Tag: demônio

  • A bruxa sumiu – pt6

    A bruxa sumiu – pt6

    “O termo amor livre tem sido utilizado desde o século XIX para descrever o movimento social que rejeita o casamento e despreza estereótipos e que acredita no amor sem posse, controle ou nome. O amor livre surgiu enquadrado no seio do movimento anarquista, em conjunto com a rejeição da interferência do Estado e da Igreja na vida e nas relações pessoais. Alguns defensores do amor livre consideravam que tanto os homens como as mulheres tinham direito ao prazer sexual, o que na era vitoriana era profundamente radical.”

    – Ferdinand tu acredita no amor livre? Nós bruxas temos muito apreço a esse tipo de conceito. Pois ninguém é dono de ninguém  e sexo é algo tão bom…

    Acho que era algo em torno de meio dia quando rolou esse papo com Helen. Tivemos uma manhã agradável envoltos nos lençóis e aquele sexo maduro tinha satisfeito as carências de ambos. Em função da transformação de Pepe eu tinha deixado minha vida pessoal de lado e Helen pelo que entendi estava a tempos sem gozar dos prazeres sexuais mundanos.

    Confesso que estava com muito sono, depois de todo o envolvimento que tivemos. Só mesmo assim eu ainda tinha uma bela pulga atrás da orelha, então deixei que ela dormisse. Lavei o rosto e me aprofundei nos livros e papeis que havia no quartinho do porão.

    Tirei algumas fotos com o celular dos materiais que achei mais interessante e isso durou praticamente a tarde inteira. Perto das 18 horas Helen acordou, percebeu que eu estava concentrado num dos livros e me provocou com uma bela felina no cio. Tivemos mais alguns momentos muito agradáveis, profanos e intensos. Durante nossas perversões ela inclusive aranhou minhas costas várias vezes, mas minha regeneração rápida tornou aquilo uma grande brincadeira, só para ela.

    Sai de lá perto das 20 horas. Ela insistiu para que eu ficasse, mas algum tempo, mas se há algo que não me apetece é mulher carente e grudenta… Voltei para o hotel e passei parte do material que havia encontrado para Eliot, cria de Hector, analisar tudo nos mínimos detalhes junto de Pepe.

    Estava tão exausto, que decidi tirar tomar um bom banho e me acabei naquela cama gigante do hotel. Próximo das 11 da manhã do dia seguinte Pepe me mandou uma sms dizendo que havia encontrado algo. Enrolei um pouco na cama, mas depois de dois tapas na cara para acordar retornei com uma ligação.

    – Fê encontrei na deep web um grupo autointitulado “Seguidores de A ”, na página deles há vídeos de rituais com invocações demoníacas, esquartejamentos humanos e muitas outras coisas bizarras. O interessante desse grupo é que eles possuem um manto encapuzado e há várias fotos dos membros posando com armas de fogo de grosso calibre.

    Tendo em vista tal descobertas meus planos sofreram grandes mudanças. Já lidei antes com grupos diabolistas, mas neste caso eles realmente possuíam ligações demoníacas e isso saia um pouco da minha alçada. Não que eu estivesse com medo, muito pelo contrário, meu lado demoníaco se excitou com a possibilidade de uma boa briga.

    Liguei para Helen, expliquei o que havia encontrado e ela me disse que os Regrados havia comentado sobre tal grupo. Todavia, não deram detalhes, apenas lhe perguntaram se ela possuía algum contato no meio deles.

    Novamente fiquei desconfiado de suas palavras e fui atrás de João. Quem sabe ele em suas loucuras, pudesse me dar alguma pista que encaixaria pelo menos algumas peças desse quebra-cabeça.

  • A bruxa sumiu – pt2

    A bruxa sumiu – pt2

    Iniciei minha noite ouvindo um pouco de Heidevolk…

    “De zon wordt zwart
    In zee zinkt de aarde
    Uit de hemel vallen
    Heldere sterren
    Damp en vuur
    Dringen dooreen
    Hoog tot de hemel
    Stijgt een hete vlam”

    Marie-Arthur du Buet foi a primeira testemunha que consegui contato. Liguei falando do caso, no início ela ficou receosa, mas talvez pelo fato dela ser irmã de sangue da desaparecida, me permitiu um bate-papo num café.

    Naquela noite uma inquietante névoa solida pairava pela cidade, o vento não era frio e decidi ir de moto, pois como sabem me sinto mais livre nesse tipo de veículo. Minutos mais tarde cheguei ao café e não foi difícil reconhecer Marie-Arthur. Uma mulher de meia idade, cabelos mistos loiros com grisalhos, com olhar fixo e preocupado. Ela emanava tanta energia que qualquer sobrenatural poderia lhe reconhecer a quilômetros de distância.

    – Olá boa noite, posso me sentar senhorita Marie-Arthur?

