Categoria: Histórias

Nesta seção você encontra historias, contos e relatos relacionados ao mundo real e sobrenatural. Verifique a indicação de faixa etária no início de cada texto.

  • A vampira pin-up – pt7 – final

    A vampira pin-up – pt7 – final

    – Seria tudo uma grande brincadeira de meus irmãos? – Fora meu pensamento durante outro dia de insônia. Franz, Joseph, nem mesmo minha cria Sebastian atendiam aos vários telefonemas e todo o jogo parecia se encaixar. Filhos da puta pensei comigo, porque diabos não podia fazer as cousas de uma forma mais tranquila, desde a meda do vampirismo entrar na minha vida era assim, sempre o último a saber…

    Cansado de tentar achar respostas e entupido de perguntas, pensei em exercitar uma das primeiras cousas que Georg havia me ensinado e um dos poderes mais antigos dos vampiros: a meditação junto a terra. Assim sendo, eu contei os minutos e logo que pude desci correndo para algum lugar. O mais próximo do hotel era o famoso Central Park, que na época não era tão movimentado à noite e seria perfeito para meu descanso.

    Várias clareiras escuras, muitos lugares, que certamente serviriam para se abandonar algum corpo, mas isso não passava na minha mente naquela noite. Onde eu queria apenas um canto para sossegar, dormir ou ter algumas ideias. Depois de um tempo deitei-me sobre uma pequena clareira, oculta das trilhas principais por vários arbustos e folhagens. Ao meu redor apenas os insetos e alguns cachorros que provavelmente estavam perdidos e latiam sem parar.

    Neste contexto iniciei meus trabalhos e relaxei. Envolto por Gaia e no mais completo relaxamento, consegui ter minhas primeiras visões do que parecia ser Eleonor, Franz, Sebastian, Joseph e Georg. Todos pareciam felizes e jantavam como numa família humana comum. Até o instante que alguma cousa aconteceu e todos ficaram agitados, corriam de um lado para o outro e o fogo tomou conta do lugar. Acordei e dei de cara com um filhote de cachorro sem coleira, molhado e perdido ao meu lado.

    Antigamente, alguns povos nórdicos acreditavam que ver um animal escuro depois da meditação era sinal de confirmação dos pensamentos, mas o que podia ser absorvido de tal visão? Voltei para o hotel, deixei uma caixinha para o recepcionista me liberar a entrada com o cachorro e dei um trato no animal. Banho, comida… Parecia outro bicho depois de algum tempo.

    Ainda naquela noite recebi uma ligação, inicialmente o recepcionista e depois um homem, cuja frase me tirou do sério novamente: “Passaremos às 21h amanhã, esteja pronto para negociar sua hermosa morena”. Não me ouviu xingando, não escutou e ignorou completamente. Fiquei naquela maldita situação de dependência, que abomino acima de qualquer outra cousa.

    Já era pouco mais de 5 da manhã eu tinha poucos minutos para providenciar algo ainda naquela noite. Revisei o que eu tinha de armamento. Na época eu já tinha o hábito de andar sempre com duas pistolas nos coldres nas costas, no caso duas MAC-50 de origem francesa,, que aliás ainda tenho, mas não tenho saudades pois as minhas ao menos  tinham o hábito de travar e dar fortes “beliscões” em minhas mãos, quando eram usadas para muitos tiros em sequência.

    Já tinha perdido a conta dos dias que eu havia passado “em claro”, não estava com fome e tudo que vinha a minha mente, eram as possibilidades de negociação e poderes que que eventualmente eu poderia utilizar para sair com Eleonor de onde estivéssemos.

    21 em ponto tocou o telefone, era o recepcionista dizendo que estavam me aguardando na entrada do prédio. Arrumei tudo o que pude e deixei um bilhete junto de alguns tocados para a camareira cuidar do cachorro enquanto eu estivesse fora. Desci e dei de cara com dois brutamontes, provavelmente capangas dos gangster que estavam com Eleonor. Não senti nenhuma energia sobrenatural nos dois então apenas os acompanhei para o carro, um belo e polido Lincoln preto.

    Os dois foram no banco da frente e me levaram sem dar nenhum pio até um açougue fora de Manhatan. Entramos pela frente, passamos por diversas portas e enfim me deixaram numa saleta que tinha apenas duas cadeiras e uma mesinha todas de madeira escura. Segundos depois ouço passos de mais de uma pessoa, eram os dois brutamontes seguidos por uma figura gorda, bem vestida com um terno feito sob medida, mas com cara de nojento.

    – Senhor Ferdinand vou direto ao assunto, me chamo Tony Castellanno e tu já deve ter ouvido falar de meu irmão, capiche? – Eu até tinha ouvido falar dos tais Castellanno da região, mas como continuei com meu semblante apático ele apenas continuou. – Enfim, encontramos tua garota aprontando no nosso pedaço e acredito que merecemos um ressarcimento pelo trabalho que ela nos causou, claro, obviamente se o senhor quiser ela viva ou em fatias para a viagem de volta, capiche?

    Neste momento ele ficou calado esperando uma resposta, então eu me mantive controlado olhando para o nada. – Ela está aqui? – Não senhor, mas posso chamar caso tenha interesse em iniciar, Cap… – Eu já estava puto com os tais “capiche” e o interrompi com um soco forte na mesa – Trás ela pra cá agora!

    Nesse momento um dos brutamontes deu um passo em minha direção, mas antes de tentar algo foi barrado com um aceno do balofo. – Senhor Ferdinand, não te exaltes, por favor, somos homens de negócio. Jonnhy vá buscar a dama! – Nesse instante eu me dei conta de que ele era um vampiro, sua energia era fraca, provavelmente por ter sangue sujo, mas isso mudava um pouco os improvisos que eu havia idealizado.

