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  • Vampiros, sexta-feira 13 e pseudo bruxas

    Vampiros, sexta-feira 13 e pseudo bruxas

    Há tantos fatos sobre vampiros que não fazem sentido, que as vezes nem mesmo eu consigo usar palavras para explicar. Por que alguns vampiros suam de verdade e lacrimejamento e outros sangram? Por que certos vampiros tem poderes mentais, enquanto outros têm habilidades com o corpo, ou ainda alguns exercem influência sobre os elementos da natureza? E o que tem haver isso com sexta-feira 13…

    Cara, se estais aqui em busca de explicações sobre o porque disso tudo, desculpa, sorry… NÃO SEI.

    Sério, tenho minhas habilidades, domino-as até certo ponto e não sei de onde vem ou para onde vão. Por vezes me sinto abençoado, em alguns momentos me sinto um pequeno Deus. Só que também há momento mas em que me sinto um anticristo, amaldiçoado, demoníaco ou maldito.

    Ao meu ver, saber o porquê das coisas é importante, pois gera algo chamado “liberdade”. Sim, acredito que ao jogar certos dons aos deuses, ou pelo menos aquilo que é difícil de lidar ou entender. Nos permite a liberdade de agir, a liberdade para tentar ou praticar aquela tal tentativa e erro.

    Noites atrás eu estava naquele lugar que mencionei no post. Onde levei uma pseudo bruxa para o meu quarto de hotel. Fizemos aquilo que nossos corpos quiseram e depois troquei uma ideia com ela. Eu já tinha percebido que ela era apenas um “cosplay de bruxa”, mas resolvi levar o lance dela um pouco mais para frente por diversão.

    Foi quando entramos nesse papo de Deus(a), sobrenaturais e afins, aliás foi onde consebi essa ideia de “liberdade pelos Deuses”.

    A garota não conseguiu ir muito longe nas suas explicações acerca dos “seus poderes”. Juro, ela acredita piamente ser abençoada e detentora de poderes psíquicos.

    • Pensa em algo e deixa eu adivinhar.
    • Tô pensando…
    • Vocês tá pensando em nós!
    • Cara, tô pensando no que vou fazer amanhã…

    Na verdade eu estava pensando em como mandar ela embora mais rápido.

    E tu querido(a) leitor tens alguma explicação para a existência de vampiros, sexta-feira 13 e bruxas?

  • Os mortos não voltam – Parte VI

    Os mortos não voltam – Parte VI

    – Sophie, levante minha querida. Eu não disse para ir direto para casa? -Dizia Antoni para Sophie que levantava sem entender grande parte do que havia acontecido.

    Naquele momento, eu já vestia minha blusa e tentava me recompor. Acordei Lilian que ria e fazia brincadeiras comigo, enquanto eu meio séria, meio rindo, dizia que teríamos que conversar sobre o que havíamos feito em outro momento.

    -Relaxa – Cochichou para mim – Apenas curtimos! Eu curti, hahaha.

    – Hum, percebe-se. Mas, colocaram alguma coisa na minha bebida. – Falei fazendo-me de emburrada mas, preocupada com a presença de Antoni.

    Quando percebi, Sophie falava algo com ele e apontava para mim. “Merda. Preciso de um buraco para me enfiar.” Pensei. Foi como ver Thomas caminhando em minha direção, imponente, seguro, porém com o olhar mais leve e tranqüilo. Ao seu lado, estava o rapaz da tatuagem. Eu sabia!

    – Senhora Erner, és mais bela pessoalmente do que imaginei. Muito Prazer, Antoni.

    – És mais parecido com Thomas do que eu podia prever. Realmente são gêmeos idênticos. – Falei de certo modo grosseiro, fazendo Antoni olhar-me estranho.

    – Bom, não temos muito tempo. Quer ou não resgatar seu humano?

    – Ele não é meu humano. Seu nome é Lorenzo.

    – Tanto faz… – Falou dando-me as costas, o que me deixou mais irritada.

    Naquele momento, minha irritação com Antoni foi substituída por fortes dores. Maldita Bebida. Eu sempre bebo em situações complicadas ou para relaxar de maneira controlada. M,as com doses exageradas, essa sensação é momentânea, o arrependimento chega quando minha garganta arde como fogo, e então, vomito tudo. Quando consegui me recompor daquela situação horrenda, Sophie fez sinal para mim e Lilian. Devíamos segui-los. Alguns quilômetros depois, na garupa de Lilian, observava o casarão onde se encontrava o clã de bruxos vampiros na qual Antoni pertencia e havia se tornado mestre, ou protetor. Ao entrar, Antoni cordialmente nos explicava para o que servia cada lugar naquela casa, evitando sempre olhar para mim, desde aquela frustrada apresentação. Após subir algumas escadas, entramos em um escritório onde se encontravam algumas obras de arte, mapas, livros e até esculturas.

