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  • Dias de trabalho… Instinto – Parte 2

    Salve povo,

    Então, ainda estou cheio de trabalhos, e segue a continuação da história do doutor:

    Instinto – Parte 2

    Mas que merda cara, olha o estado desse cara! – Disse Carlos Eduardo Guimarães, investigador da Polícia Civil de Florianópolis ao seu parceiro, Ricardo Augusto dos Santos. Investigador Carlos entrara para a polícia há cinco anos atrás, e nesse meio tempo viu a cidade em que nasceu mudar radicalmente. Ele já fora baleado duas vezes, uma em uma operação conjunta com a Polícia Militar, quando eles desbarataram uma quadrilha de assaltantes, outra quando estourou um cativeiro durante um seqüestro. Da mesma forma, Carlos fora responsável por mandar pelo menos quatro marginais para a cova, coisa que o policial, bem quisto e admirado por seus colegas, se orgulhava em dizer.

    Seu parceiro, Investigador Ricardo tinha quatro anos a mais na polícia, e era igualmente respeitado. Mas mesmo assim os dois policiais tiveram de conter o vômito, que subiu até boa parte da garganta, quando desciam pela ribanceira, após cruzar o cordão de isolamento da polícia, e se depararam com um corpo.

    Era o de um homem de meia idade, talvez quarenta anos, em forma apesar do inchaço. Ele estava com metade do corpo para dentro da água de um córrego sujo e fedorento, e a outra metade estava sobre a margem. Carlos conteve o asco quando, ao se aproximar notou que três grandes ratazanas se fartavam na carne em decomposição do pobre coitado. _Puta que pariu cara, olha o tamanho desses bichos! Parece um Rotweiller! – Comentou Ricardo com o parceiro, mas Carlos não conseguia falar, em todos esses anos de Polícia ele nunca vira uma coisa dessas, talvez se servisse em São Paulo ou no Rio de Janeiro ele fosse ver, mas em Floripa? Era decididamente algo que iria tirar o sono de Carlos por muitas noites. Logo de cara, Carlos viu a garganta aberta do sujeito, um corte fundo e feio, de um lado ao outro, mais um pouco e teriam decepado a cabeça do coitado. O mais chocante não era a garganta cortada, Carlos já tinha visto dezenas de gargantas cortadas, muitas delas com o sujeito ainda vivo, o que mais perturbou o policial foi a língua pendendo pelo corte, arroxeada e rija, dando um aspecto grotesco ao corpo, pois a língua projetava-se como um apêndice canceroso ou algo parecido. “O filho da puta se deu ao trabalho de fazer uma gravata colombiana…” – Pensou Carlos já desejando colocar as mãos no assassino e dar-lhe uma surra de fazer com que ele implorasse para morrer. Era errado, claro, mas Carlos não era politicamente correto, não aceitava propina nem suborno porque acreditava na missão sagrada da Polícia, e fazia questão de deixar seu lugar bem claro na sociedade, ele era o mocinho, nunca o bandido. Mas Carlos era famoso na corporação por adorar bater em vagabundo, as vezes ele se excedia, mas suas surras eram tão eficazes que os marginais se quer tinham coragem de denunciá-lo, por medo de apanharem novamente. Estupradores eram seu tipo preferido, Carlos odiava estupradores e dois dos quatro bandidos que ele “mandou para a cova” foram estupradores. Carlos batia com satisfação nesses caras, sempre pensando em sua amada esposa Elizabete e em seus três filhos pequenos.

    Mas nesse caso Carlos pensou não em sua esposa, mas sim nele mesmo. Ele pensou que quando chegasse a sua hora, ele queria que fosse em uma cama quente, com seus entes queridos velando por sua passagem, depois um funeral digno de um policial, com salva de tiros e com o delegado Fonseca falando coisas legais sobre ele, todos estariam tristes é claro, mas Carlos iria dessa para uma melhor com a sensação de dever cumprido. Essa era a forma correta de um homem morrer, e não com a garganta cortada por um vagabundo cruel e sádico que abandona seu corpo para ser devorado por ratazanas do tamanho de rotweillers.

    _O legista já está vindo? – Perguntou Carlos, subindo o barranco enlameado que dava acesso à margem do rio.

  • O doutor conta suas histórias – Instinto – Parte 1

    O doutor conta suas histórias – Instinto – Parte 1

    Buenas muchachos!!!

    Hoje to com a maior preguiça de escrever e vou passar para vocês mais uma história divertida e empolgante do Doutor.

    Instinto – Parte 1

    _Bravo! Bravo! – surgiu um homem do nada, saído das sombras quando Alessandra preparava-se para deixar a cena de seu primeiro crime, o Palio Weekend estacionado de maneira grosseira na beira de uma rua na região metropolitana da até então tranqüila Florianópolis. Alessandra virou-se rapidamente, bisturi na mão e os olhos fervilhando de ódio por ter sido apanhada. Foi então que o brilho dos charmosos óculos escuros traiu a presença do Doutor.

