Tag: fogo

  • Sensitiva, a história de Aidê – Final

    Sensitiva, a história de Aidê – Final

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    24/10/19xx – Incêndio nos jornais da cidade, Rio de Janeiro, com a revolução que implantava o Governo Provisório, em 23 de Outubro de 1930, deu origem a vários distúrbios civis na cidade, sendo alvo de incêndios os Jornais “O País”, “A Noite”, “Jornal do Brasil” e “Gazeta de Notícias”.

    Fazia mais calor que de costume no Rio de Janeiro. Uma espécie de brisa forte castigava meu corpo e provavelmente foi isso que me despertou. Ao abrir meus olhos eu ainda sentia um pouco de dor das queimaduras de sol e para o meu azar à profecia havia se concretizado.

    Aidê estava do meu lado direito. Estava aflita e tentava a todo custo se desvencilhar das cordas que nos amarravam. Alfredo estava inconsciente do outro lado e ambos apresentavam muitas marcas e sangue, provavelmente da surra que eles nos deram.

    Assim que retomei a consciência, percebi que haviam ateado fogo pelos cômodos da casa e tratei de me libertar. Soltei uma das mãos, então aproveitei a força vampiresca e arrebentei uma das madeiras da cadeira. Soltei-me e em seguida fiz o mesmo com a mulata. Alfredo ficou por último e antes que pudesse soltá-lo fomos surpreendidos pela chegada de Eleonor, junto de outro de seus Ghouls.

    Eles tiveram de quebrar uma das janelas para entrar e aquilo obviamente tirou parte de minha atenção, além de pregar um belo susto em Aidê, que segurou com todas as forças meu braço. Nesse momento peguei a sensitiva no colo e pulei com ela para fora do lugar em chamas. Em seguida surgiu atrás de nós Eleonor seguida por seu segurança que também carregava Frederico no colo.

    Passado o susto surgiu a brigada de incêndio que passou o resto da noite contendo o fogo, afinal ele poderia atingir as casas vizinhas, mas isso nos foi contado na noite posterior. Haja vista que “fugimos” o mais rápido que nos foi possível daquele maldito lugar.

    – Ferdinand, tu sabes que odeio parecer-me com tua mãe, mas tu é uma besta ignorante ou ainda estás na fase de rapazito e das safadagens? Cresça por favor! Ou vou pedir para o Franz te por no jeito.

    Aquilo foi difícil de ouvir e deu muita vontade de sair de lá feito uma criança birrenta, mas foi um dos primeiros “tapas de realidade” onde percebi toda a bosta que eu andava fazendo. Como eu disse no começo dessa história, tive uma fase rebelde sem causa e iria me dar muito mal caso continuasse daquela forma.

    Passado o perigo eu descidi levar as cousas de outra forma e para me redimir passei boa parte dos próximos meses ensinando à Aidê tudo o que eu podia lhe ensinar sobre seus poderes sensitivos. Apesar de toda sua desconfiança a cerca de meu vampirismo, nos tornamos bons amigos e foi uma pena ter de me afastar de sua vida, tão logo ela pudesse dar conta de minha eterna jovialidade.

    Anos mais tarde e um pouco antes de eu me concentrar na fazenda para minha hibernação, eu tive noticias dela. Soube que ela havia montado um negócio de adivinhação na cidade e colocado “madame” na frente de seu nome.

  • A vampira pin-up – pt3

    A vampira pin-up – pt3

    Algum tempo depois eu me lembro de estar jogado ao chão e com a cabeça em cima de uma almofada. Quando sinto um empurrão na perna direita. Era Eleonor que estava toda desarrumada, eu por outro lado ainda estava nu e com sangue por todo o corpo. – O que havia acontecido comigo – Pensei confusamente. Então minha bela morena me ajudou a se levantar, empurrou as roupas para meu colo e disse para se arrumar.

    Ao nosso redor todos ainda estavam pelo chão, porém vários estavam machucados, muitos gemiam de dor e até mesmo os vampiros se contorciam. Deu dó de ver uma das humanas com o pescoço quebrado num dos cantos e um dos caras aparentemente sem cabeça noutro. – Eles eram legais, o papo estava bom, puta que pariu, o que houve aqui Eleonor??? – Até mesmo a deliciosa Josephine estava tremendo num dos cantos.

    – El demonio dentro de ti se despertó en medio de la magia, me imagino que para la autodefensa, pero podría haber sido un efecto secundario del ritual … Recuerde que la conversación que tuvimos sobre usted hibernar durante un tiempo?

    O que dizer, o que pensar sobre aquilo? Ainda atordoado, apenas deixei Eleonor cuidar das cousas. Hoje eu teria agido de outra forma, mas é fácil imaginar quando tudo já passou, não é mesmo?