    Durante o tempo que ficamos aguardando ele tentou puxar assunto, se gabou inclusive que era parente de sangue do vampiro chefe da cidade e deu a entender que se eu tentasse algo me daria muito mal. Situação que me deixou ainda mais puto e afim de ver seu sangue podre colorindo as paredes sujas de onde estávamos.

    Senti a energia de Eleonor se aproximando de nós, mas ela estava muito fraca e provavelmente estava imobilizada por algum ritual. Dito e feito trouxeram a pobre coitada para a saleta toda amarrada, inclusive com os olhos vendados. Cena que de imediato mexeu comigo a ponto de não conseguir segurar mais o meu demônio. Era deixa de que ele precisava para aflorar em meu corpo, destruindo o pouco de humanidade que minha alma sempre insiste em manter.

    Escuridão, sangue e pedaços dos corpos dos três por toda sala, apenas Eleonor ainda amordaçada sob a mesinha. Minhas roupas estavam inutilizáveis, meu corpo apresentava várias escoriações, hematomas e eu não pude distinguir o sangue deles do meu. Parecia que tudo, a exceção de Eleonor e a mesa, havia sito colocado num liquidificador…

    Atordoado, sem saber direito o que havia acontecido novamente e tendo de pensar mais rápido que o normal. Peguei Eleonor nos braços e fui para o carro que por sorte ainda estava parado na frente do açougue. O “laranja” que cuidava do lugar provavelmente havia fugido em função do barulho e aliado a mania americana de deixar uma chave reserva no tapa sol, facilitaram nossa fuga.

    De volta a Manhatan, consegui parar num lugar tranquilo próximo ao hotel, desamarrei Eleonor e tentei acordá-la dando um pouco de meu sangue. No início ela não teve reação alguma, porém foi o tempo de meu sangue misturar-se ao seu para despertar. Muitos minutos se passaram até que ela finalmente voltou a si, querendo saber o que havia ocorrido. Resumi rapidamente os ocorridos, dando ênfase ao fato de que meu demônio parecia ter se acalmado mais rapidamente do que nas outras vezes.

    Por sorte havia um casaco no carro o que cobriu ao menos minhas partes íntimas para poder retornar ao quarto do hotel. Desta vez o recepcionista ficou preocupado, tive de inventar que havíamos sido assaltados (bla bla bla), mas ele pareceu ter ficado feliz quando fizemos check-out na noite seguinte e lhe damos uma grande gorjeta.

    Noites depois soube da verdadeira história, de que o plano inicial de Eleonor era me dar um susto, inclusive alguns dos envolvidos no incêndio eram amigos delas e ainda estavam vivos. Tinha o aval de meus irmãos e queriam me mostrar de alguma forma, que eu precisava descansar por uns anos. Aquele papo de que eu sempre falo por aqui de que a hibernação ajuda a trazer tranquilidade aos nossos companheiros demônios. Por fim, os gângsteres haviam sido apenas uns pobre coitados que se meteram com os Wampirs errados.

  • Entrevista com o vampiro Ferdinand

    Entrevista com o vampiro Ferdinand

    Olá minhas queridas leitoras, no final do ano passado uma garota que se dizia jornalista me convenceu a lhe dar uma entrevista. Isso foi feito em vídeo, mas como há muitas partes em que ela aparecia eu optei por divulgar apenas o áudio aqui no VampiroCast. Como faz algum tempo os meus planos mudaram e como vocês ouvirão, nós não fizemos ou temos a intenção de fazer um ensaio fotográfico. Isso havia sido uma proposta cortada por meu tio e mestre Georg.

    Apesar do áudio estar ruim e da música do lugar ficar um pouco alta, acredito que ele matará a curiosidade de muitas de vocês. Inclusive publico junto deste post aqui em cima no banner mais uma foto minha tirada no dia desta entrevista. Outro fato, que certamente vão me perguntar é sobre o cigarro e adianto que isso não é um hábito. Eu fumo em situações raras como esta, onde passa certo receio ou impaciência na minha cabeça.

  • A vampira pin-up – pt6

    A vampira pin-up – pt6

    Durante aquela noite eu não pude fazer muitas cousas, além de indagar o mensageiro sobre quem havia entregado a caixa e dar uma olhada pela região próxima ao hotel. Sobre o entregador, não consegui nada além do fato de que havia sido um garoto do serviço de entregas. Com relação aos quarteirões próximos ao hotel eu vaguei por horas em busca de algo, mas não havia nada de suspeito nos telhados, becos ou lugares que invadi em forma de névoa.

    Antes do amanhecer eu voltava para o hotel, quando alguém passa muito rápido pelas minhas costas. Naquele momento, que durou pouco mais de 2 segundos, eu senti uma energia boa e que até havia dado a impressão de ser Eleonor e que me assustou um pouco pela surpresa. Porém, nada ao redor além de carros estacionados e alguns poucos infelizes, que recém haviam acordado e provavelmente iam para sua labuta diária.

    Novamente no quarto de hotel e por sorte alguma camareira havia arrumado o lugar na minha ausência. Desolação era o sentimento que mais marcava presença em minha cabeça naqueles dias e noites. Certamente, quem teve a infeliz ideia de me provocar, na tentativa de que eu pudesse refletir sobre tudo o que havia acontecido comigo, o fez num momento absurdamente errado.

    Durante aquele dia nublado, alguns raios de sol conseguiam transpor as nuvens e se chocavam contra a cortina furada do quarto, proporcionando um ambiente mais tenso ainda. Planos, ideias, medos e filosofias se chocaram na minha cabeça. Inclusive a página de meu diário em que deixei anotado esta passagem está com as letras muito borradas  e malfeitas, demonstrando a tensão do momento.