    “Ele estava ali o tempo todo, como?” – Perguntou-se Alessandra enquanto via seu mestre se aproximar com um olhar curioso, mas que não traía qualquer emoção. A cada vez que Alessandra olhava para ele não conseguia deixar de pensar que homem impressionante ele era. “Desapegue-se de qualquer padrão de beleza” – repetia Alessandra sempre que olhava para o Doutor, de fato ele estava longe de ser um homem bonito, pelo menos não no sentido literal da palavra, mas também de feio nada possuía. Alessandra muitas vezes se quer o via como um homem, vezes o via como um anjo salvador, que mostrou a ela um mundo novo, outras vezes ele era o seu demônio, que a arrancara de uma vida tranqüila e promissora. O Doutor violara o corpo de Alessandra, bebera de seu sangue, destruíra tudo nela que era humano, exceto talvez uma pequena parcela de consciência, que era o que impedia Alessandra de se tornar mais uma psicopata sem controle – não que para os padrões “normais” ela não fosse isso – de qualquer forma, homem, anjo, demônio… Vampiro, Alessandra sabia que o Doutor era o predador perfeito, uma máquina de matar e causar dor, o topo da cadeia alimentar… um monstro como preferir, e Deus! Como ela amava o Doutor! (mais…)

  • Coletânea de fotos de vampiros

    Olá, mortais e sempre vivos,

    Depois de alguns dias de arrumação na casa, após viajens e algumas mudanças, cá estou eu denovo.

    Sabem, já vi muitos falando que vida de vampiro é boa, é cheia de aventuras e afins, mas denovo eu volto a repetir, pow é uma vida normal cara e depois que criei o blog muitos já vieram a me falar: “Hei cade as aventuras?”, “Tu chupa sangue todo dia mesmo?”, ou ainda “Mostra uma foto tua ai”. Ta ta ta gente eu ponho algumas, ou melhor fiz uma coletânea de fotos com o melhor que eu achei por ai aos próprios olhos de vocês. Não ponho fotos minhas por diversos motivos, que não preciso nem dizer…

    Lembram um tempo atrás onde eu comentei que toda a verdade sobre o mundo e sobre o “outro mundo” estão por ai para quem quiser ver? Então olha ai mais algumas dicas de sites com fotos, se você der uma boa filtrada pode achar coisas reais… bemmm reais…

    Fotos do picasa

    Fotos do Flicker

    Fotos do Fotki

    Fotos do Buzznet

    Fotos do Photobucket

    Fotos do Istockphoto

    Fotos search

    Fotos do Bigstock

    Fotos do Everystockphotos

    Fotos do Webshots

  • O Doutor – Grito No Vazio Parte 5 Final

    O Doutor – Grito No Vazio Parte 5 Final

    “Bisturi, faca, serra, alicate, chibata… É está tudo aqui…” Pensou o Doutor conferindo metodicamente pela quarta vez seus instrumentos de trabalho. Ele estava tão excitado que simplesmente não queria ter que interromper a sessão com Alessandra – a sua menina – para pegar algum instrumento que eventualmente esquecera. Era sempre assim, na primeira sessão o Doutor sempre levava seus pacientes aos seus limites físicos, a primeira sessão era sempre grosseira, com surras intermináveis, cortes precisos e dolorosos entre outras feridas feias. Tudo isso para saber se o paciente era digno do resto. “Ela vai agüentar… Ela TEM que agüentar…” Mais uma vez pensou o Doutor consigo mesmo. Normalmente eles agüentavam, a menos claro, que o Doutor enjoasse deles no meio da sessão, e então se contentava em reduzi-los a um amontoado de carne disforme. O Doutor era um mestre no uso de adrenalina, anfetaminas e outros medicamentos estimulantes, além disso em casos de extrema necessidade o Doutor administrava uma boa dose de seu próprio sangue, era do seu conhecimento que o sangue de um vampiro possuía grandes propriedades regenerativas, em Alessandra ele faria questão de utilizar esse seu medicamento “especial”, pois não iria se perdoar se aquele corpo deliciosamente pálido ficasse repleto de cicatrizes e marcas. O Doutor utilizava as feridas e o grotesco para iluminar seus pacientes, mas era um profundo admirador do belo.

    Estava quase tudo pronto, quase. Ainda faltavam alguns detalhes que o maníaco julgava serem importantes. O primeiro deles, um local onde deixar as coisas, bem, isso a mesinha portátil, dessas de acampamento, iria servir. Segundo porém não menos importante, um fundo musical. Otto Von Bastian – Ainda que ele se quer lembrasse desse nome – era um grande admirador da música, para ele cada canção evocava um tipo de sentimento, nele e nos seus pacientes, o Doutor estudou cuidadosamente a pilha de cds que mantinha em seu consultório. Pensou em algo clássico, Chopin, Mozart talvez… Não! Alessandra provavelmente dormiria ouvindo algo para ouvidos tão refinados, mas o Doutor não estava com espírito para a batida eletrizante do psy, então o que escolher? Seus olhos pararam em um cd que ele recentemente havia comprado…Ramstein, metal industrial alemão, ótimo! Era isso que o Doutor queria, apesar de sua idade já avançada, mesmo para um vampiro, ele ainda se maravilhava com a música moderna, e as letras em alemão, quase que sabáticas da banda viriam a calhar naquela noite. Agora estava tudo pronto, O Doutor pegou tudo, respirou fundo – algo desnecessário, mas que normalmente o acalmava – e seguiu para o subsolo do hospital psiquiátrico onde vivia, para a ala esquecida por todos, onde os pacientes eram mandados não para serem curados, mas para serem esquecidos.

    Assobiando para esconder a excitação o Doutor entrou mais uma vez na sala onde Alessandra estava, fazendo a moça dar um salto e se encolher ainda mais.

    _O que você vai fazer comigo seu desgraçado?

    Sem resposta…

    _Responda!

    O Doutor tranqüilamente colocou a mesinha onde queria, dando as costas para Alessandra de maneira desdenhosa. Alessandra teve o ímpeto de saltar nas costas de seu algoz e bater nele mas ao fazer isso ela esqueceu dos tendões cortados, a dor novamente varou-lhe do calcanhar até a coxa, e Alessandra caiu no chão se contorcendo, arrancando mais uma risadinha cínica do Doutor.