    Ela não pareceu nenhum pouco surpresa por eu ter lhe reconhecido, na verdade até se movimentou pouco quando me sentei a sua frente. Iniciamos um diálogo e como esperado ela tinha poucas respostas, senti-me por diversas vezes num monólogo áspero e interrogativo que não levaria a lugar algum.

    Ah certo momento um motoboy passou ao longe e fez aqueles estouros, que parecem tiros de armas de fogo. Naquele instante Marie-Arthur irrequietou-se a cadeira, arregalou os olhos e disse aos sete ventos:

    – Vocês não vão destruir a ordem. Podem levar o corpo de minha irmã, mas nunca terão sua alma!!!

    Claro que todos ao nosso redor ficaram olhando e tive que dar uma improvisada.

    – São os remédios pessoal, desculpem! Marie-Arthur, quem levou o corpo de tua irmã e atirou em vocês?

    E mais uma vez ela falou para todos em claro e bom tom:

    – Um homem velho pálido, cavalgando um crocodilo e com um falcão em seu punho, Agares, é o seu nome neste mundo…

    Depois disso tive de encerrar a conversa com a bruxa, pois já havíamos chamado muita atenção. Despedi-me de Marie-Arthur e voltei para o hotel, onde passei o resto da noite pesquisando sobre a tal entidade demoníaca no qual ela havia me falado.

  • Quero me transformar em vampiro – Pt3

    Quero me transformar em vampiro – Pt3

    Depois de várias tentativas, finalmente consegui chamar Franz para uma reunião “familiar”, onde sua presença seria muito interessante para agraciar nossas aspirantes, com as famosas transformações vampirescas.  Bem na verdade eu não tinha planejado nenhum evento faraônico e teríamos na minha cabeça um bate papo na forma de workshop. Onde seria importante ensinar a elas um pouco mais sobre nossos poderes.

    Obviamente, não posso revelar aqui tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, se não qualquer um que nos lê poderia criar as famosas contra mágicas. Contudo, a noite começou bem e ao melhor estilo Mandrake. Sebastian levou ambas para jantar no centro e por volta das 22h todos estavam na sala.

    Da velha vitrola saia um belo rock ‘n roll da década de sessenta e naquele clima começamos as demonstrações de “poderes”. Inicialmente Sebastian mostrou toda sua astúcia no popular silere, cujo aprimoramento foi grande nos últimos anos. Em seguida, quando já estávamos absolutamente imersos no mais puro silêncio provocado pelo poder, ele executou um inesperado e perfeito invisibĭlis.

    Na sequência com o intuito de provar a eficácia de tais poderes, divinamente orquestrados, Sebastian pregou um belo susto em Cláudia, agarrando-a por trás e fazendo uma bela trollagem sem dó nem piedade. Deu até dó da professora, que se arrepio dos pés a cabeça.

    – Não Franz, minha calcinha não é preta, nem vermelha, nem muito menos é fio dental… E quer saber não curto loiros coroas não, vai se assanhar assim com as tuas quengas seu idiota – Resmungou Pepe indignada para todos. Obviamente, revidando o que aparentemente tinha sido uma telepatia de meu irmão.

    – hahahah Franz e suas “mulheres brabinhas”. Calma garota eu estava apenas demostrando um pouco de telepatia…

    – Eu uso calcinhas grandes tipo shorinhos e coloridas, não sou mais virgem, mas faz mais de 6 meses que não transo com ninguém…

    – Ok obrigado pela confidência senhorita brabinha. Pronto pode voltar a si.

    Franz estalou os dedos e Pepe voltou a si, demostrando naquele momento mais um dos seus poderes, a possessão mental ou Animus Possession.

    -Pow mano pega leve com elas, por favor. Olha a cara de ódio da Pepe, se continuar assim ela vai querer teu sangue depois de transformada hahaha… Mas por falar em transformação, o que vocês acham disso…

    Aproveitei que ambos riam e executei minha transformação em lobo, cousa que levou mais ou menos uns 10 segundos e surpreendeu ambas. Naquele instante Claudia foi a mais empolgada  talvez pelo fato de ser bióloga. Tanto que em seguida ela se aproximou e começou a me analisar como seu eu fosse algum animal em cima de uma bancada de estudos.

    Deixei que ela pensasse e olhasse meus atributos por alguns instantes, até que avisei Sebastian por telepatia para irmos para o lado de fora da casa. Ele repetiu o que eu disse para os demais, que acataram meu pedido e se locomoveram para fora. Claro que meu ego queria mostrar mais do que apenas uma forma simples de lobo e nos segundos posteriores demostrei a todos  o meu lado mais demoníaco: homem + lobo + vampiro + demônio = “Lobisomem Vampiro”.

