Autor: Ferdinand

  • Por ai sei la onde…

    Por ai sei la onde…

    Bicho, precisamos parar o avião e não sei onde to.

    De boa, acho que é um lugar entre África e Europa, talvez Egito, sei lá.

    Estamos reabastecendo pra tocar viagem, to puto pq daqui a pouco amanhece, vou ter de arrumar um lugar pra não virar churrasquinho…

  • To entediado aqui… Grito No Vazio Parte 4

    To entediado aqui… Grito No Vazio Parte 4

    Pow bicho,

    fiquei cansado aqui no oriente e to voltando pra Floripa… Opa tão me chamando pro avião…

    Por enquanto fiquem ai com a penúltima parte do conto do doutor:

    Grito No Vazio Parte 4

    O homem acariciou o rosto de Alessandra e à medida que ela parava de gritar seu aperto forte foi enfraquecendo. Alessandra já não queria mais gritar, limitando-se apenas a respirar de maneira ofegante e permitir que as lágrimas rolassem soltas sobre sua face. O Doutor aproveitou aquela proximidade para admirar um pouco sua beleza, Deus! Como ela era bonita! Os cabelos era louros e caíam em cachos pouco abaixo dos ombros, os olhos eram de um azul claro, típico dos descendentes germânicos, ainda que esse azul tão belo estivesse um tanto manchado pelo vermelho provocado pelo choro, mas para o Doutor aquela era uma mistura interessante, o azul imaculado mesclado com o vermelho da violação, era como poesia para o vampiro. O Doutor permitiu-se olhar mais, normalmente ele evitava aquela proximidade com seus pacientes, mas Alessandra era especial, ele a desejava, ele queria iluminá-la com sua sabedoria profana, e o que o Doutor quer, ele consegue. Seus olhos desceram até o pescoço de Alessandra, a pele era macia e branca, tal qual a das moças ricas de seu tempo, por um breve segundo, que mais pareceu uma eternidade, ele viu a jugular pulsar no pescoço de Alessandra. O Doutor lutou contra seu instinto de predador, que o mandava dilacerar a garganta daquela bela fêmea e sugá-la até a última gota. Não! Ele não deveria beber de Alessandra, ele a queria imaculada e forte para as duras lições que ainda lhe seriam apresentadas antes do fim desta noite.

    Seu olhar desceu mais um pouco, chegando até os seios da moça. Eram firmes, delicados, o vampiro se esforçou para tentar ver além da delicada blusa que cobria o corpo de Alessandra. “Devem ser rosados” pensou o vampiro, cada vez mais sedento. Então ele se afastou subitamente, fazendo Alessandra levar um susto, haveria tempo para ele contemplar a nudez de Alessandra, mas tudo ao seu tempo… Tudo ao seu tempo… O Doutor era metódico e controlado demais para permitir que aquela mortal o fizesse esquecer de seus estudos, apesar de sua natureza vampírica e bestial clamar por uma noite regada a sangue e sexo com aquela deliciosa e assustada menina.

    _Vamos amarrar mais uma vez essas mãozinhas. Preciso pegar meu equipamento para iniciarmos a sessão dessa noite… Shhhh shhhh, não se mexa minha menina, não poderei amarrar se você se debater dessa forma… Assim, quietinha…

    Dessa vez os nós foram firmes e bem feitos, dignos de um mestre escoteiro. “Ele QUERIA que eu me soltasse”, pensou Alessandra, em mais um breve momento de lucidez.

    _O que você quer de mim? Por que fez isso comigo? – Alessandra tirou coragem de onde não havia.

    O Doutor apenas sorriu e beijou-lhe a testa, enquanto afagava-lhe o cabelo sedoso, porém um pouco sujos de quando Alessandra ainda estava no chão.

    _Responda seu filho da puta!

    O Doutor dessa vez arregalou os olhos, “filho da puta” era algo que ele não esperava ouvir saindo daquela boquinha tão delicada. Ah, como ele iria apreciar esta noite! Como ele iria sentir prazer em extrair os gritos de Alessandra. Para o Doutor felizmente a noite ainda seria repleta de um prazer insano e demente, mas para a pobre Alessandra aquele era o início de algo que mudaria sua vida – se ela saísse viva dali, coisa que começava a duvidar – para sempre.

  • Dia a dia no japão…

    Dia a dia no japão…

    Cara to adorando esse “paíszinho“. Digo no diminutivo como forma de carinho… É muito massa aqui, eu to aprendendo a gostar de tecnologia, é algo como futebol para os brasileiros. Mania nacional.

    É uma pena que esse mês não existam festas por aqui: “Kaminazuki: o mês de outubro é conhecido pela ausência de divindades. Segundo a tradição xintoísta, neste mês, os deuses se reúnem no Grande Santuário de Izumo, sudoeste do Japão, dedicado à divindade Ôkuninushi-no-Mikoto e, por isso, não há motivo para festividades.”