    _Tão corajosa é a minha doce menina…

    Murmurou o Doutor, agora colocando seus instrumentos sobre a mesa, todos eles ajeitados em ordem, ainda que essa ordem só fizesse sentido para ele. Em um pequeno cd player ele colocou o cd e deixou a música invadir aquela sala imunda, desconcertando ainda mais Alessandra. Tomando o cuidado de deixar a mesa bem longe de Alessandra, o Doutor agora contornou a cadeira e apanhou o balde que continha o sangue de Paulo, o cadáver ainda estava ali, ensangüentado, a língua pendendo frouxa pra fora do horrendo corte que abriu de um lado ao outro do pescoço. O sangue seria o refresco do Doutor, e também uma ferramenta importante para a sessão. Sua habilidade na tortura destruiria o corpo e a dignidade de Alessandra e seus poderes de controle mental destruiriam sua mente… Ele iria violá-la e todos os sentidos.

    Agora ele precisava tirar o corpo do gancho, afinal ele queria que Alessandra ficasse em pé quando a sessão começasse. Erguendo o corpo de Paulo como se fosse um pedaço de carne em um açougue o Doutor retirou o gancho de aço que o mantinha pendurado pelo baixo ventre. Limitando-se apenas a jogá-lo num canto como um fardo indesejável o Doutor agora analisou cuidadosamente a altura do gancho… “É, serve…” Pensou ele satisfeito.

    _Agora venha minha menina, hora de começarmos nossa sessão de hoje…

    _Que sessão seu desgraçado? QUE SESSÃO? – Falou Alessandra mais apavorada do que nunca.

    O Doutor apenas a levantou, e habilmente algemou suas duas mãos utilizando uma algema firme. Ele a levantou com facilidade, mesmo com seus protestos, imprecações e chutes, e a colocou quase que pendurada pela algema, no gancho preso ao teto. Alessandra conseguia apenas tocar a ponta dos dedos no chão, e esse simples ato bastava para causar-lhe uma for terrível nas pernas.

    _Primeiro vamos dar uns pontos nesses calcanhares, não quero que você morra seca de tanto sangrar…

    Habilmente o Doutor costurou os cortes nos calcanhares de Alessandra, impedindo assim que ela se esvaísse em sangue. Satisfeito com a costura o Doutor sorriu e permitiu-se um momento de intimidade com a paciente, dando-lhe um gentil tapinha no traseiro generoso de Alessandra.

    _Pronto, agora vamos nos livrar dessas roupas…

    _É isso que você quer seu desgraçado? Tudo bem pode fazer, só não me machuque… Por favor… – Falou Alessandra, já perdendo qualquer noção de dignidade e orgulho.

    O Doutor riu quando voltava com um bisturi.

    _Não, não minha menina, por favor, sou um profissional, ainda que você seja uma mulher bastante atraente, não é em sexo que eu estou interessado, apesar de que, quem sabe depois da nossa sessão, se você quiser, podemos ter uma certa intimidade…

    Alessandra cuspiu no rosto do bastardo, a dor estava lhe deixando corajosa, exatamente como o Doutor previra, exatamente como o Doutor QUERIA. Ele então começou a cortar a roupa de Alessandra com bastante habilidade, cuidando para não passar a lâmina além do tecido e cortando a pele. O primeiro a aparecer foram os seios. “Sim, são rosados…” O Doutor falou a si mesmo em nota mental, olhando com desejo para os mamilos da moça. Em poucos segundos a tão esperada nudez de Alessandra estava exposta, e amarrada como estava ela não podia escondê-la. O trabalho do Doutor finalmente começara.

    As luzes dos carros davam um reflexo interessante no asfalto molhado pela chuva fria que caía, como se as imagens de repente ficassem distorcidas em um espelho molhado. Distorcida também ficara a mente de Alessandra depois que ela conhecera o Doutor, logicamente não era isso que ela achava, afinal o Doutor trabalhara duramente para fazer Alessandra crer que ela agora era uma pessoa iluminada pela dor. Alessandra desviou de algumas poças de maneira graciosa, saltitando como uma lebre jovem brincando nos campos primaveris. A menos de uma semana Alessandra se quer acreditava que voltaria a andar, não depois do Doutor ter cortado seus dois tendões que davam os movimentos aos pés. Mas o sangue vampírico era poderoso, ele curara as feridas no corpo violado de Alessandra, mas jamais seria capaz de curar as feridas em sua mente, tampouco as feridas em sua alma.

    O Doutor a reduzira a um pedaço de carne disforme e doentio, ele destruíra tudo que era humano em Alessandra, tornando-a um monte de nada, apenas uma massa agonizante que outrora foi uma pessoa, mas que, ao final da tortura, só era capaz de balbuciar gemidos e apelos vãos. Ele a surrara com uma chibata, fazendo nacos de carne e pele voarem por toda a sala, ele costurara sua boca, violara seu sexo, forçara a beber o sangue de Paulo, seu namorado, tudo isso em nome de seus estudos.

    _A dor leva ao tormento e o tormento leva a superação! – Alessandra agora repetia o mesmo discurso que o Doutor lhe dera antes de aplicar a primeira chibatada que lhe rasgou o couro das costas. De fato ele estava certo, Alessandra acreditava nisso, ela precisava acreditar, afinal aquela era a primeira vez que o Doutor permitira que ela saísse sozinha e ela não queria decepcionar seu novo e amado mestre. Não, o Doutor não lhe abençoara com a natureza vampírica mas Alessandra bebera sangue o suficiente, sangue do Doutor, para ser assolada por um amor incondicional, profano, como se agora ela estivesse presa pelos grilhões da escravidão.