    Então veio mais uma noite e com ela o mais completo desânimo, outro dia em claro e se isso é péssimo para um humano, imagine para um vampiro que possui preocupações maiores ainda… Entre tanto, tudo mudou de figura quando recebi uma nova ligação da recepção e o garoto me informou que havia uma garota querendo conversar comigo pessoalmente. Naquele instante eu me preparei, deixei a porta aberta e a aguardei em forma de névoa. Para o momento e pela surpresa foi o melhor plano que tive.

    Alguns minutos depois ela deu duas batidas na porta e entrou furtivamente. Era uma garota nova, cerca de 20 anos, humana e aparentemente não me ofereceu nenhum perigo. Naquele instante eu já estava desfazendo a transformação para poder pegá-la de surpresa, quando ela me surpreendeu com um texto provavelmente decorado.

    – Senhor Ferdinand, eu vim busca-lo para que ele possam negociar pessoalmente com o senhor a libertação de sua irmã. Por favor apareça onde estiver, o senhor precisa de mim para chegar até lá.

    Mesmo assim, agarrei a garota por trás e travei minhas presas em seu pescoço. Pensar por tanto tempo havia me deixado com fome e não pude negar um belo pescocinho como aquele. Controlei a fome para não matá-la, lambi a ferida para cicatrizar mais rápido e por fim larguei-a desmaiada sobre a cama. Pedi um lanche para quando acordasse e aguardei ansiosamente ao seu lado.

    Uma hora depois ela acordou muito fraquinha e me perguntou onde estava e o que estava fazendo em minha cama. Evidentemente e para minha tristeza haviam feito algum ritual ou hipnose com a coitada, e só me restou usar a lábia para convencê-la de que eu estava apenas ajudando. Depois conquistar parte de sua confiança, acabou me confessando que estava na rua voltando da faculdade, quando foi abordada por uma mulher mais velha que ela. Alguém de cabelos escuros, pele clara e grandes olhos azuis. Descrição muitíssimo similar a de minha querida Eleonor…

  • A vampira pin-up – pt5

    A vampira pin-up – pt5

    Um mandamento, um pensamento e uma flor em meio as cinzas do que ainda restava de paciência em minha cabeça. Novamente eu tive mais um dia sem sono, as pálpebras dos meus olhos simplesmente não queriam se tocar… Como Franz parecia não ter dado muita bola para o que havia acontecido liguei para o meu melhor amigo, Joseph. Tentei vários números que eu tinha em minha caderneta e quem disse que ele estava em algum deles?

    Torturado por meu próprios pensamento, fatigado por tudo o que eu já havia feito e ainda estava fazendo. Hoje eu vejo claramente como minha cabeça estava uma merda naquela época, mas te digo mancebo, que não desejo passar por aqueles pensamentos novamente.

    Perto das 20h o telefone do quarto tocou, era da recepção e o garoto me informou que havia uma encomenda, uma caixa embrulhada para mim. Desci o mais rápido que pude, pois certamente era algo do tal ameaçador misterioso. Dei aquela sacudida básica, parecia haver algo grande dentro, mas me contive e voltei para o quarto.

    Não havia bilhetes, apenas um “To: sir. Ferdinand” escrito a mão e com uma letra bonita, provavelmente teriam utilizando uma caneta tinteiro e nanquim, pensei.  Ao cheirar senti ainda um forte odor de enxofre, elemento bastante difundido entre os praticantes de magia ou feitiçaria. Tendo em vista os ocorridos e o fato de eu estar sozinho eu não tive outra escolha se não desembrulhar e abrir o pacote.

    Papel pardo ao chão, sentidos aguçados e lá estava eu com uma caixa de chapéu em mãos recheada de itens. Havia algumas mechas de cabelo, uma calcinha de renda preta, alguns batons, dinheiro e um vidro contendo aparentemente sangue já coagulado. Além disso, havia também um bilhete, onde provavelmente utilizaram a mesma caneta e tinta. Muita raiva, ódio e todos os palavrões possíveis vieram a minha cabeça ao ler o que o infame folhetinho continha:

    “Imagino que tenhas passado o teu dia indagando sobre o outro bilhete? Sim, te conhecendo como conhecemos provavelmente fizeste isso, tua impaciência e  falta de controle sobre os teus  dons, são os teus maiores defeitos Ferdinand… Para que tenhas certeza de que estamos falando muito sério te enviamos o que havia na bolsa da Eleonor, bem como um pouco de seu sangue e alguns fios de seu cabelo. Não aceitaremos nada a menos do que a tua vida em troca por ela. Reflita mais um pouco até nos encontrarmos!”.

    Puto da vida liguei novamente para Joseph, que desta vez me atendeu depois de umas quatro ou cinco tentativas. Ele foi extremamente atencioso, me acalmou, mas também como todo bom amigo me jogou na cara que tudo aquilo era culpa minha e da minha rotina Casanova desregrada. Parece que alguns amigos gostam de nos dar na cara nesses momentos… Apesar disso, ele me deu algumas dicas e procedimentos que poderia fazer. Na visão dele eu deveria procurar o vampiro chefe da cidade, mesmo sob pena de ser punido pela morte de alguns de nós.

    Franceses e suas tagarelices, eu não podia correr o risco de ser punido por algo que na minha cabeça não havia sido culpa minha. Malditas vadias e seus rituais de fertilidade… Como eu poderia saber que meu demônio não gosta desse tipo de estimulação?

  • A vampira pin-up – pt4

    A vampira pin-up – pt4

    Alguns barulhos ao redor e tive de sair em função dos policiais que chegavam para investigar. Acabei aceitando que não havia o que fazer, pois não sentia mais sua energia e voltei para o hotel onde estávamos hospedados. Um bom banho quente de banheira para tentar relaxar e fiquei imaginando o que poderia ter acontecido. Como não relaxei, nem muitos menos tive conclusões condizentes liguei para Franz, que nesta época estava em algum lugar da Alemanha tentando reassumir nosso negócios por lá.