    Eleonor aproveitou que todos estavam fracos ou feridos e utilizou um ritual de sono aprendido com Suellen. Praticamente mandou eu me vestir mais rápido e sair correndo para a parte de cima do lugar antes que entrasse em transe também. Na minha cabeça ainda era dia e aparentemente iria me fuder subindo, mas ao abrir a porta percebi o maior breu. Nunca vou esquecer, eu apertava meu cinto quando sinto um calor imenso vindo do porão. Alguns gritos, resmungos e barulhos de batidas, socos, chutes… Pancadaria solta, mas que não durou mais do que alguns segundos, até que aparentemente o silêncio imperou. Preocupado eu abro a porta e algumas chamas saem ferindo parte do meu braço. O que diabos Eleonor havia feito???

    Desolado, procurei por baldes ou qualquer cousa que pudesse encher d’água. Mas até achar algo, o fogo já havia tomado à parte de cima do lugar e fui obrigado a sair. Corri para fora, naquele momento alguns vizinhos se acumulavam e acabei me escondendo em forma de névoa. Não foi a primeira vez que Eleonor agiu daquela forma, mas a situação de ser acordado do que até então era algo bom e havia se transformado naquilo, me deixou com os nervos a flor da pele.

    Minutos depois eu acompanhava tudo do alto na sacada de um prédio vizinho. Os bombeiros chegaram, começaram a apagar o fogo e alguns corpos começaram a ser retirados em macas de metal. Obviamente não criei expectativas com relação isso, pois quando um vampiro pega fogo ele vira cinzas rapidamente, e estava mais preocupado pensando em comop voltar para o lugar, pois ela poderia ter feito algum feitiço e se escondido.

    Três ou quatro horas depois eu tive de sair da varanda, pois os donos do lugar havia retornado. Neste momento o fogo já havia terminado, os bombeiros começavam a se retirar, deixando o lugar para os policiais. Voltei para o lugar em forma de névoa e para minha infelicidade ao voltar a forma humana, nem sinal da energia de minha hermosa  morena. Todos haviam aparentemente sucumbido a sua morte final…

    Chutei, empurrei, baguncei a bagunça e por fim desolado, cai de joelhos ao chão carbonizado…

  • Demônios e um sequestro – 3 de 3

    Demônios e um sequestro – 3 de 3

    Depois de ser “liberada da possessão” a camareira precisou receber os cuidados dos poderes mentais de Franz, que na sequencia saiu junto de H2 para fazer alguns preparativos para nossa busca. Fiquei com Julie no quarto, na expectativa de que ela acordasse de seu transe e me fornecesse mais dicas sobre o que poderíamos fazer.

    Não tardou e cerca de uns 20 min mais tarde ela reabria seus lindos olhos e antes que eu lhe dissesse qualquer cousa ela me fala: “Detesto estes momentos, ficar desacordada e sem o controle da situação, não faz meu tipo…” Certamente aquelas palavras lembraram-me de muitos momentos íntimos que tivemos, e para minha sorte ou não, ela aproveitou a situação e me puxou pelo colarinho da camisa. Na sequência me tascou um beijo daqueles que só uma possuída pelas artes das trevas se atreve a dar.

    Os “amassos” duraram mais alguns instantes, até que infelizmente reassumi o controle sobre meu demônio e coloquei uma breve pausa naquele momento profano. A linda boca carnuda de Julie mantinha constantemente um sorrisinho sacana e aquilo me deixou incomodado. Eu precisava saber mais das Wampir de meu clã e aquela pervertida não prestava nenhuma atenção no que eu falava… Tentei argumentar e pedir algumas informações, porém ao fim de uns 5 mim aquelas mãos geladas abriram o zíper de minha calça. Fora a típica situação onde os sentimentos do passado excitam o lado humano macho, que por sua vez precisa esquecer-se da matilha e agir como o alfa diante uma bela fêmea.

    Ao fim de mais ou menos uma hora, Franz e H2 retornaram e ai então finalmente pude se desvencilhar de cima daquele corpo macio e agora quente. Vestimos-nos e depois na sala, ao invés de uma, eram três me olhando com o famoso sorrisinho sacana. Confesso que nunca fui um líder nato, porém nesse tipo de situação eu prefiro manter as rédeas: …ram, ram, ram… Pigarreei e falei na sequência:

    – Bom, senhores… Sabemos o local onde Eleonor e Stephanie estão, agora o que vocês dois conseguiram para a ação de amanhã? Neste momento eu olho com a cara mais fechada que podia para h2, que percebe rapidamente a situação e responde com sua voz grave e alta de sempre.

    – Contei a Franz de um filme que eu vi, que imediatamente fez Franz se lembrar do que os senhores fizeram no Texas em meio aquela tribo indígena…

    Nesse momento Franz interrompe sua cria e nos fala:

    – Resumindo é aquela situação para se chegar atirando meu irmão. Talvez Julie possa nos dar cobertura com seus dons e tu, eu ou ambos na forma bestial, o que achas?