    Ainda se lembrando dos ensinamentos de seu mestre Alessandra passou a se perguntar que momento da tortura foi mais importantes e mais revelador para ela. Seria a seqüência interminável de chibatadas? Ou quem sabe os cortes dolorosos e o banho com álcool? Foi o momento que o Doutor rasgou o próprio pulso e ofereceu seu sangue para que ela pudesse curar seus ferimentos? Quase isso… Gratidão… Era isso que havia ficado e o que mais humilhara Alessandra. A gratidão que Alessandra sentiu quando a tortura terminou e o Doutor permitiu que ela vivesse, afinal não valeria a pena morrer depois de enfrentar todas as provações que Alessandra enfrentara. Não, o Doutor não havia destruído seu corpo, tampouco sua vida, ele a fizera nascer, ele causou e tratou de suas feridas, como um pai disciplinador, porém amoroso.

    _E aí gata afim de uma carona? Ta chovendo pra caralho hein? – O pensamento de Alessandra foi subitamente cortado pelo homem de meia idade a bordo do Palio Weekend marrom que reduzira a velocidade ao seu lado. A interrupção irritou Alessandra, reflexos do tratamento que o Doutor lhe reservara. Mas de fato estava chovendo, apesar de que Alessandra ainda retinha boa parte do sangue que o Doutor lhe dera, e ele prometeu que ela jamais ficaria doente novamente, bem, o que o Doutor promete, ele cumpre. Mas aquela era a primeira “saída de campo” de Alessandra, ela sabia que o Doutor estava lhe testando, então “foda-se” – pensou a moça – “vou seguir com esse babaca e ver no que dá”.

    _Uma carona? Claro, ta chovendo bastante mesmo… – Mentiu Alessandra cinicamente, era apenas uma garoazinha fria do inverno de Florianópolis.

    _Meu nome é Alessandra e o seu? – Sorriu a exuberante loira entrando no carro.

    _Ãn, é… Eu sou o João Pedro… – Respondeu o homem desconcertado pelo fato de uma mulher daquelas aceitar sua carona.

    Alessandra ergueu um pouco a saia leve, ensopada pela chuva, arrancando um olhar repleto de volúpia de seu benfeitor. O Doutor iria se orgulhar dela, João Pedro era um homem de meia idade, com seus trinta e dois, trinta e três anos. Era divorciado, ou estava traindo a mulher, deduziu Alessandra pela marca de aliança no dedo que segurava o volante do Palio. Sempre observadora, Alessandra foi instigada pelo Doutor a prestar a atenção em cada detalhe. “Os detalhes são essenciais aos olhos” dissera ele enquanto acalentava Alessandra em seu colo, após a última sessão de tortura.

    Ela não sabia direito o que fazer com João Pedro, mas certamente ele jamais iria esquecer. Será que ela deveria levar ao Doutor? Não! Ele iria querer que ela fizesse sozinha! Mas o que fazer? Alessandra começava a sentir o peso da inexperiência, o Doutor certamente saberia o que fazer, se é que ele escolheria alguém como João Pedro para dar vazão aos seus instintos… Não, o mestre de Alessandra é muito mais metódico, mais detalhista, mais… perfeito.

    _Pare o carro! – Falou subitamente Alessandra, fazendo João Pedro se assustar e frear de maneira brusca.

    _Mas que mer… – João Pedro foi sufocado pela boca quente da pupila do Doutor. O homem queria se beliscar, ele só podia estar sonhando. A mão ousada de Alessandra desceu pelo peito de Alessandro, chegando a barriga e, descendo mais um pouco, encontrando o zíper da calça jeans, a última resistência que separava o toque devasso de Alessandra do sexo desejoso de João Pedro.

    Alessandra puxou João Pedro para si, o homem, afobado e sedento que era, já foi logo desabotoando a blusa da moça, expondo um belo par de seios. “Sim, são rosados”, foi o que disse o Doutor quando expôs a nudez de Alessandra pela primeira vez. Alessandra lembrou das palavras de seu mestre exatamente no momento que João Pedro abocanhava-lhe o seio direito tomado pela volúpia e pelo tesão. Alessandra não segurou a risadinha cínica, a risadinha que aprendera com o Doutor em seu tormento. João Pedro se quer percebeu a risadinha e percebeu ainda menos quando Alessandra habilmente levou sua mão até a bolsa caída no chão do carro. Com a destreza de uma ladra profissional ela abriu o zíper da bolsa enquanto seu sedento amante se fartava em seus seios generosos.

    O brilho da lâmina do bisturi prendeu a atenção de Alessandra por um instante, mas João Pedro… Bem, ele só se deu conta que era seu fim quando Alessandra já havia lhe aplicado o terceiro golpe. O primeiro fora certeiro, direto no pescoço, o segundo Alessandra enfiara por baixo das costelas flutuantes. Uma perfuração no pulmão impediria João de gritar, foi o que o Doutor lhe ensinara, e parece que sua aluna aprendeu bem. Alessandra foi tomada pelo furor assassino, outrora preso no âmago mais profundo de sua alma, mas ela não negaria mais seus instintos… Não depois do Doutor mostrá-la o verdadeiro significado da dor. Pobre João Pedro, mais uma vítima do acaso em uma cidade que certa vez já foi tranqüila.

