Tag: idade

  • Wampir 8 anos no ar!

    Wampir 8 anos no ar!

    Não sou de comemorar aniversário, confesso que já fui muito festeiro, mas nos últimos anos o tempo me serve apenas para separar o dia da noite. Apesar disso eu entendo que os ciclos anuais são muito importantes para os humanos e isso me faz lembrar que o site está de aniversário na semana que vem.

    Fazia um pouco de frio em 2008 quando iniciei este projeto e já contei aqui como tudo começou numa mesa de boteco. Aonde eu estava com alguns amigos e um deles me sugeriu este espaço na internet, para divulgar meus tantos pensamentos e histórias.

    O frio daquela época não é importante. Aquele amigo com boas ideias, eu já não vejo mais. Sem falar da Beth, minha ex, que deve estar em algum canto do globo praticando suas bruxarias. Eleonor, está descansando junto de meu mestre Georg. Sebastian, arrumou uma esposa chamada Claudia e tomou seu próprio rumo. Joseph, que se foi há alguns anos ainda me faz muita falta e Franz se parece cada vez mais com um velho ranzinza.

    Apesar disso, transformei Pepe, que virou minha assistente pessoal. Lilian e Becky surgiram e viraram aliadas importantes de nossa causa. Sem falar de H2, Hadrian, Hector e Eliot, que são o mais próximo de uma família para mim.

    Todavia, o que eu realmente gostaria de registrar neste, que é o 606° post deste site, é o fato de que muitas coisas mudaram no mundo. A internet não é mais a mesma de 2008, os blogs não são mais novidades, as criaturas que frequentam o site são diferentes a cada mês. O tema “vampiros” foi banalizado, em função de romances mal escritos e por fim, eu mesmo mudei muito a ponto de vir menos aqui.

    Relaxa, isso não é uma despedida!

    Estou apenas respondendo o que muitos me perguntam por e-mail.

    O meu grande foco atualmente é o Wattpad, onde tenho publicado os capítulos do livro Ilha da Magia. Escritos semanalmente com o objetivo de contar minha historia de forma cronológica. Desde a época em que era humano, passando pelos momentos mais importantes, até a noite em que hibernei nos anos 50. Tenho material, histórias e acontecimentos para mais dois livros ao menos e prometo que tentarei me desapegar dos direitos para que eles ganhem vida nas livrarias.

    Por hora, meus confidentes. Obrigado por me seguirem aqui, no Wattpad e nas redes sociais.  Principalmente, pela paciência no Twitter, lugar onde eu adoro reclamar dos humanos ^^

    Além disso, fiquem tranquilos, que este espaço estará no ar por muito tempo ainda!

    Küss,
    Ferdinand Wulffdert di Vittori

  • O tempo e os vampiros

    O tempo e os vampiros

    Já faz um tempo que quero lhes contar algo que acho muito importante sobre minha vida vampiresca, no que diz respeito à passagem do tempo. Sempre me perguntam como é “viver” sem se preocupar com o passar dos anos e tudo o que possa envolver tal sensação. Confesso que minhas respostas variam bastante. Principalmente, no que diz respeito à “sensação do passar dos anos”.

    Primeiro que fique claro que envelhecemos, mas de uma forma bem diferente da humana normal. Nossos corpos tem a habilidade de regenerar rapidamente quaisquer machucados ou traumas que por ventura possam comprometer seu funcionamento normal, mas isso não combate o envelhecimento do DNA. Não tenho a intenção de lhes mostrar dados técnicos ou médicos, mas gostaria que vocês tentassem entender esse processo.

    O envelhecimento vampiresco ocorre lentamente, talvez seja uma punição dos deuses ou o próprio fator humano biológico se deteriorando. Claro que, todo esse envelhecimento não é algo visível. Mesmo por que eu conheço vampiros que já viveram mais de 1500 anos, Georg é um deles.

    O que importa nisso tudo é que sim. Eu vejo o mundo diferente de vocês humanos. Minhas prioridades são outras, meu ritmo e rotinas são diferentes. Por vezes eu até durmo, acordo e faço algo, no entanto já passei diversos dias em claro sem que sentisse quaisquer indícios de sono. O Franz por exemplo mantém o recorde de insônia entre os vampiros da família, foram longos 74 dias sem dormir. Aliás, no 76º dia ele acordou e passou mais uma semana ou duas novamente sem dormir.

    Enfim, o que eu queria explicar para vocês é que às vezes um dos meus passatempos é sentar num banco de praça e observar a multidão passando correndo ao redor. Na minha visão vocês estão sempre correndo e isso é ruim, pois a maioria não percebe o tanto de cousas boas que há ao seu redor.

