Categoria: Histórias

Nesta seção você encontra historias, contos e relatos relacionados ao mundo real e sobrenatural. Verifique a indicação de faixa etária no início de cada texto.

  • Uma nova jornada – Parte I: o convite

    Uma nova jornada – Parte I: o convite

    Após aquele “conflito” com o clã de bruxos inimigos, a quase volta do espírito de Erner e o sequestro de Lorenzo, senti-me grata por todo o esforço e ajuda que Antoni, Sophie e seu clã dedicaram a mim. Porém, decidi ao menos por um tempo, não manter contato com eles e durante o período que fosse necessário, eu e Lorenzo nos manteríamos em segurança, reservados e longe de qualquer agito. Mas, ao contrário do que imaginam, não tiramos férias…

    Quando voltamos da França, meu apartamento no Brasil havia sido invadido. Por sorte, meus documentos e materiais mais importantes estavam muito bem escondidos e não foram roubados. Com isso, precisei correr contra o tempo para encontrar uma nova moradia e um local seguro para nos instalarmos, a fim de despistar também, alguns regrados que me localizaram, diante toda aquela confusão.

    Após grande parte dos dilemas resolvidos, reforcei uma série de questões sobre segurança e privacidade, algo que foi extremamente necessário. Mas, após algumas noites, sentido a calmaria novamente. Lorenzo e eu aproveitávamos nosso tempo juntos…

    – Becky, você sempre me salvando… – Dizia enquanto rolava para mais perto de mim, na cama.

    – Digamos que, não fui eu quem lhe salvou… Mas, fiz o possivel, meu querido. – Disse já levantando.

    – Aonde vai, baby?

    – Preciso checar uns e-mails, é rapidinho. – Falei dando-lhe um beijo rápido.

    Caminhando a passos curtos, pensava em Lorenzo, e em seu futuro. Mas, já em meu novo escritório, concentrada em meus negócios, logo vi que havia em minha caixa de mensagens um e-mail um tanto inesperado. Abri rapidamente e comecei a correr os olhos pelas palavras nele escrito:

    “Boa Noite, Sra. Rebecca,

    Venho por meio deste, pedir-lhes novamente desculpas por meu mau comportamento, enquanto esteve conosco. Sei que não deveria ter agido de tal maneira. Espero que a senhora e seu humano, estejam bem e em segurança. Gostaria de aproveitar e fazer-lhes também um humilde convite. Nosso clã estará sempre receptivo em recebê-los para que conheçam nossos métodos e nossa irmandade. Peço que pondere sobre a possibilidade de ao menos passarem uma temporada conosco. Ficarei muito grato se aceitar, pois desejo redimir todo o mal feito por meu desconhecido irmão. Aguardo ansiosamente, Antoni.”

    Receei por alguns instantes, ainda surpresa. Durante as noites que se seguiram, me encontrava pensando sobre a hipótese. De fato, aprenderia muitas coisas e esclareceria dúvidas que carregava comigo, poderia aprimorar meus dons e poderes, talvez fosse relevante passar um tempo daqueles que eram os mais próximos de minha origem, mas antes, eu deveria conversar com alguém importante…

  • Livro, wattpad e a volta dos VampiroCast

    Livro, wattpad e a volta dos VampiroCast

    Hey minhas queridas leitoras, fazia muito tempo que eu não gravava um VampiroCast e confesso que estava com saudades deste tipo de produção. Como alguns sabem tenho diversos passatempos como fotografia, mecânica de motos, armas, escrita e além destes, também gosto muito de música.

    Certos amigos me dizem que tenho um gosto muito peculiar para os sons do mundo, que sou “diferentão”, um “hipster das sonoridades modernas”… mas convenhamos, a internet facilitou muito o acesso a esse tipo de material. Antigamente não havia esse conceito de bandas, havia apenas alguns poucos que dominavam tais técnicas e se apresentavam nos grandes concertos ou eventos exclusivos. No qual apenas alguns poucos e abonados tinham acesso.

    Ainda falando do meu gosto musical e respondendo há alguns que me perguntaram, eu prefiro os sons mais clássicos e pesados. Não curto sons populares, então tu nunca vai me ver numa roda de pagode, a menos é claro que esteja naquele tradicional “papo de buteco com os parça”. No qual aliás tenho frequentado com menor frequência. Sobre os tais sons clássicos que ouço eu não falo de Mozart e afins, mas todas as variações possíveis do Rock. Elvis, Ozzy, Beatles, Lordi, Helloween…

    Por falar em Lordi, usei duas faixas do último álbum deles (Amen’s Lament to Ra II e Arm Your Doors and Cross Check), como pano de fundo deste VampiroCast. E no início tentei cantar a primeira frase da música The Sound of Silence do Simon & Garfunkel. Já no decorrer do VampiroCast falei um pouco mais do meu momento atual de existência, onde também agradeci vocês pelas leituras e comentários com relação ao meu livro Ilha da Magia, lá no Wattpad.

  • Livro: Ilha da magia – Amor vampiro 2 de 4

    Livro: Ilha da magia – Amor vampiro 2 de 4

    Vampiros são humanos que foram transformados, uma mudança de comportamento que vai além da realidade cotidiana humana. São diversas mudanças biológicas e sobrenaturais, que transformam o seu ser em termos de aparência e principalmente sentimental.

    Claro, que praticamente todos, incluindo eu, tem suas rotinas reviradas do avesso, mas isso não é motivo para que a índole seja transformada. Então se o caram tem tenÊncia a ser violento, ele será ainda mais. Situação similar no sentido do amor. Tal sentimento tão avassalador não será banido da vida do vampiro, somente se ele o quiser.

    A Suellen, trouxe estes e vários outros sentimentos a minha realidade. A vontade de estar junto, de conhecer mais, de dividir cada pedaço da vida junto de alguém!

    Leia o capítulo Amor vampiro – 2 de 4 diretamente no Wattpad e de graça!

