Tag: caçada

  • Capítulo 4 do livro Ilha da Magia

    Capítulo 4 do livro Ilha da Magia

    Todo mês eu penso no que vou lhes falar sobre o capítulo que estou entregando. Afinal, são momento de minha vida/morte jogados a todos os ventos e isso sempre me emociona. Não me emociona no sentido de chorar num canto feito uma menininha birrenta, mas sim no sentido de que me vem a mente cada parte do que vocês estão prestes a ler.

    O conteúdo a seguir contém “spoilers”, não prossiga caso não tenha lido as outras partes.

    Nesse capítulo nós ainda estávamos na velha Desterro, passaram-se semanas desde a minha transformação e tive minha primeira alimentação. No qual pela primeira vez tive a vida de um humano em minhas mãos . Além disso, recebi notícias de Helga e sua carta bagunçou mais uma vez minhas ideias já deturpadas sobre o mundo e momento no qual estava.

    A partir desde capítulo eu agilizei um pouco mais as falas, conversas e relatos. Espero que gostem da leitura!

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    Küss,
    Ferdinand

  • Fui traído! E agora? – pt1

    Fui traído! E agora? – pt1

    Tivemos muitas conversas, tive inclusive de refazer diversas das minhas contas, verifiquei muitos vídeos de segurança, até chegar a conclusão de que o inferno realmente estes cheio de indivíduos com boas intenções. Relutei muito. Larguei de lado os ensinamentos de meu mestre e até mesmo Carlos, meu amigo lobisomem,  consultou os espíritos sobre o que ocorreu: Débora, minha ex-assistente pessoal estava fazendo espionagem industrial conosco.

    Não posso entrar em detalhes sobre as cousas que ela nos roubou, mas precisei invocar uma legítima “caçada de sangue”, com o objetivo de por fim aos planos da infeliz e de quem mais estivesse envolvido com ela. Eu sabia que não seria algo fácil, porém havia alguém em minha cabeça que poderia dar a devida atenção ao ocorrido: Pepe!

    Os mais atentos as nossas histórias perguntarão: Ferdinand, Sendo ela uma Ghoul ela não deveria fazer tudo o que tu mandar? Sim e não mancebo. Há uma forte ligação entre o vampiro e aquele que recebe o seu sangue, no entanto, este laço é diferente daquele entre dois vampiros. É um laço muito fácil de romper, ainda mais tendo em vista os envolvidos nesta operação, um grupo de desavisados, que “compraram” Deb e certamente não sabem que eu sou o que sou.

    Tão logo Pepe controlou sua sede, tratei de colocá-la a par das cousas que Sebastian estava fazendo e uma delas era monitorar os “negócios da família”. Em especial uma das fábricas em que ainda temos controle direto, pois as demais já possuem capital aberto e demandam pouco acompanhamento diário. No meu livro eu falo um pouco mais desse meu lado empreendedor e empresário, mas por hora vamos à ação, afinal esse papo de negócios não tem a ver com o que vocês gostam de ler por aqui.

    Durante a minha investigação tivemos a chegada da senhorita Becky e Franz decidiu voltar ao ambiente urbano. Portanto, vocês já sabem vai atrás da loira traíra e seus comparsas? Optei por oferecer o comando da missão a Franz e julguei que a participação de Becky seria uma boa forma de comprovar sua lealdade. Além disso, vocês sabem muito bem que meus assistentes fazem muito mais que monitorar ações em sites, então Pepe teria uma oportunidade boa para por seus dons físicos em ação.

    Essa seria uma missão interessante para os “escolhidos”, mas Hector e Eliot estão envolvidos em uma determinada investigação e eu ainda não me recuperei por completo depois da transformação de Pepe. Portanto, me restou ficar como apoio e na torcida para que me trouxessem a loira ainda viva. Afinal, qual a graça de apenas aniquilar uma traidora, sem ao menos olhar em seus olhos e ver sua maldita vida se esvaindo? Posso estar andando muito com o Hector ou tendo muitas influências do Doutor em meus pensamentos, mas que fique claro. Ninguém sacaneia os negócios da minha família e sai ileso!

  • Lobisomens chilenos na década de 30

    Lobisomens chilenos na década de 30

    No início da década de 1930, o Chile enfrentava o uma grande reviravolta política e social. Alguns chamaram aquele período de anarquia, porém nada mais era do que uma espécie de retomada do poder pelo povo, onde os militares entraram em acordo e deixaram aos poucos o comando do país nas mãos dos políticos ditos democratas.