    Enquanto as lembranças daquele ataque de índios possuidos, vinham a minha mente. Julie se pronunciou. Fazendo enfim o que eu tanto queria, que era ouvir os pontos fracos daqueles malditos. Suas descrições foram precisas com relação a quais de nosso poderes os afetariam mais e ao fim de mais algum tempo, havíamos traçado o que eu julguei ser naquele amanhecer: o plano ideal.

    Descansamos durante todo aquele dia, Julie sozinha no quarto e nós três na sala. Franz, não pregou os olhos, pois ao final de nossa conversa sentiu algo diferente, tal qual uma espécie de premonição. Apesar disso, todos descansaram a sua maneira e partimos assim que tudo foi resolvido no loft.

     

    O início da noite surgia, e com ele a vontade de sair da garagem. O forte ronco do motor da Dodge 2500 ecoava por todo o lugar, H2 estava ao volante e a cada acelerada mais brava que ele dava, ficava mais nítida a intensa ansiedade de todos. Meu relógio de bolso que sempre está correto, informou 17h e 37m e isso foi suficiente para o tão esperado cantar de pneus. Confirmando assim nossa partida a toda velocidade para a maldita fazenda onde Eleonor e sua cria estavam presas.

    H2 havia recheado a caçamba da caminhonete com alguns de seus “brinquedinhos prediletos”. Uma Bazuca M9A1, algumas granadas estilhaçantes, fuzis e um pouco de munição, sendo estas últimas chamadas por ele de “batizadas”. Inclusive este tipo de colocação me faz lembrar uma das lendas que rondam H2, no qual alguns dizem que ele já foi padre…

    A escuridão completa e o silencio mórbido do interior só eram rompidos por nossa 2500. Muita poeira, muitos buracos e todo aquele mato a beira da estrada de chão batido, foram os primeiros a estimular nossa sede por uma boa briga. Foi a típica situação em que o coração, se estivesse vivo, saltaria ao peito em frenéticas e ritmadas batidas.

    E a adrenalina aumentou ainda mais, quando começamos a sentir ao longe a energia sobrenatural emanada, por todos aqueles que deveriam estar presentes em tal antro infernal. Neste momento pedimos a H2 que parasse a caminhonete e nos preparamos. Julie e eu fomos pelo mato no intuito de fazer algo surpresa, enquanto h2 e Franz iriam começar a festa pela porteira da frente.

    Tomei Julie em meus braços e com minha velocidade junto da força chegamos rapidamente até uma clareira, onde fizemos uma breve leitura do lugar. A área útil era muito grande e lá estavam apenas duas casas de madeira, um galpão com maquinário agrícola e alguns poucos homens armados e de vigília. Procurei pelas energias de Eleonor ou Sthephanie, no entanto, somente Eleonor vinha aos meus pensamentos e estava muito fraca.

    Comentei com Julie de me transformar em névoa para localizar mais facilmente as Wampir de meu clã. Porém ela foi incisiva me apontando: – Eleonor está no porão daquela casa! Foi quando no mesmo instante lhe dei um voto de confiança, passando nas sequência as coordenadas para Franz.

    Cerca de 3 minutos depois iniciava uma grande movimentação no lugar. A luz havia sido cortada provavelmente por h2 e alguns seguranças engatilhavam suas armas, ao mesmo tempo em que alguns outros indivíduos saíam das casas no intuito de entender o que estava acontecendo. Além disso, e para minha surpresa, entre eles estava Stephanie… A linda mulher que havia conquistado meu morto coração no início deste ano… Seus cabelos que viviam soltos agora estavam amarrados estilo rabo de cavalo, seu olhar era muito concentrado, sendo a maior mudança a sua energia, que agora era mais fraca e diferente.

    Mostrei para Julie quem era Stephanie e sua expressão ao vê-la não foi das melhores. Tanto que depois de uma breve analise ela se virou pra mim e tentou dizer algo, mas foi interrompida abruptamente pelo barulho de nossa caminhonete.

    Toda ação ou briga um pouco mais intensa, sempre geram novas sensações e esse resgate não fugiu a regra. Haja vista, que foi um daqueles do tipo que irá perambular por nossas cabeças por muito tempo…

    Ao longe era possível ver os grandes faróis da caminhonete, que vinha a toda para cima dos seguranças e em direção há uma das casas. Em cima da caçamba estava Franz no que nós chamamos de forma bestial, aquela mesma em que ficamos parecidos com um lobisomem. Ele estava com a bazuca no ombro e isso por si só já fez alguns presentes borrarem suas calças. Ainda se não bastasse uma besta empunhando um arsenal, H2 também havia feito um de seus procedimentos padrão antes de qualquer briga. Ele aumentou o som do rádio da caminhonete ao máximo e em meio às explosões provocadas por Franz era possível ouvir a agitada Highway to hell do ACDC.

