Autor: Lilian king

  • Gone – Parte II

    Gone – Parte II

    Daniel POV

    Depois de um tempo afastado da Ordem eu achei que voltaria aqui por algum motivo bom, mas infelizmente não era isso que iria acontecer, a minha volta aqui talvez fosse uma das mais dolorosas da minha existência, hoje eu iria colocar minha pequena para hibernar e dessa vez o tempo era indefinido, só que alguma coisa me dizia ter algo muito errado acontecendo por aqui.

    Quando nós entramos na fortaleza fomos recebidos por alguns bons amigos, Trevor, Michael e para minha surpresa Jonathan havia acordado após 200 anos dormindo – Meus caros sejam bem-vindos mais uma vez! – Michael é sempre tão elegantemente chato e correto que meus olhos se reviram sozinhos com tamanha “elegância” – Obrigada Michael, é bom revê-los – disse em tom de poucos amigos até que senti uma mão em meu ombro – Meu caros desculpem a vinda repentina e a decisão de última hora, espero não estar atrapalhando nada – Lilian sempre tão educada e direta ao ponto, só faltou os palavrões rotineiros, talvez xingar o Trevor um pouco para levantar o humor.

    Lilian POV

    A Ordem, a minha primeira casa vampírica, minha família de vampiros me esperava na entrada da grande casa e pude ver que a minha decisão não era considerada uma das melhores mas ninguém era louco de se opor – Meu caros desculpem a vinda repentina e a decisão de última hora, espero não estar atrapalhando nada – Trevor me olhava como se a qualquer momento ele fosse desabar, Michael tinha aquela cara de paisagem intocada de sempre e Jonathan acabou de voltar da tumba então eu não tinha nenhum tipo de contato com o vampiro – Você é novo! Quem é você¿  – Ele me chamou atenção pela aparência, longos cabelos loiros platinados até o meio das costas, olhos cinzas e frios, o rosto intocado e a presença poderosa me deixavam admirada, com medo, com vontade de lamber o rosto dele pra ver se era de verdade ou se era ilusão  – Vejo que Trevor sabe bem quem escolher como cria… Minha cara eu sou mais velho do que você pensa e suas maneiras não me agradam… – Você deve ser mais velho que a Lua colega e mesmo assim eu to pouco me fudendo pra você, apesar de te achar um gato e se não fosse sua arrogância eu teria até te convidado pra um role por ai, jogado umas calcinhas minhas pra você e tal – Minhas maneiras¿ Estamos em que século¿ Cara você parece a porra de um elfo! Você é vampiro cruzado com elfo¿ Até parece que eu te vi em um filme do Peter Jackson!  – Daniel tentava não morrer de rir por dentro enquanto o vampiro loiro me olhava perplexo e parecia estar em um dilema interno – Ué minha maneiras ainda não te agradam¿ Deixa eu melhora pra você! Meu senhor, que honra conhecer um ser tão antigo como a Lua e o tempo, eu estou aqui de passagem, venho apenas para hibernar sei lá quanto tempo, se assim o meu Senhor loiro galã tirado do livro do Tolkien permitir. – Agora sim ele iria explodir – Minha cara nem se você hibernasse duzentos séculos você iria melhorar! Se você, minha cara, acha que fugindo da dor as coisas vão melhorar, acredite não vão! – A voz dele era tão potente que me dava arrepios bons e ruins, o vampiro devia ter dois metros de altura, dava pra ver ele a quilômetros de distancia – Eu vou hibernar, você não precisa me tolerar Senhor…. – ele sorriu e foi ai que eu tive medo  – Não Lilian, é o seu nome, certo¿ Você não vai hibernar e é por isso que eu estou aqui… Eles não aprovam e tão pouco eu! A morte do seu amigo não vai te enfraquecer minha cara, vai te tornar forte, tenho dito isso você vai ficar na Ordem por tempo indefinido, sem acesso ao mundo externo, aos eletrônicos e qualquer meio de comunicação. Você perdeu o seu auto-controle e como eu estava preparado para voltar, porque não treinar você novamente e mostrar que o meu trabalho é muito mais convincente do que de alguns vampiros.. – OI¿ Ele deve ta de brincadeira comigo – Você deve ta muito louco achando que vai conseguir isso de mim! Eu quero ver você tentar! – O vampiro elfo não parecia nem um pouco incomodado – Eu já consegui Lilian, ou você acha que a idéia maravilhosa de vir por livre e espontânea vontade foi apenas sua¿ Eu te induzi, sem isso você não viria, talvez fosse se abnegar algum tempo, mas depois voltaria para sua rotina de criança vampírica o que eu acho normal para alguém tão jovem e inconsequente  – ele falava enquanto me rodeava e tocava meu cabelo delicadamente – E digamos que seria uma perda muito grande ter algo tão belo dentro de um caixão daqueles, não acha minha querida¿ Nós vamos nos dar muito bem, talvez você perceba que eu faço isso apenas pelo seu bem minha cara – Ele deixou claro que havia me controlado, talvez até o Daniel e agora vindo aqui eu percebi que Trevor e Michael estavam de acordo já que não falaram nada, eu seria mantida aqui com o vampiro loiro e não teria acesso a nada e pior, eu não tenho escapatória, desobedecer um ancião da Ordem é dado como pedido de prisão ou morte e eu não quero nem um e nem outro,  pela primeira vez em anos eu fiquei sem palavras e apenas aceitei – Sem palavras minha querida¿ Ótimo já vemos uma melhora… – Jonathan estava próximo que eu conseguia sentir o toque dos lábios dele tocarem a minha orelha enquanto falou comigo através da telepatia – Não se preocupe Lili eu não vou fazer mal algum a você, muito pelo contrário, quando nós terminarmos você não vai ser uma mera vampira rebelde, vai ser mais do que isso e para melhorar todo enredo desta história, você vai ser minha! Eis a resposta que precisava e o motivo pelo qual eu acordei, tenho observado você nos últimos cinquenta anos então digo que é melhor se acostumar a me ver todos os dias de agora em diante e deve me chamar de Meu Senhor ou em sua língua, My Lord, eu prefiro! – O cara quer me arrumar¿ Ou me quer pra outra coisa¿ Ou os dois¿ Puta que pariu o que está acontecendo aqui¿

    Daniel POV

    Só podia ser brincadeira, eles queriam consertar a Lilian¿ No que¿ Ela nunca falhou com a Ordem! Espera….. Jonathan acordou justo agora¿ Ele tem mais idade que todos nós e não acordava faziam séculos e o porque agora, porque o tiraram do sono¿ Por que a Lilian, a Ordem tinha muito mais do que ela…

    A morte de Steven e tudo isso junto, alguma coisa não está certa e pela primeira vez eu vi ela e eu sem saída, pior eu vi a Lilian sem palavras e com medo, talvez medo do vampiro que a rodeava como um predador rodeando a sua presa, ele não estava analisando a vampira a sua frente, eu sou homem e sei, ele estava secando ela! Isso não está certo e eu preciso descobrir o que está acontecendo aqui, preciso ir atrás de ajuda antes que seja tarde demais.

    Ela não poderia sair daqui e também não deveria ter mais contato nenhum com o mundo lá fora, caso tivesse seria presa ou pior, por desobediência poderiam mata-la. Era a minha responsabilidade salvar ela dessa situação. Como, eu não sei, mas vou descobrir.

    In my city I’m a young god
    That pussy kill be so vicious
    My god white, he in my pocket
    He get me redder than the devil
    ‘Til I go nauseous
    She asked me if I do this every day
    I said often
    Ask how many times she rode the wave
    Not so often
    Bitches down to do it either way
    Often
    Baby I can make that pussy rain
    Often, often, often
    Girl I do this often
    Make that pussy poppin’
    Do it how I want it

  • GONE

    GONE

    -Hey! Wake up sleepbeauty! ( Bom dia bela adormecida!)

    -What the fuck Steve? (Mas que porra Steve!)

    -Come on! It’s late! Get your ass from the bed!( Ah fala sério! Está tarde! Sai dessa cama!)

    -No! ( Não!)

    -Don’t be a fucking kid! Get up man! ( Não seja uma criança! Levanta!)

    -Why? (por que?)

    -Let’s get out! Have some ride Lili!( Vamos sair Lili! Vamos andar de moto!)

    -Oh for fucks sakes! ( Ah minha puta que pariu!)

    -Comeeeeeee Liliiiiiiii!!! (vamossssss Liliiiiiii!!!)

    -Okay okay… Let me put my pants on… (Ta ta! Deixa eu colocar as minhas calças…)

    —-

    Porque? Nada nesse mundo tem sentido,minha cabeça estava a mil, me sentia inútil e de mãos atadas, o frio da noite pesou em meu corpo e a tristeza hoje é a minha compainha… Com o Steven em meus braços, o sangue quente dele escorrendo por minhas mãos e pernas ali estava eu, sentada no chão com ele, meu amigo antes forte agora estava frágil, eu sentia a vida dele indo embora e eu não podia fazer nada e em meu desespero, a tentativa em vão de te-lo de volta, falei baixinho em sua orelha – Steve please wake up, please, please… Don’t leave me… Just don’t… – Senti algo que há muito tempo não sentia, lágrimas, vermelhas descendo por meu rosto. Eu estava  dando Adeus para um ser que eu amei profundamente, onde o nosso laço era uma dos mais fortes que tive na vida, eu estou dando tchau para o Steve, que teve sua vida roubada da forma desumana-  Don’t go… I’ll miss you my friend, please stay with me Steve… – Em vão e logo a vida deixou o corpo do meu grande amigo, com ele em meus braços eu dei o meu último adeus – Good bye my friend, my the woolf spirit leeds you for the high moutains… I’ll be with you in my heart..