    – Lembra que Eleonor estava empolgada um tempo atrás com aqueles shows de mágica? Vai ver ela resolveu praticar um pouco. Aguarde mais uma noite ou duas… – Recordou meu irmão. Estaria ela envolta em algum ritual ou truque novo? Vocês sabem que minha cabeça não sossega, então fiz mais algumas ligações durante aquele dia e assim que anoiteceu retornei ao lugar.

    Eu estava atordoado, alguns pensamentos transformavam-se em imagens que vinham aos meus olhos, provavelmente lembranças ocultas de mim por mim mesmo naquele estado demoníaco…

    “Waiting for my time
    Oh Lord, please forgive me
    Waiting for a hero,
    An angel relieve me”

    Vaguei cabisbaixo e com as mãos no bolso, apenas seguindo meu caminho em direção as possíveis cinzas daquela linda alma. Alguém, aliás, que eu não estava dando o devido valor mesmo depois de tanto tempo juntos. Sim, eu estava tendo aquele típico pensamento depressivo com auto-avaliação.

    Alguns passos e lá estava aquele palito de fósforo queimado. Nenhuma energia sobrenatural ao seu redor e apenas duas placas com o desenho do distintivo do distrito policial, informando que o lugar estava fechado e a entrada proibida. Uma viatura a poucos metros do lugar, indicava que alguns investigadores deveriam estar vasculhando a região, então tive de agir rapidamente.

    Passei rapidamente em frente ao lugar e arrumei um beco para me transformar em névoa. Voltei a casa e como um bom farejador, senti cada canto daquele lugar, porém nada no porão. Também nada na parte de cima, mas antes de ir embora novamente eu resolvi passar nos fundos do lugar. Um quintal pequeno, com pouco mais de 10m² onde havia um gramado, um ofurô e algumas flores.

    Fiquei impressionado com o fato de que apenas uma flor amarela havia sobrevivido a todo aquele caos. Seria um sinal? – Pensei comigo, então retomei minha forma de névoa e voltei para o hotel.  Onde fui surpreendido por um bilhete deixado na recepção.

    “Lei nº 5 do livro sagrado, não matarás. Pense nisso esta noite Ferdinand.”

  • A vampira pin-up – pt3

    A vampira pin-up – pt3

    Algum tempo depois eu me lembro de estar jogado ao chão e com a cabeça em cima de uma almofada. Quando sinto um empurrão na perna direita. Era Eleonor que estava toda desarrumada, eu por outro lado ainda estava nu e com sangue por todo o corpo. – O que havia acontecido comigo – Pensei confusamente. Então minha bela morena me ajudou a se levantar, empurrou as roupas para meu colo e disse para se arrumar.

    Ao nosso redor todos ainda estavam pelo chão, porém vários estavam machucados, muitos gemiam de dor e até mesmo os vampiros se contorciam. Deu dó de ver uma das humanas com o pescoço quebrado num dos cantos e um dos caras aparentemente sem cabeça noutro. – Eles eram legais, o papo estava bom, puta que pariu, o que houve aqui Eleonor??? – Até mesmo a deliciosa Josephine estava tremendo num dos cantos.

    – El demonio dentro de ti se despertó en medio de la magia, me imagino que para la autodefensa, pero podría haber sido un efecto secundario del ritual … Recuerde que la conversación que tuvimos sobre usted hibernar durante un tiempo?

    O que dizer, o que pensar sobre aquilo? Ainda atordoado, apenas deixei Eleonor cuidar das cousas. Hoje eu teria agido de outra forma, mas é fácil imaginar quando tudo já passou, não é mesmo?

    Eleonor aproveitou que todos estavam fracos ou feridos e utilizou um ritual de sono aprendido com Suellen. Praticamente mandou eu me vestir mais rápido e sair correndo para a parte de cima do lugar antes que entrasse em transe também. Na minha cabeça ainda era dia e aparentemente iria me fuder subindo, mas ao abrir a porta percebi o maior breu. Nunca vou esquecer, eu apertava meu cinto quando sinto um calor imenso vindo do porão. Alguns gritos, resmungos e barulhos de batidas, socos, chutes… Pancadaria solta, mas que não durou mais do que alguns segundos, até que aparentemente o silêncio imperou. Preocupado eu abro a porta e algumas chamas saem ferindo parte do meu braço. O que diabos Eleonor havia feito???

    Desolado, procurei por baldes ou qualquer cousa que pudesse encher d’água. Mas até achar algo, o fogo já havia tomado à parte de cima do lugar e fui obrigado a sair. Corri para fora, naquele momento alguns vizinhos se acumulavam e acabei me escondendo em forma de névoa. Não foi a primeira vez que Eleonor agiu daquela forma, mas a situação de ser acordado do que até então era algo bom e havia se transformado naquilo, me deixou com os nervos a flor da pele.

    Minutos depois eu acompanhava tudo do alto na sacada de um prédio vizinho. Os bombeiros chegaram, começaram a apagar o fogo e alguns corpos começaram a ser retirados em macas de metal. Obviamente não criei expectativas com relação isso, pois quando um vampiro pega fogo ele vira cinzas rapidamente, e estava mais preocupado pensando em comop voltar para o lugar, pois ela poderia ter feito algum feitiço e se escondido.