    – O clã de bruxos demônios como apelidaram, concentra-se nessa região da França. – Falou apontando um mapa. – Meus informantes nos passaram que eles levaram aquele rapaz para lá, já que é o local onde suas energias possuem mais poder.

    – Eles farão um ritual, Tom? – Perguntou Sophie.

    Revirei os olhos “Tom” repeti mentalmente. Mas, por que raios fariam um ritual com Lorenzo? Pensei. Antoni se direcionou a mim assustando-me e, em seguida, para as meninas:

    – Preciso conversar com Senhora Erner, em particular.

    Eu e as meninas nos entreolhamos, Sophie demonstrou que aquilo era necessário e pedindo licença, levou Lilian consigo para fora. Então, tranquilamente, Antoni caminhou até a janela, e olhando para a escuridão contou-me coisas que eu nem imaginava, enquanto eu observava seu reflexo no vidro e lembrava-me de Thomas.

    – Quando meu irmão e eu nascemos,  nossos pais pertenciam a uma seita que unia dois clãs diferentes. Meu pai era um dos lideres. Os dois grupos trabalhavam em conjunto em prol dos mesmos objetivos. Mas, uma discórdia entre meu pai e um dos outros lideres do clã, fez com que nos tornássemos inimigos. Isso é uma longa história. Meus pais foram assassinados. Eu e Thomas fomos encontrados e levados para abrigos em diferentes partes do mundo. Anos depois, o líder que havia entrado em discórdia com meu pai nos encontrou, possuía ainda mais poder, e fomos atingidos por uma terrível doença, a qual fomos obrigados a aceitar ser transformados em vampiros para viver, mas, também havia uma condição. Eu deveria pertencer ao clã de bruxos vampiros. Mas, Thomas estava marcado a ser parte do clã de bruxos demônios. No fim, o interesse era nos tornar imortais. Eu soube de todos esses detalhes anos depois… Nunca vi meu irmão. O que sei é que quando você o matou, o clã de bruxos demônios ficou sem seu futuro líder.

    – O que? Thomas seria o líder deles?- Falei impressionada.

    – Sim. Ele estava se preparando para isso. Rebecca, você não sabe onde se meteu. Nada é o que parece! Eu avisei Sophie para não te procurar, para protegê-la. Você só conseguiu matar Thomas porque ele estava vulnerável depois dos rituais de preparação na qual havia se submetido naquela época. Senão nunca conseguiria. Agora, eles pegaram o humano para fazê-la sofrer, eles virão atrás de você e farão o ritual, na qual se prepararam durante décadas! – Falou caminhando em minha direção e segurando-me nos braços. – Eles são bruxos vindos do inferno que se apoderam de outros corpos, são sugadores e manipuladores, tentarão fazer a alma amaldiçoada de Thomas possuir o corpo de Lorenzo!

  • As desilusões de um vampiro – Parte 3

    As desilusões de um vampiro – Parte 3

    Depois de ler meu diário traduzido, percebi que deveria repassar os acontecimentos finais para todos vocês. Como devem saber, tenho por nome Trevor, sou mestre de Lilian e aqui vou deixar a continuação do que leram e com as minhas próprias palavras.

    Nevou naquela manhã. Lembro-me de estar deitado, enquanto ouvia os corvos baterem nas janelas.

    Lilian lavava-se em uma banheira de mármore, localizada próxima à cama, dando pancadinhas suaves nas bordas, enquanto mergulhava as mãos claras e finas, dando leves piparotes com os dedos, fazendo com que minúsculas ondulações roçassem a superfície da água, logo depois elevando a voz para que uma das Ghouls fosse chamada.

    Atendendo ao chamado, Clarie foi ao encontro de Lilian, ela a chamou carinhosamente “Venha aqui querida”.  A Ghoul ajudou Lilian trocar-se, e eu assobiava chamando o nosso querido “Thor”. Debaixo de uma das cômodas saiu o pequeno cachorrinho latindo.  Ele claro foi abanando o rabo para sua bela dona, antes de tentar pular para dentro da banheira e tomar a água, “ No Thor!”, Lilian o pegava no colo deixando a mostra os belos seios e o longo cabelo molhado descendo  pelas costas, “ Se ainda fosse humana diria para colocar uma blusa”, “Medo que eu fique resfriada? Acho impossível isso acontecer meu caro vampiro”, aquelas palavras vinham através de um belo sorriso e  gesto para que Claire nos deixasse a sós.

    Logo ela se aproximou e tateou minha testa me dando em seguida um beijo, “Deveria ser menos preocupado!”,”Creio que ainda tenho medo que ele volte e lhe machuque”, “ Acho muito difícil, afinal não tens me treinado por esses anos para a nossa vingança?”, “ Claro Lily, claro!”.

    Sinceramente, toda vez que ficava ao lado dela sentia que de alguma forma a presença de Genevive me rondava, mas creio que era apenas fruto da minha imaginação ou da excitação de estar com alguém querido novamente, “T precisamos ir, lembra que hoje finalmente iria me mostrar o teu poder?”, “Está muito curiosa minha cara?“ Claro que estou, dez anos aqui dentro e todos falam a respeito e eu nunca tiver o prazer de presenciar”, “O prazer? Creio que não pensará assim, depois que acontecer”.