    Os métodos de briga de Franz, H2 e até mesmo os meus podem ser vistos por muitos como joviais ou até impensados, no entanto, sempre deram muito certo. O ataque surpresa inesperadamente pela porta de entrada, havia pego de surpresa quase todos os nossos inimigos. Tanto que logo depois que H2 jogou a caminhonete contra uma das casas surgiu em mim o momento ideal para que Julie e eu agíssemos.

    A pequena e endiabrada Wampir iniciou um de seus rituais enquanto eu também adquiria minha forma bestial. Não tardou e uma nuvem cinza quase preta tomou conta da frente da casa onde teoricamente estava Eleonor. O ritual a meu ver era parecido com o que ela havia feito anteriormente no loft, porém agora todos que estavam próximos simplesmente perdiam a consciência.

    Já em forma bestial resolvo ir em direção à nuvem/casa, porém Julie me segura e amarra uma espécie de cordão feito de plantas em meu pulso direto. Nesta forma nos ficamos muito arredios, porém me contive o máximo que pude e ainda consegui ouvir algumas palavras da bela morena: “Vá e salve tua irmã, isso te protegerá do meu ritual”. Aquelas palavras me soaram tal qual um incentivo e certamente quem tivesse me vendo, perceberia uma besta com ódio nos olhos e muita sede de sangue.

    Deste momento em diante, quando meu demônio assume parte de minhas ações eu só consigo me recordar de poucas cousas. Porém antes de entrar na nuvem e depois na casa eu me lembro de desmembrar alguns amaldiçoados e também o que mais me marcou, ver Stephanie atacando H2. Nestes momentos dificeis as escolhas precisam ser feitas em frações de segundos, o que inevitavelmente me levou para dentro da casa, unicamente com o objetivo de salvar Eleonor.

    Dentro do lugar a nuvem de Julie havia feito um belo estrago, várias pessoas estavam pelo chão, porém antes que eu pudesse me dirigir para o porão sou surpreendido por um tiro de pistola, provavelmente .40 e que atingiu meu ombro direito. O forte impacto do projétil desloca minha atenção a quem o disparou e lá estava uma mulher seminua. Como eu estava praticamente ignorando a dor e antes que ela disparasse novamente, eu utilizei toda minha velocidade para lhe imobilizar agarrando-a pelo pescoço. Ela até tentou pronunciar alguma coisa, mas minha força foi tanta que lhe quebrei o pescoço em poucos segundos.

    De acordo com Julie a maior fraqueza de um seguidor das trevas é o longo tempo que precisam para conjurar seus rituais, neste caso atacá-los de surpresa é sempre a melhor alternativa. Então depois de uma breve verificada nos cômodos do lugar, eu fui para onde julguei que seria o porão da casa. No escuro total foi possível ver Eleonor sugando o sangue de um pobre coitado, no entanto, quando me viu ela parou e me disse: “Fê?” e depois deu uma risadinha perguntando via telepatia a mesma cousa.

    Quando estamos nesta transformação não conseguimos pronunciar qualquer palavra que seja, então telepatia ou leitura mental é uma boa forma de ao menos compreender o que se passa pela cabeça do Wampir. Cultura vampiresca a parte, ela percebeu que era eu e tratamos de sair logo daquele lugar maldito.

    Estranhamente Eleonor não havia sido afetada pelo ritual de Julie, e saímos tranquilamente por onde eu havia entrado. Todavia, ao rever a situação do lado de fora fomos pegos de surpresa por algo que mexeu muito comigo. Lá estava H2 ao chão sendo socorrido por Julie, que lhe doava um pouco de seu próprio sangue, enquanto Franz ainda na forma bestial segurava Stephanie pelo pescoço. Foram pouco segundo em que eu desfazia minha transformação e vagarosamente ia na direção deles.

    Sabe quando tu queres gritar, mas como num sonho as palavras não saem? Foi assim que presenciamos Franz utilizar suas garras para adentrar o peito de Stephanie, arrancando-lhe na sequência, sem qualquer dó ou piedade, seu desfalecido coração…

    Nem eu ou Eleonor sabíamos o que estava acontecendo, mas Eleonor que estava em sua forma normal e ainda mais vendo sua cria sendo sacrificada, tratou de correr o mais rápido que fosse ao seu socorro. Naquele instante eles estavam prestes a iniciar uma briga apocalíptica, quando Julie percebeu a situação e falou em claro e bom tom: “Parem, sua alma já estava perdida…”

    Naquele momento, Franz simplesmente largou o corpo desfalecido da jovem Wampir ao chão e tratou de voltar seu próprio corpo ao estado normal. Eu sabia que o momento estava complicado e mesmo nu tratei de procurar um transporte. Entre corpos queimados ou mutilados eu encontrei um Fiat do tipo Wekeend, no qual fiz uma ligação direta e voltei até eles. Todos entraram rapidamente e tratamos de ir embora do lugar o mais rápido que fosse possível. Julie nos disse que o efeito de sua “nuvem” duraria mais alguns minutos e isso foi o tempo que precisávamos para sair da zona de contato.