    Claudia desmaiou…

  • Meu bem meu mal

    Meu bem meu mal

    Há certo tempo atrás eu estava sem muito o que fazer, praticando o famoso ócio criativo e resolvi escrever algumas histórias sobre temas diversos. Esta que exponho abaixo, foge a tradicional temática das histórias de minha não vida de vampiro, porém gostaria de aproveitar meu espaço para ver a opinião de vocês a respeito. Por favor sejam críticos, tal qual sempre. Obrigado!

    Meu bem meu mal

    “Não há bem sem mal, nem prazer sem preocupações.”
    (La Fontaine)

    Sexta-feira, 09:45: Paulo, cansado, tenta ler e entender algumas linhas sobre álgebra. O calor incessante não consegue ser vencido pelo fraco ventilador que sopra no teto da sala. Os olhos piscam, as pálpebras tremem e vários pensamentos tomam conta da cabeça.
    “- Aquela maldita prova de amanhã eu não consigo entender nada.”
    Fórmulas após fórmulas, as costas do rapaz alto, começam a doer. A cadeira desconfortável e o pouco espaço para as pernas sob a mesa. Tudo é desculpa para sair e tomar um ar.

    “-Vejamos o que tenho na mochila.”
    Sim, estava lá aquela peteca, que Paulo pegara outro dia com um de seus amigos. A prova ficou de lado, os olhos pararam de piscar e a vontade de dar mais uma cheirada surgiu.
    “-Esse pozinho vai me acordar!”
    “-Era disso que eu tava precisando”.
    Livros largados, mochila nas costas, era hora de procurar um lugar para dar uma cheirada.

    A faculdade é um lugar grande, tem muitos prédios cheio de salas vazias e escuras. A noite pouca ou quase nenhuma pessoa pode ser vista. Mas nada melhor que o banheiro da Matemática, ele é grande escuro, tem aquela pia gigante e da até pra tirar um cochilo que ninguém vai perceber.

    O caminho até o banheiro é escuro, o silencio é enlouquecedor e os vigias ainda não começaram a fazer suas rondas. Paulo segue solitário, quando de repente, ouve-se barulhos de latas sendo derrubadas. Um calafrio sobe pela espinha do rapaz que levanta a cabeça na procura de alguém ou algo, até que surge a sua frente no meio do corredor um gato preto. O pequeno animal, anda em direção do rapaz, que imóvel, fica a observar o felino passar se esfregando por suas pernas, continuando seu caminho como se não tivesse encontrado ninguém. Paulo respira fundo, olha para os lados, como se procurasse alguém, sorri e continua pelos corredores.

    As velhas lâmpadas fluorecentes, piscam e o caminho fica mais sombrio, Paulo empurra uma velha porta que range. O banheiro estava do jeito que ele lembrava, úmido, pouca luz, pia grande alguns mictórios e algumas cabines com vasos sanitários.

    A mochila vai ao chão, Paulo procura pela trouxinha. Coloca um livro em cima da pia e desenrola o pó branco em cima. A carteirinha da faculdade serve para quebrar melhor as pedras e a cédula de 1 real vira um tubinho. Tudo pronto, a hora chegou. Em uma só tragada a droga se vai pelo nariz.
    “-Sempre me da vontade de espirrar”
    “-Será que essa pega rá…pi…do…”

    O mundo para por alguns minutos, silêncio, escuridão total. Ouve-se barulhos de pessoas andando, barulho de correntes sendo presas, algo esta sendo arrastado. A escuridão começa a ser interrompida por flashes das lampadas, que mostram portas batendo vultos surgem… Três estalos de dedos são ouvidos. Paulo tenta abrir os olhos, mas encontra dificuldade. As lampadas param de piscar, mas o ambiente continua sombrio. O rapaz sente sua cabeça sendo chutada e quando finalmente abre os olhos vê uma mulher lhe observando sentada na privada. A mulher tem olhos escuros, cabelos longos amarrados em uma única trança e também escuros. Traja uma calça jeans e uma camiseta vermelha, com um cachecol preto envolta do pescoço.

    Somente a cabeça de Paulo esta dentro da cabine. Seu corpo do lado de fora parece estar amarrado.
    “-Estás te sentindo preso.”
    diz a mulher em tom irônico. Assustado e tentando se soltar Paulo diz:
    “-O que esta acontecendo, onde que eu estou… me solta”.
    “-Tu não tem sido um bom garoto”.
    Ficando nervoso Paulo reage:
    “-Me tira daqui, socorro, socorro…”
    Um novo chute na cabeça o atordoa e o faz para de gritar.