  • Odeio o anoitecer – Parte 2 de 2

    Odeio o anoitecer – Parte 2 de 2

    O clima estava pesado, Hector não é um tipo de vampiro dos mais tranquilos e eu não sou flor que se cheire, ainda mais quando me deixam puto por pouca bosta. Porém, quando o assunto é tacar a mão em alguns filhos da puta eu posso sempre contar com meus aliados/amigos.

    Eliot foi por terra usando sua velocidade vampiresca. Hector também utilizou sua agilidade sobrenatural, mas também estava invisível aos olhos humanos. Eu também usei minha velocidade acima da média humana, mas fui um pouco atrás e antes de chegar no lugar me transformei em névoa.

    Os dois caras da guarita certamente não viram o que lhes atropelou e os cães foram soltos do lado de fora do lugar. Seria muita sacanagem matar os bichos, que mal sabiam o que faziam naquele por ali. Eu ainda estava em forma de névoa quando adentrei galpão principal, consegui perceber que havia cerca de 20 pessoas entre homens e mulheres, sendo dois caras aparentemente os administradores.

    Desfiz minha transformação por trás de um deles e em coisa de uns 30 segundos eu o ataquei silenciosamente. Segurei sua boca para que não fizesse muito barulho e até tive vontade de lhe morder suas veias saltadas do pescoço, mas seria exposição desnecessária, sem falar das câmeras. Mesmo com os rostos cobertos seria bizarro demais para um humano ver outro sendo sugado ao seu lado.

    Então apliquei um desajeitado mata-leão e antes que o outro “administrador” percebesse o que estava acontecendo Eliot lhe deu uma coronhada certeira na têmpora direita. Neste momento os trabalhadores já estavam desesperados, outros suplicavam por suas vidas e decidimos uma abordagem mais simplista, amarramos todos, alguns tentaram resistir, inclusive uma garota havia conseguido escapar, mas Hector a achou em meio a mata com facilidade.

    Mandei o aviso de missão concluída para meu amigo da polícia federal e fizemos uma breve vistoria no local, atrás de coisas que nos fossem úteis. Havia dinheiro, havia algumas drogas que Hector insistiu em pegar uma parte. Eliot foi atrás da central de câmeras para apagar nossa “estadia no lugar” e eu aproveitei o tempo antes da chegada da polícia para dar uma boa olhada geral enquanto tentava contato com Claire, no qual não me respondeu de imediato.

    Em minhas andanças pelo lugar havia apenas um item que me despertou interesse, um medalhão de prata, que estava no pescoço de uma das garotas que trabalhavam no lugar. Não era nada muito trabalhado, mas ele parecia ter uma energia diferente, sem contar a pedra verde encrustada, que possuía um tom escuro quase negro.

    Ao conversar com ela sobre tal artefato, ela disse que era um presente de sua mãe e que antes tinha ganhado de sua vó. Inicialmente, fiquei receoso de lhe tomar aquilo, mas se não fosse eu provavelmente algum corrupto da policia o faria na hora que fosse presa. Ela obviamente resistiu, gritou como se fosse criança e acabei lhe fazendo dormir com uma coronhada. Peguei junto do colar sua carteira de motorista, assim poderia dar uma analisada em seus antepassados, como hobbie e quando me sobrasse um tempo.

    Fora isso tudo revisamos as amarras e saímos do lugar cerca de duas horas antes da polícia chegar. Ainda era madrugada e voltamos tranquilamente para o refúgio de Hector. Dado o tempo de chegada eu recebo uma mensagem amistosa de meu amigo: “Parabéns, trabalho até que limpo desta vez, mas está cada vez mais difícil explicar para eles esses trabalhos justiceiros. Vê se demora um pouco para me chamar de novo. Valeu!”

    Mostrei a mensagem para Hector, que ficou puto e reclamou mais um pouco, mas nada que mereça ser escrito aqui. Eliot estava feliz, tais missões sempre foram muito empolgantes para ele, mas depois da broxada do meu contato na policia, vamos ter de “navegar por outras águas”.

    Na noite seguinte eles dois voltaram as suas rotinas em algum lugar do planeta e eu fui atrás de Claire, que ainda não havia retornado meu contato e estava me deixando preocupado. Sobre o colar mandei pelo correio para Sebastian, que ficou de analisar sua procedência junto da Cláudia.

    E la estava eu com outros pensamentos, outras preocupações e anseios, mas quem não fica assim diante o anoitecer?

  • Capítulo Amor vampiro – 1 de 4

    Capítulo Amor vampiro – 1 de 4

    Hey babe, acabei de publicar a primeira parte do capítulo Amor Vampiro lá no meu livro no Wattpad. Foi um momento muito importante da minha não vida. No qual conheci minha amada Suellen, mas não vou contar mais do que isso por aqui.

    Outra novidade deste capítulo é que farei atualizações semanais, ou seja, semana que vem já vai sair a parte 2. Então corre lá, da uma lida e depois me diz o que achou?

    Segue o link direto para este capítulo: https://www.wattpad.com/215221226-ilha-da-magia-amor-vampiro-1-de-4

    Se quiser você também pode acessar a página do livro aqui no site e saber todos os detalhes desta produção original, aqui do site: https://www.vampir.com.br/ilha-da-magia/

  • Lilian à Reunião – Final 2 de 2

    Lilian à Reunião – Final 2 de 2

    “Me experimente, beba minha alma
    Me mostre todas as coisas que eu não deveria saber
    Quando há uma nova lua em ascensão
    Eu morreria por você, meu amor, meu amor
    Eu mentiria por você, meu amor, meu amor (Me faz querer morrer)
    Eu roubaria para você, meu amor, meu amor
    Eu morreria por você, meu amor, meu amor
    Nós queimaremos na luz”

    E aqui eu estava de novo, entre a cruz e a espada, a vida e a morte, de frente para o Ceifador dos vampiros em pessoa, Gabriel, o regrado de quem Steven me falou. Vampiro no mínimo assustador, lindo, ele era de tirar o fôlego, mas a presença medonha dele me deixava duas vezes mais atenta. Como combinado ele me deixaria dar o fim em Pierre, desde que ele participe e leve com ele a prova de que Pierre estava morto.