    Três ou quatro horas depois eu tive de sair da varanda, pois os donos do lugar havia retornado. Neste momento o fogo já havia terminado, os bombeiros começavam a se retirar, deixando o lugar para os policiais. Voltei para o lugar em forma de névoa e para minha infelicidade ao voltar a forma humana, nem sinal da energia de minha hermosa  morena. Todos haviam aparentemente sucumbido a sua morte final…

    Chutei, empurrei, baguncei a bagunça e por fim desolado, cai de joelhos ao chão carbonizado…

  • A vampira pin-up – pt2

    A vampira pin-up – pt2

    Todos sabem das cousas que conto sobre meus irmãos e falar de si próprio é sempre algo difícil, mas para que entendam melhor como eu levo as minhas noites, deixo-lhes uma frase do grande Giacomo Casanova: “Economia em prazer, não é pra mim.”

    Baseando-me nesta ideologia estimulei a conversa entre Eleonor e o tal vampiro, pianista e galã cheio de dedos na esperança de que ele nos apresentasse a beldade pin-up. A conversa foi rápida, mas trocamos muitas dicas e detalhes interessantes, que nos proporcionaram inclusive alguns contatos Wampir relacionados à moda da cidade. Além disso, para minha felicidade ele nos convidou para uma apresentação mais íntima, aonde a maravilhosa Josephine iria se apresentar apenas para um grupo seleto de amigos.

    Na noite seguinte fizemos um pequeno tour, marcamos algumas reuniões e visitamos algumas lojas, onde inclusive tive de carregar as muitas sacolas de minha doce morena consumista. Programas de índio a parte e finalmente nos sobrou tempo para ir a apresentação com os tais amigos selecionados de Josephine.

    Se o Queens of the Stone Age fizesse um som naquela época, certamente estaria rolando Make It Wit Chu quando eu revi a sensacional gringa pin-up. Jeans colado, camisa amarrada entre s seios e lenço na cabeça. Apenas as lentes verdes de seu ray-ban aviator separavam seus lindos olhos dos meus… – Estou apaixonado – Pensei  comigo.

    O tal músico nos avistou logo na chegada e fez as devidas apresentações – Encantado – Disse eu babando e esbanjando toda a elegância europeia que me fosse possível. Porém, para minha surpresa ela ignorou o beijo que tentei lhe dar na mão e  me deu um abraço seguido por beijo carinhoso no rosto, aliás fez o mesmo com Eleonor.

    Conversamos muito rapidamente, aquele básico “Oi tudo bom fiquem a vontade, amigos do fulano são meus amigos…”, seguido por ais apresentação que me frustraram um pouco. Afinal meu ego dizia que seria mais fácil a aproximação com aquela pinup cheia de atitude. Além deles havia mais dois casais de vampiros e três humanos.

    Fizemos amizade fácil e eles adoraram o fato de que naquela época éramos empresários da moda brasileira, ainda mais cariocas. Assim como hoje o conhecimento sobre o Brasil não era tão grande, mas Carmen Miranda e o fato de o Brasil não ter participado com tanto afinco nas duas guerras rendeu boas conversas.  Vários minutos haviam se passado e antes do amanhecer fomos convidados a visitar o espaço vampiresco do lugar. Um porão muito grande, repleto de cômodos aconchegantes e onde a festa continuaria com a apresentação de Josephine numa sala grande, cheia de almofadas e iluminada por várias velas.

    Confesso que havia ficado um pouco chateado pelo fato de não ter recebido tanta atenção por parte da diva, mas a noite continuaria e aparentemente cheia de surpresas. O vampiro se acomodou com um violão e olhando fixamente para Eleonor começou a tocar algo caliente, provavelmente flamenco ou algo do gênero. Depois de alguns instantes surgia Josephine, avassaladoramente sexy num vestidinho carmim curto, que realçava ainda mais suas formas voluptuosas.

    Entre um rebolado e outro ela dançou entre nós de olhos fechados, envolta por vezes no que parecia ser um transe inconsciente e que rapidamente nos contagiou. Lembro-me de um intenso perfume de hibiscos antes dos primeiros humanos sucumbirem à dança, seguidos na sequencia por todos nós.

    Todo estase gerado pela intensidade do mantra, provavelmente misturado há algum feitiço não poderia terminar de outra forma: orgia. O sangue dos humanos, vários corpos nus entrelaçados uns aos outros numa interminável batalha pelo prazer. Bocas, saliva, mãos, gemidos longos e todos aqueles gostosos barulhos emitidos quando a pele de um se esfrega continuamente a pele do outro…

  • A vampira pin-up – pt1

    A vampira pin-up – pt1

    O lugar era pequeno e bem arrumado, pouco mais de 10 mesinhas de madeira escura com 2 cadeiras cada e que dividiam espaço com o balcão de bebidas e um palquinho oculto por cortinas vermelhas. Havia ainda um grande piano preto, onde um músico vampiro tocava algo sombrio, lento, triste e certamente atemporal. Algumas pessoas estavam conversando em pé e o papo não podia ser outro, a apresentação burlesque de madame Josephine e suas adagas.

    A época era algo em torno dos anos 40 e 50, o lugar um cabaret de New York, os personagens Eleonor e eu Ferdinand, em busca de novidades para nossas fábricas de roupas brasileiras. Para quem não sabe New se tornou o novo centro da moda depois da segunda guerra mundial, possuía vários estilistas envolvidos nas produções para Hollywood e para minha mim ainda havia um motivo a mais. Eu queria muito conhecer as legítimas pin-ups norte americanas.

    Tanto a viagem de ida como de volta tivemos muitas paradas, turbulência e incômodos em função de nossa situação vampiresca. O que um humano faria em no máximo um dia nos custou quase três dias e noites para cada trecho. Hoje em dia os voos particulares ou o Google Maps facilitaram muito as cousas…

    Cerca de uns 30 minutos depois que chegamos ao cabaret a musica parou, as pessoas foram ficando em silêncio e quando a ansiedade proposital tomou conta de todos o pianista retornou junto de um guitarrista. Alguns estalos e estampidos, duas ou três dedilhadas e começava um blues leve, uma espécie de som lounge que deu um clima interessante ao total breu que nos envolvia. De repente sinto uma brisa, aquela energia vampiresca tomando conta do lugar e um spot ilumina as cortinas.