    No mesmo tom calmo e irônico a mulher fala:
    ”-Não adianta gritar, ninguém vai te ouvir, tu sabe que só passam pessoas por aqui de dia…”.
    “-Eu não quero saber, me tira daqui sua vaga…”
    Com um soco na porta e com a mesma calma na voz a mulher fala:
    “-O que eu preciso fazer pra tu ficar quieto? Tu não ta em condições de exigir nada! Eu vou falar e quero te ver bem quietinho entendeu?”
    Paulo fica em silêncio.
    “-Como eu ia dizendo tu não tem sido um bom garoto, reprovou em diversas matérias, tens desrespeitado a tua mãe, tch tch tch…tadinha dela, trabalha dia e noite pra te manter só estudando e tu maltrata a coitadinha. Tu sabe o que ela passa todos os dias naquele escritório? E a Maria tua ex namorada, tadinha, sofre até hoje pelo trauma que tu deixou nela pelos tapas, arranhões e toda aquela merda que tu dizia pra ela. Mas fica tranquilo hoje tu vai pagar por tudo!”
    Paulo que estava até agora ouvindo, arregala os olhos e fala com tom de medo:
    “-O que você quer comigo eu nem lhe conheço, o que foi que eu te fiz cara?”
    E a mesma voz calma responde:
    “-Eu tenho diversos nomes mas pode me chamar de Adriel!”.

    Surge novamente a escuridão, um barulho de serra acompanhado de batidas e um grito de dor…
    “-Ahhhhhhhhh, para para pelo amor de Deus”.
    “-Eu ouvi a palavra Deus? Quem tu acha que é pra pedir pelo amor divino?”
    Adriel passa a mão nos cabelos de Paulo, com carinho admira a face do rapaz e da um tapa em seu rosto:
    “-Eu não quero mais ouvir tu falar em Deus, ele não existe mais pra ti. Eu vou ser o teu inferno a partir de agora. Lembra-se da primeira vez que tu cheirou cocaína? Foi bom né? Tu gostou daqueles 30 minutos de prazer inconsciente. Sabe o que aconteceu nesse tempo que tu ficou inconsciente? Tu bateu na tua namorada, espancou a tadinha até ela chorar te implorando pra parar, e tu abobado achando que ela tava gostando. Tudo bem isso vai custar um pé”

    Escuridão, serra e gritos de dor…
    “-Por favor eu te imploro, para para…”.
    -“Isso tá apenas começando meu garoto. Teve uma vez que tu fumou cocaína junto de maconha. Nossa foi ótimo, tua cabeça tinha ficado leve, a matéria da faculdade no dia tinha ido que é uma beleza, em casa tu só lembra de chegar e dormir né?” A voz de Adriel que estava calma fica forte e grave:” Quando tu chego em casa tua mãe preocupada te perguntou o que tinha acontecido. Tu grito com ela, chamo ela de vagabunda, abriu a geladeira derrubo tudo que tinha dentro, pego o gato do chão e coloco no microondas. Tu achou mesmo que aquele pobre gatinho tinha fugido e que tua casa tinha sido roubada, como tua mãe disse? Ah isso vai te custar uma perna!!!”

    Entre flashes de luz pode se ver o rosto de Paulo fazendo expressões de dor. O barulho insano da serra e os gritos de dor param quando novamente Adriel brinca com o cachecol sobre o rosto de Paulo.
    “-Cansada de se incomodar contigo a Ritinha te deu um pé na bunda, finalmente ela descobriu um cara legal e te largou. E o que tu fez? Arrumou briga com o cara, arrebentou uma cadeira nele, ele ficou meio cego de um olho por causa disso sabia? tch tch tch, acho que um braço paga essa dívida!!!
    Paulo, quase desmaiado fala:
    “- Por favor não me mata não me ma…”
    Um golpe certeiro de machado é ouvido, enquanto a mão de Adriel segura a boca do rapaz que não consegue gritar.

    “-Tudo bem te sobrou um braço”
    Adriel comenta com humor e com um sorriso no canto da boca. Paulo está ofegante, mau consegue respirar…
    “-Lembra quando teu pai morreu? Tu não te aguento e pra tentar esquecer o momento subiu o morro e foi cheirar com teus amigos. Foi a vez que tu mais cheirou não sei como não entro em coma. Seria melhor por que dai tu não teria estuprado aquela pobre menina que te ofereceram… Esses teus amigo, tu acha que aqueles merdas são teus amigos? Eles só tão contigo por que tu é engraçado pra eles, quando tu bebe ou se droga tu vira outra pessoa. Eles adoram te ver naquele estado… Bom acho que tu não vai mais precisar desse braço que te sobrou!”

    Escuridão total…silêncio…Luz do dia
    “-Acorda, acorda muleque… Esse garoto, saco, ficam vindo aqui…”
    Dor de cabeça, preguiça, Paulo sente alguém lhe chutando, abre os olhos devagar…
    “-Para para!!! O que heim, onde eu to?”
    A guarda imóvel olha para Paulo e fala:
    “-Levanta dai garoto tá pensando o que? Isso não é teu quarto não pow. Não tem casa não???”
    Paulo sem saber direito o que está acontecendo, se arruma pega sua mochila o livro em cima da pia e vai embora pelo corredor. A guarda abre um sorriso, era Adriel com roupa de vigia.

