Categoria: Histórias

Nesta seção você encontra historias, contos e relatos relacionados ao mundo real e sobrenatural. Verifique a indicação de faixa etária no início de cada texto.

  • Uma nova jornada – Parte VI: novas experiências

    Uma nova jornada – Parte VI: novas experiências

    – Becky você irá me matar desse jeito!

    – Só se for de prazer, dear. Novas experiências devem ser sempre bem-vindas…

    Naquele momento, eu não podia evitar o sorriso e o desejo que transpareciam em meu rosto. E, afastando a sede pelo sangue de Lorenzo lembrei-me que após aquela noite, demoraríamos um tempo para ter momentos juntos e íntimos novamente.  Após aquela típica festa de fim de ano, eu já havia passado pelos primeiros processos e soube que meu pequeno treinamento seria semelhante ao de um iniciante para que eu pudesse vivenciar todas as etapas com maior aprofundamento. Antoni me acompanharia, para dar suporte quando necessário. Tive algumas aulas teóricas, conhecendo um pouco da história e métodos do clã. Fiz alguns testes básicos na qual me destaquei e fui avisada de que a partir de então, algumas fases poderiam se tornar mais difíceis, pois testariam meus limites, para aflorar meus poderes e instintos.

    – Vou sentir sua falta – Disse Lorenzo ofegante, interrompendo meus pensamentos. – Você realmente precisa desse… “isolamento”?

    – Parece que sim. – Falei desanimada ao lembrar esse detalhe – Mas, serão só alguns dias, querido.  Estive pensando. Você não sente falta de sua vida, digo antes disso tudo?

    – Às vezes sim, às vezes não. Era uma vida vazia. Estou contente por estar com você… Antoni tem uma aparência atraente, não acha? – Falou mudando repentinamente de assunto.

    – Sua aparência às vezes me deixa encabulada, na realidade. – Por um instante parei – Lorenzo, Antoni lhe atrai?

    – Atrairia se fosse um tempo atrás. E a você? Ele atrai?

    – Aonde quer chegar com isso? Como falei, fico apenas encabulada. Você deve saber o motivo…

    Felizmente, Lorenzo não insistiu no assunto, afinal, isso não era da conta dele. Um tempo depois, a senhorinha de olhos cor de mel ajudou-me a organizar o novo quarto na qual eu ficaria. Este em um local mais afastado dos outros aposentos. E durante nossas conversas ela revelou chamar-se por Lúcia. Havia sido uma serviçal de confiança para Antoni, durante décadas. Mas, com a idade ficou com a saúde debilitada e então, foi transformada. Imaginei que ela deveria ser muito importante para ele, e me sensibilizei com sua história. Durante todo o dia, descansei, li algumas instruções que me haviam sido deixadas, e mais alguns livros. Mais tarde, tomei um longo banho e enquanto me preparava alguém bateu na porta.

    -Posso entrar?

    Era Antoni.

    – Claro, fique a vontade. – Falei enrolando-me em um roupão de seda.

    Sentando- se ao meu lado, parecendo ignorar minhas condições pós-banho, comunicou-me que enquanto eu estivesse em meu treinamento, enviaria alguns professores e Ghouls de confiança para algumas atividades com Lorenzo. Aulas básicas de luta corporal, e até de alguns pequenos feitiços, caso ele mostrasse potencial.

    – Isso é ótimo. O manterá ocupado e menos entediado… Bom, o que faremos a partir de agora? – Aproveitei para perguntar.

    – Primeiro gostaria de lhe levar a um lugar. Vamos? – Falou esperançoso.

    – É… Tudo bem. Irei apenas me vestir, digamos, adequadamente. – Falei duvidosa.

    – Não há necessidade. É aqui perto… – Falou pegando minha mão já me conduzindo, sem me dar tempo para falar algo.

    Toda aquela pressa me deixou receosa. Mas, ainda não havia conhecido o lado “informal” e jovial de Antoni…  Assemelhando-se a um garoto ao me levar por algumas escadas até a parte mais alta do casarão.  Fazendo-me até rir em alguns momentos por tamanha empolgação. Ao chegarmos, ele abriu uma porta que dava acesso a uma grande sacada. Parei por alguns instantes, vislumbrada. Era uma paisagem e tanto. O céu escuro destacava suas estrelas. A lua, imponente, iluminava toda a fazenda. Era possivel ver as montanhas cobertas por gelo e toda a propriedade. Ouvir as vozes das pessoas conversando e os animais ao longe. Ficamos em silêncio por longos minutos, nunca havia sentido tamanha paz desde que… Enfim, fazia muito tempo. Olhei para Antoni que me esperava sair daquele momento de devaneio e vislumbre.

    – Eu costumo vir aqui sempre que tenho algo importante no que pensar ou para qual me preparar. – Disse ele, tranquilo – Sinta a energia que todo esse ambiente é capaz de lhe proporcionar, não é renovador?

    – É sim! – Falei voltando a admirar a vista.

    – Rebecca… Quero que guarde essa sensação com você. Essa energia pode ser muito maior. Mas antes, você precisará passar pelo isolamento, o que não é algo fácil. Já iniciou o jejum? – Perguntou-me.

    -Bom, na verdade estou sem me alimentar de verdade, desde que chegamos. Mas, meu problema não é esse.

    – Então, faz quase uma semana? Qual o problema?

    – Uhum – Falei preocupada – Não é tanto tempo assim, mas não quero chegar ao ponto de perder o controle. Isso é necessário Antoni? Digo, o isolamento?

    -Você não chegará a esse ponto. Mas, o jejum e o isolamento são importantes sim, para o primeiro ritual que participará conosco. Estude as instruções que lhe deixei. E lembre-se, estarei ao seu lado. Fique tranquila. – Falou aproximando-se.

    – Obrigada. Estudarei sim e, acho que ficarei bem. – Falei desviando o olhar.

    Antoni parou por alguns instantes, talvez pensando nas palavras certas. Mas sabiamente, resolveu deixar tudo como estava. Senti a brisa tocar meu rosto e ao guardar aquela sensação comigo, resolvi que era hora de me recolher, afinal não havia tempo a perder. Agradeci a Antoni novamente, e deixando-o voltei ao meu quarto para algo que lá no fundo ainda me apavorava… O isolamento.

  • 18+ Contos do vampiro e pirata Hector

    18+ Contos do vampiro e pirata Hector

    Foram muitos os pedidos e hoje nós iniciamos um novo livro de contos eróticos lá no Wattpad. Confesso, que relutei um pouco nas primeiras vezes em que nos pediram este tipo de material, afinal sou um cara/vampiro mais romancista. Todavia, há sempre aqueles que são mais intensos e procuram materiais mais “pesados”.

    O Hector, pirata vampiro e aliado de meu clã, já apareceu muitas vezes por aqui. É meu parceiro no projeto “escolhidos”, onde praticamos justiça pelas próprias mãos e dispensa maiores detalhes. Sobretudo, acho importante destacar o seu jeito determinado, acalorado e desprovido de filtros.