    Caminhamos então até um lugar peculiar nos fundos da fortaleza, lugar este em que guardamos alguns bons inimigos como “ bonecos de treino”, e não se desesperem meus queridos, nenhum humano é guardado por lá. Sendo assim, pedi que trouxessem um vampiro, um jovem ignorante vampiro que em sua “sabedoria” tentou enganar um dos mestres, “ Galian, traga o  Zac, preciso dele”, ao fundo conseguíamos ouvir os gritos do pobre vampiro, eram gritos de desespero, pois, no fundo ele sabia que o fim estava próximo.

    Trouxeram o atormentado e agora fraco vampiro, ele com a cabeça baixa, sussurrou algo “ Vou morrer?”, “Você merece viver?”, “ Não caro senhor, mas mereço a chance de tentar”, “ Claro, claro meu caro. Vais tentar hoje!”, “ Contra quem meu senhor?”, “ Eu!”. O desespero tomou conta daquele vampiro, ele tentou sair das amarras, mas em vão, “ Tragam ele até o pátio”, dadas as ordens segui junto de Lilian até o local da “batalha”, “Vais lutar T?”, “ É o que parece”, “ Contra um vampiro jovem e aparentemente com os pés amarrados a morte?”,” Sim…”, Por que?”, “ Por que? A vida já não é justa meu amor, que dirá a ‘não vida’!”.

    Lá estava Zac, trajado com sua roupa de batalha uma última vez. Mal sabia ele que eu não precisaria usar a minha espada, apenas o poder da mente e das mãos me trariam a vitória. E então podendo assim mostrar meu real poder, a minha então pupila e atual companheira.

    A neve continuava a cair do lado de fora e os corvos continuavam a rondar a muralha, indicando que a morte estava presente e levaria a alma de alguém para o inferno ou aonde quer que a escuridão prospere. Zac estava pronto, sabia que eu não usaria nenhuma arma, daria chance ao rapaz, uma chance ridícula, mas mesmo assim continuava sendo uma chance.

    Deixei que ele fizesse o primeiro movimento, errou, segundo movimento, quase acertou, terceiro movimento, errou, errou, errou. Quase não precisei  sair do lugar, esperei que ele tentasse mais algumas vezes, até perceber que ele agora estava com o espírito abalado e aterrorizado, dando oportunidade para lhe capturar e um único movimento, deixei que ele tentasse escapar, mas não, ele não conseguia, estava paralisado, o medo o possuiu, “ Zac, tens algo a dizer?”, “ Eu não queria ter me transformado nisto! Nunca pedi por isto!”, “ Então caro vampiro, todos nós temos o mesmo anseio. Vou lhe proporcionar a alegria de deixar esta casca!”.

    O ergui pelos braços, olhei uma última vez nos olhos daquele ser e comecei a me alimentar de toda energia que ele emanava. Senti meu corpo tomar para si a então energia daquele vampiro. Senti que meus olhos queimavam, minha cabeça rodava em loucura, revi cenas da vida humana dele, senti pena, senti as alegrias dele, a raiva dele, a decepção, finalmente o medo e logo o fim. Senti a explosão de energia espalhar por meu corpo,saté sair do meu delírio e voltar ao normal. Assim que terminei, joguei então o corpo vazio e desfigurado de Zac no chão, eu o havia livrado da prisão eterna.

    “ Você tomou para si toda a energia daquele ser?”, “ Agora sabes meu real poder Lili. Eu posso além de tomar o sangue, possuir a energia  de outro ser, e não precisa necessariamente ser apenas humano”, “Apenas você consegue essa peripécia?”, “ Não! Dani, Michael, Cage, entre outros poucos aqui conseguem”.

    Consegui ver que Lilian possuía mil e uma dúvidas e teria que responder todas, afinal uma das qualidades que ela possui é a vontade de aprender e eu obviamente responderia tudo que ela quisesse saber com todo prazer, adorava ver aqueles olhos curiosos me rondando cheios de perguntas. Mal sabe ela que, a curiosidade que possui é um dos mais deliciosos afrodisíacos para mim. Mas creio que isto fique para outro dia. Afinal na noite seguinte estaríamos indo para o lugar em que seria posta a prova de muitas peculiaridades.

  • Girls night out – Final

    Girls night out – Final

    “Sete botas pisaram no telhado
    Sete léguas comeram-se assim
    Sete quedas de lava e de marfim
    Sete copos de sangue derramado
    Sete facas de fio amolado
    Sete olhos atentos encerrei
    Sete vezes eu me ajoelhei
    Na presença de um ser iluminado
    Como um cego fiquei tão ofuscado
    Ante o brilho dos olhos que olhei”

    Encontrei-me com Hadrian e Trevor, mestre de Lilian, em uma cidade estratégica e próxima de onde nossas vampiras estavam. Sujeito diferente, de traquejo eloquente e de certa forma disciplinado. Pelo que soube é um pouco mais velho que eu e suas habilidades vampirescas são muito peculiares. Seguindo a linha de possessão da alma e de todas as energias disponíveis no mundo, no qual ele e a maioria dos orientais chamam simplesmente de “Ki”.