    Horas depois chegamos a um lugar seguro, no qual H2 havia previamente preparado para passarmos o dia que viria pela frente. Ficamos por ali até o inicio da outra noite, quando nos reestabelecemos e voltamos finalmente para um lugar seguro. Nesta outra noite Eleonor estava muito chateada, havia sido sequestrada, torturada, perdera uma cria e eu que até então estava com ela, agora estava com Julie.

    Como se ainda não bastasse tudo isso, tivemos de escutar também em meio a nossa conversa, mais uma daquelas frases célebres de Franz: “Já que tudo foi resolvido, inclusive com nossa querida maninha, fato que deixará papai muito feliz. Podemos ir relaxar por hora em algum dos nossos puteiros, em meio aqueles belos e deliciosos sacos de sangue quente o que acham?”.

    H2 e eu rimos, Julie ignorou, já Eleonor simplesmente fechou a cara e foi para um dos quartos. O mais engraçado é que Franz realmente falava sério, partindo minutos depois com seu pupilo em busca de diversão. Fiquei mais um tempo com Julie, que também nos deixou, mas que antes de sair me incentivou a ir cuidar de Eleonor.

    Assim terminava mais uma de nossas histórias, onde mais uma vez havíamos escapado por pouco de nossos inimigos. Noites depois Eleonor decidiu ir para junto de Georg, levando consigo a filhinha de Stephanie e na expectativa de ficar talvez por algum tempo aprendendo algo novo junto de nosso mestre. Já eu estou aqui fazendo o de sempre, tirando minhas fotos, administrando nossas empresas e tentando produzir novas histórias, numa espécie de recomeço junto Julie.

  • Demônios e um sequestro – 1 de 3

    Demônios e um sequestro – 1 de 3

    Em todos os meses deste 2012 anno Domini, fora meu smartphone o grande culpado por me transmitir a maioria das notícias ruins. Então, esta história não poderia iniciar de outra forma se não assim…

    Estava eu cuidando da parte burocrática de uma de minhas fabricas, quando o smartphone com chip do Brasil tocou. Inclusive me assustando, haja vista, tamanha concentração que eu empregava em algumas contas e conferências. Ao perceber que era Eleonor, atendi, liguei o viva voz e antes mesmo de dar boa noite fui surpreendido de outra forma. Muitos barulhos de motor de carro, junto de alguns gritos, tiros de armas de fogo e na sequencia um breve silêncio.

    Naquele instante a sensação de algo ruim acontecendo tomou conta de mim e em meio aquele silêncio, resolvi dizer algo: – Eleonor? – Ninguém me respondeu, os segundos passavam e todo aquele silêncio na linha… 20 segundos haviam se passado e então resolvi ligar para Stephanie de outra linha. Lembrei que provavelmente elas estariam juntas, no entanto, para aumentar ainda mais minha aflição, o celular deu caixa postal. Naquele momento fiquei ainda mais apreensivo e de mãos atadas, eu pensava no que poderia fazer. Quando o silêncio deu lugar a pequenos estalos, que aumentaram de intensidade de uma forma muito rápida até que por fim a linha caiu.

    Depois disso, tentei ligar para ambas por várias vezes, mas sempre na caixa postal. Como a sensação de problemas aumentava cada vez mais, larguei meus papeis como estavam, sobre a mesa de centro da sala e liguei para Franz. O celular dele também chamou várias vezes e para piorar minha tensão ele também não atendeu. – Maldição, que mer**, o que diabos está acontecendo. – Pensei comigo. Ainda não era o momento para importunar Georg, que aliás estava acompanhando os últimos dias e noites de Kieran. Porém, o tempo passava e quando estava prestes a chamar meu senhor, meu telefone toca e desta vez era Franz.

    Conversamos por alguns instantes, ele também havia sentido algo diferente e depois de muitas teorias resolvemos ir até o refúgio de Eleonor. Nós até havíamos recebido algumas ameaças, nada que tivesse fugido do habitual e que merecesse maior atenção. Todavia, ao menos se algo de ruim estivesse ocorrendo, já tínhamos por onde começar. Fui de moto para agilizar minha ida e combinei de me encontrar com Franz num café próximo ao apartamento de nossa irmã.

    Próximo ao quarteirão do condomínio, muita movimentação e alguns policiais faziam um bloqueio nas ruas que davam acesso ao lugar. Neste instante a sensação ruim já estava impregnada em minha cabeça, e ficou ainda pior quando percebi o prédio de Eleonor ruindo em chamas. Eu não queria acreditar e na verdade naquele momento nem passou pela minha cabeça, que Eleonor pudesse estar dentro daquele inferno.