    Pierre não estava mais no local em que costumava, ele era esperto, sabia que nós iriámos rastrear seus passos até lá, o que ele não esperava era que Gabriel sabia de todos os possíveis esconderijos, apenas esperava o momento certo para atacar. Fiquei me perguntando o que Pierre havia feito para que os regrados viessem atrás dele, perguntei para Gabriel , ” Vou te resumir Lilian… Pierre teve uma ‘esposa’ por vinte anos e em um belo dia ele decidiu que era hora de trocar de parceira e ao invés de simplesmente terminar tudo com um simples acabou, ele resolveu que seria legal matar sua parceira, cortar em pedaços e enterrar… O detalhe era que ele havia transformado ela em vampira e como sabe nós não toleramos que matem vampiros…”. Pqp eu pensava que ele era louco, mas não retardado! Porra ele matou e fez picadinho? Estava no Master Chef esta porra? Pra sair picotando a ex? Ainda bem que eu me livrei deste doente!

    Chegamos então ao local, foi então que Gabriel nos repassou mais algumas coisas, ” Pierre acha que é algum tipo de Deus e transformou alguns vampiros ao longos destes anos. Ele é o chefe do clã, esperem por ataques surpresas de alguns vampiros e Steven venha apenas no meu sinal, se você se transformar antes, todos vão reconhecer sua presença apenas pelo cheiro!”, olhei para Steven em busca da reposta de onde estava o Daniel, “Ele vem! fique tranquila!”

    Daniel não estava mais na casa do Steven quando acordei, ele havia saido antes, me deixando aflita e querendo socar a cabeça dele em uma parede, mas como eu conheço ele bem sei que estava tramando algo. Como planejado entramos pelo pequeno edificio, apenas três andares nos separavam da loucura que seria a seguir… Dito e feito, quando chegamos no terceiro andar, entramos em uma sala , o local com as paredes vermelhas, móveis de tons escuros, e nos sofás haviam quatro vampiros, três sendo homens e uma mulher, essa deveria ser a nova esposa dele ou o futuro picadinho, não sei bem ao certo…

    Sentados como se nos esperassem os vampiros pareciam tranquilos e até receptivos, mas nenhum sinal de Pierre, conhecendo bem ele, eu sabia que ele iria fazer uma entrada teatral, “E você não está errada minha doce Lilian! Adoro entradas teatrais!”. Esse imbecil ainda conseguia ler mentes e eu consegui travar a minha e ele percebeu, vindo de um longo corredor, lá estava ele, décadas depois, vestido no seu melhor terno, e com aquele ar de grandeza, Pierre vinha em minha direção sem medo algum. Quando ficou frente a frente comigo, tão próximo que quase encostou o peito no meu, ele era um pouco mais alto que eu, “Lili você ficou ainda melhor como vampira, adorei esse seu look minha querida… Não fique com cíumes  Madeline, mas essa mulher me deixa complemente instigado!”, ” Se você encostar um dedo em mim eu juro que eu quebro seu braço!”, ” Não é mais aquela flor delicada de antes né minha cara, agora você tem garras e sabe como usa-las!”, “Pierre não me tente!”, “Sabe Lili, quando eu estava com outras mulheres eu ficava imaginando que era você!”, ” Pierre toda vez que eu estava matando algum cretino eu fantasiava que era você!”.

    Uma coisa eu sabia fazer, atingir o ego masculino! E não eu não tenho dó! Pierre agora se afastava e ficava perto dos seus súditos, enquanto nós três ainda permaneciamos no mesmo lugar. “Pierre você sabe o que fez, não pode se esconder mais meu caro…”, Gabriel falava com calma como se tudo aquilo fosse algo completamente normal, “Meu caro desconhecido, eu e Lilian temos nossas desavenças, mas nada que uma boa conversa a sós não resolva!”, “Lilian? Não meu caro, eu apenas vim aqui de comum acordo com ela. Minha vinda é pelo assassinato da tua ex parceira, Joanna! Lembra dela? Aquela que você matou e fez em pedaços?”, nada no rosto do Pierre era de satisfação, agora o medo transparecia ” Deixe-me apresentar, sou Gabriel, um dos regrados e vim até aqui exclusivamente por você! A minha sorte é que encontrei Lilian!”.

    Como era de se esperar, Pierre se escondeu atrás do seus filhos e eu apenas fique de olho, ” Meu querido, somos cinco e vocês três!”, “Na realidade… Somos dez e vocês cinco!”, “Onde estão os outros maravilhosos  guerreiros?”… Silencio e nada de ninguém aparecer, o grupo de Pierre estava confiante até que passos para todos os lados e um uivo ao longe vinham em nossa direção. Daniel seu fdp eu sabia que não ia deixar nada barato, quando menos espero lá estava meu irmão, meu melhor amigo e dois regrados e quando me dei por conta lá estava ele, Trevor seguido de Michael, “Trevor foi você que me entregou? Você sabe o que fez!”, “Eu sei o que fiz e sei que errei também Pierre… Mas não posso ficar aqui e não ter mais sua confiança Lili…”, eu conhecia ele, sabia quando falava a verdade apenas de olhar nos olhos do meu amado vampiro, apenas sussurrei ‘eu sei’.

    O que posso dizer da batalha foi que ela foi rápida, eu e Daniel perseguimos Pierre e não deixamos que ele fugisse, já Trevor e Michael juntos dos outros procederam em destruir os outros vampiros com a ordem de Gabriel o regrado. Quando finalmente os outros estavam sem vida, Daniel me ajudou a pegar Pierre, ” Como você se sente seu bosta? Imobilizado do jeito que fez com a Lilian?”, não tinha o que discutir, Pierre não iria conseguir  sair dos braços fortes de Daniel.