    Vou sentir falta da “October” de Blumenau e daqueles belos pescoços, com sangue a base de pura cerveja alemã.

    Acho que vou ficar aqui até o fim do mês, mas preciso pedir permissão ao príncipe… Apesar de eu ta pouco fudendo pra ele, é melhor estar por aqui com o visto em dia.

    Amor da minha vida se tu tiver vendo meu blog, eu to com saudades hehehehe Mas eu te ligo ainda hoje, Bjão…

    Ta, vou lá ver se consigo uma boa refeição, até mais… “sayonara” 😛

  • Vampiros do Oriente / Grito No Vazio Parte 3

    Vampiros do Oriente / Grito No Vazio Parte 3

    “Nas noites atuais, esperando uma possível paz entre as Cortes, surgiu o termo ‘Kuei-jin’, unindo um termo japonês e um termo chinês…”

    É galera ainda to aqui me acostumando aos termos e nomes usamos por nossos irmãos amaldiçoados do Oriente. É tanta coisa nova que nem sei por onde começar.

    Estou aqui na festa do príncipe Tshuki e lembram do que eu tinha dito sobre as pessoas no japão se vestindo estranho e tal, Imagina os vampiros… É um mais hilário que outro. Tá tá eu sei que não podem ser vistos como um bom exemplo de vampiros que se vestem normal, mas vejo por que eles estão em alta aqui.

    Bom até o momento eu conversei com um tal de Takai Shirito e ele me contou um pedaço da lenda que fala sobre o surgimento dos vampiros para eles:
    “Os mortos ressurgidos. São como os fantasmas, que precisam sanar suas dívidas cármicas, a diferença é que seu desejo de viver era tão grande que o Grande Ciclo lhes deu uma oportunidade de voltar a viver… EM SEU CORPO. Precisam de sangue para viver assim como os Kain-jin, mas não é o sangue que os mantém vivos e sim o Chi que o sangue contém. Alguns deles são capazes de retirar o Chi da respiração da vítima, outros do ambiente (osmose), enquanto alguns refinaram a arte da culinária com a carne humana. Seguidores de um dos Cinco Dharmas, que lhes mantém no curso da redenção dármica, são suscetíveis à luz do sol e ao fogo como os Kain-jin. Possuem uma segunda natureza, a natureza do demônio. As duas naturezas (Hun, sua natureza normal e P’o, sua natureza demoníaca) vivem em conflito, o que frequentemente afasta o vampiro de seu caminho dármico.”

    Grito No Vazio Parte 3

    Tsc, tsc, tsc… Veja só você minha menina, deitada aí nesse chão sujo, toda emporcalhada! Venha, vamos sentar na cadeira, deixe-me olhar para…

    A voz gentil do Doutor foi subitamente interrompida pelos gritos apavorados de Alessandra que se debatia violentamente, ignorando a dor nas pernas causadas pelos cortes profundos feitos a bisturi, rompendo seus tendões. As mãos de seu algoz eram firmes e frias, e ergueram o corpo esguio de Alessandra como um fardo leve e simples. O Doutor jogou a moça sobre a cadeira acolchoada, e Alessandra se esparramou como uma boneca. Alessandra estava apavorada demais para gritar e limitou-se a olhar aterrorizada e enojada quando o Doutor caminhou até o corpo nu de Paulo, pendurado no teto. O Doutor brincou com o corpo empurrando-o para que ele realizasse pequenos giros. Já não havia mais sangue no corpo de Paulo e a julgar pela quantidade que Alessandra conseguia ver no balde, o Doutor já estivera ali coletando outras cotas daquele precioso líquido vermelho.

    Alessandra olhou aterrorizada quando aquele homem de face tão gentil e voz mansa pegou uma caneca de zinco pendurada na parede e a mergulhou no balde de sangue, tornando o prateado do zinco rubro com o sangue de Paulo. O homem caminhou de volta para a frente da cadeira e encostou-se na parede numa postura tranqüila, perna direita apoiada contra a parede, mão esquerda no bolso, e a outra mão segurando a caneca casualmente, como se o líquido ali fosse café, ou chá, e não o sangue recém-retirado de um cadáver. Era um homem impressionante, um pouco acima do peso, é verdade, mas o que mais impressionava Alessandra – e provavelmente o que a impedia de sofrer de mais espasmos e ataques histéricos – era o seu sorriso e seu olhar por sobre os pequenos óculos escuros. Havia algo profano naquele sorriso, mas ao mesmo tempo ele era o acalanto que mantinha Alessandra imóvel, já o olhar… Bem, este era o olhar hipnótico que o lobo lança sobre uma corsa. A gravata borboleta dava ao homem um aspecto irreverente, quase cômico, mas também bastante charmoso.