    Estacionei a moto o mais rápido que pude em um local mais afastado, desci, tirei o capacete e senti a presença de outro ser sobrenatural. Procurei ao redor e não ví ninguém, porém quando dei por mim, Franz estava ao meu lado. Deixamos as formalidades de lado e ele foi logo me contando o que descobrira antes de minha chegada.

    — Lí a mente de alguns humanos e dentre muitas informações desencontradas, entendi que Eleonor e Stephanie foram surpreendidas por um grupo armado e sofreram, o que chamam hoje em dia de “sequestro relâmpago”. Já vistoriei o lugar e não existem câmeras de segurança pelo arredores. Só espero que a tua morena não tenha deixado nada no lugar e que possa ser usado contra nós no futuro. Como eu sempre digo, é um absurdo ela querer viver como gado, uma hora isso iria acontecer. Repito eu avisei…

    Mesmo em uma situação tão ruim, Franz manteve seu tom de voz calmo como sempre e apesar de suas alfinetadas me controlei e o convenci de darmos mais uma olhada pelo lugar. Sai de perto dos olhos humanos, transformei-me em névoa e vaguei pelo lugar em busca de alguma pista ou respostas. Passei pelos curiosos, furei o bloqueio policial e vistoriei por primeiro o carro de Eleonor. A SUV possuía duas marcas de tiros de armas de pequeno porte e um dos vidros estava quebrado. Nenhum sangue ou vestígio a não ser um brinquedo de criança, que provavelmente era da filha de Sthephanie.
    Ao chão próximo do veículo, alguns cartuchos vazios e que deviam ser da arma de Eleonor, porém o que prendeu minha atenção foi uma marca de mão em uma das portas do carro. Esta marca parecia ter sido feita por alguém que tivesse fogo nas mãos ou alguma espécie de luva especial, pois derreteu parte da superfície metálica. Naquele momento eu percebi que o carro deveria ser eliminado e voltei até Franz. Próximo a ele e já na forma humana eu lhe contei o que ví.

    Ele pensou por alguns instantes e depois disse para segui-lo. Subimos então até o alto de uma das construções próximas do lugar e alí naquele terraço aberto, ficamos por um tempo apenas observando o andamento de tudo. Confesso que tentei imaginar os planos de Franz, mas antes de sugerir qualquer cousa, ele me surpreendeu com uma granada, que estava em um dos bolsos de seu sobretudo. Naquele momento ele simplesmente ignorou todos os meus pensamentos, deu um passo à frente e com um sorrisinho sacana estampado em sua cara, ele arremessou a pequena bomba contra o veículo.

    O grande impacto do artefato contra o carro chamou a atenção de quase todos, porém o que ninguém esperava, era a explosão que viria na sequencia. Estilhaços do veículo atingiram algumas pessoas próximas, porém nada grave. O susto, fez a multidão se dissipar e foi ai que também aproveitamos para sorrateiramente ir embora.

    Franz foi comigo de moto e cerca de 10 min depois paramos em uma rua deserta e desocupada, próxima de um parque. Ali começamos um conversa que durou alguns minutos, onde inclusive sugeri algo que ele aceitou de imediato. Chamar Julie, uma amiga Wampir inglesa, que digamos, é especializada em demônios e vive pela Améria latina há alguns anos.

  • A morte de um mago – 1 de 2

    A morte de um mago – 1 de 2

    Boa noite senhoritas e seres masculinos, antes de tudo peço desculpas por minha ausência no blog, no entanto, ao lerem o texto abaixo entenderão o por que…