    – Então és tu que anda arrastando as asas para cima da minha pequena menina.

    – Hahaha relaxa, minha relação com tua filha é puramente fraternal.  Afinal ela é praticamente uma das amiguinhas da minha pequena menina também.

    – Aham sei… E tu ai com essa cara de mau, tá com fome ou vai me morder?

    Hadrian não falou nada ou sequer se moveu para cumprimentar o mestre de Lilian. Visto o ocorrido, resolvi quebrar o gelo e comentei.

    – Ele tá puto com uma humana ai. Relaxa que isso passa durante a nossa missão. Por falar nisso elas mandaram mais algum sinal? Honestamente achei que elas dariam conta do tal “maguinho”.

    – Relaxa meu amigo que mulher é igual biscoito, tu come uma, mas ainda tens mais umas 20 no pacote… Pois agora, eu confio nas habilidades da Lilian, eu a treinei pessoalmente, mas acho que elas fuderam com algum detalhe crucial do plano. É bem provável que nem tenham feito um plano direito e pensando bem, cabe a nós dar um fim adequado para isso.

    – Mulheres são complicadas, mas tuas palavras me fazem muito sentido caro samurai. Respondeu então Hadrian.

    – Eu sei…  Já tive uma cota de complicações, mas eu adoro uma bela complicação. Hahaha

    Diante tal apresentação informal e um tanto incomum, revisamos os planos e partimos para os lugares onde elas poderiam estar. Não foi difícil achar o primeiro lugar em que elas foram aprisionadas e ao tocar nos corpos dos seguranças Trevor descobriu para onde elas haviam sido levadas. Não me perguntem como ele descobriu isso…

    Partimos então para o segundo lugar e lá estavam Becky e Pepe presas dentro daquela armadilha das trevas. Imediatamente Hadrian falou que conteria a magia e Trevor correu para tirá-las do raio de ação do feitiço. Eu por outro lado fiz o que comecei a tomar gosto nos últimos tempos: entreguei-me ao meu demônio.

    A transformação tem me ocorrido cada vez mais rápido e a media que eu corria eu percebia os músculos crescendo, junto dos pelos e demais feições animalescas. Mirei a porta e entrei com tudo, quebrando moveis e rasgando a carne de quem aparecesse a minha frente. Espalhando sangue e vísceras por todos os lados. Parei apenas quando o tal mago criou uma luz mágica e que me cegou instantaneamente.

    Momento no qual meus aliados também chegavam ao palco da carnificina. Lilian ainda estava amarrada a uma cadeira e aparentemente xingava todos que estavam ali antes que eu entrasse.  Porém  assim que entrei ela caiu e teve de esperar alguém que lhe libertasse. Hadrian foi o primeiro a agir e foi rápido. Utilizou seu poder de levitação e estourou a cabeça da maldita bruxa contra o teto do lugar.

    Eu ainda estava na forma bestial e recuperando a visão para atacar aquele filho de uma puta,  quando Trevor rapidamente assumiu minha frente falando e batendo palmas doentiamente:

    – Parabéns seu babaca. Finalmente nos encontramos, então quer dizer que tu queria fuder com a minha filha? Você pensou realmente que sairia bem dessa? Vem cá meu querido filho de uma vaca que hoje é você que vai levar uma bela enrabada, seu maguinho de merda. Ninguém mexe com a minha pequena! Seu puto!

    Confesso que naquela situação eu queria apenas ver uma última cabeça rolando, mas comecei a rir doentiamente ao mesmo tempo em que minha transformação era  desfeita e Trevor cuidava do “big boss”. O tal mago tentou resistir, mas o vampiro parecia imune aos seus feitiços, inclusive os mentais. Tanto que ele se aproximou rapidamente do infeliz, segurou com força os seus braços e o encarou em silêncio por alguns instantes.

    – Sabe, hoje eu acordei com muita fome… E acho que acabei de achar minha refeição…

    Em seguida o corpo do mago começou a tremer e alguns poucos como eu, Hadrian e talvez Becky conseguimos ver a energia dele se esvaindo em direção a boca de Trevor. Pouco tempo depois o corpo do infeliz parceria uma múmia antiga e havíamos presenciado uma nova forma de alimentação.

    Em seguida e Becky soltou Lilian, que estava completamente transtornada. Tanto que ela não disse nada e imediatamente se dirigiu ao corpo mumificado do infeliz. Sem piedade alguma ela arrancou a cabeça dos restos mortais e veio a minha direção com aqueles lindos olhos verdes gigantes. Entregou-me dizendo:

    – Aqui está o prometido boss. Espero que ajude como um peso de mesa.