  • Matei uma criança?

    Matei uma criança?

    O problema da menor idade que amplia a impunidade no Brasil é gigante.  Os vampiros não costumam atacar crianças, mas quem já possui vida sexual ativa, que sabe roubar e até matar não é mais criança não é mesmo?

    Não sei se alguns de vocês ficaram se perguntando como que eu me alimentei nas duas últimas vezes? Bom, como teve uma pessoa que lembrou disso eu vou contar nas próximas linhas como foram as minhas duas últimas caçadas. A primeira ocorreu no dia 13 e a outra ontem dia 27/04.

    No dia 13 eu ainda estava meu conturbado em função daquele maldito mago que tentou me enganar passando-se por um peludo. Mesmo assim precisei manter o vício e fui atrás de mais alguns pescoços.

    Com o meu cunhado puto comigo e sem nenhum alvo aparente o negócio foi sair noite a fora em busca de algum desavisado. A noite estava boa e decidi ir de moto mesmo. Fiz meu tradicional ritual, calibrei as pistolas, verifiquei o colete, coloquei algumas musicas novas no player e abasteci a moto na minha garagem mesmo. Além disso, dei um breve ”até logo” para a Beth, beijando a sua testa. “Querida volto logo…“

    Toda vez que saiu assim sem rumo eu fico com dó da carinha que a Beth faz, pois sei que deve ser bem difícil para ela. No entanto, meu companheiro demônio precisa ser alimentado e preciso dar atenção para ele.

    Atualmente estamos em uma das propriedades da minha família, um local distante do centro da cidade mais próxima, em função disso não me demorei muito nos preparativos e sai próximo das 21h. Até o centro da cidade levei algo em torno de uma hora e agora perto das 22h as ruas começavam a ser evacuadas. Muitos estudantes rumavam para suas casa e várias pessoas trocavam de turno em seus trabalhos.

    Já que teria de esperar o movimento acalmar mais, resolvi ir então para um bar de um amigo. Estacionei a moto perto da porta de entrada, cumprimentei o segurança, que era novo por sinal e fui para o escritório. Lá estava aquele filho da puta cheirando de novo. “Cara já te disse que essa merda vai te arromba ainda”.

    Ao me ver o mala se assusta, espirra e tosse um pouco de pó… “Ta vendo eu não te disse! hahahaha“. Depois que a merda já estava feita ele cata um lenço do bolso, enxuga o que dá e me fala: “Porra Galego que bosta, não podia esperar um pouco antes de entrar seu viado!”.  “Tu sabe que eu não gosto de ver usando essa merda“.

    Vou em direção a ele para dar um abraço e de imediato sinto cheiro de sangue. Ao espirrar uma artériasinha do nariz do infeliz deve ter estourado e la estava o precioso liquido colorindo o lenço. De imediato as minhas presas aumentaram, tive um certo desconforto para disfarçar, mas contive por hora o demônio.

    “ahahah e você ainda com essa porra de sede sangue“ Espera ai que tenho um presente pra você.  Então ele saiu da sala, ouço duas portas se abrirem e um breve assovio. Na sequencia ele me aparece com o segurança novo. Alfredo, fale aqui pro meu irmão daqueles pivetes que fizeram rolo aqui outro dia.

    O segurança me contou que dois garotos menores de idade vieram no bar e depois de muita bebedeira quebraram algumas coisas e saíram por ai de carro. Inclusive se envolveram em um acidente e uma mulher que recolhia latinhas veio a falecer.

    Ok, agora eu já tinha um alvo e pelo menos dois pescoços. Fui para a casa de um deles, em forma de morcego dei umas circuladas e parado no escuro em cima de um muro eu aguardei até que alguém surgisse em alguma janela. Não demorou muito para  que alguns gritos de mulher fossem ouvidos “Garoto, você sabe o trabalho que tivemos na semana passada para te livrar da cadeia, vê se hoje não apronta nada, meu filho“. Nessas horas da vontade de bater numa mãe e num pai desses, mas me contive e esperei até que o garoto saísse. Ele era bonito, tinhas belos músculos torneados e usava uma camiseta colada e de mangas curtas para realçar os seus dotes e sua tatuagem com alguns kanji no braço esquerdo.

    Ele montou na sua moto, uma Srad  750 azul com branco, colocou o capacete no cotovelo e acelerando alto foi até um posto que fica a umas 4 quadras do sua casa num bairro de luxo. Neste momento eu já estava novamente em forma humana e com a moto parei próximo a ele no posto.