  • Demônios e um sequestro – 3 de 3

    Demônios e um sequestro – 3 de 3

    Depois de ser “liberada da possessão” a camareira precisou receber os cuidados dos poderes mentais de Franz, que na sequencia saiu junto de H2 para fazer alguns preparativos para nossa busca. Fiquei com Julie no quarto, na expectativa de que ela acordasse de seu transe e me fornecesse mais dicas sobre o que poderíamos fazer.

    Não tardou e cerca de uns 20 min mais tarde ela reabria seus lindos olhos e antes que eu lhe dissesse qualquer cousa ela me fala: “Detesto estes momentos, ficar desacordada e sem o controle da situação, não faz meu tipo…” Certamente aquelas palavras lembraram-me de muitos momentos íntimos que tivemos, e para minha sorte ou não, ela aproveitou a situação e me puxou pelo colarinho da camisa. Na sequência me tascou um beijo daqueles que só uma possuída pelas artes das trevas se atreve a dar.

    Os “amassos” duraram mais alguns instantes, até que infelizmente reassumi o controle sobre meu demônio e coloquei uma breve pausa naquele momento profano. A linda boca carnuda de Julie mantinha constantemente um sorrisinho sacana e aquilo me deixou incomodado. Eu precisava saber mais das Wampir de meu clã e aquela pervertida não prestava nenhuma atenção no que eu falava… Tentei argumentar e pedir algumas informações, porém ao fim de uns 5 mim aquelas mãos geladas abriram o zíper de minha calça. Fora a típica situação onde os sentimentos do passado excitam o lado humano macho, que por sua vez precisa esquecer-se da matilha e agir como o alfa diante uma bela fêmea.

    Ao fim de mais ou menos uma hora, Franz e H2 retornaram e ai então finalmente pude se desvencilhar de cima daquele corpo macio e agora quente. Vestimos-nos e depois na sala, ao invés de uma, eram três me olhando com o famoso sorrisinho sacana. Confesso que nunca fui um líder nato, porém nesse tipo de situação eu prefiro manter as rédeas: …ram, ram, ram… Pigarreei e falei na sequência:

    – Bom, senhores… Sabemos o local onde Eleonor e Stephanie estão, agora o que vocês dois conseguiram para a ação de amanhã? Neste momento eu olho com a cara mais fechada que podia para h2, que percebe rapidamente a situação e responde com sua voz grave e alta de sempre.

    – Contei a Franz de um filme que eu vi, que imediatamente fez Franz se lembrar do que os senhores fizeram no Texas em meio aquela tribo indígena…

    Nesse momento Franz interrompe sua cria e nos fala:

    – Resumindo é aquela situação para se chegar atirando meu irmão. Talvez Julie possa nos dar cobertura com seus dons e tu, eu ou ambos na forma bestial, o que achas?

    Enquanto as lembranças daquele ataque de índios possuidos, vinham a minha mente. Julie se pronunciou. Fazendo enfim o que eu tanto queria, que era ouvir os pontos fracos daqueles malditos. Suas descrições foram precisas com relação a quais de nosso poderes os afetariam mais e ao fim de mais algum tempo, havíamos traçado o que eu julguei ser naquele amanhecer: o plano ideal.

    Descansamos durante todo aquele dia, Julie sozinha no quarto e nós três na sala. Franz, não pregou os olhos, pois ao final de nossa conversa sentiu algo diferente, tal qual uma espécie de premonição. Apesar disso, todos descansaram a sua maneira e partimos assim que tudo foi resolvido no loft.

     

    O início da noite surgia, e com ele a vontade de sair da garagem. O forte ronco do motor da Dodge 2500 ecoava por todo o lugar, H2 estava ao volante e a cada acelerada mais brava que ele dava, ficava mais nítida a intensa ansiedade de todos. Meu relógio de bolso que sempre está correto, informou 17h e 37m e isso foi suficiente para o tão esperado cantar de pneus. Confirmando assim nossa partida a toda velocidade para a maldita fazenda onde Eleonor e sua cria estavam presas.

    H2 havia recheado a caçamba da caminhonete com alguns de seus “brinquedinhos prediletos”. Uma Bazuca M9A1, algumas granadas estilhaçantes, fuzis e um pouco de munição, sendo estas últimas chamadas por ele de “batizadas”. Inclusive este tipo de colocação me faz lembrar uma das lendas que rondam H2, no qual alguns dizem que ele já foi padre…

    A escuridão completa e o silencio mórbido do interior só eram rompidos por nossa 2500. Muita poeira, muitos buracos e todo aquele mato a beira da estrada de chão batido, foram os primeiros a estimular nossa sede por uma boa briga. Foi a típica situação em que o coração, se estivesse vivo, saltaria ao peito em frenéticas e ritmadas batidas.