    Então se os vampiros te deixam excitada e tu tiveres um pouco de estômago forte para alguns detalhes sórdidos. Eu Ferdinand recomendo veemente que leia os contos eróticos do vampiro Hector, o Vampiro SAFADO.

    capa-pirata-safado

    Segue um trecho do primeiro conto: Cinco chibatadas 

    “20 minutos depois eu cheguei pelo lugar estava bem vestido e foi fácil entrar com meu amigo pela portaria do lugar. Subi alguns lances de escada e la estava a vereadora atrás de uma mesa fazendo pose. Obviamente ela tinha se arrumado e retocado a maquiagem, mas eu só consegui prestar atenção em sua camisa branca, que deixava parte dos seus fartos peitos siliconados a mostra…”

     

     

  • Sexo, ritual e passeios de moto

    Sexo, ritual e passeios de moto

    Saindo daquela minha tragédia grega atual, vou mudar o foco um pouquinho e escrever sobre uma noite nada convencional com o Ferdinand, o nosso galã, o vampiro sedução, (ele vai me xingar depois dessa!).

    Bom, ele veio visitar no meu país há alguns tempos atrás e decidiu que seria bacana se nós nos conhecêssemos melhor, para o laço ficar mais forte e tal. Eu achei bacana e ficou combinado dele vir a minha casa em uma típica sexta-feira de muita lua e muita putaria noturna para relaxar!

    Lá estava eu vendo uma série quando minha campainha toca, e o vampiro alto, loiro cheio de charme estava entrando na minha sala e como sempre falando, “Cara como você cresceu!” ¬¬’’’’’’ Obrigada Fê nem da pra reparar! Demos um abraço, ofereci uma taça de sangue, afinal é o certo na nossa sociedade, assim como vocês oferecem um copo de água, um boquete…. Nós oferecemos sangue porque é bacana e tradicional.

    Depois de algum tempo colocando a conversa em dia e tratando de alguns negócios, decidimos que seria legal dar umas voltas de moto e ir em alguns lugares exóticos dedicados à nossa sociedade. Sugeri um BloodPub conhecido entre nós e super discreto, o mesmo aceitou, claro, e seguimos caminho indo até o lugar.

    Chegando lá é apenas uma entrada normal em uma sala discreta ao estilo vitoriano, mas ao descer ao porão ou ao HellRoom, nossa recepcionista era nada mais nada menos que uma bela vampira que escondia suas partes com tapa sexo, eu não me incomodei e o Ferdinand também não, afinal o que é bonito é para ser admirado, enfim, voltando ao local em si, passado pela recepcionista, chegamos até o salão principal, que lugar agradável, garçonetes semi vestidas, Blooddrink por toda parte e confortáveis sofás e ótimas funcionárias nos serviam do jeito mais agradável possível, – Se eu soubesse que frequentava lugares assim, confesso que teria lhe convidado bem antes Lili!- Ferdinand parecia surpreso com meu gosto peculiar – Achou o que Fê, que eu vivia em festas country e em passeios românticos?  – Apenas sentei mais próxima dele e com uma piscadela fiz sinal para que a vampira morena nos servisse – Mais alguma coisa que eu possa ajudar senhorita King? – Ela disse toda insinuativa – Mais tarde querida! – Respondi apenas flertando de leve, Ferdinand ainda pasmo com a minha atitude, tomou mais um gole de seu copo e sorriu – Sabe Lili, passeios românticos eu sei que não são tua praia, mas desse teu lado sedutora de vampiras, mocinhas e afins é novidade… – como não sou boba nem nada, dei mais um gole no meu copo e guiei Ferdinand até uma parede cheia de buracos, lá podia se ver vários casais na pegação – Tá saqueei o porquê do nome HellRoom, aliás eles são bem convidativos?!… – Ferdinand parecia cada vez mais animado, decidi então leva-lo dois andares a cima e apresentar o HeavenRoom, o quarto dos céus….

    Não pensem meus caros, que neste quarto ao invés da sexualidade explicita, teríamos vampiros recatados e conversando sobre livros! Não, muito pelo contrário, o HeavenRoom, era o quarto onde os rituais mais pesados, mais loucos aconteciam, rituais no qual vampiros e bruxos entravam em transe, saiam da sua realidade e participavam de sensações e momentos que não esqueceriam tão cedo – E ai Fê, topa? – olhei para ele com uma pontinha de esperança que ele dissesse sim e o mesmo me olhou sorriu e deu um passo para dentro do quarto de ritual. E lá fui eu atrás do boss…

    Olhares, corpos, alucinações das mais loucas, me senti quase despida, vi Ferdinand abraçado a outras vampiras enquanto eu ria sem controle, me senti leve, cores… muitas cores me deixaram fora de ar, até que senti braços fortes me tomarem em seu peito, era o Ferdinand que me puxava para junto de seu pequeno harem, lembro de tomar copos e mais copos de néctar da vida, senti meu corpo ser tocado enquanto eu mesma tocava outros, senti o Ferdinand e mais alguns dali, sensação boa, sensação muito boa, o prazer tomou conta e depois um apagão veio em minha mente e o mundo parou…

    Acordei com uma sensação de leveza e sinceramente não lembrava de nada, até que olho a minha volta e vejo que muitas pessoas participaram na minha loucura, aliás acho que foi loucura generalizada. Mas quando olhei pro lado eu me toquei do que aconteceu, vi um loiro, tatuado, conhecido, semi nu….. PQP!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Sempre que entro nesses lances acabo com um conhecido querido sem roupas ao meu lado, lembra da Becky? Rs

    Não posso reclamar até porque foi bom e eu consegui vários novos contatos para passar alguns dias… =x… Mas foi insano levar o Ferdinand, porque nunca imaginei nós dois em uma aventura tão peculiar. Ele, porém, acordou sorrindo, contente e ainda tirou comigo – Hey, vou te convidar pra sair sempre! Muito insane essas festas que tu vais Lili! – Ferdinand levantou a procura de suas calças em meio aos corpos nus vampíricos que dormiam no quarto escuro iluminado por pequenas luzes – Fê a gente meio que…. – Aiii como é difícil falar isso, mas ele sem problemas conseguia falar – A gente meio que se conheceu melhor e dividimos uma noite bem cheia de surpresas agradáveis… – sim, que noite… Achei que seria melhor pegar minhas peças de roupas espalhadas e me trocar, arrumar o cabelo e sair de lá antes do sol aparecer…

    Quando chegamos em nossas motos, sem falar uma só palavra, eu me perguntava o que ele iria fazer depois até que – Hey, que tal a gente dar mais umas voltas de moto e quem sabe se alimentar de alguns babacas atoa por ai?  – A sugestão dele era ótima, subi na moto e fiz com a cabeça um sinal de aprovação, Ferdinand logo em seguida subiu em sua moto e partimos para mais algumas voltas a procura de alguma diversão ou apenas bancar os “Justiceiros”.