    Gabriel deu a ordem final para que Pierre fosse aniquilado, “Lilian termine e me entregue a cabeça dele, essa será a prova de que mais um desertor foi morto!”. Antes que eu finalmente terminasse com tudo, precisava perguntar o que há muitos anos venho guardando pra mim, “Por que Pierre? Por que eu?”, ” Lilian não me mate! Por favor!”, “Vou lhe tratar com a mesma cortesia que teve comigo, quando eu era apenas uma menina frágil e inocente! Você tirou tudo de mim! Tudo! Não me deixou ao menos me despedir da minha mãe, dos meus amigos, DA MINHA VIDA!”, um soco no rosto dele que dei de raiva, ” Eu não merecia! Mas já que o fez…” , quebrei-lhe as pernas,” Apenas te agradeço por um detalhe, neste estado que eu estou consigo ir atrás de canalhas como você!”, e agora os braços, as mesmas coisas medonhas que me fez agora estava sofrendo.

    Ele pedia misericórdia, Gabriel me olhava insinuando que o fizesse, Daniel e Trevor fizeram o sinal e então me agachei e sussurrei no ouvido de Pierre “Você foi apenas o primeiro… Seja vampiro, lobisomen, humano o que for, se tentar fuder comigo eu vou atrás nem que seja no inferno, pra acabar com a raça! Você está servindo de exemplo meu querido!” e foi isso, com um golpe eu acabei ali o meu capítulo com Pierre, enquanto ali mesmo iniciava um novo capitulo da minha ‘ não vida’, este no qual eu prometi a mim mesma, não confiar e nem deixar barato para ninguém que tentar de alguma forma me prejudicar, como disse, nenhum pescocinho está ileso das minhas maldades ou da minha revolta… Um passo em falso e pode ser o seu último! Todos temos várias faces e a minha pior foi ativada como se fosse algo natural, algo que estava batendo dentro de mim para ser livre e então o dia chegou.

    Desta vez não vou ficar triste com quem fizer algo contra mim, me martirizar como fazia antes, ou esperar o momento certo para atacar… Não… Agora não penso duas vezes… Afinal o mundo é um lugar muito pequeno quando se é um ser das trevas e eu estou muito afim de descobrir todos a fundo, seja em Tokio, Londres, Nova York ou São Paulo, o mundo continua sendo muito pequeno.  😉

    Good night dear, let Odin gives to you sweet dreams! I’ll see you soon.

  • Odeio o anoitecer – Parte 1 de 2

    Odeio o anoitecer – Parte 1 de 2

    Certamente, um dos períodos no qual eu mais me sinto triste é o entardecer. Não deveria ser assim, afinal esse período do dia nos equivale ao “amanhecer da noite”, mas alguns sentimentos são quase impossíveis de se explicar. Digo isso, pois foi o que me aconteceu tempos atrás, o que de certa forma me motivou a sair e dar um rolê. Antes que me perguntem eu não posso sair de dia, mas o céu estava com aquela cor roseada.

    Moto na estrada, em alguma rodovia grande do interior e o objetivo seria me encontrar com Hector. Nosso projeto “Os escolhidos”, estava parado, então a ideia seria levantar um pouco a poeira. Minutos depois eu cheguei no local combinado e lá estava ele junto de Eliot, sentados numa mesa de bar do interior, essas de plástico com marca de cerveja barata.

    Hector reclamou pelo encontro ser tão cedo, mas tive de marcar naquele horário em função de minhas insônias frequentes. Papo vai e vem, ele me contou sobre o que andava fazendo e decidimos ir para o seu refúgio, numa casinha de madeira de difícil acesso, no que parecia ser um sítio. Inclusive, reclamei, pois a estrada era horrível, quase furei os pneus da moto e arranhei algumas partes de baixo. Poxa, vocês sabem do amor que tenho pelas minhas motocas…

    – Relaxa, se quiser eu mando te entregar uma moto novinha.

    – Cara sabes que esse modelo não está mais em fabricação.

    – Pra mim moto é tudo igual.

    – Tá tá, me mostra logo o que tens feito aqui nesse fim de mundo…

    Diante os fatos ele me mostrou algumas foto aéreas e aparentemente era uma fazenda grande, onde dentre tantos detalhes se armazenava e distribuíam drogas sintéticas. Sendo a principal uma derivação, ainda sem nome e muito próxima da tal Flakka, consumida nos USA.

    Se há algo que adoro fazer é estourar esse tipo de lugar e não me faltava vontade para que fôssemos naquela noite mesmo. No entanto, como o objetivo desse nosso projeto é ajudar a sociedade, não bastava entrar lá e quebrar tudo, tínhamos também de prender os culpados e fazer com que eles chegassem até a polícia federal.

    Então liguei par a o meu amigo na PF e avisei dos nossos planos. No início ele ficou com o pé atrás, mas depois de alguns minutos ele consultou o banco de dados e como sempre viu que nossa ajuda seria vital. Está certo que nossas empreitadas deixam muitos destroços, mas vem cá. Precisamos nos divertir também…

    Consegui, que alguns agentes fossem ao local nos próximos dias e tratamos de planejar uma ação rápida. Como sempre entraríamos ocultos por algum feitiço/poder e dentro do lugar trataríamos de prender os lideres. Eliot já havia ido ao lugar e possuíamos algumas rotinas e detalhamentos sobre os melhores caminhos a serem seguidos.

    A verdade é que estes lugares possuem pouca vigilância. Nos filmes são vistos cercas altas, vigilância com câmeras e muitos seguranças. Só que isso é coisa de filme babe e a realidade é muito mais simples. Por que gastar tanto com segurança se podes gastar mais com trabalhadores? Tendo em vista essa realidade havia na verdade apenas dois galpões grandes, um onde as pessoa dormiam e se alimentavam e outro onde estava a produção das drogas.