    Com um belo sorriso e o que me pareceu um piscar de olhos, ela se afastou e foi em direção de Trevor, que a recebeu com um longo abraço.

    Apagamos nossos vestígios em ambos os lugares. Pepe anexou os bens e ações do maldito ao nosso inventário e nosso clã está mais próximo do clã de Lilian. Trevor é um sujeito que lida com as cousas de um modo muito peculiar, mas confesso que estou feliz por ter seus dons ao nosso lado.

    – Ferdinand meu caro, que tal irmos até o nossa casa, lá vocês podem descansar e se recuperar. Acredito que nossa atual aliança permita a discussão de alguns negócios bastante lucrativos!

    – Claro, ótima ideia! Mesmo por que vai amanhecer em breve e eu adoro negócios lucrativos.

    – Ótimo, ótimo. Vou adorar a companhia de vocês e creio que as meninas queiram ficar juntas mais um tempo. Lili meu amorzinho, tome sua espada. Becky e Pepe. É um enorme prazer conhecer tão belos seres como vocês.

    Lilian revirou os olhos e deu uma leve risada, obviamente ela havia ficado envergonhada diante as palavras de seu mestre. Porém, apesar de alguns atos doentios eles pareciam ser “bons vampiros”. Ofereci uma carona para Pepe na garupa da moto, mas ela preferiu o conforto da Mercedes de Trevor. Aliás, todos foram com ele de carro e eu atrás comendo poeira. Estava apenas de calças rasgadas e torci para que nenhum “policial mala de interior” surgisse para acabar com o meu estase pós-batalha.

    PS: Trevor passou o dia inteiro dando em cima de Becky.

  • Sensitiva, a história de Aidê – Final

    Sensitiva, a história de Aidê – Final

    Leia a parte anterior

    24/10/19xx – Incêndio nos jornais da cidade, Rio de Janeiro, com a revolução que implantava o Governo Provisório, em 23 de Outubro de 1930, deu origem a vários distúrbios civis na cidade, sendo alvo de incêndios os Jornais “O País”, “A Noite”, “Jornal do Brasil” e “Gazeta de Notícias”.

    Fazia mais calor que de costume no Rio de Janeiro. Uma espécie de brisa forte castigava meu corpo e provavelmente foi isso que me despertou. Ao abrir meus olhos eu ainda sentia um pouco de dor das queimaduras de sol e para o meu azar à profecia havia se concretizado.

    Aidê estava do meu lado direito. Estava aflita e tentava a todo custo se desvencilhar das cordas que nos amarravam. Alfredo estava inconsciente do outro lado e ambos apresentavam muitas marcas e sangue, provavelmente da surra que eles nos deram.

    Assim que retomei a consciência, percebi que haviam ateado fogo pelos cômodos da casa e tratei de me libertar. Soltei uma das mãos, então aproveitei a força vampiresca e arrebentei uma das madeiras da cadeira. Soltei-me e em seguida fiz o mesmo com a mulata. Alfredo ficou por último e antes que pudesse soltá-lo fomos surpreendidos pela chegada de Eleonor, junto de outro de seus Ghouls.

    Eles tiveram de quebrar uma das janelas para entrar e aquilo obviamente tirou parte de minha atenção, além de pregar um belo susto em Aidê, que segurou com todas as forças meu braço. Nesse momento peguei a sensitiva no colo e pulei com ela para fora do lugar em chamas. Em seguida surgiu atrás de nós Eleonor seguida por seu segurança que também carregava Frederico no colo.

    Passado o susto surgiu a brigada de incêndio que passou o resto da noite contendo o fogo, afinal ele poderia atingir as casas vizinhas, mas isso nos foi contado na noite posterior. Haja vista que “fugimos” o mais rápido que nos foi possível daquele maldito lugar.

    – Ferdinand, tu sabes que odeio parecer-me com tua mãe, mas tu é uma besta ignorante ou ainda estás na fase de rapazito e das safadagens? Cresça por favor! Ou vou pedir para o Franz te por no jeito.

    Aquilo foi difícil de ouvir e deu muita vontade de sair de lá feito uma criança birrenta, mas foi um dos primeiros “tapas de realidade” onde percebi toda a bosta que eu andava fazendo. Como eu disse no começo dessa história, tive uma fase rebelde sem causa e iria me dar muito mal caso continuasse daquela forma.

    Passado o perigo eu descidi levar as cousas de outra forma e para me redimir passei boa parte dos próximos meses ensinando à Aidê tudo o que eu podia lhe ensinar sobre seus poderes sensitivos. Apesar de toda sua desconfiança a cerca de meu vampirismo, nos tornamos bons amigos e foi uma pena ter de me afastar de sua vida, tão logo ela pudesse dar conta de minha eterna jovialidade.