    Alessandra deixou o Palio Weekend ali mesmo na rua, a porta aberta, e o braço de João Pedro para fora, era seu presente ao Doutor, bem, com certeza aquela cena seria a primeira capa dos jornais da cidade. “Ups!” – Pensou Alessandra e saiu saltitante, como uma colegial, assobiando “Rosenrot” do Rammstein, a música que marcou sua libertação…

  • Lar doce lar. To de volta com mais histórias…

    Cara, que bom ta em casa…

    Achei que ia rolar ficar mais uns dias la em Tóquio mas digamos que não me dei muito bem com maldito príncipe, Hirotshio.

    Primeiro eles nos hospedam bem, depois fazem uns agrados, mas no fim eles tão loquinho pra te ver dar no pé. Você acha que os americanos são protecionistas? É pq você não conhece o povo japonês. Mas ta certo não vou julgar um povo por uma pessoa (vampiro).

    No fundo eu gostei de la, parece ser um lugar pacato para os vampiros. Apesar de existirem muitas lendas, e tal é um lugar tranqüilo, bem mais que o Brasil. Sem contar tecnologia que já comentei, muito massa.

    Esse recado vai para os vampiros, cara vocês precisam conhecer as vampiras gueixas… meu velho o que elas sabem fez eu até bombear sangue, se é que entendem aheuhauehua

    Vai uma foto de uma amiga que conheci por la. Bju Shin

    Bju e até amanhã

  • Por ai sei la onde…

    Por ai sei la onde…

    Bicho, precisamos parar o avião e não sei onde to.

    De boa, acho que é um lugar entre África e Europa, talvez Egito, sei lá.

    Estamos reabastecendo pra tocar viagem, to puto pq daqui a pouco amanhece, vou ter de arrumar um lugar pra não virar churrasquinho…

  • To entediado aqui… Grito No Vazio Parte 4

    To entediado aqui… Grito No Vazio Parte 4

    Pow bicho,

    fiquei cansado aqui no oriente e to voltando pra Floripa… Opa tão me chamando pro avião…

    Por enquanto fiquem ai com a penúltima parte do conto do doutor:

    Grito No Vazio Parte 4

    O homem acariciou o rosto de Alessandra e à medida que ela parava de gritar seu aperto forte foi enfraquecendo. Alessandra já não queria mais gritar, limitando-se apenas a respirar de maneira ofegante e permitir que as lágrimas rolassem soltas sobre sua face. O Doutor aproveitou aquela proximidade para admirar um pouco sua beleza, Deus! Como ela era bonita! Os cabelos era louros e caíam em cachos pouco abaixo dos ombros, os olhos eram de um azul claro, típico dos descendentes germânicos, ainda que esse azul tão belo estivesse um tanto manchado pelo vermelho provocado pelo choro, mas para o Doutor aquela era uma mistura interessante, o azul imaculado mesclado com o vermelho da violação, era como poesia para o vampiro. O Doutor permitiu-se olhar mais, normalmente ele evitava aquela proximidade com seus pacientes, mas Alessandra era especial, ele a desejava, ele queria iluminá-la com sua sabedoria profana, e o que o Doutor quer, ele consegue. Seus olhos desceram até o pescoço de Alessandra, a pele era macia e branca, tal qual a das moças ricas de seu tempo, por um breve segundo, que mais pareceu uma eternidade, ele viu a jugular pulsar no pescoço de Alessandra. O Doutor lutou contra seu instinto de predador, que o mandava dilacerar a garganta daquela bela fêmea e sugá-la até a última gota. Não! Ele não deveria beber de Alessandra, ele a queria imaculada e forte para as duras lições que ainda lhe seriam apresentadas antes do fim desta noite.

    Seu olhar desceu mais um pouco, chegando até os seios da moça. Eram firmes, delicados, o vampiro se esforçou para tentar ver além da delicada blusa que cobria o corpo de Alessandra. “Devem ser rosados” pensou o vampiro, cada vez mais sedento. Então ele se afastou subitamente, fazendo Alessandra levar um susto, haveria tempo para ele contemplar a nudez de Alessandra, mas tudo ao seu tempo… Tudo ao seu tempo… O Doutor era metódico e controlado demais para permitir que aquela mortal o fizesse esquecer de seus estudos, apesar de sua natureza vampírica e bestial clamar por uma noite regada a sangue e sexo com aquela deliciosa e assustada menina.

    _Vamos amarrar mais uma vez essas mãozinhas. Preciso pegar meu equipamento para iniciarmos a sessão dessa noite… Shhhh shhhh, não se mexa minha menina, não poderei amarrar se você se debater dessa forma… Assim, quietinha…

    Dessa vez os nós foram firmes e bem feitos, dignos de um mestre escoteiro. “Ele QUERIA que eu me soltasse”, pensou Alessandra, em mais um breve momento de lucidez.

    _O que você quer de mim? Por que fez isso comigo? – Alessandra tirou coragem de onde não havia.

    O Doutor apenas sorriu e beijou-lhe a testa, enquanto afagava-lhe o cabelo sedoso, porém um pouco sujos de quando Alessandra ainda estava no chão.

    _Responda seu filho da puta!

    O Doutor dessa vez arregalou os olhos, “filho da puta” era algo que ele não esperava ouvir saindo daquela boquinha tão delicada. Ah, como ele iria apreciar esta noite! Como ele iria sentir prazer em extrair os gritos de Alessandra. Para o Doutor felizmente a noite ainda seria repleta de um prazer insano e demente, mas para a pobre Alessandra aquele era o início de algo que mudaria sua vida – se ela saísse viva dali, coisa que começava a duvidar – para sempre.