    Por fora havia até uma meia dúzia de câmeras, que mandavam as filmagens para uma casinha pequena, onde dois caras se revesavam na segurança. As cercas em volta do lugar eram simples e estavam ali apenas para que os três Dobermans não fugissem, ou os empregados.

    Tudo mapeado e prontos para agir eu recebo uma mensagem da Claire no meu smartfone:

    – Fê quado puder me liga.

    Como havia um pouco de tempo antes da ação daquela noite eu resolvi ligar e fui surpreendido por um pedido inesperado de ajuda:

    – Obrigada por retornar brevemente. Tô desesperada meu pai sumiu e não posso falar disso com o nosso grupo, acho que tem gente daqui envolvida, me ajuda, por favor?

    Nessas horas eu sempre lembro do Franz pegando no meu pé, que eu não resisto aos pedidos de uma mulher carente, mas quando falei da situação para Hector ele foi enfático:

    – Cara sério? Na boa se tu for atrás dela vou mandar a merda esse nosso projeto.

    – Hey pera lá meu velho, não é bem assim…

    – Ferdinand tu não tem compromisso cara, tá sempre atrás qualquer putinha que te liga.

    – Ah vai a merda…

    – Vai se fude…

    Vendo que o clima estava uma bosta e prestes a ficar pior Eliot prontamente nos interrompeu:

    – Senhores não é hora pra discussões tolas, vamos focar nessa missão de hoje e ao final disso o Ferdinand pode ir correndo para onde quiser. Vai ser rápido.

    Hector ficou na expectativa, eu até ponderei por algum tempo, na verdade Hector estava certo, mas poxa, não sou de ferro e ele me ofendeu.

    – Tá relaxa vou ajudar vocês, mas porra Hector vê se cala boca, tu me confunde como Franz as vezes.

    – Tô errado cara?

    – Tá vamos nos concentrar nisso aqui, um problema de cada vez…

  • Os mortos não voltam – Final

    Os mortos não voltam – Final

    Quando de súbito abri os olhos, eu sabia que estava capturada. Mas, algo impedia os meus movimentos. Era uma magia maligna. Pensava como sairia daquela situação. Depois de tanto tempo, naquele momento, achei que definitivamente aquele seria o final da minha história. Mas eu não me entregaria fácil. Vejo a minha frente, inúmeros símbolos em arabescos dourados sobre a parede. Meus pesadelos tornavam-se realidade. Ouço um barulho. Alguém entrou. Senti uma onda de desespero. Uma sombra alta passou por mim e então, deslocou-se a minha frente. Usava uma máscara dourada e uma capa vermelha. Era o próprio Diabo a minha frente. Aquela criatura aproximou-se, ao falar, pude sentir seu cheiro terrível:

    – Você achou que nunca iríamos atrás de você? Deixamos você viver essa doce ilusão. Finalmente está em nossas mãos.

    Foi quando percebi que havia muitos outros bruxos ao meu redor. Naquele instante, então, pude me mover parcialmente e com o campo de visão mais amplo, vi que entravam com Lorenzo. Alguns corpos pendurados de cabeça para baixo tinham seu sangue escorrendo pelas paredes, fazendo um verdadeiro show de horrores até para mim. Meu coração de pedra se partiu. Lorenzo estava todo tatuado com símbolos estranhos e machucado, já não era o mesmo. Vestia uma calça e uma túnica preta. Depois de mais de 20 dias sobre domínio daqueles bruxos, sendo levado para outro país, estava magro e fragilizado. Ele foi colocado a minha frente em outra poltrona.

    – Lorenzo… – Chamei-o baixinho.

    Ele estava paralisado. Mas, seu olhar me dizia algo. Foi quando me assustei com um grito, estavam anunciado o que parecia o início de um ritual. Todos repetiam as mesmas palavras em uma linguagem por mim, desconhecida. O bruxo da capa vermelha veio até mim e disse:

    -Chame por Lord Thomas! Repita as palavras que direi!

    Então comecei a gargalhar de nervosismo e a gritar, enfrentando aquela figura estranha:

    – Jamais! Jamais! Erner está morto! Ele virou cinzas, vocês não conseguirão trazê-lo de volta. Não por meio de Lorenzo!

    Levei um tapa no rosto que me fez cuspir sangue.” Maldito”, pensei.

    – Deixe que eu faço isso sozinho, então. Você está aqui apenas para sofrer mesmo… Vamos direto ao ponto!

    Em desespero, observei que ainda segurava aquele coração pulando em minhas mãos. Tentei jogá-lo longe, mas não conseguia. O bruxo pegou um instrumento que parecia uma adaga e caminhou em direção a Lorenzo, mostrando que perfuraria seu coração. Gritei para que não fizesse aquilo, mas depois, as vozes ecoavam aquelas palavras sinistras, deixando minha mente confusa. Então, ele parou, estava apenas me torturando. Com a adaga, cortou seu próprio punho. Segurou o rosto de Lorenzo. As vozes ficavam mais fortes. O coração em minhas mãos parava de bater, fogo o consumia, queimando também minhas mãos. Dores fortes me atingiam e eu não podia mais gritar. Despejando o sangue sobre os lábios de Lorenzo, aquele bruxo demoníaco proferiu algumas palavras. Sem conseguir me controlar, comecei a falar coisas sem sentido, então, tudo se silenciou. Lorenzo olhou para mim de forma diferente. “Não pode ser” pensei…

    Vencida pela fraqueza, e pela energia que haviam tirado de mim, não conseguiria lutar nem soltar-me. Mesmo com as mãos livres estava sendo manipulada e impedida de tomar qualquer atitude. Então, alguém entrou anunciando que o local estava sendo invadido, pegando o tal bruxo de surpresa. Todos os outros se preparavam para receber os invasores. Quando Antoni entrou com um grupo de outros bruxos, os de seu clã obviamente, já fazendo o seu próprio ritual. Senti-me segura naquele momento, sabendo que estava salva. Antoni era um bruxo poderoso. Acreditar nisso, era minha única esperança. Consegui soltar-me devido à magia negra ter sido quebrada e cai tentando me afastar. Chamava por Lorenzo e pedia para que ele tivesse forças e conseguisse voltar para seu corpo parcialmente possuído. Antoni sangrava pelo nariz e olhos, devido a toda força que fazia. Sem os outros, o bruxo e líder que direcionava o ritual perdeu suas forças e após uma luta difícil, Antoni o matou arrancando sua cabeça, assim como com a maioria daquele clã de bruxos demônios, exceto pelos que fugiram.