    “Oh Senhor, nos diga

    Nosso lugar é bem lá embaixo

    Se você escutar atentamente

    Você pode ouvir o choro

    Oh Senhor, Deus sabe

    Nosso lugar é bem lá embaixo”

  • Uma amizade improvável pt4

    Uma amizade improvável pt4

    Eu devia ter feito muitas perguntas para Steven antes de sair de casa daquele jeito, devia ter perguntado quem ela era realmente e o que ela queria. Mas sendo bem honesta, no fundo eu sabia que ele não teria todas as respostas e se tivesse provavelmente teria me falado…

    Segui até o endereço informado, mas alguns metros antes eu decidi guardar minha moto e seguir a pé, não queria chamar a atenção muito cedo, por tudo se Kate era uma vampira com uma “surpresinha”, seria bacana manter a precaução como aliada. Caminhei por uma trilha de terra que seguia até uma fazenda, algo mais rústico, mais country e claro do meu gosto.

    Aparentemente tudo estava muito tranquilo no local, não tinha a presença de ninguém, dentro e fora da casa. Andei em volta do terreno analisando muito fatores: 1º que não haviam carros ou motos, 2º as luzes estavam acessas, mas não tinha ninguém dentro da casa e 3º pude observar pelas janelas uma massiva coleção de armas guardadas em um armário que mais parecia uma cristaleira.

    Peguei meu celular e tirei algumas fotos, decidi que seria uma boa hora para sair dali, mas antes que pudesse ir, algo me chamou atenção, um amuleto na porta, parecia de proteção e eu que não sou boba nem nada, tirei uma foto para mandar para alguém especialista em amuletos e objetos antigos.

    Quando cheguei perto da minha moto tive uma péssima surpresa, os pneus foram perfurados e eu tive a certeza que algo ou alguém fez uma brincadeira no qual iria se arrepender depois ou o dono da casa misteriosa (ou seja, kate), viram minha moto por lá e não gostaram do fato de que eu estava bisbilhotando…

    Moto com pneu furado não anda né gente, mas ainda bem que todos temos nossos meios de “seguro” e o meu se chama Steven, peguei meu celular e liguei para ele e expliquei toda situação, Steven apenas falou “Não saia dai, estou indo!” e desligou. Não demorou muito para ver a caminhonete dele virar a estrada e se aproximar – Hum parece que lhe pregaram uma peça ou não te queriam aqui não é Lili¿ – ele parecia se divertir com tudo isso, – Aparentemente sim… Mas nada como ter um amigo muito bacana pra ajudar, não é Stevee¿! – mais alguns ajustes e minha moto estava descansando na caçamba da enorme picape do Steven.

    Ele me levou até em casa e não perguntou quase nada a respeito da minha aventura como detetive, apenas falou que quem muito procura acha e que nem ele mesmo conseguia explicar o que havia de errado com a Kate, pois não chegou a ter intimidade o suficiente.

    Após ele ir embora peguei meu note e transferi as fotos do celular, tinha que enviar as fotos para um especialista, principalmente a foto do amuleto na porta, aquilo me deixou ainda mais intrigada.

    Trevor saberia provavelmente o que fazer e para quem perguntar, enviei o seguinte e-mail para ele: T… Neste anexo seguem algumas fotos de um local que estou investigando, se puder me ajudar eu agradeço.

    Att: Lilian.”

    Demorou mas ele respondeu: “ O amuleto da porta não é coisa boa Lili, lembra que te falei de mais alguns outros clã antigos, quase medievais¿ Se lembrar por favor não vá atrás sozinha, vou enviar alguém para lhe ajudar! Mas apenas digo que esse definitivamente é um antigo, apenas preciso descobrir que clã, pois não tenho certeza ainda. Mas fique sabendo que temos clãs inimigos, a eterna “Era Feudal” Vampiresca ainda existe! Clãs que disputam terrenos ou soldados, e a Ordem tem os seus inimigos por vez… Por hora fique de boa, settle down girl… Quando descobrir eu te ligo!”

    Hummmm se o Trevor que é, bom um vampiro considerado perigoso, ficou com receio do que viu, o mais sábio seria esperar a resposta do próprio para poder tomar qualquer atitude. Achei que seria melhor ir dormir e esquecer todo este pesadelo psicodélico por hora.

    Toques altos do meu celular logo do lado do meu travesseiro me acordaram fazendo com que eu desse um pulo e pegasse minha espada, mas quando me toquei que era apenas o celular, abaixei a lâmina e atendi o telefone, era Trevor e parecia estar angustiado – Lilian! Onde você está¿ – como assim onde eu estou – Em casa por que¿ – silêncio e depois um barulho preocupado do outro lado – Lembra o amuleto¿ Não é de proteção e sim um símbolo! Símbolo dos antigos Cruzados, clã de assassinos, não apenas vampiros, mas metamorfos e Licans! O que quer que queira fazer não faça! São perigosos e geralmente agem em bando! Fique ai, vou ligar para o Daniel e Steven, vocês precisam se reunir e nos manter informados… Um clã assim não fica em casas a toa, estão se reunindo para algo! – e então ele desligou o telefone e eu fiquei como uma palhaça no fim do circo coçando a cabeça e sem entender nada!

    Depois fui me tocar que havia uma mensagem de duas horas atrás da Kate, “Lili preciso falar com você! Será que posso ir ai¿”, e agora o que fazer¿ Olhei para a mensagem umas trinta vezes antes de responder, até por que vamos para aqui e pensar um pouco mais, eu fui na casa que supostamente era a casa dela de “férias” e lá encontrei um mega arsenal de armas e um amuleto tão antigo quanto a múmia viva do Michael e depois tive a ótima notícia a que tipo de clã amistoso e carismático aquele amuleto pertencia e obviamente a pequena vampira misteriosa pertencia! Que bom! Que alegria! Que alivio! ¬¬’’’’’’’’

    Respondi apenas que não e que outro dia nos encontraríamos, ela por sua vez apenas visualizou e ficou por isso até que sinto alguém lá na minha varanda, seguido de batidas na minha porta, fui silenciosamente até minha Katana e a segurei com força, mais batidas na porta e agora uma voz conhecida – Lilian abre por favor! – A minha pqp! Antes ela some, vai embora, não fala nada e fica com mistérios de Lúcifer e o caralho a 4! E depois de algumas horas que eu fui fuçar a casa que é dela, Kate me aparece na porta de casa pedindo para abrir a porta¿ What fuck¿ Depois do que eu descobri¿ Claro que eu vou abrir, mas armada até os dentes, porque sei lá o que me espera. Quando finalmente abro a porta, lá estava uma Kate nua e aparentemente com pequenos machucados, ajoelhada na minha varanda como se estivesse fugindo de algo ou alguém…

    – Lili! Help me! ( Me ajuda Lili!)