    Anos mais tarde e um pouco antes de eu me concentrar na fazenda para minha hibernação, eu tive noticias dela. Soube que ela havia montado um negócio de adivinhação na cidade e colocado “madame” na frente de seu nome.

  • A Vingança de Rebecca – Parte V

    A Vingança de Rebecca – Parte V

    Voltei para meu corpo. E então, senti todas as dores de uma vez só. Parecia que eu iria “morrer”, era como um efeito colateral. Enquanto estava fora de meu corpo parte de mim estava imune, mas quando voltava, sentia tudo em dobro. Quando descobri meu primeiro dom, perguntava-me se teria só este ou se logo descobriria outros. Mas, já me sentia com uma grande vantagem, pois, além disso, havia descobrido que Erner já não lia mais minha mente por eu ter aprendido a controlar os meus medos. Para que entendam melhor, os manipuladores agem e conseguem o que desejam ao despertar o medo em suas vitimas, algo que eu descobri naquela ocasião…

    A porta foi aberta novamente. Erner veio em minha direção e surpreendentemente desamarrou-me e levou-me para cima.

    – Tome um banho e vista a roupa que está ali na cama, Rebecca – falou rispidamente.

    Eu sabia que ele planejava algo para aquela noite, talvez estivesse se preparando para “livrar-se de mim”, conforme suas anotações. Com isso, eu precisava pensar rápido. Quando ouvi que Erner retornava e subia as escadas, deixei a porta do banheiro entreaberta de modo a deixá-lo me observar enquanto secava-me do banho. Um truque típico, mas, eu sabia que ele faria isso e também sabia que em sua mente surgiriam desejos e ideias insanas a meu respeito. “Uma última vez, talvez, por que não?”. E sim, apesar de nunca ter me comportado de maneira, digamos, provocante, eu sabia que era capaz de despertar interesses em um homem.

    Enrolei-me na toalha. Caminhei até a cama sem olhar para Erner que naquele momento encontrava-se de costas para mim olhando para lua, pela janela. Vesti apenas a “roupa de baixo” que estava junto com um vestido e caminhando pelo quarto fui em direção ao espelho e comecei a observar-me. Erner virou-se para trás e perguntou:

    – O que está fazendo? Eu mandei você se vestir, faça logo o que mando.

    – O que foi? Não quer olhar para mim? – Falei sem deixar o espelho- Sabe, meu cabelo já cresceu novamente, passei anos sem olhar para mim e me sentir uma mulher bonita. Mas, lhe agradeço por tudo isso. Sou realmente grata. Tornei-me forte e confiante, pois mesmo sem ter escolhido isso para mim, hoje sinto que ganhei um presente… Pois serei jovem para sempre!

    -Vejo que você nunca deixará é de ser atrevida, e nunca deixará de provocar-me.

    Virando em sua direção, caminhei lentamente encarando-o, joguei-o na cama e disse:

    – E você não gosta que eu o provoque?

  • A morte de um mago – 1 de 2

    A morte de um mago – 1 de 2

    Boa noite senhoritas e seres masculinos, antes de tudo peço desculpas por minha ausência no blog, no entanto, ao lerem o texto abaixo entenderão o por que…