    Sem forças fiquei ali, agachada ao chão. Paralisada, pensando que poucos minutos me separaram de ver Thomas voltar e acabar com minha “vida”. Antoni e Sophie vieram me ajudar. Devagar cheguei até Lorenzo que fraco e já em seu estado normal, abraçou-me e disse que pensou em mim a todo instante. Já eu, não me perdoava por ter feito com que ele passasse por tudo aquilo e levava a certeza de que por um bom tempo teríamos que nos manter seguros de alguma forma. Fomos embora após algumas horas, e após ter nos recuperado de maneira o suficiente apenas para partir. Agradeci Antoni por ter nos salvado, mas mantendo a decisão de não vê-los mais, ao menos até me sentir preparada para isso. Ao voltar, encontrei com Lilian que nos ofereceu ficar um tempo com ela e seu clã, que nos protegeriam até despistar alguns bruxos demônios que restavam e os regrados que haviam me localizado com toda aquela confusão.

    Depois de todo aquele tempo, eu poderia cuidar de Lorenzo outra vez…

    ” Wenn ich in deine Seele tauche, und dich für meine Lust gebrauche. Dann werd ich deine Sinne blenden, Das Spiel kannst nur du selbst beenden.” – Labyrinth , Oomph.

  • Os mortos não voltam – Parte VII

    Os mortos não voltam – Parte VII

    O mundo rodava a minha volta. Eu me iludi ao pensar que um dia teria liberdade. Thomas era um maldito! Além de um vampiro, sádico e psicopata, era um bruxo, um demônio ainda pior do que se poderia imaginar. Naquele momento, percebi que meu sofrimento, não era por amá-lo e por sentir sua falta mesmo com todo o mal que havia me feito. Era pelo ódio que eu sentia. Um ódio tão forte capaz de quebrar o elo entre uma cria e seu mestre. Depois de décadas fugindo dos regrados, agora tinha um clã inteiro de bruxos demônios atrás de mim e o fantasma de “Sr. Erner” a me perseguir, querendo voltar para este mundo e espalhar o caos, ou simplesmente vingar-se de mim. Antoni esperava alguma reação minha. Mas, eu estava atônita, tentando não me apavorar. Então, ele me beijou colocando-me contra a parede. Surpreendendo-me e me enchendo de fúria. Empurrei-o:

    -Me solta porra! Isso tudo é culpa de vocês! Se Sophie não tivesse vindo atrás de mim eles não me encontrariam. Levei anos fugindo até encontrar um lugar e uma identidade na qual estivesse protegida. E vocês foderam com tudo! – Falei aos berros. – E que loucura é essa? Beijar-me desse jeito. Está pensando que sou o que? E Sophie?

    – Sophie é uma filha para mim. Mas, você… Eu… Entendo porque Thomas ficou louco por você. Ele não pode voltar.

    – Ele não vai voltar!

    Eu estava perplexa. Além de gêmeos, também eram iguais na loucura. Semicerrei os olhos e disse:

    – Nós vamos resgatar Lorenzo e depois eu vou embora, precisarei de um lugar para nos esconder por um tempo. Nós nunca mais vamos nos ver! Não quero mais saber nem de você, nem de Sophie, entendeu?

    Sai batendo a porta sem olhar para ninguém. Sophie tentou falar comigo, mas fui direto até a moto esperar que eles viessem para partirmos. Lilian me levou até uma parte do trajeto, de lá, pegamos um avião. Pouco antes do amanhecer estávamos na França. Não levei Lilian comigo, que ficou brava porque não deixei – a ir. No caminho pensei em ligar para Ferdinand para pedir ajuda, mas não havia tempo, além disso, não quis levar perigo aos outros do clã. Mas, confesso que estava com medo de enfrentar tudo aquilo sozinha.

    – Vamos ficar nesse hotel durante o dia. Mas, à noite nós e minha equipe vamos invadir o local. Além de resgatar o humano, também tenho contas a acertar com aquela gente. – disse Antoni.

    – Que o dia termine logo, então. – Respondi friamente.

    No quarto, sozinha. Fechei as janelas para que os primeiros raios de sol não entrassem quando amanhecesse. Deitei naquela cama empoeirada tentando descansar um pouco, precisaria de força e energia. Estava quase dormindo, piscando os olhos várias vezes, quando ouço o estrondo de uma explosão em uma das janelas, na qual fui lançada a uma boa distância de onde estava deitada. Barulhos de tiro, gritos e outros ruídos tomaram conta do lugar. Tentei levantar, mas não conseguia ver nada. Lutei contra alguém que me puxava com força. Apaguei. Acordei horas depois presa pelas pernas em uma poltrona na cor de um vermelho vivo, paralisada de alguma forma, vestindo uma túnica preta, com um coração humano ainda pulsando vida, nas mãos.

  • Lilian à Reunião – Final 1 de 2

    Lilian à Reunião – Final 1 de 2

    “Não adianta ficarmos aqui pensando no que fazer Dani!”, minha frustação era nítida, tentava achar mil e uma formas de matar Pierre, mas tinha um porém, os Regrados, sim eles, vocês já devem  ter ouvido falar neles. E como eu não quero a atenção deles voltada para a ordem, prefiro pensar em algo que não me venha dar problemas.