  • Dia a dia no japão…

    Dia a dia no japão…

    Cara to adorando esse “paíszinho“. Digo no diminutivo como forma de carinho… É muito massa aqui, eu to aprendendo a gostar de tecnologia, é algo como futebol para os brasileiros. Mania nacional.

    É uma pena que esse mês não existam festas por aqui: “Kaminazuki: o mês de outubro é conhecido pela ausência de divindades. Segundo a tradição xintoísta, neste mês, os deuses se reúnem no Grande Santuário de Izumo, sudoeste do Japão, dedicado à divindade Ôkuninushi-no-Mikoto e, por isso, não há motivo para festividades.”

    Vou sentir falta da “October” de Blumenau e daqueles belos pescoços, com sangue a base de pura cerveja alemã.

    Acho que vou ficar aqui até o fim do mês, mas preciso pedir permissão ao príncipe… Apesar de eu ta pouco fudendo pra ele, é melhor estar por aqui com o visto em dia.

    Amor da minha vida se tu tiver vendo meu blog, eu to com saudades hehehehe Mas eu te ligo ainda hoje, Bjão…

    Ta, vou lá ver se consigo uma boa refeição, até mais… “sayonara” 😛

  • Vampiros do Oriente / Grito No Vazio Parte 3

    Vampiros do Oriente / Grito No Vazio Parte 3

    “Nas noites atuais, esperando uma possível paz entre as Cortes, surgiu o termo ‘Kuei-jin’, unindo um termo japonês e um termo chinês…”

    É galera ainda to aqui me acostumando aos termos e nomes usamos por nossos irmãos amaldiçoados do Oriente. É tanta coisa nova que nem sei por onde começar.

    Estou aqui na festa do príncipe Tshuki e lembram do que eu tinha dito sobre as pessoas no japão se vestindo estranho e tal, Imagina os vampiros… É um mais hilário que outro. Tá tá eu sei que não podem ser vistos como um bom exemplo de vampiros que se vestem normal, mas vejo por que eles estão em alta aqui.

    Bom até o momento eu conversei com um tal de Takai Shirito e ele me contou um pedaço da lenda que fala sobre o surgimento dos vampiros para eles:
    “Os mortos ressurgidos. São como os fantasmas, que precisam sanar suas dívidas cármicas, a diferença é que seu desejo de viver era tão grande que o Grande Ciclo lhes deu uma oportunidade de voltar a viver… EM SEU CORPO. Precisam de sangue para viver assim como os Kain-jin, mas não é o sangue que os mantém vivos e sim o Chi que o sangue contém. Alguns deles são capazes de retirar o Chi da respiração da vítima, outros do ambiente (osmose), enquanto alguns refinaram a arte da culinária com a carne humana. Seguidores de um dos Cinco Dharmas, que lhes mantém no curso da redenção dármica, são suscetíveis à luz do sol e ao fogo como os Kain-jin. Possuem uma segunda natureza, a natureza do demônio. As duas naturezas (Hun, sua natureza normal e P’o, sua natureza demoníaca) vivem em conflito, o que frequentemente afasta o vampiro de seu caminho dármico.”

    Grito No Vazio Parte 3

    Tsc, tsc, tsc… Veja só você minha menina, deitada aí nesse chão sujo, toda emporcalhada! Venha, vamos sentar na cadeira, deixe-me olhar para…

    A voz gentil do Doutor foi subitamente interrompida pelos gritos apavorados de Alessandra que se debatia violentamente, ignorando a dor nas pernas causadas pelos cortes profundos feitos a bisturi, rompendo seus tendões. As mãos de seu algoz eram firmes e frias, e ergueram o corpo esguio de Alessandra como um fardo leve e simples. O Doutor jogou a moça sobre a cadeira acolchoada, e Alessandra se esparramou como uma boneca. Alessandra estava apavorada demais para gritar e limitou-se a olhar aterrorizada e enojada quando o Doutor caminhou até o corpo nu de Paulo, pendurado no teto. O Doutor brincou com o corpo empurrando-o para que ele realizasse pequenos giros. Já não havia mais sangue no corpo de Paulo e a julgar pela quantidade que Alessandra conseguia ver no balde, o Doutor já estivera ali coletando outras cotas daquele precioso líquido vermelho.

    Alessandra olhou aterrorizada quando aquele homem de face tão gentil e voz mansa pegou uma caneca de zinco pendurada na parede e a mergulhou no balde de sangue, tornando o prateado do zinco rubro com o sangue de Paulo. O homem caminhou de volta para a frente da cadeira e encostou-se na parede numa postura tranqüila, perna direita apoiada contra a parede, mão esquerda no bolso, e a outra mão segurando a caneca casualmente, como se o líquido ali fosse café, ou chá, e não o sangue recém-retirado de um cadáver. Era um homem impressionante, um pouco acima do peso, é verdade, mas o que mais impressionava Alessandra – e provavelmente o que a impedia de sofrer de mais espasmos e ataques histéricos – era o seu sorriso e seu olhar por sobre os pequenos óculos escuros. Havia algo profano naquele sorriso, mas ao mesmo tempo ele era o acalanto que mantinha Alessandra imóvel, já o olhar… Bem, este era o olhar hipnótico que o lobo lança sobre uma corsa. A gravata borboleta dava ao homem um aspecto irreverente, quase cômico, mas também bastante charmoso.