    E a adrenalina aumentou ainda mais, quando começamos a sentir ao longe a energia sobrenatural emanada, por todos aqueles que deveriam estar presentes em tal antro infernal. Neste momento pedimos a H2 que parasse a caminhonete e nos preparamos. Julie e eu fomos pelo mato no intuito de fazer algo surpresa, enquanto h2 e Franz iriam começar a festa pela porteira da frente.

    Tomei Julie em meus braços e com minha velocidade junto da força chegamos rapidamente até uma clareira, onde fizemos uma breve leitura do lugar. A área útil era muito grande e lá estavam apenas duas casas de madeira, um galpão com maquinário agrícola e alguns poucos homens armados e de vigília. Procurei pelas energias de Eleonor ou Sthephanie, no entanto, somente Eleonor vinha aos meus pensamentos e estava muito fraca.

    Comentei com Julie de me transformar em névoa para localizar mais facilmente as Wampir de meu clã. Porém ela foi incisiva me apontando: – Eleonor está no porão daquela casa! Foi quando no mesmo instante lhe dei um voto de confiança, passando nas sequência as coordenadas para Franz.

    Cerca de 3 minutos depois iniciava uma grande movimentação no lugar. A luz havia sido cortada provavelmente por h2 e alguns seguranças engatilhavam suas armas, ao mesmo tempo em que alguns outros indivíduos saíam das casas no intuito de entender o que estava acontecendo. Além disso, e para minha surpresa, entre eles estava Stephanie… A linda mulher que havia conquistado meu morto coração no início deste ano… Seus cabelos que viviam soltos agora estavam amarrados estilo rabo de cavalo, seu olhar era muito concentrado, sendo a maior mudança a sua energia, que agora era mais fraca e diferente.

    Mostrei para Julie quem era Stephanie e sua expressão ao vê-la não foi das melhores. Tanto que depois de uma breve analise ela se virou pra mim e tentou dizer algo, mas foi interrompida abruptamente pelo barulho de nossa caminhonete.

    Toda ação ou briga um pouco mais intensa, sempre geram novas sensações e esse resgate não fugiu a regra. Haja vista, que foi um daqueles do tipo que irá perambular por nossas cabeças por muito tempo…

    Ao longe era possível ver os grandes faróis da caminhonete, que vinha a toda para cima dos seguranças e em direção há uma das casas. Em cima da caçamba estava Franz no que nós chamamos de forma bestial, aquela mesma em que ficamos parecidos com um lobisomem. Ele estava com a bazuca no ombro e isso por si só já fez alguns presentes borrarem suas calças. Ainda se não bastasse uma besta empunhando um arsenal, H2 também havia feito um de seus procedimentos padrão antes de qualquer briga. Ele aumentou o som do rádio da caminhonete ao máximo e em meio às explosões provocadas por Franz era possível ouvir a agitada Highway to hell do ACDC.

    Os métodos de briga de Franz, H2 e até mesmo os meus podem ser vistos por muitos como joviais ou até impensados, no entanto, sempre deram muito certo. O ataque surpresa inesperadamente pela porta de entrada, havia pego de surpresa quase todos os nossos inimigos. Tanto que logo depois que H2 jogou a caminhonete contra uma das casas surgiu em mim o momento ideal para que Julie e eu agíssemos.

    A pequena e endiabrada Wampir iniciou um de seus rituais enquanto eu também adquiria minha forma bestial. Não tardou e uma nuvem cinza quase preta tomou conta da frente da casa onde teoricamente estava Eleonor. O ritual a meu ver era parecido com o que ela havia feito anteriormente no loft, porém agora todos que estavam próximos simplesmente perdiam a consciência.

    Já em forma bestial resolvo ir em direção à nuvem/casa, porém Julie me segura e amarra uma espécie de cordão feito de plantas em meu pulso direto. Nesta forma nos ficamos muito arredios, porém me contive o máximo que pude e ainda consegui ouvir algumas palavras da bela morena: “Vá e salve tua irmã, isso te protegerá do meu ritual”. Aquelas palavras me soaram tal qual um incentivo e certamente quem tivesse me vendo, perceberia uma besta com ódio nos olhos e muita sede de sangue.

    Deste momento em diante, quando meu demônio assume parte de minhas ações eu só consigo me recordar de poucas cousas. Porém antes de entrar na nuvem e depois na casa eu me lembro de desmembrar alguns amaldiçoados e também o que mais me marcou, ver Stephanie atacando H2. Nestes momentos dificeis as escolhas precisam ser feitas em frações de segundos, o que inevitavelmente me levou para dentro da casa, unicamente com o objetivo de salvar Eleonor.

