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  • Espíritos selvagens, uma experiência real

    Espíritos selvagens, uma experiência real

    Os espíritos vagam à luz da noite como animais selvagens em busca de alimento.

    Isto não é apenas um pensamento ou frase solta, são experiências passadas entre gerações, fatos, lendas ou até mesmo um papo. Daqueles que antigamente nos divertia ao lado da fogueira ou do fogão à lenha em noites geladas.

    Meu irmão e eu ficávamos imaginando tais seres espectrais, seus poderes e até mesmo seus atributos mais banais, como a forma de contato. Será que vamos conseguir prende-los caso algum dê as caras? – dizia meu irmão, mais do que empolgado.

    Eu ia pelo mesmo lado, pensando em fatos engraçados ou surreais como a conversa com tais seres. Será que eles possuem algum tipo de inteligência superior, ou pelo menos podem fornecer informações de como é o outro lado?

    Foram muitas as noites e os questionamentos antes de dormir. Tantas foram as vezes em que nossos pais nos mandaram literalmente calar a boca e dormir em silêncio. Adolf era o primeiro a ficar quieto, pois morria de medo das famosas varinhas de marmelo. Já eu, que sempre falei pelos cotovelos,  sei bem o que é levar uma boa chinelada na boca pra ficar quieto.

    Deixando de lado os métodos de criação dos filhos dos, foi assim que iniciei minha curiosidade acerca do sobrenatural. Mal sabia eu que meu destino estava traçado por meu tio. O barão vampiro, que me transformou no que sou hoje.

    Tive algumas experiências com espíritos alguns meses atrás hoje me senti a vontade para relar um pouco da minha experiência. Estava com Carlos, meu amigo lobisomem, em uma cabana no meio da mata e dentro do território de sua tribo.

    Havia mais alguns de sua tribo conosco e fizemos exatamente o que contei no início deste meu relato. Acendemos o fogão a lenha e uma senhorinha cozinhou alguns quitutes para eles. Ao final da janta, no qual eu apenas acompanhei sem comer nada, ficamos naquela gostosa conversa ao redor da mesa.

    Entre um papo e outro Carlos comentou de sua ultima viagem astral, no qual ele foi a fundo em suas lembranças com espíritos e nos sugeriu o consumo de uma tal erva dos sonhos. Confesso que sempre fico com um pé atrás desse tipo de consumo. Haja vista, minha propensão a libertação de meu lado mais bestial, mas como ele disse que podia me “libertar das amarras”, resolvi confiar em sua intuição.

    Alguns minutos misturando alguns componentes num moedor de pedra, mais alguns instantes para prepara o cachimbo e lá estávamos nós entre a fumaça do fogão, fumaça do cachimbo e uma mesa, três lobisomens e um vampiro.

    No início surgiu aquela dormência tradicional dos membros inferiores. Em seguida o corpo pareceu ficar mole e relaxado. Depois comecei a ouvir uma música de acordeom, misturada com batidas ritmadas. Até que a visão começou a embaçar e tudo ficou turvo.

    Neste momento eu perdi a noção completa do tempo e espaço e comecei a rever cenas de minha infância. Meu irmão correndo, Helga nua em uma cama e me chamado… A música ainda de fundo, só que agora com várias vozes em forma de mantra. Tudo muito insane até que me vi em uma casa na época em que vivi no Rio de Janeiro com Eleonor.

    Eu estava nu encolhido num canto escuro. Estava bem sujo, como se tivesse apanhado ou preso por um longo tempo. Fiquei me vendo ali naquele canto por alguns instantes, até que um espirito apareceu e sentou ao meu lado. Ele era translucido, tinha a tradicional aparência meio esbranquiçada de fantasma e nosso papo durou algum tempo.

    Ele me acalmou, me abraçou e antes de ir embora disse que tudo ia ficar bem. Acordei nu e deitado no chão de um dos quartos da cabana de Carlos. Não havia ninguém por perto, apenas algumas frestas por onde a luz do dia adentrava. Passei o dia em claro, com o mantra tocando em loop na minha cabeça. Até o momento em que o sol se pôs e Carlos surgiu a porta. Trazendo consigo algumas roupas e um pouco de sangue de carneiro numa jarra.

    Este foi meu batismo espiritual e depois que redobrei a consciência, passei um mês com eles para aprender mais sobre os tais espíritos selvagens.

    E contigo, quais são as tuas experiência com espíritos? Escreva nos comentários ou se preferir me mande um e-mail.

  • A magia e os vampiros – pt9

    A magia e os vampiros – pt9

    Claire vestia um casaco bege, seus longos cabelos louros estavam presos num coque alto, a calça de lycra preta de sempre deixava seu bumbum daquele jeito e nos pés simples sapatilhas de dia a dia. Os grandes óculos transmitiam um ar sexy e sua cara pálida e cansada indicavam que ela também não havia descansado muito nos últimos dias.

    – Seguinte, coloca logo tuas roupas por que a noite vai ser longa.

    – Poxa depois de tanto tempo nenhum beijinho de boas-vindas? Confesso que estava com saudades dessa tua braveza…

    Nesse momento eu juro que senti um sorrisinho de leve, mas ela continuou no mesmo tom seco de sempre:

    – Anda logo tu foi último a acordar e os outros já devem estar nos esperando lá na recepção!

    Como não resisto a uma bravinha, continuei meu cortejo:

    – Ah mas que privilégio ter-te aqui me acordando!

    E depois dela pseudo sorrir novamente, ouvi apenas um “Anda!” dito por ela antes de sair do quarto. Sabe-se lá o que ela queria tão cedo e as primeiras horas da noite, mas parecia importante e decidi me arrumar rápido. Ao chegar à recepção todos me aguardavam e apenas Franz se manifestou com uma piadinha telepática: “Ela foi logo chegando e perguntando por ti, comeu?” Respondi com minha cara de indignado e apenas levantando uma de minhas sobrancelhas. Claire, que não percebeu nossa comunicação visual foi logo falando:

    – Já que estão todos prontos podemos ir para o QG, certo sr. Hadrian?

    Hadrian apenas consentiu com a cabeça e com um furgão dirigido pelo próprio mago/vampiro fomos para o centro da capital. Cerca de 40 minutos mais tarde nós chegamos a um prédio comercial comum e onde todas as luzes estavam apagadas.

    Na recepção havia um velho lendo um jornal e que apenas observou nossa entrada. No elevador descemos cerca de cinco andares. Depois caminhamos por alguns corredores, passamos por algumas salas de escritório e em fim chegamos a uma última porta que nos levou a um lugar grande. Neste espaço havia muita iluminação e diversos indivíduos.  Logo de inicio percebi que era o tal quartel General que eles haviam comentado anteriormente.

    – Bem-vindos ao atual QG da mão vermelha, me esperem próximos daquela mesa, vou pegar alguns materiais e volto rapidinho.

    Não resisti e novamente dei aquela secada naquele hipnotizante e mágico traseiro empinado…

    – Hey para de babar, se não vou ter de ir ali pegar um balde – Comentou meu querido irmão.

    Hadrian estava empolgado e não esperou Claire. Foi logo nos contanto tudo o que estavam planejando. Um experimento envolvendo a mistura entre os genes dos vampiros e diversos animais de hoje e de antigamente estava sendo feito em algum lugar da Alemanha.

    Preciso dizer por que precisavam de nossa ajuda nesta missão?