    O som nos contagiava, fazia as pernas balançarem involuntariamente e até mesmo as mãos queriam batucar, enquanto algo ganhava forma atrás dos panos. Novamente um apagão, cortinas e lá estava aquela escultura em forma de mulher (vampira). Vestidinho preto com bolinhas brancas e notavelmente curto para a época. Pele branquinha, cabelos longos pretos brilhantes e com penteado de topete pin-up. Aquela boca, vermelha como quem havia passado um belo batom chamativo carmim ou acabado de se alimentar. Tudo isso, alinhado perfeitamente aos brincos esmeralda, que complementavam a maquiagem escura em torno de seus lindos olhos verdes e grandes.

    Sim confesso, babei… Até mesmo Eleonor, que é outra beldade se incomodou ao ver os atributos da belíssima Josephine. – hunf, vestidinho barato! – Comentou ela “se mordendo inteira”. E toda aquela inveja ficou ainda maior quando a beldade pin-up soltou a voz interpretando clássicos como Autumn In New York de Jo Stafford e I’ll Walk Alone da gotosíssima Dinah Shore.

    Depois de mais ou menos uma hora com muitas músicas a vampira voltou para trás das cortinas, as luzes se apagaram e o guitarrista tocou algo mais pesado. Ao mesmo tempo em que o pionista vampiro soltou sua viz, em algo que me lembrou muito as músicas de Elvis, a pin-up cortou as cortinas com suas adagas e iniciou seu famoso burlesque.

    Inicialmente ela dançou um pouco, fez cara bocas e esbanjou aos olhos concentrados de todos aquela deliciosa sensualidade e sexy appeal. Entre uma passada e outra entre as mesas ela ia cortando o vestido. Até que finalmente ficou apenas com de liga, scarpin de salto alto e exibindo a quem quisesse ver, aqueles belos seios fartos.

    Aplausos de pé, flores ao palco e vários assovios. Alguns mais exaltados inclusive gritavam amazing, fabulous, divine enquanto as portas do lugar foram abertas e aparentemente iam-se embora. Meu lado Casanova estava extasiado, eu precisava conhecer aquela deusa e por sorte o pianista nos reconheceu. – É sempre bom ter sangue novo por aqui – Disse ele em tom amigável. Eleonor foi a primeira a se apresentar e obviamente chamou atenção do vampiro com seu jeitinho meigo e inglês com sotaque carregado europeu.

    Vocês se lembram de minhas outras histórias quando eu falei que nestes anos eu estava um tanto rebelde e alheio aos pudores ridículos da sociedade daquela época? Bom, na próxima parte falarei do meu primeiro contato “mais íntimo” com Josephine…

  • Torturas, sexo com vampiros. pt7 Final

    Torturas, sexo com vampiros. pt7 Final

    Recomendamos a leitura desta saga desde o seu inicio, clique aqui.

    O segundo nível de minha doutrinação havia terminado e mesmo assim uma de minhas cadelinhas ainda gemeu, se contorceu e implorou várias vezes por misericórdia. Seria ela tão resistente, a ponto de eu ter de avançar ao próximo nível? Dei mais algumas gotas de meu sangue aquela mais áspera e as mantive no cárcere por mais alguns instantes.

    Aproveitei para dar uma espiada no ateliê de Frederick e lá estava sua obra praticamente terminada. – Preciso limpar aqui e ali, mas veja esse olhar de misericórdia meu irmão, veja a serenidade e o semblante motivado que ele transmite. Seria um belo manequim de loja não achas?

    Pior que se não fosse os restos de sangue sobre aquele corpo, qualquer desavisado acharia que era mesmo um manequim, exótico, mas apenas um boneco. Frederick havia feito um belo trabalho, que incluiu depilação e escarificação com temas estilo Maori, ou seja, uma legitima e original obra de arte. Pena realmente o fim que ela teria…

    Voltei para o meu ateliê e agora sim ambas atenderam tudo o que pedi: “Fiquem de quatro as duas, lado a lado na cama e viradas com o rabo para cá… Não quero ouvir um simples ai, ou as consequências serão as piores”. Fiquei por um tempo admirando aqueles rabos e acho que os terei na memória por certo tempo, mas vamos ao que interessa. Thwack! plaaaaft! Fez o som da primeira chicotada no rabinho daquela mais esguia, que aparentemente se concentrou e não deu um pio.

    Thwack! plaaaaft! Novamente na segunda e esta teve a infelicidade de suspirar, fazendo-me lhe dar outra mais forte. Apesar disso, na segunda vez ela não se mexeu. – Bom, bom, bom assim quem eu gosto, quietinhas! Aproveitei a situação para dar mais uma metida em cada e se não fosse Frederick batendo a porta, a brincadeira iria longe, tendo em vista que já estávamos bem entrosados.

    – Acredito que tenha chego a hora meu irmão, posso chamar Elliot?

    – Com certeza, já terminei por aqui…

    Arrumei meus brinquedos, ordenei que se arrumassem com algumas roupas que lhes levei, algo simples tipo jeans e camiseta e as levei para o terceiro ateliê. Apelidado gentilmente de “Arena”. Nada muito elaborado, apenas a sala principal com uma escadaria grande e um mezanino, que nos serviria de arquibancada. Ao centro três cadeiras e uma mesa com três facões. Frederick fez as honras:

    – Sem muitas firulas e vamos direto ao ponto. O sol irá nascer daqui exatos 60 minutos. Lá fora há uma moto com as chaves na ignição e com gasolina suficiente para chegar  até um lugar seguro na região. Vamos lá se divirtam só um de vocês sairá “vivo” daqui!