    Dentro do lugar a nuvem de Julie havia feito um belo estrago, várias pessoas estavam pelo chão, porém antes que eu pudesse me dirigir para o porão sou surpreendido por um tiro de pistola, provavelmente .40 e que atingiu meu ombro direito. O forte impacto do projétil desloca minha atenção a quem o disparou e lá estava uma mulher seminua. Como eu estava praticamente ignorando a dor e antes que ela disparasse novamente, eu utilizei toda minha velocidade para lhe imobilizar agarrando-a pelo pescoço. Ela até tentou pronunciar alguma coisa, mas minha força foi tanta que lhe quebrei o pescoço em poucos segundos.

    De acordo com Julie a maior fraqueza de um seguidor das trevas é o longo tempo que precisam para conjurar seus rituais, neste caso atacá-los de surpresa é sempre a melhor alternativa. Então depois de uma breve verificada nos cômodos do lugar, eu fui para onde julguei que seria o porão da casa. No escuro total foi possível ver Eleonor sugando o sangue de um pobre coitado, no entanto, quando me viu ela parou e me disse: “Fê?” e depois deu uma risadinha perguntando via telepatia a mesma cousa.

    Quando estamos nesta transformação não conseguimos pronunciar qualquer palavra que seja, então telepatia ou leitura mental é uma boa forma de ao menos compreender o que se passa pela cabeça do Wampir. Cultura vampiresca a parte, ela percebeu que era eu e tratamos de sair logo daquele lugar maldito.

    Estranhamente Eleonor não havia sido afetada pelo ritual de Julie, e saímos tranquilamente por onde eu havia entrado. Todavia, ao rever a situação do lado de fora fomos pegos de surpresa por algo que mexeu muito comigo. Lá estava H2 ao chão sendo socorrido por Julie, que lhe doava um pouco de seu próprio sangue, enquanto Franz ainda na forma bestial segurava Stephanie pelo pescoço. Foram pouco segundo em que eu desfazia minha transformação e vagarosamente ia na direção deles.

    Sabe quando tu queres gritar, mas como num sonho as palavras não saem? Foi assim que presenciamos Franz utilizar suas garras para adentrar o peito de Stephanie, arrancando-lhe na sequência, sem qualquer dó ou piedade, seu desfalecido coração…

    Nem eu ou Eleonor sabíamos o que estava acontecendo, mas Eleonor que estava em sua forma normal e ainda mais vendo sua cria sendo sacrificada, tratou de correr o mais rápido que fosse ao seu socorro. Naquele instante eles estavam prestes a iniciar uma briga apocalíptica, quando Julie percebeu a situação e falou em claro e bom tom: “Parem, sua alma já estava perdida…”

    Naquele momento, Franz simplesmente largou o corpo desfalecido da jovem Wampir ao chão e tratou de voltar seu próprio corpo ao estado normal. Eu sabia que o momento estava complicado e mesmo nu tratei de procurar um transporte. Entre corpos queimados ou mutilados eu encontrei um Fiat do tipo Wekeend, no qual fiz uma ligação direta e voltei até eles. Todos entraram rapidamente e tratamos de ir embora do lugar o mais rápido que fosse possível. Julie nos disse que o efeito de sua “nuvem” duraria mais alguns minutos e isso foi o tempo que precisávamos para sair da zona de contato.

    Horas depois chegamos a um lugar seguro, no qual H2 havia previamente preparado para passarmos o dia que viria pela frente. Ficamos por ali até o inicio da outra noite, quando nos reestabelecemos e voltamos finalmente para um lugar seguro. Nesta outra noite Eleonor estava muito chateada, havia sido sequestrada, torturada, perdera uma cria e eu que até então estava com ela, agora estava com Julie.

    Como se ainda não bastasse tudo isso, tivemos de escutar também em meio a nossa conversa, mais uma daquelas frases célebres de Franz: “Já que tudo foi resolvido, inclusive com nossa querida maninha, fato que deixará papai muito feliz. Podemos ir relaxar por hora em algum dos nossos puteiros, em meio aqueles belos e deliciosos sacos de sangue quente o que acham?”.

    H2 e eu rimos, Julie ignorou, já Eleonor simplesmente fechou a cara e foi para um dos quartos. O mais engraçado é que Franz realmente falava sério, partindo minutos depois com seu pupilo em busca de diversão. Fiquei mais um tempo com Julie, que também nos deixou, mas que antes de sair me incentivou a ir cuidar de Eleonor.

    Assim terminava mais uma de nossas histórias, onde mais uma vez havíamos escapado por pouco de nossos inimigos. Noites depois Eleonor decidiu ir para junto de Georg, levando consigo a filhinha de Stephanie e na expectativa de ficar talvez por algum tempo aprendendo algo novo junto de nosso mestre. Já eu estou aqui fazendo o de sempre, tirando minhas fotos, administrando nossas empresas e tentando produzir novas histórias, numa espécie de recomeço junto Julie.

  • A verdade sobre os vampiros

    A verdade sobre os vampiros

    Hoje por aqui cai uma chuva torrencial e isso tem sido bom, pois os dias estão menos quentes. Por mais que eu já esteja acostumado com o clima tropical, por vezes sinto muita falta do ar gélido das montanhas alemãs. Esse ar de lá por vezes era esquentado pelo efeito Föhn, que surgia do nada, mas mesmo assim era mais tranquilo que esse calor daqui.