    Oh, uma tempestade está ameaçando
    Minha vida hoje
    Se eu não conseguir alguma proteção
    Oh, sim, Eu irei desaparecer
    Ooh, veja o fogo varrer
    Nossa rua hoje
    Queima como um carpete vermelho carbonizado
    Touro louco perdeu seu caminho
    Guerra, crianças
    Está apenas a um tiro de distância

     

     

     

     

  • Quando o Sebastian virou meu dependente (Ghoul)

    Quando o Sebastian virou meu dependente (Ghoul)

    Acabei de publicar no Wattpad – acesse aqui – a última parte do capítulo que conta um pouco mais sobre como eu conheci Sebastian e sobre como ele virou meu dependente. Os dependentes são humanos que recebem o sangue Wampir e não são transformados. Virando assim uma espécie de Ghoul, ou escravo do vampiro que lhe forneceu o plasma. Eu já expliquei isso anteriormente por aqui e se quiser saber mais acesse este post.

    Esse capítulo trouxe mais detalhes da minha rotina em meio ao clã, minha tentativa de cursar uma universidade e também alguns detalhes sobre meu namoro com Suellen. Por falar na loirinha que conquistou meu coração, segue o título do próximo capítulo e que vai ao ar na semana que vem: “Quer casar comigo?” #spoiler

  • Uma nova jornada – Parte V: ano novo

    Uma nova jornada – Parte V: ano novo

    – Com Licença. – Falei ao chegar, batendo à porta.

    Antoni estava em um escritório, que logo mais soube ser seu. Logo, espantei parte dos pensamentos que brotavam em minha mente ao reparar como era incrível sua semelhança com Thomas. Falava no telefone calmamente, mas fazia anotações de maneira muito rápida em um pequeno bloco de notas.  Olhou para mim, sorriu e tratou de desligar o telefone assim que pôde, fazendo sinal para que eu entrasse.

    – Sente-se.  – Falou amigavelmente, entrelaçou os dedos e me disse sem rodeios: – Você poderá ficar instalada no mesmo quarto com Lorenzo nessas primeiras noites, mas logo precisará ter seu próprio quarto.

    – Como? – Perguntei, duvidando do que havia escutado.

    – É uma instrução importante. Fará parte do procedimento. Não me leve a mal, isso é para segurança do pobre garoto.

    – Bom, nesse caso…

    – Veja bem Rebecca, preciso que confie em mim. Peço apenas isso.

    – É um pouco complicado para mim. Quero que me garanta que se eu desejar ir embora, tudo estará disponível o mais rápido possível para nós.

    Por um instante, pensei tê-lo ofendido. Mas, tendo sua compreensão ao julgar meus motivos, ele concordou. Após uns quarenta minutos de conversa, grande parte das instruções e dúvidas estavam esclarecidas, mas ainda não havia sido detalhado como seria de fato o meu “treinamento”. Resolvi dar tempo ao tempo e antes de me retirar da sala, Antoni segurou-me pelas mãos, chamando-me de volta, seu olhar intenso encontrou o meu por alguns segundos:

    – Rebecca, haverá uma confraternização entre todos essa noite, devido ao ano novo.  Será no salão principal, Lorenzo e você estão convidados. Gostaria de apresentá-los, por isso é importante que venham. Usem branco, aqui essa tradição não é apenas para os humanos…

    Obviamente aceitei o convite. A confraternização teria um clima mais social então, Lorenzo vestiu calça e paletó cinza claro, junto a um suéter e camisa brancos, devido ao frio que fazia para ele. Eu usei um vestido bordado, com um grande decote nas costas, o que me deixou de certa forma, sensual. Essas roupas estavam a nossa espera no quarto, já que eu jamais imaginaria um evento nesse sentido. Nunca comemorei essas datas após ser vampira e Antoni previu isso.  Quando chegamos, alguns olhares voltaram-se para nós e imaginei que eram por sermos figuras diferentes por lá, ou por meu batom vermelho e cabelos longos escuros em contraste com aquele look Off-White,  ou cor de nada, que me deixava mais pálida que o natural.

    Antoni nos apresentou a outros bruxos-vampiros, a alguns apenas bruxos, ou apenas vampiros, havia alguns lobos e também conselheiros e sub-lideres, já que ele era o “poderoso-chefão”. Senti-me admirada pela mistura e harmonia entre tantos seres diferentes no mesmo espaço. Sophie também estava lá e veio me cumprimentar, se desculpar e por alguns minutos falou freneticamente sem parar. Em alguns momentos, Lorenzo parecia perdido e espantado, mas fiquei ao seu lado o tempo todo.  A festa estava interessante e agradável.

    – Rebecca, uma dança? – Disse Antoni alegre, estendendo uma das mãos, como se ainda estivéssemos no século passado.

    Olhei para Sophie e Lorenzo, com uma expressão mais preocupada do que o previsto.

    -Vá querida! Aproveite. Eu cuido de Lorenzo! – Disse-me Sophie calmamente, e entusiasmada.

    Antoni usava uma calça social cinza claro, junto a uma camisa de linho entreaberta, parecendo despojado. O cabelo bagunçado, o nariz fino, os traços suavizados… Passou um dos braços por minha cintura e conduziu-me no ritmo da música alegre típica da década de 60, “Time of The Season “ dos “The Zombies”, a música em seu ritmo sensual e ao mesmo tempo divertido, instigou-nos a uma dança com direito a flertes por meio de olhares, que me deixaram sem jeito. Em certo momento, Antoni chegou mais perto para falar algo enquanto íamos de um lado a outro, junto a uns poucos que mais nos olhavam do que dançavam:

    – Como está se sentindo?- Perguntou-me.

    – Estou bem. Preocupo-me com Lorenzo. Ele parece perdido e assustado. Acho que logo vamos voltar para o quarto. Há muitos vampiros novos por aqui?

    – Há sim, mas eles ficam do outro lado das instalações e estão acostumados, há muitos humanos por aqui. Fique tranquila.  – E olhando-me sério, por alguns instantes, disse: – Você está linda…

    Agradeci o elogio me sentindo envergonhada, e quando voltamos, Sophie me disse que Lorenzo havia ido ao banheiro. Claro, ele tem necessidades, pensei. Mas, logo percebi que demorava em retornar e tal demora me tirou do sério. Resolvi ir procurá-lo arrependida de tê-lo deixado.

    – Lorenzo, o que está fazendo ai? – Exclamei ao encontrá-lo do lado de fora do salão.

    – Desculpe, ficou preocupada? Vim tomar um ar.

    -Não se afaste de mim… Isso é para sua segurança. – Falei ríspida. – Está pensando nessa loucura toda? Estou vendo o que pergunta a si mesmo…

    – Eu nunca me acostumo com o fato de que pode ler meus pensamentos. Mas, se sabe o que eu quero, por que nem ao menos demonstra alguma possibilidade? – Pergunta-me Lorenzo.

    – Por que não há possibilidade. – Respondi.

    – Então, o que posso fazer?

    – Eu ainda não sei Loren, querido…

    Pobre Lorenzo. Naquele momento, eu não soube o que dizer. Não estava preparada para transformá-lo em minha cria, mas ele esperava um posicionamento meu.  O pior de tudo, é que ele era o primeiro a quem eu desejava transformar. Buscando deixar aquele clima de lado, ouvindo ao longe uma das minhas músicas preferidas tocando, meu humor muda repentinamente e, puxei Lorenzo já animada.

    Era hora de dançar e flertar com meu humano preferido, enquanto fogos de artifício iluminavam o céu e se juntavam à lua e as estrelas!