    Puxei uma conversa: “Duvido que essa Sradsinha ande mais que a minha Harley 77“.  O garoto olhou minha moto e disse: “Quem sabe?” e ficou me encarando. Como adoro demonstrações públicas de testosterona lhe disse: “Te espero ali na esquina“. Então subi na moto, fui até a esquina e o aguardei. Depois de uns 5 min. Ouvi o ronco alto da moto de escapamento aberto se aproximando e logo em seguida o sinto passar muito rápido por mim. Arranquei o mais depressa que pude e até os 150Km/h lhe acompanhei bem, depois tive de ficar na minha por que convenhamos a moto dele andava bem mais.

    Logo em frente ele me esperou em um semáforo e quando consigo chegar ele me fala “Cara cê realmente achava que ia me acompanhar com essa lata velha?“ “Hei garoto mais respeito com as relíquias“ . Ele deu uma risadinha e apesar do tamanho e dos músculos  sua idade ficou evidente.  Eu podia acabar com ele ali, Um golpe seria suficiente para derrubá-lo da moto, mas eu queria saber do amigo que estava com ele no carro que atropelou aquela pobre coitada.

    Por sorte o garoto toma a iniciativa e me fala “Ai, se tiver afim de conhecer moto de verdade aparece  nesse bar as 2h eu to promovendo a parada“ e me deu um flyer que mostrava o endereço e o nome do tal lugar. Na seqüência o sinal esverdeou e ele saiu empinando a maldita moto sem placa.

    Dei mais umas voltas pelo centro e as 2:30 cheguei no lugar. Era um pouco fora do centro quase em um bairro e lá estava o garoto junto de alguns amigos todos mais velhos com suas motos de corrida ilegal e ao que tudo indicava já no fim da festa.

    “Chega ai cara“ e me deu uma latinha de cerveja. “Hei garoto eu não bebo“ “kkkk que frutinha meu“. Fico um pouco nervoso nesse tipo de situação,  não posso me alimentar e isso poderia acabar com o disfarce, mas retruquei “Ontem a birita foi grande e hoje to de boa“. Sentamos numa mesa, papo vai e vem e alguém fala “E ai Caca, como que foi a parada da semana passada?“. O garoto procura quem disse e já meio tonto da cerveja fala: ”Ah nada demais só uns arranhões no carro, a policia queria me levar, mas dai meu coroa veio, libero uma grana pro guarda e me tiro de lá… Dá nada né Paulo hehehe”. Nisso ele olha para um cara do lado dele e os dois caem na maior gargalhada.

    Senti meu corpo estremecer os caninos afloraram e fui até o banheiro aliviar a tensão. Na volta passei pela mesa e disse: “Galerinha prazer em conhecer vocês, outro dia conversamos melhor, preciso levar pão pro café da manhã da patroa”. Alguns nem deram bola, outros riram e o garoto fala ”Falo cara volta la pra saia da mulé volta”. A vontade de bater nele ali mesmo era tanta que precisei arranjar forças do além para me conter.

    Parei minha moto em uma rua próxima e os aguardei. Umas 3 e meia o bar fechou e eles começaram a ir embora. Não tardou e o playboysinho passou com sua moto. O segui até uma rua apropriada, emparelhei do seu lado e o derrubei, empurrando com a perna direita. A moto o derrubou e na queda ele desmaiou, Foi uma pena ele não ter ouvido algumas verdades antes de partir dessa para uma pior. A fome falou mais forte e me alimentei por um corte que havia sido aberto em seu peito.

    Noutro dia ouvi alguns comentários na imprensa local, e todos repetiram a mesma história, Garoto de 16 anos cai de moto e morre. Vestígios de bebida alcoólica são encontrados em sem sangue e a causa da morte foi parada múltipla dos órgão devido a perda de sangue. A família está comovida, mas visinhos confessam que já esperavam que isso pudesse ocorrer.

    Duas semanas e como sempre minha fome havia voltado, no entanto, desta vez eu já tinha uma porta para bater e o escolhido foi o tal de Paulo.  Este recebeu uma boa lição, ouviu algumas coisas, ficou inconsciente ao me doar muito sangue, mas ainda está vivo por ai. Resolvi testar e ver se ele vira boa gente depois dessa segunda chance que lhe dei. Nos próximos meses ele será minha cobaia e a qualquer novo deslize terei prazer em promover um encontro entre ele e o meu demônio.