    O primeiro a agir foi o vampiro, que apesar das customizações ainda mantinha sua agilidade sobrenatural e acertou em cheio o pescoço da loirinha. A magrela percebendo a ação deitou para a direita e infelizmente aniquilou aquela gostosa, separando-a de sua cabeça entre um golpe e outro.

    Aproveitando a oportunidade o vampiro chutou a mão da infeliz, que derrubou o facão a dois passos de distância e também  lhe deu um golpe na altura do pescoço. Apesar disso,  para o seu azar à lâmina apenas feriu levemente um dos seios da mirradinha, que se não emitiu nenhum som de dor e praticamente se jogou em busca de sua arma.

    Nesse momento eu inclusive comentei com os outros, sobre minha doutrinação e o fato dela nem ter sentido a dor. Garota esperta, poderia ter sido muito útil na minha equipe. E para surpresa de todos ela conseguiu recuperar seu facão, aproveitou o ponto cego do vampiro e lhe golpeou certeiramente o braço que segurava o facão, mais ou menos na altura do bíceps. A fúria foi tanta, que o osso foi rompido deixando o que restava do braço preso apenas por um pouco de pele e músculos.

    A fúria da pequena foi tanta, que eu quase gritei para que ela parasse de perder tempo fatiando aquele manequim. Perdi as contas do golpes desnecessários que ela deu, até  finalmente perceber sua vitória, talvez estivesse descarregando o stress dos últimos dias?

    Ela largou o facão, passou a mão no rosto para limpar o excesso de sangue podre em sua face e jogou os cabelos para trás. Abriu um sorriso confiante, olhou diretamente em meus olhos como quem pedia aprovação. Bastou eu dizer um simples “Parabéns, está livre!”, que ela saiu correndo e sabe-se lá o que passava em sua cabeça, talvez tenha sido um dos melhores momentos de sua vida ou morte?

    Porta a fora e sem olhar para trás, quão surpresa ela deve ter ficado ao descobrir que o sol nasceria em menos de 10 minutos…

  • Torturas, sexo com vampiros. Pt6

    Torturas, sexo com vampiros. Pt6

    – Jean-Albert Carlotti disse certa vez: “Beleza é a soma das partes funcionando juntas, de tal forma que nada precisaria ser adicionado, retirado, ou alterado”. Esse pensamento sempre me deixou muito curioso e finalmente hoje terei a oportunidade de avaliar tal conceito na prática.

    Neste instante Frederick, abriu calmante uma pequena carteira de couro, donde surgiu um pequeno e enferrujado, porém extremamente afiado bisturi. Disse ele que fora presente do insano doutor, mas quem sabe? O importante é que teríamos ali uma bela seção de anatomia vampiresca.

    Como um artista que esculpe o barro, ele tateou o corpo nu, rígido, mas trêmulo do vampiro. Um corpo forte e que certamente saciou além de tudo, os desejos mais íntimos de meu irmão.

    – O que será que mais perfeito na anatomia deste corpo se não estes testículos? O milagre da vida, dentro de tão precioso e simples invólucro. O que será que aconteceu depois que essa obra da natureza recebeu o presente vampiresco? Vejamos como ele funciona…

    Assim junto de vários gemidos, que por vezes se misturavam a gritos abafados e estridentes, iniciava tal profana e intrigante Vernissage. Algo tão acolhedor, que me deu vontade de partilhar com minhas duas cadelinhas. Deixei Frederick sozinho por alguns instantes e retornei com ambas em suas coleiras.

    – Peço desculpas por ter falado mal de teus métodos nobre irmão, ao ver o olhar destas duas, percebo o quanto elas estão afoitas e felizes por estarem aqui conosco. Já iniciaste a segunda fase?

    – Ainda não meu irmão, quero que elas apreciem um pouco da tua arte!

    – Como diria Leonardo, A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível. Assim como vós, sou apenas um voyeur tentando aprender a cada nova lição que nos apresentam. Sem delongas, chegaste num momento adequado, sabias que o músculo peniano á tão longo?

    Naquele momento o sujeito ainda se contorcia e gemia muito e tudo piorou ainda mais quando Fred, simplesmente iniciou vagorosamente aquela extração. – Nada de pressa por aqui, não vamos estragar o material… – Cerca de 5 minutos ou mais haviam se passado até que finalmente ele simplesmente jogou aquele pedaço de carne ao chão e nos falou de sua ideia:

    – Dizem que alguns vampiros conseguem regenerar até mesmo membros, será que este consegue? Por via das dúvidas improvisarei…

    Assim ele fechou aquele buraco, o anus, as orelhas e a boca do infeliz. Quase perguntei se faria o mesmo com os olhos, mas provavelmente não. Neste ponto, aliás, eu já havia retornado ao meus aposentos para a segunda fase de minha obra. Amarrei ambas nos ganchos do teto, dei-lhes uma segunda dose de meu sangue, ordenei que ficassem quietas independente do que acontecesse e recomecei a surra. Desta vez com um brinquedinho chamado açoite, algo simples composto por tiras de couro e lâminas de aço extremamente finas.

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  • Torturas, sexo com vampiros. Pt5

    Torturas, sexo com vampiros. Pt5

    Depois que descarreguei o stress naquele belo rabo empinado, resolvi dar uma recompensa a loirinha e lhe dei algumas gotas do meu sangue. Por que eu queria ver além de tudo como seria o comportamento dela, depois que a afeição consanguínea começasse a agir. Então, posicionei minha modelo no enquadramento que me foi possível e inicie os trabalhos de verdade.