    Como nós sabemos essas mudanças entre regimentos nunca são tranquilas e para meu azar foi justamente numa época em que eu resolvi tirar umas férias por lá. O interesse era simples, o Chile daquela época possuía muitos atrativos, principalmente a possibilidade de contato com uma antiga tribo de Lobisomens de origem Inca.

    Então, aproveitei o momento em que nossa fazenda já estava completamente estruturada e funcionando sozinha, para viajar junto de Sebastian e mais alguns Ghouls. Lembro-me que até comprei um caminhão Ford daqueles AA na tentativa de levar nossas bagagens, porém boa parte do caminho acabou sendo de barco.

    Foram muitos os detalhes, as histórias e tudo mais que precedeu nossa chegada até tal tribo e na verdade isso por si só já renderia bons contos, mas foi o acaso que realmente trouxe Carlos ao nosso convívio. O jovem lobisomem que já apareceu por aqui em outros contos, estava de passagem pelo minúsculo porto de Pisagua e coincidentemente ao mesmo tempo em que fazíamos uma parada por lá.

    De inicio aquela velha simpatia (grosseira, desconfiada e petulante) dos lupinos, porém depois das devidas apresentação, onde especifiquei minha linhagem, conseguimos acesso há matilha. Esta, aliás, na época se concentrava em uma região conhecida atualmente como parque nacional Volcán Isluga. Certamente, muitos de vocês só entenderão essa minha ligação com os peludos depois do lançamento do meu livro 1, mas digamos que nossa proximidade é familiar.

    Cerca de 150km do mar e depois de um longo caminho de paisagens por vezes desértica ou com pedras escuras provenientes da última erupção do vulcão em 1913, chegamos a tal lugar. Dificilmente algum outro Wampir acompanhado de mais quatro indivíduos teria acesso, porém a descendência do Barão sempre me abriu muitas portas ou pernas…

    Completamente diferente do Brasil, aquela região não possuía árvores maiores de 2m, era fria, extremamente alta aos pés do Andes e se não bastasse, eles ainda viviam em casas feitas de barro, pedra e palha. Imaginem vocês que até mesmo Sebastian, que nunca foi de reclamar, estava indignado pelo lugar que eu havia o levado.

    De inicio mais hostilidade e petulância até que novamente minha linhagem entrou em questão fazendo até mesmo o ancião nos pedir desculpas pelo tratamento selvagem inicial. Cabe aqui uma explicação nunca antes dita por mim, de acordo com algumas lendas, vampiros e lobisomens tiveram uma origem coirmã. Sendo assim, as linhagens mais antigas como a minha, transmitem maior credibilidade e confiança entre ambos os grupos.

    Enfim, passamos quatro noites entre eles, tivemos oportunidade de participar de um ritual de fertilidade, mas esse tempo acabou sendo muito curto para que adquiríssemos os conhecimentos que almejávamos. Fomos descobertos por um grupo de caçadores fortemente armados.

    Ataque furtivo, exatamente no final do dia enquanto ainda acordávamos. No entanto, por sorte algumas medidas haviam sido tomadas, como se fundir a terra durante o dia e deixar os ghouls de vigília. Fatores que garantiram nossa proteção até que o sol fosse embora por completo.

    Nesta época eu ainda possuía muito controle sobre minha forma digamos bestial, porém em situações deste tipo, digamos que ela surgia mais facilmente. Muito se fala sobre a selvageria dos lobisomens nos filmes ou livros, mas presenciar uma briga junto de qualquer grupo deles, é algo que certamente faria qualquer um ter seu estômago revirado do avesso.

    Partes humanas voavam pelo ar, junto do rubro plasma, que se intercalava ao cheiro de pólvora queimada. Gritos de mulheres e crianças se intercalavam aos gemidos e golpes secos de socos, garras e tudo mais que pudesse ser quebrado. Uma eternidade havia passado no tempo de alguns minutos até que um longo e gutural uivo ecoou por toda a região. Silenciando desta forma toda aquela evasiva e desnecessária matança.

