que logo na entrada tu já viras alvo das periguetes, elas vêm pra cima se esfregando, nos empurrando gentilmente para uma mesa e praticamente nos obrigando a consumir algo: Bebidas ou elas mesmas.

    Como eu havia recém chegado e não conhecia o lugar me acomodei e disse para a menina que por enquanto iria apenas ver o show. Era noite da tequila, então entre algumas meninas trajando apenas sombreiros e com garrafas de tequila nas mãos eu percebi um grupinho de homens felizes engravatados. Nessas horas alguns já estavam com as gravatas na testa, outros estavam abraçados quase caindo no colo de algumas biscates e um deles me chamou atenção pela grande aliança dourada na mãe esquerda.

    Por mais que o cara não fosse um ladrão, bandido ou assassino, aquela traição me fez brilhar os olhos. Então o fitei por alguns instantes e percebi na sua ida ao banheiro uma chance de me alimentar. Observei a atentamente a minha volta, havia muitos seguranças e várias câmeras, mas o segui mesmo assim. Quando entrei no banheiro vi o cidadão em um dos mictórios e lavei as mãos em uma das pias para disfarçar. Aguardei ele se aproximar percebi que já estava meio tonto e puxei assunto:
    – Cara só gostosa aqui hoje…

    Ele começou a lavar as mãos, olhou meio de lado pra mim, levantou uma das sobrancelhas e comentou:
    – Pow veio já to meio doido, mas cê não é daqui ne? Pow cara ta usando maquiagem…

    E veio tentando colocar o dedo na minha cara. Nesse momento tive de agir rápido para não levantar suspeitas para quem estivesse vendo pela câmera e dei um passo para trás dizendo bravo:
    – Hei bicho, tá louco, tá me estranhando?

    Com a minha saída brusca para trás ele perdeu o apoio quase caiu e bateu forte com a mão em uma quina da pia. Com o impacto abriu um pequeno corte que logo corou e fez surgir o precioso líquido. Imediatamente senti minhas presas começarem a aflorar e precisei me conter. Peguei um pouco de papel higiênico, coloquei na mão do cara e disse para ele segurar apertado. Em seguida sai e voltei para mima mesa.

    Permaneci ali por mais alguns minutos, o cara do banheiro voltou para junto de seus amigos e depois de meia hora resolveram ir embora. Cheguei até a olhar em volta em busca de alguma presa fácil mas resolvi segui o mesmo Zé Mané.

    Eles saíram se despediram e cada um foi para o seu carro. Pensei então comigo: o cara já ta traindo a esposa e ainda é capaz de causar algum acidente, não é que consegui um lanche bom no fim das contas?

    Segui-o de moto por alguns minutos e quando parou em um sinal encostei do seu lado e lhe apliquei um anestésico em seu braço que estava para fora da janela. Depois de alguns segundos ele até tentou esboçar uma reação, mas não resistiu e sucumbiu em uma perfeita letargia. Encostei a moto na calçada, fui até o carro e quando ia abrir a porta vejo os faróis de um carro se aproximando. Ao passar perto vejo um casal dentro que me olham, abrem um pouco a janela e a mulher me pergunta:
    – Tudo bem?

    Eu finjo um sorrisinho de lado e digo:
    – Tudo certo minha querida, só to ajudando meu amigo que bebeu demais. Sou o motorista da rodada, fazer o que rsss.

    Ela riu, fechou o vidro e fez sinal para o namorado sair. Então eu mais que prontamente, empurrei o cara para o banco do carona, olhei em volta e estacionei perto de uma garagem, como havia película nos vidros, decidi me alimentar ali mesmo. Suguei apenas o necessário, sem o matar, lambi a ferida para cicatrizar e o deixei ali. Inclusive fui muito legal ligando para polícia informando o seu estado. Quando era quase 5 horas eu já estava em casa contando a história para a patroa…

  • Eleonor, a caça bruxas. Parte II

    Eleonor, a caça bruxas. Parte II

    Os segui até um prédio no centro, o lugar era muito sujo, desses que os donos tem poucos cuidados com a aparência e que geralmente são freqüentados por traficantes, putas e gente despreocupada com luxo.
    Parei com meu carrinho um pouco atrás e fiquei esperando até que eles entrassem, para minha surpresa a mulher e o garoto foram na frente e o cara atrás com a menina no seu colo. Será que já haviam feito algo com a pobre coitada no caminho?

    Desci e fui seguindo o que eu julgava ser “eles ao longe”. Logo que entrei no prédio, já vi um sujeitinho vomitando, nisso eu pensei comigo, ui, por que é que eu sempre me meto nessas coisas, vai ver é o sangue de papai que tem algo especial, afinal Galego e eu somos muitos parecidos nisso.