    —-

    Pela perspectiva do Daniel.

    Faz tempo que eu não vejo meus dois grande amigos, acho que não há nenhuma mal em ir visita-los sem avisar, afinal Steven estava morando com a Lilian depois que ela voltou de viagem e é sempre muito bom estar ao lados deles, a companhia deles me faz bem.

    Na primeira oportunidade peguei um jatinho particular e fui ao encontro deles, após algumas poucas horas de viagem cheguei na casa da Lili, percebi que as luzes estavam apagadas, mas como tenho a cópia da chave eu entrei, deixei minhas malas no que era dito como meu quarto e fui para a cozinha, provavelmente aqueles dois estavam por ai metidos em alguma farra, então me dei o prazer de tomar um O+ guardado com uma pitada de Jack antes de sair dali a procura  dos meus “uma noite e nada mais” amigos.

    Ao chegar na garagem percebi que haviam ido de moto, então não me resta opção a não ser dirigir o bebê possuído da Lilian, chamado carinhosamente por ela de “The Black Demon”. Voltei até a cozinha e peguei as chaves do Mustang, na metade do caminho resolvi ligar para Lilian, mas ela não atendeu, liguei para o Steve e ele não atendeu. Algo estava errado, liguei novamente e nada…  Depois de algum tempo andando pela estrada, parei o carro no acostamento, sai e tentei localizar eles, silêncio, e nada, até que ouço algo distante, parecia um grito…. Mais alguns segundos e pude sentir de onde vinham e em meu interior eu sabia de quem eram, voltei ao carro e dirigi o mais rápido possível, parei próximo ao que parecia uma estrada de terra, sai novamente do carro e corri o mais depressa que pude, foi então quando me aproximei que vi o que meu coração a muito tempo adormecido não queria ver, lá deitado no colo da Lilian e agora sem vida estava Steven, ele partiu deste mundo, gravemente ferido, Lilian estava banhada de sangue dele e o que eu pude perceber ela também estava ferida, havia um corte profundo em suas costas, mas sendo uma vampira a recuperação dela viria rapidamente, mas infelizmente Steven não teria a mesma sorte.

    -Lili! – Me ajoelhei em frente a vampira que tinha lágrimas vermelhas escorrendo pelo rosto pálido, ela virou o rosto para me ver – Eu estou morta? É você mesmo Dani?- as lágrimas corriam nos olhos dela, o sentimento de culpa e tristeza misturados nos lindos olhos verdes tomados pela vermelhidão, meu coração gelado estava em mil pedaços – Não meu amor não, eu estou aqui com você… – Eu a abracei e toquei o rosto de Steven, o que aconteceu ali era algo para depois, agora deveríamos enterrar o nosso amigo com honras e na terra dele.

    —-

    Visão da Lilian.

    Era aqui, em meio aos Vidoeiros junto aos amigos e descendentes do Steven que iriamos nos despedir dele uma última vez. Meu amigo lobo, tinha partido e eu falhei em defende-lo, ao ouvir as palavras do xamã deles uma lágrima solitária desceu por meu rosto – Não devemos nos despedir com tristeza, a despedida por mais dura tem que ser exaltada! Steven morreu em batalha, morreu lutando, morreu como um guerreiro! Guerreiro nosso! Que o grande lobo o guie, que o guarde e que na dimensão dos sábios lobos o nosso Steven corra livre, que sua forma natural fique solta pela eternidade e quando ele olhar para nós aqui neste lado, que ele se orgulhe de quem nos tornamos! Steven esse não é um adeus eterno, é apenas um até logo… Nos vemos em breve, que as estrelas lhe façam bom caminho! – as palavras do xamã atingiram o mais profundo da minha alma, pois se há uma outra dimensão eu provavelmente não vou para lá e não vou ter mais o prazer de abraçar ele de novo…

    Ao me aproximar do caixão entalhado com imagens dos lobos, dei um último beijo na testa dele e olhei seu rosto agora sereno, distante – Eu vou sentir a sua falta… – E foi assim que eu o vi uma última vez, não consegui ficar para ver ele ser enterrado pois não queria lembrar dele indo para aquele lugar, quero lembrar dele ao meu lado, sorrindo e me chamando de chata por inúmeras vezes…

    Caminhei de volta para o meu carro, abraçada com Daniel, caminhamos em silencio, Daniel me conhece melhor do que ninguém e sabe que agora eu precisava mais do que nunca ficar em silêncio. Ao chegar em minha casa fui até o quarto do Steven, comecei a arrumar as coisas dele, colocar dentro do armário até que achei o celular dele, ele odiava aquilo, sempre esquecia de levar consigo e nunca deixava com som, ele tinha mania de deixar no silencioso.

    Passei por algumas fotos vagas da natureza que ele tirava durante o dia, para me mandar até que um vídeo dele tentando tirar uma selfie que na verdade estava se filmando, mechamou a atenção. Ali estava ele sorrindo enquanto tentava tirar uma foto – Como é que funciona esse negócio? – em meio as risadas dele eu me senti melhor e guardei aquele vídeo para mim, uma eterna recordação daquele sorriso que um dia encheu a minha casa de alegria.

    Fui até o Daniel, sentei ao lado dele no sofá e coloquei minha cabeça em seu ombro, ele colocou um braço em volta de mim – Dani, eu cansei… Acho que está na hora de parar um pouco.. – Ele me olhou confuso, não entendeu muito bem o que eu queria dizer – Dani está na hora de retornar  para os muros da Ordem, preciso descansar por algum tempo indefinido… – Agora ele entendeu e sua feição mudou, pareceu mais triste ainda, mas mesmo assim consentiu com a cabeça – Então que seja minha amada vampira… Vou ligar para o Trevor e pedir que os preparativos adequados sejam feitos e antes de tudo Lili avise o Ferdinand, ele gostaria de saber, afinal vocês são amigos. Ele merece sua consideração. – E com isso Daniel se retirou, eu com o celular na mão digitei um e-mail para Ferdinand, sentiria falta dele e de todos do clã, mas preciso para algum tempo, me retirar deste mundo antes que a escuridão tome conta do que ainda resta da minha alma.

    Meu querido amigo Ferdinand,

    Sei que andas ocupado por isso deixo aqui algumas palavras e espero que as guarde.

    Não sei até quando vou ficar longe, mas devo me retirar por algum tempo, ficarei na Ordem e não sei quando retorno, por isso deixo aqui o meu muito obrigada por todo esse tempo e esse companheirismo. Você é um grande amigo, um vampiro excelente e sim és um homem excepcional. Sentireri sua falta e de todos do clã, em especial a Beck, Franz e Hector.

    Espero te rever em breve.

    De um beijo em todos por mim.

    Att: Lilian King

    Seeya soon my friend.”

    “Say something, I’m giving up on you

    I’ll be the one if you want me to

    Anywhere I would have followed you

    Say something, I’m giving up on you

    And I

    Am feeling so small

    It was over my head

    I know nothing at all

    And I

    Will stumble and fall

    I’m still learning to love

    Just starting to crawl”

  • Recomeço – pt I

    Recomeço – pt I

    “Todos viemos ao mundo da mesma forma, todos vamos embora para a mesma merda de buraco, de um jeito ou de outro.” By Lilian King.

    Engraçado como as coisas são, como o tempo cura quase tudo e como o nosso corpo e a nossa mente consegue acatar mudanças… Hoje eu levo uma vida completamente fora do normal, para vocês claro! Eu as vezes acordo e nem percebo o quanto da humanidade eu já deixei para trás e o quanto dos sentimentos já deixei de sentir.

    Tenho poucos apegos mundanos, talvez apenas apegos emocionais com indivíduos específicos, seres que compartilham da mesma jornada que a minha, alguns até da mesma casa na maior parte do tempo quando ela não resolve voltar para o meio do mato e ser fazendeira… Enfim, muitos sabem muito bem de quem eu falo… Mas estes pequenos detalhes não vos convém por hora, deixo estes assuntos guardados para mais tarde quem sabe.

    Venho aqui neste local contar um pouco do que me aconteceu, como que eu cheguei aqui e por que eu estou aqui. Não vou me ater a datas específicas, pois gosto da minha intimidade passada e da minha sombra na mente de vocês, mas vou guiar por épocas, costumes, tentar trilhar na cabeça de cada um de vocês o meu caminho e o que eu vi antes e depois dessa jornada que eu venho caminhando há muito tempo…

    Não se iludam meus caros, não vão tirar daqui dicas de como ser um mitológico das trevas, um sobrenatural, vampiro ou vampira, apenas vão levar consigo o que aconteceu com um simples humano, que sonhava em apenas cultivar uma família e seguir com uma vida simples, um cara que um dia teve tudo e no outro, bom logo vocês vão descobrir… Vou me ater aqui ao momento presente e voltar alguns séculos atrás onde o carro esportivo do momento era uma carruagem com quatro cavalos de força.
    _

    Tempos novos batiam no nosso peito, a promessa de novos dias, a guerra contra a França havia tido uma trégua, a sensação de paz pairava no coração de cada britânico, o Reinado de Ana era bem vindo, talvez por nos trazer um certo conforto… Conforto esse talvez ilusório, mas por hora, era a calmaria longe da guerra, homens não seriam jogados em campos de batalhas, os filhos poderiam abraçar os pais e as esposas poderiam nos alegrar com um sorriso.