  • O gari serial Killer – Parte 1

    O gari serial Killer – Parte 1

    Ferdinand o que tu fizestes no final do ano? Pois bem meus ávidos leitores… Segue parte do meu final de ano em meio a investigações e algunas cositas más

    Oswaldo sempre foi um cara do tipo festeiro, daqueles que sempre anda cheio de amigos e esbanjando sorrisos. O seu único problema, que inclusive pode ser visto em muitas pessoas, é aquela famosa falta de limite. Fato que inclusive lhe rendeu alguns boletins de ocorrência na adolescência. Cousas poucas eu diria: Pequenos furtos, direção perigosa e um outro mais ousado envolvendo violência doméstica contra uma de suas namoradas.

    O que ninguém esperava aconteceu devagar e ao longo de mais de 30 anos. A barriga sarada de Oswaldo deu lugar uma bela pança, cultivada com vários litros de cerveja e em sua cara surgiu um belo bigode, daqueles de dar inveja a qualquer galã italiano da década de 60. Sua acomodação na vida foi tanta, que nem faculdade ele fez e parou os estudos depois do médio.

    Agora pai de quatro filhos com duas mulheres diferentes, ele precisa se virar como pode e quase sempre é visto em seus vários bicos diferentes. Inclusive nos últimos meses ele foi visto trabalhando como gari, algo que os radicais interpretaram como o famoso fim do poço…

    O caminho de Oswaldo cruzou o meu no início do mês de dezembro de 2012, quando recebi alguns relatórios contendo procurados pela policia civil e havia neles um tal serial killer que me intrigou. Alguém estava matando pessoas solteiras, que moravam sozinhas, de ambos os sexos e a mesma cena do crime já havia sido presenciada por 3 vezes: Um corpo vestido, muito bem arrumado em cima de uma cama, contendo sinais de esganadura e evidências de estupro. Os locais dos crimes eram as próprias casas das vítimas e nunca foram encontrados digitais, sinais de arrombamento ou furto.

    Inicialmente fui aos locais dos crimes, que ainda estavam lacrados pela policia e fiz aquela tradicional busca investigativa. Confesso que o novo seriado “Elementary” tem inspirado minhas investigações e cada vez que vejo algo aparentemente fora do lugar, imagino uma série de acontecimentos. Mesmo com o olhar um tanto quanto aguçado, no primeiro apartamento eu não encontrei nada anormal, nem mesmo no segundo.

    Só me restou a última casa, um sobrado no subúrbio da cidade, dois andares, grades na frente e se não fosse aquela mórbida fita amarela com preto, eu diria que o lugar parecia bem convidativo. Morava ali a terceira vítima, uma mulher de 32 anos, bonita, traços sulistas e longos cabelos loiros naturais. Devia ser daquelas que certamente trabalhou em eventos quando mais nova ou que fazia muito sucesso por onde passava. A cama onde ela foi encontrada ainda mantinha a forma daquele belo corpo, deixado ali por alguém que certamente agiu de forma metódica e sem escrúpulos. Ao lado na cabeceira, marcado na página 156 estava o livro “A entrevista com o vampiro”. Tomei-o em minhas mãos frias e nesta mesma página uma frase veio aos meus pensamentos como um pedido: “-Talvez você traga alguma sanidade a este lugar…”

    Depois disso, vasculhei os dois andares e o pequeno quintal dos fundos, porém nada me parecia diferente ou fora do lugar. Confesso que estava prestes a desistir, quando por fim vasculhei uma última vez o local onde o copo havia sido encontrado. No pequeno banheiro da suíte, havia uma lixeira ao lado do vaso sanitário e quando a removi do lugar abaixo estava o ralo. Prestes a cair por um dos buracos estava um pedaço de tecido verde rasgado, contendo parte do era o brasão da cidade.

    Naquela noite voltei para casa sem nada de muito concreto, a não ser o tal tecido com o brasão e aquele sentimento de que havia uma alma me pedindo ajuda. Seria aquilo parte de algum uniforme? Seria da vítima, do agressor, de algum namorado, parente ou amigo? Havia algum espírito me ajudando ou pedindo ajuda? Intrigado, chamei Sebastian e juntos começamos uma breve busca on-line. Sebastian vasculhou os arquivos em busca de mais semelhanças entre as vítimas e fiquei vagando em busca de algo que viesse como um estalo a minha mente hiperativa.