    Escada acima, muita sujeira, mais gente feia e lá estava o quarto 52, dava para ouvir alguns resmungos, coisa de quem devia estar com uma mordaça na boca. Olhei em volta e não vi ninguém no andar então, peguei o punhal que escondia na bolsa resolvi bater a porta. (A Eleonor adora armas brancas e é uma ixímia lutadora) Toc toc… “Quem é” me perguntou uma voz masculina, “Oi sou a vizinha do quarto ao lado” Por alguns instantes não ouvi mais os resmungos e de repente as trancas da porta começaram a ser abertas, uma pequena fresta mostrava um homem sem camisa, com belo porte e uma tatuagem no pescoço que parecia ser o rabo de um pássaro.

    Nem pensei duas vezes, segui meu instinto e chutei a porta, derrubando-o. Com a porta aberta pude ver o garoto do bar amarrado junto a menina desmaiada em uma cadeira. Ao fundo várias velas e o casal de vadias vestindo apenas uma espécie de manto, branco semitransparente. (mulheres são tão detalhistas, eu juro que tento descrever as coisas como elas, mas não consigo)

    Ao me verem a mulher foi para um dos quartos e o homem veio pra cima de mim dizendo “Sua vaca quem tu pensas que é pra entrar aqui assim?”, nessas horas o nosso diabinho fica big doidinho, e minhas presas quase furam os lábios, as unhas aumentam, engrossam e rasgam as cutículas… Pisei direto no peito do gatinho malhado que estava no chão tentando levantar e me atraquei com o miserável, o apunhalei perto do ombro, próximo a clavícula, por ser uma região que sangra muito, nisso ele segurou minha mão e gritou de dor me empurrando ao chão. No chão lhe dei uma chave de pernas e o derrubei contra uma estante que lá estava.
    O gatinho que estava no chão se aproximou por trás de mim e me levantou pelos cabelos, ele era forte e tentou me imobilizar com os braços, me levantou do chão inclusive. Mas ele não foi páreo para meu salto alto que quase furou sua coxa com o big chute que dei. Com um joelho no chão foi fácil morder aquele lindo fênix pintado no seu pescoço… O gatinho não levantou mais e quando me aproximei do outro, senti uma força me puxando para trás, era a vadia que estava no quarto usando sua telecinésia. Ela foi forte o suficiente para me jogar contra a parede e me deixar meio tonta. Enquanto tentava me levantar, vi o cara arrancando o punhal do pescoço e vindo em minha direção. Percebi que o lugar estava escurecendo mais que o normal então eu tinha de ser rápida, eles estava preparando mais um big ritual.

    Usei o resto de forças que eu tinha e chutei algumas velas de um canto que caíram próximas e eles, o que fez o manto da mulher se incendiar. O fogo meu deixou um pouco preocupada era hora de tirar o casal dali, soltei as cordas do garoto e ele me ajudou a soltar a menina. Nisso a escuridão aumentou e se ampliou por causa da fumaça. Antes que eu pudesse pensar em algo levo uma apunhalada nas costelas o que me fez contorcer os músculos de dor e soltar um grito meio felino e agudo… Ai como doía e o pior é que era meu próprio punhal… Agora era hora de usar a manha de uma boa sanguessuga. Ativei o meu “charme” eu chamo de charme, mas na verdade é um podersinho que nos deixa mais atraente e as pessoas praticamente fazem o que queremos… Dito e feito eles ficaram ali paradinhos me olhando, precisei apenas dizer vão para quarto lá é mais “seguro” se tranquem lá e só saiam quando eu mandar…

    Arrastei então um móvel para a porta deles, como eles não estavam mais me vendo o efeito do poder começou a passar, então era hora de aumentar o fogo e sair rápido. Procurei por algo e achei uns vidros com um liquido que parecia fluído para lampião, cheirei e era mesmo (ela é muito sortuda) joguei perto da porta deles e aquilo parecia uma bela fogueira, joguei um pouco mais pela sala e fui para o carro. Na descida a mesma movimentação de antes e na saída puxei o carinha vomitado para fora, pois aquele prédio velhinho iria virar o inferno. Não precisei esperar muito para ver várias pessoas saindo correndo, levei o carro um pouco mais para trás e fiquei ali admirando a turba.