    A ansiedade era a minha maior aliada, era algo bom, eu iria ver meus filhos de novo, minha esposa, meus amigos, meus pais, todos aqueles que eu amava e como era boa aquela sensação, por hora toda a guerra tinha ficado para trás, esperando a sua volta, mas ainda sim eu teria tempo de ter momentos alegres, preciosos… Se eu soubesse o quão preciosos seriam, jamais teria saído daquele único momento.

    Não pense você que eu era um duque, um nobre ou da realeza! Não, não, eu era um soldado, um homem que ficava em frentes de batalha, me orgulhava daquilo, no fundo eu ficava aliviado de voltar inteiro e vivo de cada batalha que participei. Lembro como se fosse ontem, aos pés da porta da minha humilde casa eu sentia o doce cheiro da torta deliciosa que minha amada Marie fazia, o chá quente em cima da mesa, Gale e Carter brincando perto da lareira e as suas reações quando ali eu estava, parado na porta de casa, após um longo tempo indefinido longe deles. Gale o mais velho, tinha apenas dez anos e Carter tinha seis anos e um dente de leite faltando, deixando em seu sorriso uma pequena janelinha.

    Marie ah Marie e seu doce sorriso, o abraço delicado e o beijo inebriante, minha doce e delicada Marie e seus longos cabelos loiros, os lindos olhos verdes expressivos, as mãos delicadas e brancas como porcelana, frias quase o tempo todo, vinha me cumprimentar e dizer o quanto me amava e o quanto sentia a minha falta em meio aos gritos e aos pulos dos meus pequenos soldados – Dad, dad! You are back! ( Pai, pai! Você está de volta!) – O mais gratificante era que depois de todos estes abraços e boas vindas, eu poderia me sentar a mesa e jantar com a minha família, dividir minha atenção entre meus filhos e quando eles dormissem, bom quando eles dormissem eu iria finalmente cair nos braços da minha linda esposa e aproveitar cada centímetro dela, não deixando nada faltar ao meu toque…

    Amanhã seria um novo dia, novidades estavam por vir e eu na minha inocência ou talvez na minha ignorância humana não tinha noção do quão ruim e sem escrúpulos o mundo e seus habitantes podem ser.

    Vou deixar aqui este começo da minha jornada, logo trago mais do que me aconteceu e como vim parar aqui! E antes que me esqueça, vocês me conhecem ou pelo menos acham que me conhecem, se ainda não, prazer me Chamo Daniel e esse é o começo da minha história.

    See you all soon.

  • Uma amizade improvável – Parte final

    Uma amizade improvável – Parte final

    Lembrei porque eu não sou fã de Londres, porque os bares (pubs) fecham as portas até a meia noite e todos ficam igual siri na lata dentro do pub… Agora imagina isso para um vampiro como deve ser bacana, imaginou?! Então a merda é que eu estava sozinha seguindo o rastro da minha atual, ex, mais ou menos companheira, sei lá cara, nem sei que nome se da um relacionamento distorcido assim, será que é “Disturb Relationship”, “What Fuck Relationship”, “Go fuck yourself Relationship”! Muitos nomes, mas mesmo assim eu não conseguia chegar a conclusão de nenhum, para a minha alegria!!!! –”

    Enfim eu sabia onde Kate estava, ela era um ser de hábitos e achar a vampira fugitiva não seria um grande mistério. Porém antes de tudo, eu quis verificar algumas coisas, achei que o mais sábio seria achar um lugar para ficar e apenas no dia seguinte ir atrás de Kate.

    Como todos bem sabem, Daniel possuía alguns bons contatos na Inglaterra e me deu de um peculiar amigo dele para minha estádia, era um local de shows de um antigo amigo dele, um pouco afastado mas agradável, após sair do pub me dirigi até o local, era uma casa antiga e bem conservada.

    Ao entrar fui recebida pelo o que parecia o mordomo do local, ele me guiou até o dono da casa de show, Lord Sunigan -Daniel não descreveu você com clareza minha cara, não fez jus a ti!- Lord parecia um cara que saiu de um livro clichê de época escrito por uma autora que tem 80 gatos e mora em um porão. O cara era vampiro, fato! Cheio de trejeitos, trajado de smoking e com uma bengala na mão! A porra de uma bengala na mão! Que vampiro usa bengala? Me diz! Vampiro com problema na coluna? É cada coisa que me aparece, tio Lú ta tirando com a minha cara!

    Mas tudo bem, cada louco com a sua loucura! Afinal quem sou eu pra falar algo não? Pois bem seguindo o foco da história, depois de ser recepcionada por Lord, o mesmo me levou até o Bar e me deixou por la enquanto foi separar um quarto para mim.

    Fiquei ali observando o show, até que uma voz conhecida e antiga me chamou, roubando a minha atenção -Lilian King, cria de Trevor e capitã de uma das separações da Ordem! Que honra poder te ver por estes lados, finalmente saiu das medicações rednecks… – Ane Marie, uma bruxa muito conhecida minha e do Daniel, mais do Daniel… =x

    -Ane, quanto tempo! Mas devo dizer que não estou surpresa por te ver aqui! Afinal sei que ama a Europa e ainda mais os bares burlescos como este!- Ane além de bruxa era ninfomaníaca assumida e bom, tarada por natureza, apesar de se conter em lugares públicos, era uma louca assumida em quatro paredes. Seus longos cabelos castanhos claro e os olhos azuis sempre atraiam olhares maliciosos, alem do belo decote -Daniel me avisou que viria… Confesso que fiquei feliz, ainda mais ao saber que não está mais com Trevor… – Mais uma pérola dela que não me surpreendia, o fato de estar bem próxima de mim brincado com os botões da minha camisa jeans me agradavam, não vou mentir – Sim eu vim a procura de alguém…- Ane fica engraçadíssima com cara de brava, ainda mais quando não consegue o que quer – Ane pare com isso, sabe que não tenho problemas ao me dividir entre vocês! Não estou totalmente comprometida, lembra? E a minha atual é um tanto difícil e some com facilidade – Cara eu não presto, sou podre pronto, adoro uma novidade…. E vamos ser francos, Kate sumiu e eu posso fazer o que bem entendo!  =X

    Enquanto trocava algumas palavras com Ane recebi uma mensagem de Daniel onde ele apenas falou, “Surpresa!!!!!!! Espero que aproveite enquanto está solteira!!!!! Love U baby Sis!” Eu ja falei como amo meu irmão? – Daniel te mandou aqui? – perguntei provocando a bruxa – Não, ele avisou que viria e ele sabe que no fundo eu adoraria manter o papo entre amigas…- papo entre amigas? Uhum sei é sinceramente eu não me importo de manter o papo em dia, afinal eu mereço pelo menos um tempo de folga e alegria! Ainda iria atrás de Kate, mas por hora se fecha essa história e logo se iniciará uma no qual participei de uma  das maiores crises do meu clã desde que me tornei vampira!…

    Ps: Presente não se recusa não é mesmo?

    😉

  • Uma amizade improvável – Penúltima parte.

    Uma amizade improvável – Penúltima parte.

    Sabe o que é a pior coisa do mundo? É você não ter ação sobre todas as coisas a sua volta! Eu me perdi no meu duelo com Alex e esqueci que ali em volta estava rolando o caos terrestre. Em tempos como este a nossa única ação é a instintiva, sabe aquela que você usa quando precisa de algo ou conseguir alcançar aquele objetivo tão almejado, era aquilo que eu sentia e era aquilo que eu buscava.

    Lutar com a espada definitivamente não era um desafio para mim, muito menos contra um inimigo como o Alex. Meu real desafio era assimilar tudo aquilo, enquanto eu lutava com ele e desviava de suas investidas, me lembrei que um golpe e pronto era meu fim e isso acarretaria algumas coisas na minha roda de vida, no meu clã.

    Quando tive a chance pulei o mais alto possível, não previ e não me ative a uma estatística certeira, apenas pulei e voltei ao chão como uma flecha, minha espada em mãos e foi dai que consegui acertar Alex, não lhe arranquei a cabeça, não lhe acertei o peito, apenas lhe arranquei o braço esquerdo e ele por si caiu no chão, aos gritos e foi dai que tudo parou, o clã dele não nos atacava mais, foram socorrer seu mestre enquanto eu era puxada por Steven ainda em sua forma bestial de lobisomem.

    Nosso pequeno atrito havia começado ali, mas terminar, seriam outros 500, por hora era assistir Alex ser levado por seus companheiros de clã e ouvir seus gritos de dor e vingança ecoarem noite a fora. Já eu senti que era hora de ir para casa, assim como todos os outros, me despedi de Joshua e agradeci a sua ajuda -Lili sempre que precisar! E caso queira se divertir, nosso bar e clã estarão sempre abertos para você!- dei um abraço e vi enquanto partiam dali com suas várias motos e o ronco forte que elas faziam em conjunto.

    Segui caminho junto dos meus queridos seres sobrenaturais, Daniel, Trevor e Steven, todos indo comigo até em casa após Steven liberar seus companheiros. Quando pisei no lugar vi que Kate não estava ali, não pareci surpresa, talvez ela tivesse medo e tenha fugido, não era novidade, era algo típico, sumir quando eu mais preciso.

    Deitei na cama após me despedir de Trevor e Daniel, estes voltariam para suas casas e algum dia em breve, nos veríamos de novo. Steven deitou ao meu lado e me abraçou, ele sabia que eu não estava bem, mas não se atreveu a falar, apenas ficou quieto e abraçado comigo. A noite passou e o Sol veio e ele teve que ir, precisava trabalhar e ver a sua casa, disse que voltaria e eu sei que voltaria.

    Olhar aquele lugar e tentar entender tudo o que havia se passado era difícil, eu protegi alguém que simplesmente sumiu enquanto eu estava lá fora brigando por ela também. De uma coisa eu tenho certeza, eu tenho um dedo muito podre pra escolher meus companheiros de relacionamento, talvez seja o carma da minha vida, não vida, vida de merda, como queira chamar.