    Ao fim daquela noite chegamos a algumas conclusões baseados nas pesquisas e em tudo que a policia havia encontrado. Os peritos haviam achado algo interessante, pequenos pelos nas genitálias de uma das vítimas, sendo a vítima totalmente depilada, concluiu-se que se tratavam possivelmente dos pelos do agressor. Um dos peritos que analisou os tais pelos ainda informou nos laudos que os pelos provavelmente vieram de um bigode, haja vista os traços de nicotina encontrados. Na época da investigação, foram procurados parentes ou amigos da vítima que possuíssem o tal bigode, mas ninguém chegou a prestar depoimento.

    Desconfiávamos então que o assassino era homem, com bigode, forte o suficiente para arrastar ou levantar um peso equivalente a 70 quilos. Todavia nos faltava ainda algo chave, qual a relação entre as três vítimas? Então na noite seguinte eu estava sozinho, concentrado com o pedaço de pano em minhas mãos, quando meus pensamentos foram interrompidos pelos barulhos das latas de lixo sendo derrubadas pelos garis. Como que por reflexo dei aquela olhada pela janela, a fim de comprovar o trabalho de limpeza e a luz de um dos postes iluminou as costas de um dos garis. Estava lá o tal brasão da cidade e o tom de verde do macacão era próximo do tecido em minhas mãos.

    Naquele instante peguei meu smartphone e acessei o Google imagens buscado alguma foto dos garis da cidade. Para minha alegria lá estava um gari dançando no carnaval e na manga de seu uniforme verde havia o mesmo símbolo do pedaço de tecido sujo em minhas mãos. Logo em seguida eu estava afoito e de imediato liguei para Sebastian que veio ao meu encontro minutos depois.

    Continua…

  • A bruxa me ajudou na caçada

    A bruxa me ajudou na caçada

    Frequentemente quando digo à patroa que vou sair para me alimentar é algo chato e trabalhoso. Alguns de vocês irão concordar comigo que mulheres sempre são excessivamente preocupadas. A Beth, por exemplo, é daquelas a moda antiga que sempre querem ir a eventos sociais acompanhando seu homem e faz de tudo para isso. Teve até uma história engraçada de uma vez que ela se escondeu no porta-malas do carro e só fui descobrir quando abri para colocar um defunto dentro e dei de cara com ela e com seu sorrisinho sínico… De qualquer forma eu sempre fico receoso em leva-la junto.

    Coloquem-se na minha posição, eu sempre saiu para caçar meliantes, obviamente sempre dá merda pois cutuco onças com vara curta e ter alguém junto comigo é algo delicado. Talvez esse seja um dos motivos para os vampiros caçarem solitários? Não sei, mas dessa última vez não resisti aos encantos da bruxinha e a levei comigo. Depois dizem que os vampiros são irresistíveis… É por que você não viu uma mulher de minissaia, deixando um pedaço da cinta-liga a mostra, sentando no teu colo e sussurrando em teu ouvido…

    Pois bem, relutei de início, mas fui convencido a leva-la, inclusive a deixei escolher aonde iríamos. Como tinha de ser um local diferente aos que sempre frequentamos, ela deixou seus pudores de lado e fomos a uma casa noturna diferente apelidada de inferno por seu frequentadores. No lugar nada de muito diferente se não fosse pelo fato do local ser um ex-açougue, inclusive algumas das paredes brancas machadas e alguns ganchos haviam sido mantidos em suas posições originais.

    Para estacionar já foi aquele drama, detesto ir de carro, mas por sorte achamos uma vaga próxima ao bar. Ao entrar a influência sempre ajuda e como eu conhecia um dos seguranças ele nos conseguiu uma boa mesa próximo ao palco. Papo vai e papo vem surge obviamente por parte da Beth a conversa: “E ai, já sabe quem vai ser o lache?” Quando ela falou dessa forma fria eu me senti um pouco constrangido. É uma sensação parecida com aquela em que o cara é pego em flagra com outra ou quando uma criança é pega roubando doces… Comecei Então a ensaiar uma respiração, para parecer mais humano e lhe respondi: “Então amor, nem percebi ninguém ainda, alguma sugestão?”. Ela olhou em volta e apontou um cara no balcão que já estava meio alto. Obviamente ela não iria escolher nenhuma das “gatinhas” que lá estavam…

    De início fiquei meio assim, mas aquele cara realmente era uma boa presa: sozinho, alcoolizado. Bom, deixa ele lá, se não achar mais ninguém de interessante durante a noite lhe convenço a vir conosco na hora de ir embora e faço um lanche no banco de trás enquanto a Beth nos leva para casa.