    Splashhhh – Fez o som da primeira chibatada que lhe dei nas costas, seguido por um profundo e sofrido “Unghhhh”de dor. Aquilo foi lindo meu irmão, tanto que me empolguei perdendo as contas de quantas vezes açoitei aquele rabo magro e suas coxas finas. Só parei quando o couro da chibata se rompeu e da mesma forma que a pele daquela puta, espirrando sangue podre para tudo o quanto é lado.

    Como bom artista que sou, tive de interagir mais com minha obra e para ajudá-la em sua regeneração lhe dei vários goles de suco de rato. Chegou até a babar de tanta fome… Pobre bichinho, mal sabia do bom tempo que eu havia reservado para elas.

    Alicate nas mãos e havia chegado o momento da punição tradicional. Nhoc! nhac! nhec! Mais uma vez… Nhoc! nhac! nhec! Pronto, mais duas presas para minha coleção e nesse momento ela chorou feito uma criança banguela. Até mesmo a gostosa que estava lá meio sonolenta da surra se comoveu com alguns gemidos, mas ficou quietinha como eu havia ordenado, garota esperta.

    Até aquele momento nós já havíamos brincado um pouco, mas eu precisava decidir com qual ficaria. Então, joguei alguns baldes de água fria na magrelinha e quando aparentemente já estava regenerada a larguei na cama e a amarrei ao melhor estilo bondage. Meti até cansar! Apesar de magrelinha, acreditas que o cuzinho era melhor que o da outra? Bem mais apertadinha…

    Algum tempo depois eu senti a presença de Frederick, que veio direto para o nosso ateliê e se chocou, mas manteve a sua elegância à francesa. – Seu bárbaro! Quantas vezes preciso lhes dizer, que não há necessidade destas ferramentas arcaicas. Veja aqui o estrago na boca desta, Olhe ali aquela outra, dedos quebrados e regenerados tortos… Bizarro!

    Apesar de não ser a favor dos métodos dele e achar os meus muito mais justos (na pior das hipóteses eu ficaria com aquela que fudesse melhor). Resolvi deixar meus bichinhos descansado pensando na morte e aceitei o convite para sua apresentação no outro ateliê. Quem sabe ele me surpreenderia, não é mesmo?

    Antes de sair do lugar também dei um pouco do meu sangue para a magrelinha tagarela, que depois da foda parecia uma cadelinha no cio dando pinta de que queria mais surra.

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  • Torturas, sexo com vampiros. Pt4

    Torturas, sexo com vampiros. Pt4

    Tudo o que vocês irão ler a partir daqui me foi relatado ou escrito por meus irmãos Frederick e Hector. Confesso que até mesmo para mim foi difícil entender ou aceitar tais procedimentos, mais achei interessante compartilhar estas práticas. Afinal, muitos autores atuais as deixam de lado, apelando apenas ao romantismo exagerado que apesar de tudo também envolve os míticos vampiros.

    Relembro uma última vez: Este conto contém cenas fortes envolvendo tortura, sexo, sangue e muitas palavras de baixo calão.

    Limpamos o lugar e eu acorrentei as duas no porão, tomei os devidos cuidados para que elas ficassem bem próximas de onde as crianças estavam aprisionadas e suguei tudo o que pude de seu sangue podre. Quem sabe assim alguma consciência viesse as suas mentes, enquanto seus malditos corpos lutassem por não hibernar. Frederick, foi um pouco mais filho da puta, imobilizou o sacana aos mesmos moldes e o deixou empalado com um cabo de vassouras sem ao menos um cuspe de piedade.

    Eu fui o primeiro a retornar ao lugar e digo que todos aqueles gemidos, gritos ou pedidos por piedade só aumentavam ainda mais a vontade que tive em iniciar meus trabalhos com as duas e seus corpos nus. Antigamente quando pilhávamos e por ventura tínhamos a oportunidade de usufruir das poucas bucetas que encontrávamos em outros navios, eu era um dos primeiros. Hoje em dia os tempos mudaram e a oferta por sexo é tanta, que chego até mesmo aquelas noites de orgias desenfreadas.

    Passei numa agropecuária a caminho do lugar e levei algumas sacolas recheadas de brinquedos. Cordas, chibatas, ferros de marcação e obviamente alguns ganchos, no qual eu faria minha pequena e intima exposição de arte à trois. De cara aquela cena fúnebre, dois corpos quase cinza se contorcendo de raiva por instinto, algo que inclusive me inspirou mais ainda meu lado domador.

    – Por favor eu faço qualquer coisa mas não me mate – Disse a mais falante.

    – Fica tranquila animalzinho, a experiência de vocês por aqui será apenas uma limpeza da alma e garanto que estou até pensando em doutrinar uma de vocês.

    Então calmamente eu arrumei o lugar, fiz alguns furos no teto, preguei os ganchos e veja só, até fui piedoso e lhes dei um pouco de suco de rato. Foi lindo ver aqueles bicos do seio da mais magrela ficando durinhos hahahahah.

    “Uni duni te a escolhida foi você…” A matraca tentou usar o poder da mente comigo enquanto a pendurava, acreditas? Fui obrigado a brincar e fingi que ia soltá-la, mas quando ela juntou suas ultimas energias para correr à porta dei um tranco na corrente do pescoço e a trouxe de volta a arrasto.

    Depois que o quadro foi pendurado, tratei de posicionar a minha modelo, me ative aquelas dicas que tu me deste sobre enquadramento, lembras? Naquele momento confesso que percebi o corpão da quietinha. Loirinha, olhos grandes, tetas fartas. Tive de aproveitar um pouco e sai da rotina programada… Precisa ver como ela gemia a cada metida!

    “yo ho a pirate’s life for me”

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