    Sair a procura de sangue não iria me ajudar, sair a procura de putaria não iria me ajudar e sair a toa não iria me ajudar, talvez ficar em casa fosse o melhor remédio. Eu queria entender como uma pessoa que chega tão repentinamente pode acabar tão fácil com a gente? Ainda mais se ela bate no teu peito! Kate conseguiu, me fez de trouxa, roubou meu coração (que merda clichê) e foi embora como se eu tivesse lhe feito um favor e nada mais.

    Andei pela casa e fui até meu armário trocar de roupa, quem sabe tomar um banho, quando abro o armário me deparo com um bilhete, clássico de despedida:

    Lili por vezes tentei dizer a mim mesma para não abandonar você! Mas ficar com você apenas lhe traira problemas e perigos constantes! Você não merece isso… Sabe eu não queria ir embora, eu não queria ficar longe de você! Partir e não olhar para trás é difícil, você me deixou sem chão no momento que te vi! Sei que foi egoísmo meu pedir que fosse a luta por mim e está sendo egoísmo maior lhe deixar! Mas não eu não posso ficar, eu sei que você vai voltar bem, por é isso melhor ir embora e deixar você longe do perigo! Assim ele não virá atrás de você!

    Espero um dia te rever, pelo menos pra te abraçar novamente.

    Com carinho K.

    Kate, Kate, você me trazer problemas? Está sendo um tanto egocêntrica achando que tudo gira  torno de você! O buraco é muito mais baixo e ficou mais ainda agora que eu deixei o mestre deles maneta! Enfim oque eu vou fazer a não ser analisar esse bilhete tirado de uma passagem aérea velha minha…. Pera, passagem, quem escreve em um bagulho desse? Não pera, calma aí, vamos rever tudo, Kate não é daqui, e me falou por várias vezes como gosta de Londres… Ta na hora de fazer algo diferente quem sabe mudar minha rotina?! E quem sabe ela pare de jogar MMORPG, porque esse lance de deixar dicas é muito coisa de quem joga MMO online e vive nas quests do computador, no nosso caso era quest da vida! Ps: os bons nerds, geeks e afins entenderam! 😉

  • Uma Amizade Improvável pt 7

    Uma Amizade Improvável pt 7

    -Então quer dizer que você é o arrombado que anda nos perseguindo? – cara de uma coisa você pode ter certeza, não tente ser filho(a) da puta comigo, eu vou descobrir e vou acabar querendo fuder com a sua vida em grande estilo! Não me importa se você é um bosta miserável ou um milionário com pinto pequeno, o que importa é que eu vou atrás de você e vou acabar com a sua vidinha medíocre de alguma forma sensacional com direito a platéia.

    A cena era a seguinte, nós com os regrados, motoqueiros sobrenaturais, membros da Ordem e aquela vontade louca de ver sangue jorrar e de preferência explodir com tudo. Do outro lado tínhamos os inimigos mais antigos da Ordem recém saídos de algum buraco da terra e com sede de vingança, sei lá eu que caralhos era essa vingança, mas era uma e eles espionaram o nosso atual comandante e eu, EU, EU, EU, uma coisa eu tinha certeza, eles não tinham algum tipo de amor a imortalidade deles, porque se me espionaram viram que uma vez que pisar no meu “calo” eu arranco até os olhos da cara, só por diversão de ver o sofrimento do idiota que se atreveu a me irritar, cortesias de ensinamentos by professor Hector! Thanks Babe! 😉

    Do outro lado o tal do Alex e aquele ar de superioridade que logo menos eu ia enfiar de volta no rabo dele de tanto chute meu que ele iria levar, tudo isso deixando aquela situação de clãs um de frente pro outro, cena clássica de guerra saca, lindo de se ver, o que era ruim de se ver era a falta do Steven que tinha se enfiado no inferno novamente e sumido da face da terra, mas tudo bem, conhecendo meu amigo/amante nas horas vagas/conselheiro e assim vai, logo ele apareceria com alguma ótima surpresa ou não né, vai saber, não sei os dias que ele fica de TPM… =x

    Trevor tinha aquela expressão muito bem conhecida dele de ” Eu vou arrancar a sua cabeça e dar para os seus amigos comerem!”, Daniel e o sorriso galã psicopata dele, Joshua com uma arma na mão e olhando como se tudo aquilo não passasse de uma festa junto de seus companheiros que pareciam muito felizes por estarem ali, afinal para nós redneck’s uma boa briga é sempre muito bem vinda é quase que um método de meditação, quase isso, mas ajuda né?! O Gabriel e os regrados com aquela expressão de paisagem morta de sempre, mas pelo menos estavam ali com o mesmo propósito que o nosso e o chefe deles era bonito de se olhar e para melhorar a situação ele parecia o próprio demônio encarnado lutando, então era uma vantagem imensa a nossa.

    Eu resolvi dar um passo para frente já com a minha fiel amiga em mãos e o líder da Devil se achou no direito de ficar bem perto de mim e abrir a boca pra falar bosta, como se o que ele já fez não tivesse sido merda o suficiente – Lilian, como está a Kate? Diga que mando lembranças! – a cara de pau dele era tanta que eu apenas sorri como se aquilo não passasse de uma piada – Pode ficar tranquilo meu caro, quando ela estiver embaixo de mim eu mando lembranças… Ou talvez apenas mostre a sua cabeça pendurada na minha parede, você seria um ótimo enfeite! – se ele tinha alguma esperança de que eu iria amarelar, toda a esperança tinha ido embora da face dele depois da minha inusitada resposta – Vejo que puxou o jeito ácido de seu mestre?! Talvez os filhos sigam os pais afinal… – eu acho que as vezes, só as vezes a minha paciência volta, mas ela volta nas horas mais desproporcionais. A minha única atitude foi dar as costas e voltar para o meio dos meus aliados e esperar o que o cara iria vomitar de besteiras pra cima da gente.

    Trevor sorriu de volta pra mim e piscou, ele tinha algo em mente e no fundo do meu coração algo iria dar errado, muito errado. Agora ao lado do Daniel esperei assim como os outros a volta, o que viria, Joshua parecia impaciente e seus companheiros também, Gabriel ainda estava na mesma posição, apenas observava o quebra-cabeça sendo montado. Olhei para trás e voltei a olhar para Alex ele tinha o olhar fixado em mim, mas quebrou o olhar e se virou para nada mais nada menos que o meu mestre – Trevor, creio que estivesse esperando a visita de Caios, mas ele meio que morreu e agora eu assumi o controle… – sério? Controle de que meu filho? Controle de drogas? De prostitutas? Porque de vampiros que não era! – Ah vah! Sério? Eu achei que você era a putinha dele que veio aqui a trabalho, talvez fazer o trabalho sujo por ele! – eu amo as respostas sarcásticas do meu adorado Trevor – Não meu caro, deixo esse papel para sua pupila ali! Mas vim aqui para pegar minha mulher de volta, acabar com você e com esses dai da Ordem, os motoqueiros caipiras e esses ai que não sei o que são… – Gabriel apenas olhou na direção do líder da Devil e sorriu, andou até ele sorrindo com as mãos em seu sobretudo, eu já falei o quanto o vampiro é gato? Enfim, quando ele chegou mais perto estendeu uma das mãos para um cumprimento “amigável” – Prazer, Gabriel, sou apenas um regrado cumprindo deveres! – não sei se era possível, mas Alex ficou mais branco do que já era, ficou estático alguns segundos, ligando os fatos até que percebeu que se ele veio pra matar vampiros e sumir sem ninguém o punir, ele estava bem equivocado, porque se ele tinha um plano bom, nós tínhamos um melhor ainda.

    -Licença, eu vim aqui pra matar alguém, vingar algumas mortes aqui na minha região, será que rola? – Joshua parecia entediado e deixou bem claro que Alex e seus capangas tinham matado na cidade dele e não sairiam dali impunes. O que me intriga é que esses imbecis vieram aqui em busca de uma vingança que foi no tempo em que Michael ainda era “novo” e Odin saia por ai trepando com geral… Tipo pra que agora? Quanta paciência pra esperar, depois vir até aqui sem o caso bem pensado, ou pelo menos com um plano B na manga. Pra que? Por que não ficou lá na sede deles bebendo sangue, lendo algum manual de ” Como não ser idiota!” Ou fazendo um tricô? Teria sido mais produtivo! Do que vir aqui perder tempo, tudo bem que tempo a gente tem de sobra, mas poxa tem coisas que dá pra contornar, mas não como temos tempo vamos lá encher o saco do inimigo que eu não vejo desde as cruzadas, enfim que alegria, aqui estamos e pra ajudar ele quer a Kate de volta, vai ter duas de volta!

    Mas como tudo pode piorar, Alex achou que seria bacana ofender o líder dos Ascendent’s, Joshua -Ninguém pediu a opinião do redneck ali! Você não tem que ir trepar com a sua irmã ou algo assim? – Nunca, nunca na sua vida insulte um redneck, ainda mais se ele for sobrenatural, se fizer isto tenha em mente que é a mesma coisa que falar ” Pode vir eu estou afim de apanhar!”, bastou o cara falar merda que o barraco estava armado com direito a aquelas cenas típicas de briga de bar em que até garrafada estava rolando, eu mesma guardei de volta a katana e cai na porrada como se não houvesse o amanhã! Era soco, xingo, chute, xingo, mordida, xingo puxada na barba, xingo, puxada no cabelo, xingo e sangue pra tudo quanto é lado, era a coisa mais humana e sem noção que eu tinha participado desde que fui transformada, porque não era aquela briga de sobrenaturais que rola poderes místicos, espadas, magia, possessão, lobisomens saindo pela culatra, não meus caros, era pancadaria da velha e boa maneira que vem ai desde os primórdios.