    “Eu não sei como podemos dar um jeito nisso…Preciso de uma luz!”, enquanto estávamos parados em um bar Country ali pelas redondezas, senti  meu celular vibrar, vi que era um número desconhecido mas atendi mesmo assim, “Alô?”, “Lilian San…”, por Odin não poderia ser ela “Senhora Mun Na?”, ” Lilian San, ouça com atenção. Ele não pode ser morto por ti…Mas tu sabes que a sombra do passado o persegue, uma sombra tão antiga que até o mais valente dos vampiros teria medo de enfrentar. Ache a sombra, peça que te conceda o poder de fazer a justiça e então criança cumpra o teu destino e acabe com o sofrimento da espera. Adeus Lilian San.”

    Desliguei o telefone surpresa pela ligação da velha Senhora Mun Na, mas não fiquei surpresa por ela ter me jogado mais uma charada. PQP a essa altura do campeonato vir me jogar mais uma  das filosofias dela? Sério?  “Então a velha amiga da Ordem decidiu lhe dar o ar da graça maninha?”, “Sim, com mais alguma charada… Mas essa eu creio que vai ser bem fácil de descobrir…”

    Deixamos o local e seguimos em  direção até a casa de um velho amigo nosso. Rodamos por alguns minutos pela via expressa, depois seguindo direção por uma estrada de terra. Quanto mais próximos da casa do nosso querido amigo redneck, mais próximos os sons de tiros ficavam, digamos que os redneck’s adoram apreciar e usar armas, caçar e nunca desperdiçam a chance de uma boa cerveja.

    E lá estava ele, sentado ao pé da fogueira, rodeado de outros da mesma comunidade que a dele, tomando uma boa cerveja e segurando seu rifle de longo alcance como se fosse um amuleto da sorte. A simples casa de campo, o cheiro de pólvora e terra molhada sempre foram característicos aqui dessa região onde Steven mora, algo bem interiorano.

    Aos nos ver chegar o mesmo veio em minha direção com os braços abertos e me envolveu em um abraço bem forte, “Quem é meio vivo sempre aparece! Lili, Lili, Lili! Cara sempre gata e  tatuada não é?! Que saudades de ti mortinha viva mais linda!”, aqueles olhos azuis eram realmente encantadores e o sotaque caipira também, os cabelos loiros bem cortados e a barba por fazer davam um charme ao adorável lobisomem, “Steve! Aqui estou! Você sabe que é um dos únicos lobisomens de quem eu sinto falta!”, sorrisos por sorrisos ele piscou em confirmação, depois viu que eu não era a única visita, “Holly fucking shit! Daniel motherfucker! No way!”, agora sim ele se animou de vez, Daniel e Steven são amigos há um bom tempo, muito antes mesmo que eu entrasse para esta vida, eles já tinham uma amizade de longa data, “Steve! Man! You Fucker!”, aperto de mãos e abraços e quando percebi já estávamos sentados a fogueira junto de alguns amigos do Steven que nem desconfiávamos o que na verdade erámos.

    Depois de algumas horas entramos para a casa de Steven e seguimos até o porão que ele muito atencioso mantinha, caso alguns de seus amigos da noite viessem para passar uma temporada, no nosso caso seria apenas um dia. Quando finalmente terminei de me arrumar em meu quarto, duas batidas na porta ecoaram e Steven entrou, sentando-se em minha cama e  parecia me analisar , “Eu sempre esqueço como você é deliciosa Lili!”, “E eu sempre esqueço como você é direto e sem filtros lobinho!”,” Então me confirma uma coisa, está solteira mesmo?”, “Porque a pergunta? Está interessado?”, “Quem não estaria?”, “Digo o mesmo de ti, sempre mostrando esses braços musculosos com essas regatas de lenhador!”, “Fala de mim? Não sou eu que fico atiçando os colegas com esse par de Big Babes que você tem!”, “Ah valeu o elogio!”, ” Mas e ai, a que devo a honra?”, “Daniel não te contou?”, “Não, se tivesse contado eu não estaria aqui!”, “Estaria sim!”, “Quem eu quero enganar? Estaria sim, afinal adoro ficar  bem perto de você!”, Steven sempre invadindo meu espaço e bancando o galã, “Você não muda nada!”, “Nem quero!”, “Enfim, digamos que eu esteja em uma empreitada para matar o Pierre…”, ” Fácil, eu sei que ele matou um vampiro e os regrados estão atrás dele… Achei que soubesse…”, “Ultimamente estou descobrindo muitas coisas…”, “Entendi… Bom se a tua dúvida é se tenho contato com algum regrado, a resposta é sim!”, “Então pode me ajudar?”, “Posso e vou! Adoraria assistir a morte daquele puto!”, “Ótimo! Muito obrigada Steven!”, “Ao teu dispor Lili!”, ” Eu posso dormir agora?”, “Pode, não quero que o calor queime seus olhinhos!”, “Larga a mão de ser besta Steven!”, ” É um dos meus dons! Boa  noite dia para você morceguinha!”.

    Agora as coisas estavam começando a seguir um rumo bacana. Mais um pouco e talvez eu conseguisse terminar essa novela.

  • Os mortos não voltam – Parte VI

    Os mortos não voltam – Parte VI

    – Sophie, levante minha querida. Eu não disse para ir direto para casa? -Dizia Antoni para Sophie que levantava sem entender grande parte do que havia acontecido.

    Naquele momento, eu já vestia minha blusa e tentava me recompor. Acordei Lilian que ria e fazia brincadeiras comigo, enquanto eu meio séria, meio rindo, dizia que teríamos que conversar sobre o que havíamos feito em outro momento.

    -Relaxa – Cochichou para mim – Apenas curtimos! Eu curti, hahaha.