    Meu smartphone tocou logo depois que o sol se pôs e enquanto eu ainda estava naquele profundo sono dos mortos. Três toques, atendi, mas de inicio foram apenas alguns ruídos produzidos pelas falhas do sinal. No entanto, depois de alguns instantes enfim surge a voz baixa e desanimada de Franz, que sem saber como me falar direito, preferiu não se enrolar e deu a tão aguardada notícia: O grande Kieran havia encontrado sua morte final…
    Emoções e sentimentos sempre são dificílimos de traduzir em simples palavras. Como podia alguém com todo seu poder sucumbir a um simples câncer de pulmão? O que faria eu quando visse seu corpo inerte em seu santuário, sendo ele um dos poucos seres que ainda possuía certa ligação com a magia de minha amada Suellen?
    Foram muitas as indagações que me fiz durante toda a viagem até a Europa. 16 horas naquele maldito compartimento de cargas, escondido de tudo e de todos. Até que finalmente em terras londrinas, sai rapidamente daquele lugar em forma de névoa. Tratei imediatamente de alugar um carro num dos guichês do estacionamento e parti o mais rápido que pude para o ritual de passagem.
    Pouco mais de uma hora até o santuário e finalmente vejo um lugar diferente. Pode parecer uma desconfortada impressão pessoal, mas aquele lugar havia perdido o encanto. As arvores que eram muito floridas no verão, pareciam moribundas como no pior dos invernos. Apesar disso fiquei impressionado com a quantidade de “celebridades” que vieram velar o corpo do grande arcano. Inclusive Achaïkos, o antigo mestre e patriarca do clã de Suellen, que não aparecia em publico a muitas décadas e não poderia deixar de dar um até logo à alma de um dos seus maiores aliados.
    Logo que cheguei Georg veio ao meio encontro, mas antes que fizéssemos aquele longo roteiro de cumprimentos e formalidades eu preferi me despedir de Kieran. Então, aproximei-me do simples altar em que seu corpo fora colocado e fiz o que chamo de meditação. Alguns de vocês sabem que acredito em algumas divindades e na continuidade da vida depois da passagem, então tratei de meditar na intenção de que aquela boa alma vagasse pelos melhores caminhos.
    Depois de alguns minutos ali parado, sinto uma presença, porém olho para os lados e todos os outros estavam fisicamente longe de mim. Todavia, antes que eu pudesse fazer qualquer outro tipo de investigação sobre tal sentimento, um dos discípulos do grande mestre nos convida para a cerimônia final.
    Sentamos-nos todos de frente para o altar e o mesmo discípulo que nos chamou, iniciou os ritos. Eu nunca havia visto o ritual de passagem de um grande magista e sinceramente esperava algo pomposo e cheio de detalhes. No entanto, ao som de Tom Petty, na clássica Free Fallin, fomos todos surpreendidos pelas palavras do discípulo, num inglês extremamente informal:
    “Em toda sua vida, Kieran perseguiu as coisas simples da vida. Sempre nos indicou os caminhos práticos e que levassem de imediato a nossas intenções. Portanto, repeitaremos sua nobre vida e desejo, afim de que sua passagem fosse feita sem os ritos tradicionais”.
    Ao fim destas palavras iniciou-se um breve “murmúrio” entre os convidados, porém isso terminou quando o discípulo iniciou abertamente a leitura do testamento. Além disso, lembro que apesar do lugar ser grande, eram poucos os convidados e havia por ali no máximo umas 60 pessoas.
    Não posso citar tudo o que foi falado durante aquela leitura, porém o importante desta história é que também recebi algo, na tal partilha de herança. Fui agraciado com uma caixa de madeira marrom escura e toda entalhada com “kajis” japoneses. Ela estava muito bem selada aos moldes herméticos magistas, no qual somente o dono poderia abrir. Confesso que fiquei muito curioso para abrir, mas respeitei as palavras do discípulo e deixei para o final do rito toda e qualquer emoção que envolvesse tal “presente”.
    Depois de tal partilha, que levou entre uma e duas horas, o ritual prosseguiu. As músicas continuaram no mesmo ritmo “rock” de antes e inclusive se não me engano, no momento em que o ritual de passagem foi retomado tocava algo do Deep Purple…

  • A fé e os vampiros

    A fé e os vampiros

    Recentemente foi lançado o filme Padre (Priest), apesar de já ter lido algumas resenhas como esta, eu ainda não o ví e portanto não farei pré julgamentos com relação a história e sua temática. Todavia, como sei que esta história levanta muitos boatos e principalmente trás a tona muitas ideias, principalmente relacionadas a fé, eu irei falar um pouco da nossa relação com a crença em Deus e o poder que rege a vida.

    Certamente tu já deves ter lido nos meus textos por aqui onde falo sobre a origem dos vampiros. Obviamente já deves ter visto que eu sempre digo que não sabemos de onde viemos,  afinal tivemos a mesma origem que os humanos e apenas recebemos uma espécie de upgrade. Ok, esse upgrade ou atualização nos custou a vida, o sol e acabou nos trazendo milhares de problemas que muitos de nós apenas deixam rolar.

    Em função disso, frequentemente ouço a pergunta: Galego, por que os vampiros são afetados pela fé? Sinceramente não sei meu caro mancebo, mas vou tentar explanar um pouco sobre as possibilidades. Alguns dizem que somos manifestações malignas, que temos uma ligação com demônios, magia negra e até mesmo que somos de outro planeta. Enfim, as teorias são bem amplas e cada um acredita em algo .

    No entanto preciso deixar claro que a fé, seja ela lançada por um padre, por um bispo, por uma criança ou até mesmo por algum objeto abençoado, pode fazer muito mal a um vampiro. Isso obviamente já pode ser explicado através de uma ciência humana chamada de física quântica, que cada vez mais tem conseguido explicar certas relações ainda obscuras entre a mente e a matéria.

    Longe de mim difamar a fé, mas ela faz parte do que se pode chamar de manifestação do pensamento e pode ser tanto usando para o lado digamos positivo ou para o lado negativo. Calma mancebo, eu não andei lendo livros de autoajuda. Apenas quero te fazer entender que não é apenas pelo fato de que o cara é um padre que ele nos fará mal, mas sim pela situação de que ele sabe como manipular as energias, entendes?

    Existe já a algum tempo muitos caçadores de seres sobrenaturais que descobriram o poder da fé (mente) e se utilizam dela para nos prender, maltratar ou até matar. Esse poder da fé pode ser aplicado a armas que nos causam mais sofrimento, pode ser usado em forma de submissão mental e até mesmo como telepatia ou telekinesis.