  • Uma amizade improvável pt3

    Uma amizade improvável pt3

    Uma semana havia passado desde a última vez que vi Kate…. Durante os dias apenas trocamos algumas mensagens, um telefonema e outro e nada mais; apesar de me sentir atraída pela pequena vampira e creio que ela também sentiu o mesmo por mim, eu ainda estava com a pulga atrás da orelha, afinal ela ficou cheia de mistérios e deixou algumas informações vagas, me deixando curiosa e ao mesmo tempo com o pé atrás com ela.

    Fiquei deitada em minha cama mais alguns minutos, não senti vontade alguma de levantar, apenas fiquei ali pensando nas inúmeras surpresas que ela poderia me trazer, por que sendo bem honesta com todos, meus últimos relacionamentos não foram um sucesso e só me trouxeram surpresas desagradáveis e eu não iria errar de novo, afinal o saco sobre essas coisas estava bem cheio.

    Depois que criei coragem finalmente me levantei da cama em busca pelo meu celular, este estava no balcão da cozinha repleto de mensagens e ligações perdidas, essas no qual eu rodei e vi quem havia mandado mensagem e quem havia ligado. Algumas mensagens do Ferdinand perguntando se eu estava “viva”, recados de fornecedores, algumas ligações de Steven e Daniel e finamente no fim de todas lá estava uma mensagem de Kate, “Lilian você vai estar ocupada sábado a noite? Será que podemos nos ver?”, era um encontro, ela finalmente iria falar algo ou seria os dois ao mesmo tempo?

    Marcamos um local que seria agradável para as duas, um lago próximo a minha casa, local discreto e sem muitos humanos para presenciar qualquer atividade mais sobrenatural nossa. Antes que ela chegasse eu liguei para Steven e perguntei para ele sobre ela e o que ela sabia sobre mim e suas palavras foram – Relax Lili, apenas falei do jeito cruel com que foi transformada, de que você curte os dois lados e que era parte da Ordem…. – Isso Steven divulga que eu faço parte de um clã antigo e temido, isso vai atrair demais um par perfeito pra mim… –”

    Steven se tocou claro, ao falar sobre a Ordem, mas mesmo assim eu achei que esse era o menor dos problemas, ela não viria atrás de mim à toa, mesmo sabendo de que clã eu pertencia. Esperei mais alguns minutos encostada agora em meu V8, e logo senti a presença dela, descendo do seu Corvette, trajando algo mais confortável diferente do que estava usando no nosso último encontro – Hey Lili! Como está? – no fundo eu fiquei feliz ao ver Kate, mas mesmo assim a pulga continuava  atrás da orelha. Dissemos nossos comprimentos e começamos a caminhar perto do lago, apenas a Lua iluminando a nossa caminhada, o silêncio foi nosso convidado por algum tempo, até que eu resolvi falar algo – Kate, por que quis vir me ver? Aliás, qual o interesse em mim? Aquele beijo foi um tanto rápido não acha? – ela pareceu surpresa com as minhas milhares de perguntas, saiu da zona de conforto, tentou mudar o assunto mas em vão eu não deixei, apertei a mesma tecla fazendo com que ela parasse de andar e virasse pra mim, olhei para baixo nos olhos dela e então outro beijo – Sabe Lili, eu me surpreendo com o seu modo de agir e como é difícil para você acreditar nas pessoas… – ai ai Kate, você não sabe da metade – Eu tenho meus motivos, os mesmos talvez que você tenha, pois fica me escondendo alguma coisa, acha que não percebi que suas indiretas significam algo importante que vai além de curiosidade?! – cara quem me conhece sabe que ser delicada não é um dos meus pontos fortes, por isso deixo de ser assim quase o tempo todo!

    Mais algum tempo em silêncio e finalmente ela reagiu depois do baque que levou de diretas mesmo – Lilian eu soube de vocês através do Steven e uma festa destas em comum que nós fomos, ele me falou de você e do Daniel, os grandes amigos dele e eu fiquei curiosa mais sobre você, poís tua história de vida é bem parecida com a minha…. Afinal minha transformação não foi uma das melhores e também o fato de você ser Bi… – Então vamos aos fatos, ela se identificava com a minha história porque havia passado pelo mesmo tipo de merda que eu, OK…. Até ai tudo bem e o fato de ser Bi também não era lá aqueles segredos, mas ainda sim, eu não engolia, tinha algo a mais – Só isso, tem certeza Kate? – Ela sabia que me despistar não seria fácil, aliás seria algo em vão, não soube como agir e então decidiu que era hora de ir embora, se despediu de mim e foi embora me deixando a ver navios mais uma vez.

    Voltei para casa e quando passei pela porta meu celular começou a tocar, era Kate – Lili eu sei que suspeita que tem algo a mais, mas eu ainda tenho que resolver algumas coisas antes de te falar qualquer coisa, mas te peço pra confiar em mim por hora e na no momento certo você pode julgar melhor sobre mim… – Eu apenas disse “OK” e “Bye” e fiquei sentada no sofá da sala com aquela cara de paisagem… Mandei uma mensagem para Steven ,”A Kate tem algo a mais que eu deva saber?”, depois de alguns minutos lá estava a resposta dele, “Ela não é apenas uma vampira!”…

    Oi? Como assim? Ela vai além de vampirismo? Não é possível, não não pode ser…. Peguei meu carro e segui caminho até o endereço que Steven havia me passado que deveria ser a casa de férias da Kate… Não tenho certeza do que vou encontrar lá mas de uma coisa eu estava certa, desarmada e sem minha Katanna eu não iria, afinal não sei o que vou encontrar lá e não sei o que esse a mais da Kate significava.

    A Senhorita Pessimista estava em seu caminho
    Liguei de volta para ela mais tarde
    Mas ela já tinha partido para outra
    Uma leoa, vermelho intenso
    Eu devia saber
    Quando isso virou uma coisa unilateral?
    Não foi só eu que me apaixonei
    Às vezes queria nunca ter te conhecido
    Se o amor não é necessário
    Podemos mesmo chamá-lo de amor?

  • Uma nova jornada – Parte IV: a viagem

    Uma nova jornada – Parte IV: a viagem

    Fomos recepcionados pessoalmente por Antoni, que foi nos buscar no aeroporto na qual aterrissamos com meu jato particular. Devido à diferença de horários, me arrependi de não ter saído mais cedo para poder chegar com tranquilidade depois da viagem. Ainda teríamos alguns quilômetros de viagem pela frente, e eu ainda estava receosa com a presença de um ser tão semelhante a Thomas… O clã ficava em uma cidade no interior dos Estados Unidos, uma região montanhosa e fria para Lorenzo. Logo que chegamos, observei que aquele não era o mesmo local que eu havia conhecido anteriormente, era uma fazenda em uma grande propriedade, e antes de exclamar qualquer coisa, Antoni foi logo explicando:

    – Aquela é uma de nossas sedes na cidade, digamos assim. Alguns vampiros-bruxos mais experientes ficam por lá. Aqui é um local onde temos mais contato com um meio natural, os iniciantes ficam instalados aqui, pois é onde conectamos melhor nossas energias, podendo contemplar a natureza em um todo.