    – Hum, percebe-se. Mas, colocaram alguma coisa na minha bebida. – Falei fazendo-me de emburrada mas, preocupada com a presença de Antoni.

    Quando percebi, Sophie falava algo com ele e apontava para mim. “Merda. Preciso de um buraco para me enfiar.” Pensei. Foi como ver Thomas caminhando em minha direção, imponente, seguro, porém com o olhar mais leve e tranqüilo. Ao seu lado, estava o rapaz da tatuagem. Eu sabia!

    – Senhora Erner, és mais bela pessoalmente do que imaginei. Muito Prazer, Antoni.

    – És mais parecido com Thomas do que eu podia prever. Realmente são gêmeos idênticos. – Falei de certo modo grosseiro, fazendo Antoni olhar-me estranho.

    – Bom, não temos muito tempo. Quer ou não resgatar seu humano?

    – Ele não é meu humano. Seu nome é Lorenzo.

    – Tanto faz… – Falou dando-me as costas, o que me deixou mais irritada.

    Naquele momento, minha irritação com Antoni foi substituída por fortes dores. Maldita Bebida. Eu sempre bebo em situações complicadas ou para relaxar de maneira controlada. M,as com doses exageradas, essa sensação é momentânea, o arrependimento chega quando minha garganta arde como fogo, e então, vomito tudo. Quando consegui me recompor daquela situação horrenda, Sophie fez sinal para mim e Lilian. Devíamos segui-los. Alguns quilômetros depois, na garupa de Lilian, observava o casarão onde se encontrava o clã de bruxos vampiros na qual Antoni pertencia e havia se tornado mestre, ou protetor. Ao entrar, Antoni cordialmente nos explicava para o que servia cada lugar naquela casa, evitando sempre olhar para mim, desde aquela frustrada apresentação. Após subir algumas escadas, entramos em um escritório onde se encontravam algumas obras de arte, mapas, livros e até esculturas.

    – O clã de bruxos demônios como apelidaram, concentra-se nessa região da França. – Falou apontando um mapa. – Meus informantes nos passaram que eles levaram aquele rapaz para lá, já que é o local onde suas energias possuem mais poder.

    – Eles farão um ritual, Tom? – Perguntou Sophie.

    Revirei os olhos “Tom” repeti mentalmente. Mas, por que raios fariam um ritual com Lorenzo? Pensei. Antoni se direcionou a mim assustando-me e, em seguida, para as meninas:

    – Preciso conversar com Senhora Erner, em particular.

    Eu e as meninas nos entreolhamos, Sophie demonstrou que aquilo era necessário e pedindo licença, levou Lilian consigo para fora. Então, tranquilamente, Antoni caminhou até a janela, e olhando para a escuridão contou-me coisas que eu nem imaginava, enquanto eu observava seu reflexo no vidro e lembrava-me de Thomas.

    – Quando meu irmão e eu nascemos,  nossos pais pertenciam a uma seita que unia dois clãs diferentes. Meu pai era um dos lideres. Os dois grupos trabalhavam em conjunto em prol dos mesmos objetivos. Mas, uma discórdia entre meu pai e um dos outros lideres do clã, fez com que nos tornássemos inimigos. Isso é uma longa história. Meus pais foram assassinados. Eu e Thomas fomos encontrados e levados para abrigos em diferentes partes do mundo. Anos depois, o líder que havia entrado em discórdia com meu pai nos encontrou, possuía ainda mais poder, e fomos atingidos por uma terrível doença, a qual fomos obrigados a aceitar ser transformados em vampiros para viver, mas, também havia uma condição. Eu deveria pertencer ao clã de bruxos vampiros. Mas, Thomas estava marcado a ser parte do clã de bruxos demônios. No fim, o interesse era nos tornar imortais. Eu soube de todos esses detalhes anos depois… Nunca vi meu irmão. O que sei é que quando você o matou, o clã de bruxos demônios ficou sem seu futuro líder.

    – O que? Thomas seria o líder deles?- Falei impressionada.

    – Sim. Ele estava se preparando para isso. Rebecca, você não sabe onde se meteu. Nada é o que parece! Eu avisei Sophie para não te procurar, para protegê-la. Você só conseguiu matar Thomas porque ele estava vulnerável depois dos rituais de preparação na qual havia se submetido naquela época. Senão nunca conseguiria. Agora, eles pegaram o humano para fazê-la sofrer, eles virão atrás de você e farão o ritual, na qual se prepararam durante décadas! – Falou caminhando em minha direção e segurando-me nos braços. – Eles são bruxos vindos do inferno que se apoderam de outros corpos, são sugadores e manipuladores, tentarão fazer a alma amaldiçoada de Thomas possuir o corpo de Lorenzo!

  • Capítulo 4 do livro Ilha da Magia

    Capítulo 4 do livro Ilha da Magia

    Todo mês eu penso no que vou lhes falar sobre o capítulo que estou entregando. Afinal, são momento de minha vida/morte jogados a todos os ventos e isso sempre me emociona. Não me emociona no sentido de chorar num canto feito uma menininha birrenta, mas sim no sentido de que me vem a mente cada parte do que vocês estão prestes a ler.

    O conteúdo a seguir contém “spoilers”, não prossiga caso não tenha lido as outras partes.

    Nesse capítulo nós ainda estávamos na velha Desterro, passaram-se semanas desde a minha transformação e tive minha primeira alimentação. No qual pela primeira vez tive a vida de um humano em minhas mãos . Além disso, recebi notícias de Helga e sua carta bagunçou mais uma vez minhas ideias já deturpadas sobre o mundo e momento no qual estava.

    A partir desde capítulo eu agilizei um pouco mais as falas, conversas e relatos. Espero que gostem da leitura!

    Ir para a página do livro Ilha da Magia

    Fazer download do capítulo 4 em pdf

    Küss,
    Ferdinand