    Nada deles saírem até que vejo uma janela sendo quebrada, uma cadeira voando e a mulher se levitando com o cara para fora, até o terraço de outro prédio. Fui até um beco escuro entre os prédios e escalei até eles, ao me verem eles ficaram estáticos novamente. Dessa vez o diabinho foi big rápido e bati a cabeça deles um contra o outro e quando caíram desmaiados os joguei de cima do prédio.
    Depois daquela noite eu fiquei dois dias dormindo, e ao acordar me senti aliviada, pois eram três vadias a menos para incomodar…

    ( E depois tem gente que nega seu sangue, essa é minha irmã^^)

  • Bruxas, vadias, magos e vampiros

    Bruxas, vadias, magos e vampiros

    Olá pessoal e ai gostaram do lay-out novo do blog?
    Recebi algumas críticas dizendo que ficou mais confuso, bom, pode até ficar um pouco para quem estava acostumado com o outro. Mas achei mais interessante usar esse modelo, pois permitiu a melhor integração das imagens com o conteúdo. Muitos que procuram assunto ligado aos vampiros o procuram por meio de imagens ou fotos dos mesmos. Sendo assim resolvi facilitar a vida desse povo.
    Sobre tudo hoje quero retomar o assunto das Bruxas, este é o segundo tema mais discutido aqui, e freqüentemente leio críticas a respeito das minhas histórias sobre as vadias…
    Hoje respondi uma das críticas com uma frase de um cara chamado Martinho Lutero: “Não posso impedir que os corvos voem sobre minha cabeça, mas posso impedir que façam ninhos entre meus cabelos” . O que eu quis dizer com isso?
    Pois bem, muitos acham que muito tempo de vivencia é sinônimo para muito conhecimento. Se o cara estudar e passar bastante tempo de sua vida se dedicando a isso até pode ser, mas não é meu caso… Eu levo a não-vida sobrevivendo e tratando de assunto que gosto: fotografia, escrita, internet (atualmente). Claro que muitas das coisas que faço não posso falar aqui. Meu nome, o que faço no dia a dia, onde moro, quantos anos tenho…
    Retomando as vadias, digo bruxas… Quero esclarecer um fato que vem dando trabalho para responder. Da mesma forma que existem as bruxas “ruins”,
    com certeza existem as “boas” e “bons” afinal existem muito homens iniciados nesse processo de adoração do capeta… Se alguém discute comigo quando falo desse tipo de coisa e que se ofenda é por que coisa boa não é, concordam?
    Eu sei que existem muitos humanos que estudam magia e cultuam alguns deuses ou a própria “Natureza” e eu prefiro chamá-los de magos. Não que isso seja um nome oficial para esse estilo de gente, mas uso para diferenciar das verdadeiras vadias a que me refiro…
    Estamos entendidos?
    Blood Kisses ^^

  • Bruxas: Como reconhecer uma!

    Bruxas: Como reconhecer uma!

    Olá espíritos que vagam pela terra…

    Recebi hoje um e-mail com uma pergunta:

    “Olá, encontrei seu blog depois de muita pesquisa sobre vampiros e seres da noite, mas tem uma criatura que me intriga: as bruxas. Gostaria de saber como identificar uma, seria algo interessante. Obrigadinha.”

    Para felicidade geral de muitos e não delas eu vou falar um pouco desses seres malditos, que com certeza são amaldiçoados, ou pelo menos tentam parecer ser.

    viagem-bruxolica-a-india

    Quando se fala em Bruxas, feiticeiras é inevitável não se pensar naquelas “figuras”: velhas, nariz com verruga , chapéu e vassoura. Claro que muitas são assim, caso contrário não existiria uma lenda, mas o pior é que muitas vezes elas são belas, são lindas e ai é que mora o perigo.

    As bruxas possuem muitas habilidades: são boas de lábia, dominam muitos ensinamentos alquímicos, muitas tem o dom da telecinesia ( dai que surge o negócio de voar na vassoura mas como uma simbologia) e o maior poder que esses seres tem é o conhecimento. Elas sabem descobriram a existência dos vampiros, peludos (lobisomens) e tantos outros seres e se utilizam deles como podem, seja utilizando sangue vampírico em rituais, itens mágicos de lobos e tantos outros. Além disso existem algumas aliadas aos seres infernais o que torna isso tudo ainda pior…

    Em Floripa existiu um grande homem que dedicou sua vida a pesquisa dessas pragas: Franklin Cascaes, que em contos recheados de simbolismos, espalhou a notícia de que os humanos em especial deveriam se cuidar, ainda mais das crianças:

    Madame Est’toria vê,
    O sinistro Lucifer
    Bispando o lote de bruxas,
    Que está dançando balé.

    Após haverem chupado
    Muito sangue de criança,
    Estas bruxas elegantes,
    urdiram esta Festança.

    O balé que elas usam.
    É o balé da bruxaria.
    Marcado nas horas mortas,
    Quando vem o fim do dia.

    Hó! minha Ilha encantadora,
    Meu fraco é sempre te amar.
    Pois tu és catita bruxinha
    Que repousa sobre o mar

    Franklin Joaquim Cascaes