    – Compreendo. Antoni me diga sinceramente, o que pretende me convidando para passar esses tempos por aqui?

    Ele olhou-me como se pensasse “Jura que você não entendeu ainda?”, mas eu havia entendido muito bem. Queria apenas ouvir diretamente. Sua expressão aliviou-se, então ele explicou:

    – Eu sei que você precisa dessa vivência. Quero ajudá-la de alguma forma. Você herdou alguns poderes de Thomas que ainda desconhece. És muito jovem ainda. Além disso, se adaptar-se tenho esperanças que faça parte de nosso clã.

    Naquele momento, meu pensamento foi direto a Ferdinand “… só espero que não resolva ficar por lá definitivamente.” Expressando dúvidas, resolvi mudar o foco:

    – Mas, se herdei os poderes de Thomas, eu não deveria fazer parte do outro clã? Sei que eles me consideram uma inimiga, mas eu me encaixaria aqui?

    – Nossos dons e poderes são muito semelhantes, pois, como lhe já contei, nossos clãs agiam em conjunto séculos atrás, a diferença é como e de que forma absorvemos essas energias e para quê as usamos atualmente. Mas, enfim, é cedo para abordamos tudo isso. Irei mostrar onde ficarão instalados. Vocês precisam descansar.

    Dormi durante quase todo aquele dia. Ao acordar, eu e Lorenzo organizamos nossas coisas. Até que alguém bateu na porta de nosso quarto.

    – Com licença – Disse uma pequena senhora de olhos cor de mel e cabelos curtos ondulados – Trouxe uma refeição para seu amigo. Senhora, Antoni precisa conversar com você em particular.

    – Obrigada e… Não precisa me chamar de senhora, por favor. – Olhei para ela e sem uma explicação aparente, senti certa afeição por aquela pequena senhorinha. Ela servia Lorenzo, enquanto saí.

  • Uma amizade improvável pt2

    Uma amizade improvável pt2

    “Quando se é jovem você sempre aceita o que consegue
    Mesmo bicicletas e regadores automáticos te molham
    Agora sei que há um jeito diferente de morrer
    Meu corpo respira, o coração ainda bate
    Mas não estou viva.”

    Risadas, bebidas, conversas para todos os lados, brincadeiras a parte, e eu estava naquele transe entre desvendar os mistérios da pequena Kate e me distrair em meio a tantas novidades sobrenaturais que eu estava presenciando. Peguei um copo de Jack (Sim caros humanos eu sei o que acontece com vampiros que se aventuram a tomar o néctar da verdade de vocês e não eu não me importo rs), precisei de alguns segundos para ligar alguns fatos e quando me dei por vencida entornei o copo por completo, pensei em pegar outro mas achei que seria melhor me esconder entre um cigarro e outro enquanto procurava Steven, o mesmo estava bem enturmado com uma de sua espécie enquanto eu fui persuadida novamente pela bela Kate – Jack Daniel’s? É algum tipo de auto punição? Imagino que saiba o efeito desagradável que isso vai ter mais tarde! – achei um tanto “fofo” o jeitinho preocupado dela, apenas pisquei e fiz um sinal para que me seguisse.

    Andei até minha moto sentei na parte do motorista e ofereci que ela se sentasse no carona, fiquei a encarar aquela vampira que sabe muitas coisas a meu respeito, ela apenas retribuiu o olhar e fez aquela cara de “E ai?!”, dei um trago e pensei bem no que falaria, ela foi mais rápida e me interrompeu mesmo antes que eu desse alguma palavra – Você costuma levar todas para a garupa da tua moto no primeiro encontro? –  aquilo me divertiu, encontro? WTF? – Não, eu geralmente não preciso nem disso, enfim… Sabes que me deixou curiosa com o lance “Temos muito em comum”… E ai o que me diz sobre? – Kate me olhou profundamente, agora não parecia com vergonha e sim desconfortável, tentei não passar mais desconforto para a vampira, seus olhos agora transmitiam receio – Ah deixa isso quieto por hora…. Na hora certa você vai saber… – hora certa? Sério isso? Se temos tanto em comum, devias saber que minha paciência as vezes deixa de existir, né?!

    Mais alguns cigarros e um papo descontraído, percebi que era hora de dar o fora dali, afinal não estou afim de virar churrasco ainda. Quando fui me despedir de Kate me surpreendi com a atitude da mesma, ela ficou de pé na minha frente e antes que eu pudesse ter algum tipo de reação, Kate me tomou um beijo nos lábios e eu fiquei apenas observando enquanto a pequena vampira ir embora em seu Corvete.

    Fiquei mais alguns minutos ali fora sozinha, tentando descobrir o que fazer com aquela peculiar vampira, ganhei o número de celular dela e um beijo que me deixou sem palavras, e agora? O que vinha depois disso? A revelação talvez desse mistério todo?! Tomara né?! Apenas peguei meu celular e lá havia uma mensagem de Whatssap da Kate, “Lili não fique pensando muito, afinal as melhores coisas da ‘vida’ são uma surpresa! Kisses Kate. :)”. Ela ainda vai me deixar maluca, e nós apenas nos conhecemos hoje, imagine como serão os outros encontros… Por que eu estou aqui imaginando e tentando adivinhar tudo o que está para acontecer…

  • Uma nova jornada – Parte III: a primeira vez de Becky

    Uma nova jornada – Parte III: a primeira vez de Becky

    Após a minha conversa com o Fê, entrei em contato com Antoni. Nos falamos pela primeira vez após a França e marcamos a data na qual Lorenzo e eu faríamos nossa viagem. Antoni empolgado, explicou-me que eu deveria passar ao menos um mês junto a eles para que pudesse conhecer boa parte dos métodos de seu clã. Um mês passaria rápido, mas era um tempo que me pareceu longo, visto que eu teria que adiantar muitos negócios em minhas empresas, para poder me desligar totalmente de tudo. Questionei-o sobre o fato de Lorenzo ser um humano, e isso não pareceu um problema para Antoni que se prontificou a recebê-lo de qualquer maneira. Confesso que nas noites que antecederam a viagem, já com os preparativos sendo encaminhados, tentei controlar a ansiedade e o desejo de desistir. Mas, muitas vezes, Lorenzo me incentivava e renovava meus ânimos, “Eu estarei lá com você, Beckynha…”

    Na véspera da viagem, saímos para fazer algumas compras logo que anoiteceu. Lorenzo precisava de algumas roupas de inverno, e ajudá-lo com isso, me distrairia. Na volta, brincávamos no carro enquanto o motorista que eu havia contratado dirigia discretamente. Pela primeira vez em décadas, resolvi contratar alguns funcionários fixos para questões pessoais. O motorista era um homem alto, moreno e de poucas palavras, que dirigiria para mim, apenas durante a noite. Planejava contratar uma funcionária para cuidar do meu novo apartamento, e para me acompanhar nos locais onde eu estivesse, por período integral, mas ela certamente teria que se tornar uma Ghoul também, por tanto, eu não havia decidido nada sobre isso. Deixando essas questões de lado e voltando ao que interessa, o clima no carro pareceu esquentar, e eu já planejava algumas artimanhas para praticar com Lorenzo, quando chegássemos em casa. Subimos o elevador em meio a abraços, beijos e amassos, mas quando chegamos, fui interrompida.