    Quando eu visualizei o Alex, ah me joguei pra cima do canalha, ele ia apanhar pelo que fez com a Kate. Nós dois no chão rolando igual em briga de bêbado, quando conseguimos levantar dei lhe um soco no meio da fuça e ele devolveu depois em mim, ficamos atracados um no outro com trocas de socos, meus rosto ia ficar lindo depois, só que não.

    Enquanto rolava aquela baixaria com tudo voando e aquela zoeira infernal, vi Trevor batendo em dois vampiros, Daniel cortando outros dois, Gabriel apenas com as mãos conseguiu abrir a cabeça de um como se o mesmo fosse uma lata, Joshua parecia estar possuído e batia e metia a bala nos que apareciam a sua frente. Eu consegui me soltar dos braços do Alex e quando tive a chance lhe dei um chute no meio do peito, o vampiro levantou voo e caiu a alguns metros de mim e logo ao fundo ouvi o que parecia um bando de lobisomens chegando, quando me dou por conta tinham cinco deles apenas nos observando e eu muito a lá cuzona vibe, sabia quem eram e apenas soltei – Steven, falaram que os rednecks são tudo uns merdas! O que você acha disso?- Foi pra acabar com tudo, foi lindo de ver, aqueles lobisomens arrancando braços, pernas e cabeças daquele bando de idiotas Devil’s do caralho que os parta, com o OK sorridente do Gabriel, que arrancava com os dentes a orelha de um outro vampiro inimigo.

    Alex se levantou e voltou correndo em minha direção, minha reação foi única, peguei a katana e ele viu, diminuiu o ritmo e viu que agora o buraco entre eu e ele tinha ficado bem lá embaixo – Eu estava esperando pra você fazer isso, nada mais justo que lhe acompanhar! – Alex retirou o casaco e embaixo puxou a própria katana, ambos em posição de luta, no meio da bagunça, era aqui e agora que tudo seria resolvido e eu apenas o olhei e não contive a minha língua – Bring it all, Bitch!

    Tudo mudará
    Nada permanece igual
    Ninguém é perfeito
    Ah, mas todo mundo pode ser culpado
    Tudo em que você confia
    E tudo o que você pode salvar
    Vai deixar você de manhã
    E volta para encontrá-lo no dia

  • Uma amizade Improvável pt 6

    Uma amizade Improvável pt 6

    A minha paciência estava perdida em algum lugar do mundo mas não por perto de mim, se eu tivesse um coração pulsante ele provavelmente teria saído pela minha boca… Daniel estava aqui, Steven estava aqui, Trevor estava aqui, mas faltavam os meus companheiros rednecks sobrenaturais, eu precisava deles… Nós todos precisávamos deles! Eu fiquei igual um tigre rondando o perímetro da casa, não consegui sentar e esperar tranquilamente, andei e fumei no mínimo um maço de cigarro do lado de fora, – Oi meu amor… Ainda bem que não és mais humana, se não já teria tido um infarto… Vem cá! – apesar das desavenças e confusões dos últimos tempos eu não conseguia ficar brava com Trevor, ele iria ser o meu eterno amor, por mais que a gente fique neste lance chove não molha. Fiquei ali abraçada nele, como uma criança querendo colo, e ele com seus braços fortes me mantinha “protegida”, – Sabe essa idéia de você e outra mulher é algo que me dá o maior tesão… – ele tinha que soltar uma dessas – Não estraga o momento T! – apenas lhe dei um soco de leve na barriga e sai do seu abraço apertado.

    Quando eu abri a porta consegui sentir algo por perto, mas não era uma presença estranha eu conhecia quem se aproximava, voltei os olhos para o portão e lá estava o Gabriel e alguns regrados conhecidos meus, vindo na minha direção – Lilian, prazer em te rever! – fizemos nossos comprimentos e entramos em casa. Gabriel se sentou enquanto os outros cinco que o acompanhava ficaram nas janelas e nas portas de entrada armados e em estado de alerta – Lilian, onde está a Kate? – quando ele me fez a pergunta eu fiquei com medo, sabia que ele colocaria a Kate na parede – Chame-a aqui, por favor… – levantei e fui até o quarto, quando abri a porta vi que ela estava acordada e apenas fez um sinal de aprovação com a cabeça e se dirigiu até a sala, eu a segui .

    Kate sentou na poltrona que havia de frente ao Gabriel e ao lado dos meus amados vampiros e lobisomem, eu sentei em seu lado oposto , o regrado agora com um charuto cubano em mãos olhava para ela, ele não precisou falar nada, ela se prontificou a falar, acanhada na poltrona, mas teve coragem para contar tudo – Eu sei que na cabeça de vocês eu vim até a Lilian para trazer apenas problemas, mas não, agora não mais… Eu fiquei te vigiando Trevor por alguns meses enquanto você estava sozinho, eu sou muito boa nisso e sei como disfarçar minha presença…

    Trevor parecia um pouco irritado, mas deixou que a pequena vampira continuasse a falar – Quando eu vi a Lilian na sua casa e depois que descobri que vocês eram muito próximos, achei que se eu lhe atingisse no teu ponto mais fraco, talvez eu conseguisse lhe atrair e ajudar o meu ex clã com sua vingança em cima da Ordem… – e as coi sas só melhoram cada palavra dela, era um tiro no pé – Segui você até aqui Lilian, vi como você age com quem você ama, com teus amigos, com teus clãs aliados e percebi que vingança contra um ser como você e os seres da Ordem seria um erro, pois vocês não querem confusão, querem apenas seguir os anos do modo como tem feito durante todo esse tempo…

    Agora ela tinha a atenção de todos, Daniel estava passado, Steven fumava feito um louco, Trevor aparentemente queria voar no pescoço dela e Gabriel tinha aquela cara de paisagem de sempre e eu não sabia se eu levantava, corria, fumava, me enfiava em uma caverna ou apenas mandava ela se fuder, mas o que eu fiz foi ficar sentada e acender um cigarro, afinal mais tiros no pé iriam vir – Resumindo tudo, meu ex o Alexander, líder da Devil, me pediu que seguisse os principais membros e achasse os pontos fracos e com isso ele iria conseguir acabar com a Ordem, da mesma forma que vocês acabaram com eles… Mas quando eu tive a oportunidade de falar com você Lilian e vi que você possuía um caráter justo assim como todos os outros que fazem parte da sua vida e da do Trevor, eu desisti…Na minha cabeça vocês eram terríveis, destruidores, como Alexander fala para todos da Devil… Mas não vocês são o contrário do que somos, vocês são justos e nós somos movidos pelo ódio e isso não era mais o caminho que eu queria seguir… Mas quando eu realmente te vi Lili, frente a frente, eu não consegui me conter e com os passar dos dias, os poucos dias que me envolvi com você eu acabei me apegando e… – Kate travou, aquela típica travada que ela dá quando não consegue admitir algo, ela olhou em minha direção e vi uma leve gota de sangue cair de seus olhos, – Eu me apaixonei por você e voltei atrás, não queria te machucar, não queria que te machucassem… Eu me neguei a continuar para o Alexander, tentei me esconder dele mas ele descobriu e então veio até aqui e fez o que fez comigo, a sorte é que eu consegui fugir se não eu não estaria aqui para lhe contar a história… Me desculpe…. Eu não imaginei que fosse me apaixonar por você. – depois de uns dez tiros no pé agora eu levei um tiro no meio da minha cara com direito a platéia e meu ex de testemunha.

    Pensei em ir lá e dar um abraço nela, mas não demorou muito e ouvimos o som maravilhoso do que parecia um grupo enorme de motoqueiros chegando, sai da sala correndo e quando chego no quintal me deparo com alguns bons e velhos amigos e para minha surpresa até o líder deles estava junto, Joshua, o famoso redneck vampiro, líder dos Ancedent’s – Isso que eu chamo uma boa reunião de gangue não é mesmo? – sim, aquilo era praticamente uma reunião de gangues e logo logo a porrada iria comer solta.
    “Andando por esse mundo sozinho

    Deus toma sua alma, você está só
    O corvo voa a frente, numa linha perfeita
    Sobre a cama do Diabo, até você morrer

    Essa vida é curta, amor isso é fato
    É melhor viver direito, não tem volta
    Tem que quebrar o barraco, antes que eles te derrubem
    Tem que viver essa vida”

  • Uma amizade Improvável pt 5

    Uma amizade Improvável pt 5

    Amizade improvável

     

    Vamos lá, eu abro a porta e lá está uma Kate nua, nua, NUA! E não é aquele nú bom que a gente pode receber de vez em quando em uma booty call, nãoooo! Comigo tem que ser sempre na moeda do azar, tem que ser um nú com o ser machucado e pedindo ajuda! A minha sorte me fascina, juro, me deixa fascinada e encantada, sqn!