    Pois bem, deixando a questão anacrônica de lado hoje eu vou falar de algo que sempre gera muita controvérsia por aqui, a transformação vampírica. Por mais que eu já tenha me expressado e contado fatos desse ritual, ainda recebo muitos comentários ou até mesmo e-mails perguntando sobre isso.
    Já fiz outros posts sobre a transformação de um vampiro:

    Como (não) se transformar em vampiro?

    Perguntas e respostas #3

    Todavia, acho que não fui muito claro, pois as perguntas sempre se repetem e hoje decidi escrever algo que abranja maiores detalhes.

    Como começou a história dos vampiros?
    Não se sabe quem foi o primeiro, o porquê ou quem criou a transformação, apesar disso sabe-se que é algo que se confunde intimamente com a história humana. Os vampiros que têm acesso as mais antigas escrituras contam que nossa história remonta mais de 8 mil anos. Atualmente existem muitas ceitas e cada uma acredita em histórias diferentes: Punição divina, alienígenas, doença ou um pouco de cada uma das anteriores.

    Como é a transformação?
    Antes de tudo é preciso ficar claro que a transformação é baseada em um avançado ritual. Primeiro o ancião do clan deve conhecer o candidato e certificar-se de que ele é digno de fazer parte da família e isso pode levar um bom tempo. Depois o vampiro que for fazer a transformação deve estar a vários dias sem se alimentar para que na hora que for iniciar o processo esteja mais perto do seu demônio. Na verdade quem procede com o ritual é o próprio companheiro interno do vampiro sendo este apenas um portador. Além disso, é somente em uma época do ano determinada astrologicamente que tudo pode ser feito. Tendo tudo isso, o ritual em si é bem parecido com o que muitos já viram em filmes, livros e afins, sugasse o sangue do candidato, devolve-se um pouco do próprio e mais algumas firulas com velas e ervas são necessárias para que tudo seja concluído.

    Nossa Galego tudo isso?
    Então caro mancebo, se fosse simples teríamos mais vampiros que humanos e a vida na terra já teria terminado. Não sei se tu já ouviste falar na teoria dos ciclos ou das cadeias tróficas? Bom, caso não tenha ouvido falar é melhor aprender sobre isso e muitas outras coisas antes de vir com pedidos sem sentido para transformação.

    De que um vampiro se alimenta?
    Os vampiros de verdade alimentam-se apenas de sangue, o humano é o que nos nutre mais, no entanto o festim também pode ser feito com animais se for preciso. Criaturas que se alimentam de carne ou energia não são vampiros.

    Onde vivem os vampiros?
    Em qualquer lugar comum aos humanos, muitos de nós vivemos em meio à sociedade de forma disfarçada. Todavia, ainda existem muitos que moram isolados em pequenas sociedades ou nos subterrâneos das grandes cidades.

    Como é o corpo do sanguessuga?
    Nosso corpo é um pouco mais pálido, que a maioria dos humanos, caso contrário seria impossível o disfarce. Nossos órgãos internos são atrofiados, inclusive as partes sexuais. No entanto com o tempo e a prática aprende-se a trabalhar o sangue que fica armazenado no sistema circulatório e é possível desloca-lo conforme for preciso. Tanto para o sexo, como para a respiração ou até ingerir certos tipos de comida para posterior regurgitação.

    Quanto tempo vive um vampiro?
    Muitos anos a mais que os humanos, no entanto com o tempo o sangue fica mais fraco e a necessidade de alimentação aumenta. Cada vampiro vai ter um momento diferente, pois isso é influencia da genética humana. Outro fator que limita a vida de um vampiro é a sanidade que com o passar dos anos vai deixando o ser louco e mais próximo do seu demônio. Geralmente quando isso ocorre o vampiro resolve hibernar por alguns anos ou décadas, caso acorde e ainda se sinta forte peso em sua consciência quase sempre ele se deixa morrer.

    Coisas que machucam um vampiro:
    Água benta e cruzes machucam se forem ateadas por pessoas com muita fé, algo que por sorte está cada vez mais difícil de encontrar. Além disso, o sol é nosso eterno inimigo e seus raios direta ou indiretamente nos queimam. Outras coisas como água corrente, espelhos e prata nãos nos afetam.

    Quem são os inimigos dos vampiros?
    As bruxas ou seres humanos que possuam conhecimentos em magia. Também não nos damos bem com os malditos peludos (lobisomens) e alguns tipos de seres chamados de Sáwel ou simplesmente “perdidos” e são o que muitos acreditam serem as almas que não se desligaram de seu corpo na terra e tantos outros acham que são anjos ou demônios.

    Este post é atualizado frequentemente…