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  • Poema de Rainer Maria Rilke

    Poema de Rainer Maria Rilke

    Estava revendo alguns livros velhos e achei este poema de Rainer, um dos maiores poetas da alemanha. Como a minha idéia neste blog é tentar me aproximar do mundo humano, segue abaixo um trexo que representa um pouco do meu mundo misturado ao de vocês…

    Como hei-de segurar a minha alma
    para que não toque na tua? Como hei-de
    elevá-la acima de ti, até outras coisas?
    Ah, como gostaria de levá-la
    até um sítio perdido na escuridão
    até um lugar estranho e silencioso
    que não se agita, quando o teu coração treme.
    Pois o que nos toca, a ti e a mim,
    isso nos une, como um arco de violino
    que de duas cordas solta uma só nota.
    A que instrumento estamos atados?
    E que violinista nos tem em suas mãos?
    Oh, doce canção.

    Saudades, saudades…

  • Augusto dos Anjos, adaptação..

    Augusto dos Anjos, adaptação..

    Deprimido?

    Que tal ler um poema vampirico e piorar…

    “Eu, filho da noite,
    Monstro de escuridão e rutilância,
    Sofro, desde a epigênesis da infância,
    A influência má dos demônios que me perseguem.

    Profundissimamente hipocondríaco,
    Este ambiente me causa repugnância…
    Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
    Que se escapa da boca de um monstro.

    Já o verme – este operário das ruínas –
    Que o sangue podre das carnificinas
    Come, e à vida em geral declara guerra,

    Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
    E há de deixar-me apenas os cabelos,
    Na frialdade inorgânica da terra!”

    Adaptação do poema “Psicologia de um Vencido”de Augusto do Anjos

    Achou profundo? É assim que se sente um vampiro, você ainda quer ser igual a mim?