    Peguei Kate no colo e a levei até o sofá da sala, lá lhe dei um cobertor e um copo de sangue, parecia fraca, parecia que havia entrado em uma luta. Esperei até que ela recuperasse a força (e um pouco da dignidade, sejamos honestos, não é legal aparecer assim na casa alheia) e esperei alguns minutos até que ela falasse algo, quando começou a falar logo percebi a mudança drástica na feição, a tristeza agora cedia lugar para o medo – Lili, o que você foi fazer na minha casa¿ – ela sabia a resposta, eu não precisava entrar em detalhes, aliás eu não precisava nem explicar, ela por si só respondeu a própria pergunta – Foi me investigar não é¿! Eu imaginei, afinal um vampiro da antiga Ordem é treinado para se proteger… ‘Proteja a ti e ao teu companheiro, em hora de batalha proteja todos e em hora de guerra proteja até o último soldado!’ , não é mesmo… O eterno clã criado das entranhas do inferno, trazido ao vampirismo, o exército de quem não posso pronunciar o nome…. – Oi, o que, como assim¿ Como ela sabia os nossos dizeres, a história do clã não é novidade para ninguém do mundo sobrenatural, mas as dizeres de guerra, nossos juramentos eram, me inclinei para mais perto dela e fiz sinal que continuasse, eu não iria falar nada por hora, queria tudo o que ela pudesse me dizer – Eu sei sobre tudo, eu fui atrás para descobrir tudo sobre o Trevor e acabei chegando até você! Meu clã é inimigo do teu, desde que os dois vampiros fundadores se desentenderam, quando um queria a disciplina e não o caos, o outro era dominado pelo poder e almejava o caos… – OH shit! Não é qualquer clã antigo, não é qualquer inimigo que se pode conter, é algo que vai além da força, vai além do que eu posso conter, apenas os antigos saberiam como lidar, mas maioria dorme enquanto Michael e Trevor comandam o clã.

    Levantei do sofá ainda desorientada com a informação, achávamos que o clã havia dissipado e dividido depois dos séculos, já Trevor achava que era apenas poeira na história vampírica mas não, eles se reuniram, se auto modelaram de novo, uma ameaça tão grande como qualquer outra vinha por ai, teríamos que tomar medidas drásticas, mas antes eu tomaria conta deste caso na minha sala.

    Sentei novamente, agora de frente para Kate, com a minha katana descansando em minhas pernas, acendi um cigarro, a pequena vampira me espionou por algum tempo, então sabia que se eu estava armada com a minha fiel escudeira, minha paciência havia ido pro espaço, bem longe do meu consciente – Agora Kate, já que descobri que você deu uma paparazzo com a gente, especialmente Trevor e eu, tens que explicar algumas coisas que estão me deixando curiosa – eu não iria machuca-la ou matar a vampira, apenas queria a verdade e a partir dali pensar na atitude a ser tomada – Por que você veio aqui, por que você está machucada e por que caralhos vocês está aqui pelada como uma meretriz no fim da festa¿ – Ok, minha paciência morreu e eu estava em modo automático, até que ela sem pestanejar olhou em meus olhos e eu não vi mentira, eu não vi táticas eu vi apenas a verdade – Por que eu não quis continuar com isso, eu não queria te perseguir mais ou levar informações ao clã que eu pertencia, eu me recusei e… – sabe quando você já prevê o que a pessoa vai falar, por que passou por algo não igual mas semelhante, então – E eles vieram até mim, vieram aqui, me ameaçaram, me bateram e acharam que seria legal me…. – eu abracei ela, sabia o que fizeram com ela, não precisava falar mais nada, não eram vampiros, eram animais disfarçados de vampiros.

    Levei Kate até minha banheira, ajudei ela a tomar banho, coloquei um conjunto de moleton meu nela, deixei que ela dormisse mais um pouco. Peguei o celular e liguei para Trevor, contei tudo, contei sobre estarem nos vigiando, contei sobre Kate, falei do fato dela ter largado o clã e eles a seguirem, torturarem e abusarem dela, contei que estava sozinha e que precisava de alguém mais comigo.

    Trevor falou que pegaria o jato e viria para cá assim que anoitecesse de novo, pediu que eu ligasse para Daniel e que eu ficasse dentro de casa e sempre alerta com qualquer movimento diferente do lado de fora.

    Liguei para Daniel, o mesmo estava a quilômetros de mim, iria chegar em alguns minutos, falei com Steven e ele também estava a caminho, seria o primeiro a chegar. Fechei a casa, subi as grades de emergência e esperei sentada  no sofá, com a katanna de um lado, minha Ak 47 do outro, minha Eagle Desert no coldre da minha calça e duas adagas na mesa da frente, se fossem tentar algo, teriam que lidar comigo e minha loucura antes.

    Eis que meu celular então recebe uma mensagem, número desconhecido, abri a mensagem e lá estava a confirmação que o pau iria comer e a coisa estava feia, “ Foi uma tristeza muito grande cortar os pneus de uma moto tão linda como a tua, Lili! Gostaria de fazer isso com teu belo pescoço, mas antes me aproveitar de você claro… Espero que vocês se reúnam, todos vocês, por que vão precisar de ajuda! Avise seu adorado mestre, Trevor, que a Devil Dagger se levanta novamente. Fique bem querida, cuide da sua nova amiguinha, nossa ex integrante, enquanto ainda é tempo!”

    Não, apenas nós quatro não iriamos conseguir muita coisa, eu precisava de mais gente, afinal todo nosso condado estaria em perigo, foi que a idéia surgiu, meus amigos motoqueiros, clã do norte poderia me ajudar afinal eles devem algo para a Ordem e não arriscariam ver suas terras invadidas por seres assim. Precisava chamar Gabriel, o regrado que me ajudou antes, talvez ele trouxesse alguns membros com ele, afinal não posso sair matando vampiros a torto e direito, iria me fuder legal se fizesse isso sem o o ok de algum deles, peguei o telefone e liguei para ele – Gabriel eu …. – Fui interrompida pelo próprio – Já sei, e já estamos aqui, senti  a presença e permaneci no Tennessee, conheço a Devil e sei do que são capazes, eles se auto remodelaram Lili… Estarei ai daqui alguns minutos e áh antes que me esqueça, a vampira Kate é ex mulher do mestre supremo do clã…. – AHHHHHHHHHH que sorte a minhaaaaaaaaaa!!!!

    Como se a minha ‘vida’ precisasse de mais emoção, agora eu estou aqui com a ex do fodão da Devil dormindo na minha cama, após ter chego aqui nua!!!!! Por que ela não me contou este detalhe¿ Se ela estiver mentindo ou omitindo algo eu juro que arranco as tripas dela assim que ela acordar.

    “Quem é que está escrevendo, João, o Revelador, escreveu o livro dos sete selos

    Agora Deus desceu na viração do dia, e chamou Adão pelo seu nome

    Mas ele se recusou a responder, porque ele estava nu e envergonhado

    Quem é que escrevendo, João, o Revelador, escreveu o livro dos sete selos

    Agora Cristo tinha 12 apóstolos, e três deitou fora

    Ele disse: “Olhe para mim uma hora, enquanto eu vou ali orar”

    Mary Margaret eles estavam lá e ouviram cada palavra que ele disse

    disse “Ide dizer aos meus discípulos, eu disse me encontrar na Galiléia”

    E diga-me quem é que está escrevendo “, João, o Revelador”

  • Uma amizade improvável pt4

    Uma amizade improvável pt4

    Eu devia ter feito muitas perguntas para Steven antes de sair de casa daquele jeito, devia ter perguntado quem ela era realmente e o que ela queria. Mas sendo bem honesta, no fundo eu sabia que ele não teria todas as respostas e se tivesse provavelmente teria me falado…

    Segui até o endereço informado, mas alguns metros antes eu decidi guardar minha moto e seguir a pé, não queria chamar a atenção muito cedo, por tudo se Kate era uma vampira com uma “surpresinha”, seria bacana manter a precaução como aliada. Caminhei por uma trilha de terra que seguia até uma fazenda, algo mais rústico, mais country e claro do meu gosto.

    Aparentemente tudo estava muito tranquilo no local, não tinha a presença de ninguém, dentro e fora da casa. Andei em volta do terreno analisando muito fatores: 1º que não haviam carros ou motos, 2º as luzes estavam acessas, mas não tinha ninguém dentro da casa e 3º pude observar pelas janelas uma massiva coleção de armas guardadas em um armário que mais parecia uma cristaleira.

    Peguei meu celular e tirei algumas fotos, decidi que seria uma boa hora para sair dali, mas antes que pudesse ir, algo me chamou atenção, um amuleto na porta, parecia de proteção e eu que não sou boba nem nada, tirei uma foto para mandar para alguém especialista em amuletos e objetos antigos.

    Quando cheguei perto da minha moto tive uma péssima surpresa, os pneus foram perfurados e eu tive a certeza que algo ou alguém fez uma brincadeira no qual iria se arrepender depois ou o dono da casa misteriosa (ou seja, kate), viram minha moto por lá e não gostaram do fato de que eu estava bisbilhotando…

    Moto com pneu furado não anda né gente, mas ainda bem que todos temos nossos meios de “seguro” e o meu se chama Steven, peguei meu celular e liguei para ele e expliquei toda situação, Steven apenas falou “Não saia dai, estou indo!” e desligou. Não demorou muito para ver a caminhonete dele virar a estrada e se aproximar – Hum parece que lhe pregaram uma peça ou não te queriam aqui não é Lili¿ – ele parecia se divertir com tudo isso, – Aparentemente sim… Mas nada como ter um amigo muito bacana pra ajudar, não é Stevee¿! – mais alguns ajustes e minha moto estava descansando na caçamba da enorme picape do Steven.

    Ele me levou até em casa e não perguntou quase nada a respeito da minha aventura como detetive, apenas falou que quem muito procura acha e que nem ele mesmo conseguia explicar o que havia de errado com a Kate, pois não chegou a ter intimidade o suficiente.

    Após ele ir embora peguei meu note e transferi as fotos do celular, tinha que enviar as fotos para um especialista, principalmente a foto do amuleto na porta, aquilo me deixou ainda mais intrigada.