    O Doutor percebeu o olhar detalhista de Alessandra e pareceu se divertir com a maneira com que sua “paciente” – como ele mesmo chamava suas vítimas – o olhava. Sim, ele gostava daquilo, desde a primeira vez que viu Alessandra o Doutor a desejou, e como a desejou! Usando seus incríveis talentos e dons do Sangue, o Doutor permitiu-se ler a mente de Alessandra. Ela estava tão assustada! E mesmo assim se mantinha firme, consciente e principalmente: não permitia que o terror tomasse conta de si, Alessandra havia, secretamente, prometido a si mesma que não sentiria medo, bem, esse pensamento seria secreto, se não fosse seu algoz o Doutor.

    Imediatamente o Doutor captou esses pensamentos, e não conseguiu conter sua risadinha macabra, risadinha esta que fez Alessandra ser tomada por calafrios que tomou conta de todo seu corpo já tão castigado pela habilidade daquele homem.

    _Gosto de você minha menina… Desde quando a vi pela primeira vez… Não tenha medo, não irei lhe fazer mal.

    Se não fossem os tendões cortados e o namorado morto Alessandra até teria acreditado nas palavras gentis e tranqüilas daquele homem. Mas ela se quer teve tempo de avaliá-las antes de gritar enojada quando o homem levou a caneca à boca e sorveu com prazer o sangue de Paulo. Aquilo não era… Humano! Alessandra esqueceu a promessa que fez a si mesma e começou a gritar e espernear, fazendo o Doutor largar a caneca no chão e correr para ela, prendendo seus braços e imobilizando-a sobre a cadeira.

    _Shhhh, shhhh acalme-se minha menina… Haverá um tempo para os gritos e para o desespero… Por hora acalme-se…

  • Príncipe de Tóquio / Grito No Vazio Parte 2

    Príncipe de Tóquio / Grito No Vazio Parte 2

    Agora já posso andar pelas ruas de Tóquio tranqüilo.

    Já fui apresentado ao vampiro mandachuva da cidade e ele liberou minha estadia. Gente fina ele um tal de Hirotshio Tshuki do clan Toreador. Esse clan é ligado a arte e ao auspícius um dom de sangue, que aumenta a percepção extra-sensorial. Ou seja eles conseguem olhar pra ti e dizer: Como vai a dor de barriga José? Ou ainda, “Por que você não me fala a verdade sobre suas intensões”.

    Bom a medida que aparecerem coisas novas em minhas pesquisas orientais eu vou comentando, o príncipe me prometeu uma festa com alguns amigos amanhã, vamos ver no que da…

    Segue abaixo a segunda parte de:

    “Um Grito No Vazio”

    Tudo aconteceu tão rápido que mesmo agora Alessandra teve dificuldades de lembrar. Ela lembrou de Paulo recebendo um violento golpe na cabeça e caindo esparramado a frente, ela tentou se virar tentou gritar, mas foi prensada contra a parte traseira do Honda civic, sua boca foi tapada por uma mão enluvada por luvas de borracha, dessas de médico. Alessandra lembra de sentir o aperto gelado pressionando seu corpo escultural contra o carro, em seguida a luva de borracha deu lugar a um pano com um cheiro forte de formol… E então tudo ficou escuro.

    A simples lembrança do aperto forte a pressionando contra a traseira do carro, e a visão do corpo de Paulo caído no chão trouxe lágrimas aos olhos e soluços na garganta de Alessandra. Mais uma vez sua vontade foi mais forte, e após uma breve luta contra o pânico, a mulher voltou a si. Ela precisava escapar! Para onde tinha sido levada? E que gotejar era esse que ficara tão profundamente gravado em sua mente? Agora mais calma Alessandra tentou forçar as amarras em seu pulso, eram feitas de simples ataduras, e talvez estivessem até mesmo podres… Alessandra forçou, as amarras não estavam podres, mas o nó que prendia seu braço à cadeira não era de fato feito por um escoteiro, e desatou com relativa facilidade.

    Desesperada, a moça tratou de desamarrar rapidamente o outro pulso, em seguida desamarrou os pés. Alessandra finalmente tentou levantar, e então percebeu a estupidez que havia cometido… Alessandra não lembrava a última vez que havia sentido dor, mas esta certamente se entranhou em sua memória, e ao cair no chão devido à fisgada que sentiu do calcanhar até a parte interna da coxa, Alessandra teve a certeza de que jamais esqueceria dessa dor. O susto foi tamanho que a moça se quer conseguiu gritar e, no chão, ao olhar para seu calcanhar percebeu que os tendões haviam sido cuidadosamente cortados e anestesiados. Alessandra chorou, chorou como nunca antes, as lágrimas se misturavam com a secreção nasal, e o inchaço nos olhos logo deixou Alessandra parcialmente cega. Ela então se arrastou a um canto da sala, ainda de olhos fechados, e se encolheu, numa vã esperança de que a dor abandonasse suas pernas.

    “Plim!…” “Plim!…” “Plim!…”

    O gotejar mais uma vez surgiu na mente de Alessandra quando seu choro e soluços deram lugar ao silêncio sepulcral da sala. Alessandra assoou o nariz na manga de sua blusa, e subitamente seu nariz foi invadido por uma série de odores e cheiros. O cheiro de sangue e fezes fez Alessandra ter ânsias, e enquanto se curvava sobre o ventre para vomitar ela finalmente viu a origem do gotejar. Primeiramente Alessandra viu um balde, onde as gotas vermelhas caíam, respingando e emporcalhando o chão, Alessandra ergueu os olhos devagar, temendo o que estava prestes a ver… O grito de pavor finalmente surgiu em sua garganta quando Alessandra viu Paulo pendurado de cabeça para baixo, preso por uma corrente com um gancho preso de maneira firme em seu baixo ventre. Paulo teve a garganta cortada, e a língua ensangüentada foi puxada através do feio corte, em uma típica “gravata colombiana”, a fonte do gotejar era, na verdade, as últimas gotas de sangue que ainda haviam no corpo do namorado de Alessandra. O grito mais uma vez rompeu do âmago mais profundo de Alessandra, mas dessa vez foi subitamente sufocado quando a porta de ferro da sala se abriu em um ruído estrondoso. Alessandra viu o vulto de um homem usando chapéu, porém a forte luz exterior ofuscou a precisão da imagem. Alessandra conseguiu ver o reflexo do óculos escuro do homem, que ao sentir o pânico e o cheiro de morte soltou apenas uma risadinha cínica.