    A banda começou a tocar, abriram um espaço entre as cadeiras e local foi tomado por adolescentes viçosos, com energia acumulada e que precisava ser liberada. Depois de alguns drinks a patroa disse que ia ao banheiro. Ela se se levantou, e ia em direção ao reservado quando foi parada por um cara cheio de dedos. Cara como detesto esse tipo de cara que já chega pegando… Ela com toda sua classe, deu um chega pra lá no cara, abriu sua pequena bolsa e pegou o que parecia ser de longe um pó ou base, não sei o nome. Quando o cara tentou se aproximar de novo ela assoprou um pouco do que tinha dentro na cara dele. Fiquei surpreso ao ver a reação dele ao ficar imóvel, dar meia volta, pegar uma cadeira e ficar sentado olhando para o nada. Nesse momento, percebi um uso público e sutil de magia bruxólica. É aquela situação em que você fica de queixo caído diante do poder que elas têm. Quando ela voltou para a mesa lhe perguntei o que era, ela disse: “Ah nada demais só uma coisinha que aprendi na Escandinávia, no último semestre”…

    Enquanto o tempo passava e nos divertíamos como se fossemos um casal normal meu relógio disparou e vibrou no meu pulso informando que faltavam apenas duas horas para o amanhecer. Merda, pensei comigo. Olhei para o balcão e não ví mais o bêbado, eu precisava agir rápido, tinha de me alimentar e ainda precisava de pelo menos uma hora para chegar em casa tranquilo.

    Fui ao banheiro, mas ele era muito pequeno e individual, então tentei usar a audição aguçada para perceber algum temperamento mais exaltado, mas a música atrapalhou. Então, chamei a Beth e saímos em busca de alguém pelas ruas.

    Sair pelas ruas nesse horário é ruim, pois elas estão muito vazias, foi então que a Beth sugeriu que eu a usasse como isca. Meio cabreiro com a ideia relutei de inicio, mas tendo em vista as circunstancias acabei deixando-a ajudar.

    Paramos o carro em uma rua um pouco maior. eu fiquei dentro e ela do lado de fora esperando. Não demorou muito para que alguém parasse, era um cara de caminhonete um pobre coitado indo para o trabalho. Ele perguntou o que ela precisava e ela disse que o carro tinha parado do nada. Ele então desceu e ela mais que rapidamente assoprou o “pozinho” nele que ficou estático olhando para o nada também.

    Ela o levou até o carro e me alimentei ali mesmo, pois a fome já era grande. Passado o tempo limite para mantê-lo vivo, parei lambi a ferida e lhe levamos até o caminhão onde o deixe encostado no banco do carona.

    Ainda estava com fome e íamos com o carro para casa quando vejo sentado em um ponto de ônibus o bêbado do bar. Até pensei em consumi-lo, mas hoje era o dia de sorte dele.
    Moral da história: Poções mágicas de bruxas podem ajudar muito, mas ainda prefiro caçar bandidos sozinho, à pessoas corretas acompanhado de minha bruxinha…

  • TPM, surge uma nova caçada!

    TPM, surge uma nova caçada!

    Humm esse perfume no ar… Os dias dela estão chegando, mais uma vez a Beth vai ter os seus “red days”. E o que isso importa? Bom, além do fato de que em breve ela vai estar super irritada, querendo bater em tudo que surgir no seu caminho, é também um momento em que um vampiro fica digamos mais “excitado”. Excitado, claro, no sentido de alimentar o seu demônio…

    Nesses dias é bom sair por algum tempo espairecer, trocar os ares e voltar quando a fera estiver mais calminha. Em virtude disso irei aproveitar para me encontrar com meu cunhado, segundo ele, que é uma pessoa da lei, um vagabundo que matou a esposa e seus dois filhos está foragido e a polícia não tem a mínima idéia de onde o cara possa estar. Ok, mais um lanchinho? Não não não, as vezes eu até ajudo eles para passar o tempo, mas sabe como é as vezes me passo ou me fazem passar dos limites e o meu outro eu assume.

    Então, sem mais muito que fazer por aqui eu vou começar mais uma investigação. Nada muito intrigante, não existe nenhum imortal no meio disso (eu espero), mas pelo menos equilibro a conta. Quem sabe assim no final das minhas noites eu vá para um lugar melhor.

    Kuss ^^