    Todavia, ai que entra o que eu havia falado anteriormente, a fé ou como eu prefiro chamar ”magia verdadeira”, pode ser utilizada tanto para o bem como para o mal. Afinal originalmente ela é bipolar e vai depender de quem a canaliza. Independente de ser um padre, um lobisomem, um vampiro ou ainda uma bruxa ou um humano normal, ou seja, qualquer um pode domina-la e utiliza-la como achar melhor.

    Portanto mancebo se és um vampiro novo, fique atento ao entrar em igrejas, fique de olhos mais abertos ainda ao passar por um convento e acima de tudo lembre-se do nosso lugar. Podemos ser fortes, mas há uma lei que diz que todos possuem as mesmas chances e as mesmas oportunidades de sobrevivência, independente da sua casca e de seus vícios. No mundo mental as diferenças são ainda menores!

  • Vampiros falam com animais?

    Vampiros falam com animais?

    Eu ia narrar esse acontecimento, mas fiquei sem microfone, o áudio que havia feito no celular ficou uma bosta então vão ter de esperar para ouvir minhas histórias 😛

    Era mais ou menos umas 8 da noite quando eu acordei ouvindo uma voz diferente, não era parecida com a de nenhum outro vampiro ou pessoa que habitava naquele castelo. Algo meio abafado, que ressoava como um eco dentro dos meus ouvidos e dizia: “Eu não quero ir para o buraco, lá é frio e o quarto é bem melhor…”

    Olhei para os lados inclusive abri a porta do meu quarto , até que depois de um tempo eu vejo aos pés da cama um casal de ratos. Eram ratos normais desses de rua cinza e tal. Bati o pé e eles correram para a toca. Ok tudo bem eu ainda era um vampiro novo, mas loucura não é uma palavra comum para os sanguessugas da minha linhagem.

    Lavei o rosto, coloquei uma roupa e fui para o salão principal, Eleonor conversava com o Barão e os interrompi com o um saudoso: “Boa noite vampiros”. Eles me olharam e o barão perguntou: ” Boa noite jovem mancebo, ao que vejo tiveste um bom dia de sono?”

    “Tive sim apenas acordei com alguém dizendo algo, mas nada de muito importante, mas então algo importante para fazer esta noite?”
    O barão mudou seu semblante para algo meio ruim e me disse: “Sim, eu estava comentando agora com Eleonor, que precisamos levar algumas armas paras os vigilantes da fábrica de sapatos. Alguns operários começaram a roubar material e precisamos manter a ordem. Esse povo só sabe reclamar, pagamos os melhores salários da região e ainda por cima nos roubam…”

    Depois do papo eu me prontifiquei para ir. Fui até o porão, juntei algumas armas diversas, coloquei dentro de dois baús, com a ajuda do cocheiro amarramos tudo certinho na carruagem e fomos para a fábrica. Enquanto saíamos eu ouço de novo aquela voz, agora um pouco mais aguda e que dizia: “Eles sempre ligam as luzes nas horas mais inoportunas, parece que gostam de nos perturbar…” Olhei para o cocheiro e falei:” Tu disse algo Scot?” “não não senhor” e aquilo me deixou encucado, de onde vinha essa maldita voz.

    O caminho até a fabrica era descendo a montanha e continuava por entre uma estrada em meio à floresta. Um caminho tranquilo movimentado e que mais tarde se tornou uma grande avenida da cidade. Depois de quase duas horas em meio aos sacolejos da carruagem nos chegamos à bendita fabrica, fomos para a parte administrativa, entregamos os baús para o responsável e eu resolvi dar uma volta pelo lugar. Aquela coisa, mostrar que o dono está presente no negócio sempre deixa os medrosos com mais medo e os entusiasmados mais trabalhadores.

    O ambiente de fabrica não é algo bonito de se ver, ainda mais nas condições que eram em 1800 e alguma coisa. Muita sujeira, restos de comidas, crianças, mulheres, homens, todos sujos e feios… Ainda bem que as pessoas de hoje tomam mais banho.^^

    Já no depósito parei para pegar alguns sapatos novos e em meio às provas a bendita voz surge do nada: “Oba encontrei uma maçã, já posso alimentar os filhotes” Epa era isso mesmo que eu tinha ouvido? Pior que era, olhei em volta, apenas uma mulher empilhava umas caixas no canto e não tinha cara de que possuía aquela voz. Procurei em meio às caixas e perto de um buraco eu vejo um rato com uma maçã podre na boca. Tá bom agora sim eu tinha ficado louco, estava ouvindo um rato… Como sou curioso me aproximei dele e disse baixinho, é você que precisa alimentar seus filhotes? Por alguns instantes eu não ouço nada, até que uma hora a vozinha diz “cuidado tem um cara aqui perto da toca” Então eu digo: “calma, eu não vou fazer mal para vocês” e penso comigo “será que essa droga de rato ta me ouvindo”. Quando eu menos espero sou interrompido pela voz que fala “Hei droga de rato não, olha como fala” Fui obrigado a rir, eu tinha descoberto mais um dom…