    Meu smartphone tocou logo depois que o sol se pôs e enquanto eu ainda estava naquele profundo sono dos mortos. Três toques, atendi, mas de inicio foram apenas alguns ruídos produzidos pelas falhas do sinal. No entanto, depois de alguns instantes enfim surge a voz baixa e desanimada de Franz, que sem saber como me falar direito, preferiu não se enrolar e deu a tão aguardada notícia: O grande Kieran havia encontrado sua morte final…
    Emoções e sentimentos sempre são dificílimos de traduzir em simples palavras. Como podia alguém com todo seu poder sucumbir a um simples câncer de pulmão? O que faria eu quando visse seu corpo inerte em seu santuário, sendo ele um dos poucos seres que ainda possuía certa ligação com a magia de minha amada Suellen?
    Foram muitas as indagações que me fiz durante toda a viagem até a Europa. 16 horas naquele maldito compartimento de cargas, escondido de tudo e de todos. Até que finalmente em terras londrinas, sai rapidamente daquele lugar em forma de névoa. Tratei imediatamente de alugar um carro num dos guichês do estacionamento e parti o mais rápido que pude para o ritual de passagem.
    Pouco mais de uma hora até o santuário e finalmente vejo um lugar diferente. Pode parecer uma desconfortada impressão pessoal, mas aquele lugar havia perdido o encanto. As arvores que eram muito floridas no verão, pareciam moribundas como no pior dos invernos. Apesar disso fiquei impressionado com a quantidade de “celebridades” que vieram velar o corpo do grande arcano. Inclusive Achaïkos, o antigo mestre e patriarca do clã de Suellen, que não aparecia em publico a muitas décadas e não poderia deixar de dar um até logo à alma de um dos seus maiores aliados.
    Logo que cheguei Georg veio ao meio encontro, mas antes que fizéssemos aquele longo roteiro de cumprimentos e formalidades eu preferi me despedir de Kieran. Então, aproximei-me do simples altar em que seu corpo fora colocado e fiz o que chamo de meditação. Alguns de vocês sabem que acredito em algumas divindades e na continuidade da vida depois da passagem, então tratei de meditar na intenção de que aquela boa alma vagasse pelos melhores caminhos.
    Depois de alguns minutos ali parado, sinto uma presença, porém olho para os lados e todos os outros estavam fisicamente longe de mim. Todavia, antes que eu pudesse fazer qualquer outro tipo de investigação sobre tal sentimento, um dos discípulos do grande mestre nos convida para a cerimônia final.
    Sentamos-nos todos de frente para o altar e o mesmo discípulo que nos chamou, iniciou os ritos. Eu nunca havia visto o ritual de passagem de um grande magista e sinceramente esperava algo pomposo e cheio de detalhes. No entanto, ao som de Tom Petty, na clássica Free Fallin, fomos todos surpreendidos pelas palavras do discípulo, num inglês extremamente informal:
    “Em toda sua vida, Kieran perseguiu as coisas simples da vida. Sempre nos indicou os caminhos práticos e que levassem de imediato a nossas intenções. Portanto, repeitaremos sua nobre vida e desejo, afim de que sua passagem fosse feita sem os ritos tradicionais”.
    Ao fim destas palavras iniciou-se um breve “murmúrio” entre os convidados, porém isso terminou quando o discípulo iniciou abertamente a leitura do testamento. Além disso, lembro que apesar do lugar ser grande, eram poucos os convidados e havia por ali no máximo umas 60 pessoas.
    Não posso citar tudo o que foi falado durante aquela leitura, porém o importante desta história é que também recebi algo, na tal partilha de herança. Fui agraciado com uma caixa de madeira marrom escura e toda entalhada com “kajis” japoneses. Ela estava muito bem selada aos moldes herméticos magistas, no qual somente o dono poderia abrir. Confesso que fiquei muito curioso para abrir, mas respeitei as palavras do discípulo e deixei para o final do rito toda e qualquer emoção que envolvesse tal “presente”.
    Depois de tal partilha, que levou entre uma e duas horas, o ritual prosseguiu. As músicas continuaram no mesmo ritmo “rock” de antes e inclusive se não me engano, no momento em que o ritual de passagem foi retomado tocava algo do Deep Purple…

  • Em busca da vampira assassina. Parte 1 de 2

    Em busca da vampira assassina. Parte 1 de 2

    Reunimos o grupo pegamos um jatinho e depois de um voo tranquilo sobre a Amazônia brasileira chegamos a um cais onde um carniçal do Hector nos aguardava com um barco. Não sei dizer com precisão se já era Suriname ou se ainda estávamos no Amapá, o importante é que o barco nos deixou em uma trilha de onde ainda teríamos uma boa caminhada de duas horas e pouco até o acampamento em uma caverna.

    Passamos o restante da noite e o dia de sábado descansando e preparando o ataque. Além de nós, cerca de 10 outros mercenários foram contratados, transformados em carniçais e receberam armamento e instruções sobre a missão.

    Nesses dias as horas passam muito rápido e logo depois que o sol se põe estamos praticamente a postos loucos para que tudo aconteça de uma vez. Mesmo eu que já passei por tantas situações parecidas fico ansioso, afim de que eu possa retornar logo ao meu refugio tranquilo e seco.

    O que falar do local? Muitas árvores, humidade extremamente alta, sensação de abafamento e os malditos mosquitos que surgem em nuvens quando menos se espera. Nesse tipo de local, meio pantanoso a única vestimenta compatível são as que cobrem boa parte do corpo. Eu sempre estou de jeans e colete a prova de balas, com essa roupa não me incomodei muito. O resto do povo também se cobriu com exceção do Carlos que vestia apenas uma calça solta tipo moletom, tênis velho e uma camiseta com duas vezes o seu tamanho.

    A estratégia foi simples, invadir, capturar fazendo fazer valer a ordem e a justiça.

    Dividimos o grupo em dois. O Franz, H2, alguns carniçais e eu fomos por trás como grupo de invasão e o restante do pessoal foi pela frente como grupo de ataque. Nem preciso dizer do por que que o Lobisomem foi pela frente junto do pirata sanguinário.