    Trevor saberia provavelmente o que fazer e para quem perguntar, enviei o seguinte e-mail para ele: T… Neste anexo seguem algumas fotos de um local que estou investigando, se puder me ajudar eu agradeço.

    Att: Lilian.”

    Demorou mas ele respondeu: “ O amuleto da porta não é coisa boa Lili, lembra que te falei de mais alguns outros clã antigos, quase medievais¿ Se lembrar por favor não vá atrás sozinha, vou enviar alguém para lhe ajudar! Mas apenas digo que esse definitivamente é um antigo, apenas preciso descobrir que clã, pois não tenho certeza ainda. Mas fique sabendo que temos clãs inimigos, a eterna “Era Feudal” Vampiresca ainda existe! Clãs que disputam terrenos ou soldados, e a Ordem tem os seus inimigos por vez… Por hora fique de boa, settle down girl… Quando descobrir eu te ligo!”

    Hummmm se o Trevor que é, bom um vampiro considerado perigoso, ficou com receio do que viu, o mais sábio seria esperar a resposta do próprio para poder tomar qualquer atitude. Achei que seria melhor ir dormir e esquecer todo este pesadelo psicodélico por hora.

    Toques altos do meu celular logo do lado do meu travesseiro me acordaram fazendo com que eu desse um pulo e pegasse minha espada, mas quando me toquei que era apenas o celular, abaixei a lâmina e atendi o telefone, era Trevor e parecia estar angustiado – Lilian! Onde você está¿ – como assim onde eu estou – Em casa por que¿ – silêncio e depois um barulho preocupado do outro lado – Lembra o amuleto¿ Não é de proteção e sim um símbolo! Símbolo dos antigos Cruzados, clã de assassinos, não apenas vampiros, mas metamorfos e Licans! O que quer que queira fazer não faça! São perigosos e geralmente agem em bando! Fique ai, vou ligar para o Daniel e Steven, vocês precisam se reunir e nos manter informados… Um clã assim não fica em casas a toa, estão se reunindo para algo! – e então ele desligou o telefone e eu fiquei como uma palhaça no fim do circo coçando a cabeça e sem entender nada!

    Depois fui me tocar que havia uma mensagem de duas horas atrás da Kate, “Lili preciso falar com você! Será que posso ir ai¿”, e agora o que fazer¿ Olhei para a mensagem umas trinta vezes antes de responder, até por que vamos para aqui e pensar um pouco mais, eu fui na casa que supostamente era a casa dela de “férias” e lá encontrei um mega arsenal de armas e um amuleto tão antigo quanto a múmia viva do Michael e depois tive a ótima notícia a que tipo de clã amistoso e carismático aquele amuleto pertencia e obviamente a pequena vampira misteriosa pertencia! Que bom! Que alegria! Que alivio! ¬¬’’’’’’’’

    Respondi apenas que não e que outro dia nos encontraríamos, ela por sua vez apenas visualizou e ficou por isso até que sinto alguém lá na minha varanda, seguido de batidas na minha porta, fui silenciosamente até minha Katana e a segurei com força, mais batidas na porta e agora uma voz conhecida – Lilian abre por favor! – A minha pqp! Antes ela some, vai embora, não fala nada e fica com mistérios de Lúcifer e o caralho a 4! E depois de algumas horas que eu fui fuçar a casa que é dela, Kate me aparece na porta de casa pedindo para abrir a porta¿ What fuck¿ Depois do que eu descobri¿ Claro que eu vou abrir, mas armada até os dentes, porque sei lá o que me espera. Quando finalmente abro a porta, lá estava uma Kate nua e aparentemente com pequenos machucados, ajoelhada na minha varanda como se estivesse fugindo de algo ou alguém…

    – Lili! Help me! ( Me ajuda Lili!)

    Oh, uma tempestade está ameaçando
    Minha vida hoje
    Se eu não conseguir alguma proteção
    Oh, sim, Eu irei desaparecer
    Ooh, veja o fogo varrer
    Nossa rua hoje
    Queima como um carpete vermelho carbonizado
    Touro louco perdeu seu caminho
    Guerra, crianças
    Está apenas a um tiro de distância

     

     

     

     

  • Uma amizade improvável pt3

    Uma amizade improvável pt3

    Uma semana havia passado desde a última vez que vi Kate…. Durante os dias apenas trocamos algumas mensagens, um telefonema e outro e nada mais; apesar de me sentir atraída pela pequena vampira e creio que ela também sentiu o mesmo por mim, eu ainda estava com a pulga atrás da orelha, afinal ela ficou cheia de mistérios e deixou algumas informações vagas, me deixando curiosa e ao mesmo tempo com o pé atrás com ela.

    Fiquei deitada em minha cama mais alguns minutos, não senti vontade alguma de levantar, apenas fiquei ali pensando nas inúmeras surpresas que ela poderia me trazer, por que sendo bem honesta com todos, meus últimos relacionamentos não foram um sucesso e só me trouxeram surpresas desagradáveis e eu não iria errar de novo, afinal o saco sobre essas coisas estava bem cheio.

    Depois que criei coragem finalmente me levantei da cama em busca pelo meu celular, este estava no balcão da cozinha repleto de mensagens e ligações perdidas, essas no qual eu rodei e vi quem havia mandado mensagem e quem havia ligado. Algumas mensagens do Ferdinand perguntando se eu estava “viva”, recados de fornecedores, algumas ligações de Steven e Daniel e finamente no fim de todas lá estava uma mensagem de Kate, “Lilian você vai estar ocupada sábado a noite? Será que podemos nos ver?”, era um encontro, ela finalmente iria falar algo ou seria os dois ao mesmo tempo?

    Marcamos um local que seria agradável para as duas, um lago próximo a minha casa, local discreto e sem muitos humanos para presenciar qualquer atividade mais sobrenatural nossa. Antes que ela chegasse eu liguei para Steven e perguntei para ele sobre ela e o que ela sabia sobre mim e suas palavras foram – Relax Lili, apenas falei do jeito cruel com que foi transformada, de que você curte os dois lados e que era parte da Ordem…. – Isso Steven divulga que eu faço parte de um clã antigo e temido, isso vai atrair demais um par perfeito pra mim… –”

    Steven se tocou claro, ao falar sobre a Ordem, mas mesmo assim eu achei que esse era o menor dos problemas, ela não viria atrás de mim à toa, mesmo sabendo de que clã eu pertencia. Esperei mais alguns minutos encostada agora em meu V8, e logo senti a presença dela, descendo do seu Corvette, trajando algo mais confortável diferente do que estava usando no nosso último encontro – Hey Lili! Como está? – no fundo eu fiquei feliz ao ver Kate, mas mesmo assim a pulga continuava  atrás da orelha. Dissemos nossos comprimentos e começamos a caminhar perto do lago, apenas a Lua iluminando a nossa caminhada, o silêncio foi nosso convidado por algum tempo, até que eu resolvi falar algo – Kate, por que quis vir me ver? Aliás, qual o interesse em mim? Aquele beijo foi um tanto rápido não acha? – ela pareceu surpresa com as minhas milhares de perguntas, saiu da zona de conforto, tentou mudar o assunto mas em vão eu não deixei, apertei a mesma tecla fazendo com que ela parasse de andar e virasse pra mim, olhei para baixo nos olhos dela e então outro beijo – Sabe Lili, eu me surpreendo com o seu modo de agir e como é difícil para você acreditar nas pessoas… – ai ai Kate, você não sabe da metade – Eu tenho meus motivos, os mesmos talvez que você tenha, pois fica me escondendo alguma coisa, acha que não percebi que suas indiretas significam algo importante que vai além de curiosidade?! – cara quem me conhece sabe que ser delicada não é um dos meus pontos fortes, por isso deixo de ser assim quase o tempo todo!

    Mais algum tempo em silêncio e finalmente ela reagiu depois do baque que levou de diretas mesmo – Lilian eu soube de vocês através do Steven e uma festa destas em comum que nós fomos, ele me falou de você e do Daniel, os grandes amigos dele e eu fiquei curiosa mais sobre você, poís tua história de vida é bem parecida com a minha…. Afinal minha transformação não foi uma das melhores e também o fato de você ser Bi… – Então vamos aos fatos, ela se identificava com a minha história porque havia passado pelo mesmo tipo de merda que eu, OK…. Até ai tudo bem e o fato de ser Bi também não era lá aqueles segredos, mas ainda sim, eu não engolia, tinha algo a mais – Só isso, tem certeza Kate? – Ela sabia que me despistar não seria fácil, aliás seria algo em vão, não soube como agir e então decidiu que era hora de ir embora, se despediu de mim e foi embora me deixando a ver navios mais uma vez.

    Voltei para casa e quando passei pela porta meu celular começou a tocar, era Kate – Lili eu sei que suspeita que tem algo a mais, mas eu ainda tenho que resolver algumas coisas antes de te falar qualquer coisa, mas te peço pra confiar em mim por hora e na no momento certo você pode julgar melhor sobre mim… – Eu apenas disse “OK” e “Bye” e fiquei sentada no sofá da sala com aquela cara de paisagem… Mandei uma mensagem para Steven ,”A Kate tem algo a mais que eu deva saber?”, depois de alguns minutos lá estava a resposta dele, “Ela não é apenas uma vampira!”…

    Oi? Como assim? Ela vai além de vampirismo? Não é possível, não não pode ser…. Peguei meu carro e segui caminho até o endereço que Steven havia me passado que deveria ser a casa de férias da Kate… Não tenho certeza do que vou encontrar lá mas de uma coisa eu estava certa, desarmada e sem minha Katanna eu não iria, afinal não sei o que vou encontrar lá e não sei o que esse a mais da Kate significava.