    – Rebecca, calma, por favor!

    – Ah Lorenzo, para com isso… – Falei enquanto dava algumas mordiscadas em seu pescoço.

    – Rebecca, estou falando sério. Será que posso comandar nossa brincadeira ao menos uma vez?!

    Olhei surpresa para sua expressão séria. Lorenzo me contrariar tinha se tornado algo raro, após transformá-lo em meu Ghoul. Mas, depois que voltamos da França, algo estava diferente. Talvez o ritual que fizeram, ou o tempo em que ele ficou sem o meu sangue, tivesse mudado algo. Nos primeiros dias, Lorenzo havia ficado deturpado, demonstrando pequenos sinais de loucura, como uma espécie de abstinência. Mas, logo havia se recuperado. Em volta a esses pensamentos, demonstrei certa preocupação, o que o fez se explicar rapidamente, deixando-me mais tranquila:

    – Rebecca, eu também tenho meus impulsos e meus desejos. Gosto de você, do sei jeito. Mas, queria tentar algo diferente. Você desperta em mim vontades diferentes.

    – Como assim Lorenzo?

    – Eu quero amar você. Não simplesmente fazer sexo, entendeu?

    Pensei por alguns instantes.

    – Eu não sei bem como fazer isso. O jeito que conheço é esse.

    – Mas, existem outros jeitos. Deixe-me mostrar a você? – Falou segurando meu queixo e sorrindo.

    Lembro- me que a primeira vez que me envolvi com alguém, foi com Thomas, claro. Tenho tentado apagá-lo de minha memória, mas certas coisas são inevitáveis. Mas, naquele momento, as lembranças vinham para mostrar que outras opções existiam, e que eu tinha direito a pelo menos experimentar outro lado. Talvez um lado mais humano que se perdeu completamente no tempo. Aquela era uma primeira vez. A primeira vez em que eu, Becky, me permiti sentir algo, ao menos mais carinhoso. Sem dor, sem tortura, sem sofrimento. Sem causar isso em alguém. Era redescobrir o controle e meus desejos. Era, de certa forma, uma nova maneira de privação e de sentir prazer, talvez…

    Lorenzo pegou- me no colo, rindo e lançando-me em cima da cama. Tirou a camisa e me deixou admirá-lo. Meu desejo de arranhá-lo e vê-lo sangrar precisaram ser contidos. Depois, veio lentamente em minha direção com seus lindos olhos verdes me fitando. Fiquei observando, a espera. Despiu-me lentamente, enquanto espalhava beijos quentes por todo o meu corpo. Deitado sobre mim, já nu, parou por alguns instantes e olhando em meus olhos afagava meus cabelos, beijava meu rosto, meus olhos, o canto dos meus lábios, pedindo para que eu sentisse aquilo tudo e tivesse paciência. Sua língua procurando a minha e chegando até minhas presas, o que me provocou certa reação, que consegui controlar. Era algo que foi se tornando bom, e me permiti ir além do desejo de mordê-lo. Provocando-me desta forma, nossos corpos se uniram em um movimento lento, até chegarmos ao ápice, explorando, delimitando e sentindo com mais intensidade um ao outro. Passamos um bom tempo enrolados. Seu corpo quente aqueceu meu corpo frio e gélido, fazendo me sentir bem. Fechei os olhos por alguns instantes, sentindo sua respiração, ouvindo seu coração bater forte e logo me lembrei de nossa viagem. Logo lembrei que Lorenzo estaria comigo, e que isso também foi se tornando algo bom.

  • Uma nova jornada – Parte II: conversa entre amigos

    Uma nova jornada – Parte II: conversa entre amigos

    Aquele som de telefone em espera e eu, cada vez mais ansiosa. Então, finalmente ouço sua voz grave e divertida:

    – Hey Becky, qual é o ar da graça?

    – Oi Fê! Muito ocupado? Está a fim de sair para bater um papo? Ter uma conversa num lugar bacana…

    – Humm como sabes que estou sem planos para hoje à noite? Tá sabes que não nego um “rolê”, ainda mais com essa lua gigante no céu. Te encontro ai antes da meia noite!!

    – Ok, cinderela, até daqui a pouco, então… – Brinquei.

    – Hey! Cinderela não!! Sabes bem que no meu conto de fadas eu tô mais pra “lobo mal”. – Falou fingindo repreensão.

    – Em pele de cordeiro, claro… – Completei.

    E naquele momento, imaginei que meu amigo deveria ter revirado os olhos e caído na gargalhada enquanto desligava o telefone. Avisei Lorenzo que iria sair por algumas horas, troquei de roupa e ao sentir a presença de Ferdinand por perto, peguei minha Gucci e desci calmamente o elevador, até me deparar com aquele loiro de olhos azuis.

    – Pra quem precisava de um lugar tranquilo… Acho que essa aqui é uma das ruas mais calmas da cidade!

    – Já ouviu que é mais fácil se camuflar em uma multidão? Mas, aqui é um lugar tranquilo, sim. Os bares e restaurantes são boêmios, há cafés, pubs e os frequentadores são na maioria pessoas maduras, não vejo arruaças por aqui. Vamos caminhando? Tem um lugar bacana por perto!

    – Vamos, vamos. Tu com essa empolgação de sempre… – Exclamou, esticando o braço e fazendo a frente para irmos.

    Enquanto caminhávamos, jogávamos conversa fora em meio a risadas devido ao Fê e suas piadas sem graça. Chegando a um restaurante típico italiano, sentamos em uma mesa discreta.

    – Em que posso servi-los?- Disse o garçom, se aproximando.

    – Nos traga uma garrafa do seu melhor vinho, querido. – Pedi tentando afastá-lo rapidamente.

    Não bebemos o vinho, claro, mas desse modo nos deixaram ter nossa conversa.

    – Então, brincadeiras a parte, o que tu me contas? – Questionou Ferdinand.

    – Na verdade Fê, eu gostaria da sua opinião. Recebi um convite.

    – Um convite, sei!?

    – De Antoni.

    – Do gêmeo do babaca lá do Erner???

    – Do gêmeo do babaca do Erner… Ele pediu desculpas, falou em redenção e nos convidou para passar ao menos uns tempos com o clã dele.

    – Nos convidou?

    – Eu e Lorenzo.

    – Humm…

    – O que acha disso? Ele não tem obrigação de concertar o passado, e coisas que não fez. Mas…

    – Bom, tu que sabes. Se vai te fazer bem, não vejo mal algum em buscar mais conhecimento. Mas, me diz uma coisa. Essa cabecinha linda tem algum motivo em especial para ir?