    Uma hora depois chegamos a uma velha mina de rubis abandonada, povoada apenas por algumas casas iluminadas por fracas velas. Duas caminhonetes e um caminhão preenchiam o que um dia já foi uma boa estrada. Além disso, uma fogueira grande era rodeada por alguns sujeitos diversos que emanavam uma grande força diabólica.

    Galego o que diabos, uma vampira que gosta de leilões e de coisas chic faz no meio do mato? Simples, existem alguns lugares na terra chamados de Nodo. Nestes lugares a energia é melhor e dizem os especialistas, tal qual o Carlos, que nestes locais as portas para viagens astrais ficam abertas por mais tempo.

    Então se elas ficam mais poderosas é um local pior para atacar, não? Muito pelo contrário mancebo, pois ninguém espera ser atacado num Nodo!

    Enfim, o primeiro grupo chega chutando com os dois pés. Algumas granadas iluminam a escura noite, muito tiros e muito sangue voam pelos ares. Não é sempre que um vampiro pirata se junta a um lobisomem sedento de carne humana em prol de algo, então imaginem a carnificina…

    Depois de alguns breves minutos é a nossa vez. Circulamos o local na sorrateira, fomos em direção ao que aparentava devia ser o covil da vampira. Antes de entrar jogamos uma granada de fumaça por uma das janelas e instantes depois a companheira da maldita sai correndo junto de dois caras. H2 os intercepta com alguns golpes da sua espada abençoada, mas é surpreendido por um lobo que surgiu do nada e lhe atacou pelas costas.

    Na sequencia outros dois peludos chegam e começa alí uma luta que resultou em muito sangue perdido a toa. Todos os caniçais de nosso grupo foram dizimados e sem o H2 era apenas mais uma vez Franz e eu contra tudo. Nesse momento um rápido flashback passa na minha cabeça e me lembro de nossa luta nos EUA.

    ***

    Depois de alguns anos de prática minha transformação já ocorre mais rapidamente e entre vários socos e garradas eu consigo liberar a minha fúria para cima do peludo. Nesse momento é como se eu ligasse o automático, muitos dos meus atos são pensados muito mais rápido e fica de certa forma simples deferir golpes fatais como os que dei no metamorfo.

    Esta fúria que nos toma é tão forte que é difícil reduzir ânsia que fecha a garganta, se meu corpo respirasse certamente estaria bufando. Olho então para o lado em busca de mais inimigos e vejo o outro lupino já ao chão e o Franz frente  a frente com a Companheira da vampira.

    Por cerca de uns dois minutos em quanto volto ao normal, Franz lê a mente da bruxa e na sequencia ele lhe dá um tapa no rosto com a parte de fora da mão, com ela já ao chão ele chuta sua barriga, se aproxima de seu pescoço e lhe suga o sangue até a morte.

    Nessa hora a briga havia chegado ao seu ponto alto, éramos momentaneamente vitoriosos, no entanto todos foram acometidos por um grito que nos atordoou gravemente. Lembro-me de ver Carlos de joelhos, franz deitando em cima do corpo da vampira e ao procurar por Hector não o vejo, mas consigo me manter em pé encostando numa árvore apoiando com a cabeça enquanto levo as mão ao ouvido.

    Era a maldita bruxa vampira que surgiu de dentro da entrada da mina com mais dois peludos em forma de lobo.

    Mesmo depois do grito estridente parar ainda é difícil voltar a realidade. Não ví a hora que Hector partiu para cima da vampira, mas foi ele que a fez parar de gritar com um golpe de espada que lhe perfurou o peito. Com este golpe ela se encolheu mas teve força para desequilibrar o pirata e sair fugida mata a dentro.

    Um dos peludos a seguiu e para o azar de Hector o outro lhe desferiu vários golpes enquanto tentava se levantar.  Mesmo atordoado Carlos em forma de humanoide consegue se aproximar dos dois, e arranca o lobo de cima de Hector. Eles lutam por alguns instantes e depois de alguns granhidos Carlos finaliza a luta com uma pedrada na cabeça do lobo. Depois disso Hector levanta-se e com sua espada de prata corta a cabeça do infeliz.

    ***

    Depois de alguns instantes de atordoamento eu consigo me aproximar de Hector e Carlos e separa o que iniciaria uma briga. Procuro por Franz e não o vejo de imediato, mas algum tempo depois o vejo perto de H2. Começava ali um ritual improvisado que traria o velho caçador para o lado de quem ele perseguiu por tantos anos.

    Hoje mais calmo eu vejo que realmente seria um grande desperdício deixar para morrer um cara com tantas habilidades como ele. No entanto Franz vai ter muito trabalho barra domesticar a sua nova cria.

    Algum tempo depois do ritual, nos alimentamos com o resto de sangue que encontramos nos restos mortais dos que lá estavam. Obviamente tudo isso foi muito rápido, pois ainda tínhamos dois alvos escondidos em meio a selva.

    Carlos começou a fazer o que sabe de melhor e nos levou mata a dentro atrás dos dois…