    A Senhorita Pessimista estava em seu caminho
    Liguei de volta para ela mais tarde
    Mas ela já tinha partido para outra
    Uma leoa, vermelho intenso
    Eu devia saber
    Quando isso virou uma coisa unilateral?
    Não foi só eu que me apaixonei
    Às vezes queria nunca ter te conhecido
    Se o amor não é necessário
    Podemos mesmo chamá-lo de amor?

  • Uma amizade improvável pt2

    Uma amizade improvável pt2

    “Quando se é jovem você sempre aceita o que consegue
    Mesmo bicicletas e regadores automáticos te molham
    Agora sei que há um jeito diferente de morrer
    Meu corpo respira, o coração ainda bate
    Mas não estou viva.”

    Risadas, bebidas, conversas para todos os lados, brincadeiras a parte, e eu estava naquele transe entre desvendar os mistérios da pequena Kate e me distrair em meio a tantas novidades sobrenaturais que eu estava presenciando. Peguei um copo de Jack (Sim caros humanos eu sei o que acontece com vampiros que se aventuram a tomar o néctar da verdade de vocês e não eu não me importo rs), precisei de alguns segundos para ligar alguns fatos e quando me dei por vencida entornei o copo por completo, pensei em pegar outro mas achei que seria melhor me esconder entre um cigarro e outro enquanto procurava Steven, o mesmo estava bem enturmado com uma de sua espécie enquanto eu fui persuadida novamente pela bela Kate – Jack Daniel’s? É algum tipo de auto punição? Imagino que saiba o efeito desagradável que isso vai ter mais tarde! – achei um tanto “fofo” o jeitinho preocupado dela, apenas pisquei e fiz um sinal para que me seguisse.

    Andei até minha moto sentei na parte do motorista e ofereci que ela se sentasse no carona, fiquei a encarar aquela vampira que sabe muitas coisas a meu respeito, ela apenas retribuiu o olhar e fez aquela cara de “E ai?!”, dei um trago e pensei bem no que falaria, ela foi mais rápida e me interrompeu mesmo antes que eu desse alguma palavra – Você costuma levar todas para a garupa da tua moto no primeiro encontro? –  aquilo me divertiu, encontro? WTF? – Não, eu geralmente não preciso nem disso, enfim… Sabes que me deixou curiosa com o lance “Temos muito em comum”… E ai o que me diz sobre? – Kate me olhou profundamente, agora não parecia com vergonha e sim desconfortável, tentei não passar mais desconforto para a vampira, seus olhos agora transmitiam receio – Ah deixa isso quieto por hora…. Na hora certa você vai saber… – hora certa? Sério isso? Se temos tanto em comum, devias saber que minha paciência as vezes deixa de existir, né?!

    Mais alguns cigarros e um papo descontraído, percebi que era hora de dar o fora dali, afinal não estou afim de virar churrasco ainda. Quando fui me despedir de Kate me surpreendi com a atitude da mesma, ela ficou de pé na minha frente e antes que eu pudesse ter algum tipo de reação, Kate me tomou um beijo nos lábios e eu fiquei apenas observando enquanto a pequena vampira ir embora em seu Corvete.

    Fiquei mais alguns minutos ali fora sozinha, tentando descobrir o que fazer com aquela peculiar vampira, ganhei o número de celular dela e um beijo que me deixou sem palavras, e agora? O que vinha depois disso? A revelação talvez desse mistério todo?! Tomara né?! Apenas peguei meu celular e lá havia uma mensagem de Whatssap da Kate, “Lili não fique pensando muito, afinal as melhores coisas da ‘vida’ são uma surpresa! Kisses Kate. :)”. Ela ainda vai me deixar maluca, e nós apenas nos conhecemos hoje, imagine como serão os outros encontros… Por que eu estou aqui imaginando e tentando adivinhar tudo o que está para acontecer…

  • Uma amizade improvável pt 1

    Uma amizade improvável pt 1

    Você não pode me sentir, não
    Como te sinto
    Eu não posso roubar você, não
    Como você me roubou”

    Incrível como o tempo passa rápido, como as pessoas mudam com pressa, como a confiança é mãe de várias faces. Eu ando mais tranquila, mais amena, não fico procurando mais “sarna” pra me coçar, é assim que falam não?! Mas é quando estamos mais em paz, é que aparece alguém pra mexer com a cabeça, pra estragar todo aquele mito sobre ficar “de boa” que tantos falam.

    Sabe a última coisa que eu precisava agora era ter algo assim, algo pra me tirar do sério, mas enfim, nem tudo é como a gente quer. Se fosse assim maioria iria ser feliz e não encheria tanto um o saco do outro com coisas banais da vida. Pois bem, gente feliz não enche o saco alheio né, e isso me faz acreditar que o mundo é  um lugar repleto de tristeza ultimamente.

    Mas deixando meus devaneios de lado e dando um ponta pé no que quero contar, a merda toda é que eu conheci alguém, aliás, alguém me achou em meio ao caos moderno e algo começou, detalhe é que eu nem sei o que começou, mas sei que deve dar alguma coisa daqui pra frente.

    Era uma noite normal entre minhas saídas com Steven pelo vale da morte, em nossas buscas por algum tipo de distração, que ele comentou algo sobre conhecer os amigos dele, alguns que pertenciam ao mesmo sobrenatural que nós, eu fiquei cismada mas fui mesmo assim, afinal precisava sair deste circulo viciosos de amizades e amores não correspondidos que eu havia me metido.

    Quando chegamos no local, uma cabana ao velho estilo country, algo aparentemente lindo e com uma iluminação  rústica que encantaria o olhar de qualquer um aparecia na minha frente. Senti vários tipos de presenças, todas eram novidades aos meus sentidos, estava ansiosa, curiosa e alerta, confesso, mas isto não me impediu de entrar e admirar alguns seres que me acolheram bem, eram divertidos, agradáveis, não tinham drama, apenas eram como eu, como Steven que estava lá comigo, Becky, Ferdinand, aliás saudades deles, mas a vida segue né.

    Steven me apresentou ao James um vampiro com rosto de vinte anos, mas a idade e sabedoria de um ancião, me apresentou ao Charles, um antigo Lican inglês, que me divertiu com seu sotaque e algumas brincadeiras a respeito dos vampiros, algo descontraído. Quando me dei por conta outra presença vinha em nossa direção, vampiresca obviamente, mas me deixou de certa forma bem serena – Quer dizer que você é a Lilian de que todos falam? Imaginei que fosse alta, mas não tanto! – assim que virei me deparei com uma bela vampira, deveria ter seus 1,60 de altura, cabelos longos, escuros, olhos castanhos claro, bem claros, um rosto de menina, sorriso misterioso, já falei como eu adoro um mistério?”

    Olhei para a pequena e atraente vampira, uma mistura de inocência e atrevimento, combinados com mistério, gostei do que vi, por mais que precisasse controlar minhas feições de divertimento – E você quem seria? Não tive o prazer de ouvir a teu respeito – olhei ela, a mesma saiu do modo confiante para o modo “envergonhada pra cacete” – Sou Kate, prazer Lilian! Confesso que no fundo estava curiosa em conhecer você – não tenham dúvidas que me diverti com a vergonha que Kate se apresentava agora – Pois bem Kate, aqui estou – dei uma piscada de leve e agora ela abaixava a cabeça como se quisesse esconder o vermelho inexistente de seu rosto – Kate, eu achei que iria gostar de conhecer a minha delicia chamada Lilian. Afinal ela adora uma boa conversa, algo inteligente desprovido de assuntos banais e mundanos. Vou deixar vocês trocarem informações de menininhas e vou encher a minha caneca com cerveja, muita cerveja para sua inveja Lili! Eu posso e você não!” – Steven me deu um selinho brincalhão e um beijo no rosto da Kate, saiu de lá e foi ao encontro do seu amor, da paixão dele, o Barril de cerveja, o que dizer além do que, ” seja feliz meu amigo!”

    Kate me direcionou até a sacada daquele lugar, onde pude acender um cigarro e olhar para o horizonte, sem encarar muito a vampira e não deixa-la desconfortável, a mesma sentou no banco ao meu lado e tomou uma taça de sangue, me ofereceu mas recusei, afinal eu jantei antes de ir para lá – Está alimentada acredito… – Perguntou ela ajustando o casado preto que cobria algo que parecia ser uma camiseta do Metalica – Então curte rock? Desculpe não pude deixar de reparar, sou fã deste estilo musical – Estiquei as pernas em cima de uma mesa de centro a nossa frente enquanto ela agora olhava para o celular – Adoro na verdade, essas modinhas de hoje me dão nos nervos… – achei engraçado a indignação dela, mas mantive a compostura, ela parecia ficar sem graça com muita facilidade – Temos isto em comum então… – respondi em tom de dúvida e ela me surpreendeu – Temos muitas coisas em comum Lilian… –

    Não sei se era o cigarro, se era meu modo educado ativado, mas no fundo não entendi a indireta dela, apenas a olhei em dúvida e ela apenas piscou de volta e foi em direção a porta – Vai ficar ai ou vai entrar? – disse ela abrindo a porta, decidi que seria melhor entrar e de alguma forma tirar mais coisas a respeito dela… Kate despertou algo em mim e definitivamente eu vou descobrir o que é, e ainda mais agora que disse que temos tanto em comum, devo estar desinformada ou ela esconde algo e eu vou descobrir, isso é inevitável.

    Depois de Jesus e Rock N Roll
    Não conseguiram salvar a minha alma imoral, bem
    Eu não tenho nada
    Eu não tenho nada a perder