    – É… Não. Só curiosidade, vontade de aprimorar meus poderes, eu nunca tive um treinamento eficaz. Aprendi tudo sozinha, vamos ver como me saio por lá…

    – Tá, já sei. Está se sentindo carente e desamparada sem um mestre….

    – Eu carente? Sabes que não. – Falei mostrando a língua e rindo – Não é isso. Na verdade, nem sei o que é ter um mestre, de fato. Mas, a Eleonor me ajudou muito e tenho você agora. Mas, com eles é diferente.

    – Tudo bem, vai. Vai tranquila, só espero que não resolva ficar por lá definitivamente. Sabes que nosso clã precisa de ti. Só tenta me passar, tipo uns boletins informativos de vez em quando, principalmente se encontrar algo de muito estranho. No mais é de boas, te dou essas “férias”… – Falou dando uma piscadela. – Aliás tu ficaste sabendo da última peripécia do Franz?

    Confesso que me senti mais tranquila depois daquela conversa. Mas, percebi que era melhor mudar mesmo de assunto.

    – Do Franz? Não. O que ele fez dessa vez?…. Não!….Sério?…Ele é louco…. – Exclamei enquanto ouvia o Fê falar, já animado e divertindo-se.

    E assim as horas passaram voando, como sempre acontece quando dois amigos geminianos se encontram.

  • Uma amizade improvável pt 1

    Uma amizade improvável pt 1

    Você não pode me sentir, não
    Como te sinto
    Eu não posso roubar você, não
    Como você me roubou”

    Incrível como o tempo passa rápido, como as pessoas mudam com pressa, como a confiança é mãe de várias faces. Eu ando mais tranquila, mais amena, não fico procurando mais “sarna” pra me coçar, é assim que falam não?! Mas é quando estamos mais em paz, é que aparece alguém pra mexer com a cabeça, pra estragar todo aquele mito sobre ficar “de boa” que tantos falam.

    Sabe a última coisa que eu precisava agora era ter algo assim, algo pra me tirar do sério, mas enfim, nem tudo é como a gente quer. Se fosse assim maioria iria ser feliz e não encheria tanto um o saco do outro com coisas banais da vida. Pois bem, gente feliz não enche o saco alheio né, e isso me faz acreditar que o mundo é  um lugar repleto de tristeza ultimamente.

    Mas deixando meus devaneios de lado e dando um ponta pé no que quero contar, a merda toda é que eu conheci alguém, aliás, alguém me achou em meio ao caos moderno e algo começou, detalhe é que eu nem sei o que começou, mas sei que deve dar alguma coisa daqui pra frente.

    Era uma noite normal entre minhas saídas com Steven pelo vale da morte, em nossas buscas por algum tipo de distração, que ele comentou algo sobre conhecer os amigos dele, alguns que pertenciam ao mesmo sobrenatural que nós, eu fiquei cismada mas fui mesmo assim, afinal precisava sair deste circulo viciosos de amizades e amores não correspondidos que eu havia me metido.

    Quando chegamos no local, uma cabana ao velho estilo country, algo aparentemente lindo e com uma iluminação  rústica que encantaria o olhar de qualquer um aparecia na minha frente. Senti vários tipos de presenças, todas eram novidades aos meus sentidos, estava ansiosa, curiosa e alerta, confesso, mas isto não me impediu de entrar e admirar alguns seres que me acolheram bem, eram divertidos, agradáveis, não tinham drama, apenas eram como eu, como Steven que estava lá comigo, Becky, Ferdinand, aliás saudades deles, mas a vida segue né.

    Steven me apresentou ao James um vampiro com rosto de vinte anos, mas a idade e sabedoria de um ancião, me apresentou ao Charles, um antigo Lican inglês, que me divertiu com seu sotaque e algumas brincadeiras a respeito dos vampiros, algo descontraído. Quando me dei por conta outra presença vinha em nossa direção, vampiresca obviamente, mas me deixou de certa forma bem serena – Quer dizer que você é a Lilian de que todos falam? Imaginei que fosse alta, mas não tanto! – assim que virei me deparei com uma bela vampira, deveria ter seus 1,60 de altura, cabelos longos, escuros, olhos castanhos claro, bem claros, um rosto de menina, sorriso misterioso, já falei como eu adoro um mistério?”

    Olhei para a pequena e atraente vampira, uma mistura de inocência e atrevimento, combinados com mistério, gostei do que vi, por mais que precisasse controlar minhas feições de divertimento – E você quem seria? Não tive o prazer de ouvir a teu respeito – olhei ela, a mesma saiu do modo confiante para o modo “envergonhada pra cacete” – Sou Kate, prazer Lilian! Confesso que no fundo estava curiosa em conhecer você – não tenham dúvidas que me diverti com a vergonha que Kate se apresentava agora – Pois bem Kate, aqui estou – dei uma piscada de leve e agora ela abaixava a cabeça como se quisesse esconder o vermelho inexistente de seu rosto – Kate, eu achei que iria gostar de conhecer a minha delicia chamada Lilian. Afinal ela adora uma boa conversa, algo inteligente desprovido de assuntos banais e mundanos. Vou deixar vocês trocarem informações de menininhas e vou encher a minha caneca com cerveja, muita cerveja para sua inveja Lili! Eu posso e você não!” – Steven me deu um selinho brincalhão e um beijo no rosto da Kate, saiu de lá e foi ao encontro do seu amor, da paixão dele, o Barril de cerveja, o que dizer além do que, ” seja feliz meu amigo!”

    Kate me direcionou até a sacada daquele lugar, onde pude acender um cigarro e olhar para o horizonte, sem encarar muito a vampira e não deixa-la desconfortável, a mesma sentou no banco ao meu lado e tomou uma taça de sangue, me ofereceu mas recusei, afinal eu jantei antes de ir para lá – Está alimentada acredito… – Perguntou ela ajustando o casado preto que cobria algo que parecia ser uma camiseta do Metalica – Então curte rock? Desculpe não pude deixar de reparar, sou fã deste estilo musical – Estiquei as pernas em cima de uma mesa de centro a nossa frente enquanto ela agora olhava para o celular – Adoro na verdade, essas modinhas de hoje me dão nos nervos… – achei engraçado a indignação dela, mas mantive a compostura, ela parecia ficar sem graça com muita facilidade – Temos isto em comum então… – respondi em tom de dúvida e ela me surpreendeu – Temos muitas coisas em comum Lilian… –

    Não sei se era o cigarro, se era meu modo educado ativado, mas no fundo não entendi a indireta dela, apenas a olhei em dúvida e ela apenas piscou de volta e foi em direção a porta – Vai ficar ai ou vai entrar? – disse ela abrindo a porta, decidi que seria melhor entrar e de alguma forma tirar mais coisas a respeito dela… Kate despertou algo em mim e definitivamente eu vou descobrir o que é, e ainda mais agora que disse que temos tanto em comum, devo estar desinformada ou ela esconde algo e eu vou descobrir, isso é inevitável.

    Depois de Jesus e Rock N Roll
    Não conseguiram salvar a minha alma imoral, bem
    Eu não tenho nada
    Eu não tenho nada a perder