    A porta fechou-se atrás do Doutor, e então se iniciou o verdadeiro tormento de Alessandra.

    Continua…

  • Meu amigo Doutor

    Meu amigo Doutor

    Olá caríssimos,

    Já que ainda não tenho muitos assuntos aqui de Tóquio eu lhe deixo alguns trechos produzidos por um amigo meu: o Doutor.

    Por favor não tenham medo de sua palavras simples e diretas. Ele é apenas um estudioso…

    Um Grito No Vazio – Parte 1

    Alessandra abriu os olhos lentamente ao ouvir o som incessante do gotejar não muito distante.

    “Plim!…” “Plim!…” “Plim!…”

    A cada um desses “plins” Alessandra recobrava sua consciência, ou pelo menos o que restara dela. Desnorteada, ela apelava para sua visão para tentar captar fios de memória capazes de juntar-se formando uma lembrança do que havia lhe acontecido. Lentamente ela observou a sala que estava, se é que aquilo podia ser chamada de sala. Alessandra olhou inicialmente para o teto, era de concreto bastante antigo dado as marcas de mofo e as falhas no reboco… “Bem pode ser fruto da umidade excessiva de uma cidade do litoral”, pensou Alessandra, pelo menos disso ela entendia, afinal se formara com honras na faculdade de engenharia civil, a pelo menos cinco anos atrás. Os olhos de Alessandra detiveram-se por um momento em uma estranha mancha no teto, era de um castanho avermelhado, como se algo tivesse espirrado no teto. “Isso não é mofo, é sangue!” Pensou a jovem assustada, Alessandra mexeu o pescoço, tentando olhar o resto da sala escura, foi então que a dor terrível varando-lhe a espinha fez com que a moça gritasse, e então se lembrou do que havia acontecido…

    Alessandra tentou controlar seu medo, talvez aquilo fosse apenas um sonho ruim. A bela garota fechou os olhos com força e falou a si mesma “Acorde!…” Mas a dor que Alessandra sentia no corpo era real, muito real, assim sendo ela novamente forçou-se a abrir os olhos e contemplar sua realidade.

    “Plim!…” “Plim!…” “Plim!…”

    O gotejar continuava, fazendo Alessandra tomar coragem para mais uma vez explorar com os olhos o local onde estava. Ela percebeu que estava sentada em uma cadeira acolchoada e relativamente confortável, como uma cadeira de dentista, mas não estava em um limpo e claro consultório odontológico, Alessandra estava em uma sala pequena, não mais que quatro por quatro metros, iluminada somente pela débil luz de uma lâmpada incandescente. As paredes eram velhas e mofadas, decididamente fruto da umidade, a ausência de janelas e a sensação sufocante fizeram a engenheira crer que estava no subsolo de algum prédio. Porém, por mais que se esforçasse não conseguia encontrar a origem do gotejar. Alessandra começou a chorar, as amarras de couro em seus punhos e tornozelos a impediam de se levantar, ela sentia uma dor incrível no corpo todo, como se tivesse levado uma surra, porém, por um breve momento a mulher perdeu-se em seus pensamentos, ainda na luta incessante para lembrar o que havia lhe acontecido.

    Novamente de olhos fechados, Alessandra lembrou-se de estar passeando no shopping center com seu namorado. Paulo César era um bem sucedido engenheiro, quinze anos mais velho que Alessandra, mas ele fora tão gentil com ela quando Alessandra se formou que simplesmente a conquistou. Ela lembrou-se de estar saindo do Shopping de mãos dadas com Paulo, eles caminhavam no estacionamento para chegar até o Honda civic de Paulo, carro que Alessandra tanto gostava. Ela estava tão feliz! Caminhava sorrindo e brincando com Paulo, tomando um delicioso Sunday de morango do Bobs, o preferido de Alessandra.

  • 1º dia no outro lado do mundo

    1º dia no outro lado do mundo

    Olá pessoas e vampiros,

    Bom cá estou, Japão. É pois é, vim parar aqui no final de semana. Na verdade cheguei faz pouco. Consegui uma carona num jatinho com um amigo, que me devia uma grana. Mesmo por que seria inviável eu vir direto de avião comercial.

    Cara como Japão é louco, sabe revista em quadrinhos, to me sentindo dentro de uma, só tem doido nas ruas daqui. Olho pro lado e vejo o Elvis. Olho pra outro lado vejo uma menina com trajes primários, que mais parece uma puta fantasiada de heroína de gibi. Essas crianças não tem pai não? Ta ta no fundo eu sou um pouco conservador…

    Bom, até agora não achei o vampiro líder da cidade, ou alguém com quem eu possa me comunicar. Meu contato me passou um nome e uma rua daqui, mas no momento procuro algum lugar para passar o dia.

    Gostei deste negócio de internet liberada. Estou aqui escrevendo no blog pelo meu celular e vou tentar mandar uma foto do lugar tb.

    Fui…