    O Doutor percebeu o olhar detalhista de Alessandra e pareceu se divertir com a maneira com que sua “paciente” – como ele mesmo chamava suas vítimas – o olhava. Sim, ele gostava daquilo, desde a primeira vez que viu Alessandra o Doutor a desejou, e como a desejou! Usando seus incríveis talentos e dons do Sangue, o Doutor permitiu-se ler a mente de Alessandra. Ela estava tão assustada! E mesmo assim se mantinha firme, consciente e principalmente: não permitia que o terror tomasse conta de si, Alessandra havia, secretamente, prometido a si mesma que não sentiria medo, bem, esse pensamento seria secreto, se não fosse seu algoz o Doutor.

    Imediatamente o Doutor captou esses pensamentos, e não conseguiu conter sua risadinha macabra, risadinha esta que fez Alessandra ser tomada por calafrios que tomou conta de todo seu corpo já tão castigado pela habilidade daquele homem.

    _Gosto de você minha menina… Desde quando a vi pela primeira vez… Não tenha medo, não irei lhe fazer mal.

    Se não fossem os tendões cortados e o namorado morto Alessandra até teria acreditado nas palavras gentis e tranqüilas daquele homem. Mas ela se quer teve tempo de avaliá-las antes de gritar enojada quando o homem levou a caneca à boca e sorveu com prazer o sangue de Paulo. Aquilo não era… Humano! Alessandra esqueceu a promessa que fez a si mesma e começou a gritar e espernear, fazendo o Doutor largar a caneca no chão e correr para ela, prendendo seus braços e imobilizando-a sobre a cadeira.

    _Shhhh, shhhh acalme-se minha menina… Haverá um tempo para os gritos e para o desespero… Por hora acalme-se…

  • Príncipe de Tóquio / Grito No Vazio Parte 2

    Príncipe de Tóquio / Grito No Vazio Parte 2

    Agora já posso andar pelas ruas de Tóquio tranqüilo.

    Já fui apresentado ao vampiro mandachuva da cidade e ele liberou minha estadia. Gente fina ele um tal de Hirotshio Tshuki do clan Toreador. Esse clan é ligado a arte e ao auspícius um dom de sangue, que aumenta a percepção extra-sensorial. Ou seja eles conseguem olhar pra ti e dizer: Como vai a dor de barriga José? Ou ainda, “Por que você não me fala a verdade sobre suas intensões”.

    Bom a medida que aparecerem coisas novas em minhas pesquisas orientais eu vou comentando, o príncipe me prometeu uma festa com alguns amigos amanhã, vamos ver no que da…

    Segue abaixo a segunda parte de:

    “Um Grito No Vazio”

    Tudo aconteceu tão rápido que mesmo agora Alessandra teve dificuldades de lembrar. Ela lembrou de Paulo recebendo um violento golpe na cabeça e caindo esparramado a frente, ela tentou se virar tentou gritar, mas foi prensada contra a parte traseira do Honda civic, sua boca foi tapada por uma mão enluvada por luvas de borracha, dessas de médico. Alessandra lembra de sentir o aperto gelado pressionando seu corpo escultural contra o carro, em seguida a luva de borracha deu lugar a um pano com um cheiro forte de formol… E então tudo ficou escuro.

    A simples lembrança do aperto forte a pressionando contra a traseira do carro, e a visão do corpo de Paulo caído no chão trouxe lágrimas aos olhos e soluços na garganta de Alessandra. Mais uma vez sua vontade foi mais forte, e após uma breve luta contra o pânico, a mulher voltou a si. Ela precisava escapar! Para onde tinha sido levada? E que gotejar era esse que ficara tão profundamente gravado em sua mente? Agora mais calma Alessandra tentou forçar as amarras em seu pulso, eram feitas de simples ataduras, e talvez estivessem até mesmo podres… Alessandra forçou, as amarras não estavam podres, mas o nó que prendia seu braço à cadeira não era de fato feito por um escoteiro, e desatou com relativa facilidade.

    Desesperada, a moça tratou de desamarrar rapidamente o outro pulso, em seguida desamarrou os pés. Alessandra finalmente tentou levantar, e então percebeu a estupidez que havia cometido… Alessandra não lembrava a última vez que havia sentido dor, mas esta certamente se entranhou em sua memória, e ao cair no chão devido à fisgada que sentiu do calcanhar até a parte interna da coxa, Alessandra teve a certeza de que jamais esqueceria dessa dor. O susto foi tamanho que a moça se quer conseguiu gritar e, no chão, ao olhar para seu calcanhar percebeu que os tendões haviam sido cuidadosamente cortados e anestesiados. Alessandra chorou, chorou como nunca antes, as lágrimas se misturavam com a secreção nasal, e o inchaço nos olhos logo deixou Alessandra parcialmente cega. Ela então se arrastou a um canto da sala, ainda de olhos fechados, e se encolheu, numa vã esperança de que a dor abandonasse suas pernas.

    “Plim!…” “Plim!…” “Plim!…”

    O gotejar mais uma vez surgiu na mente de Alessandra quando seu choro e soluços deram lugar ao silêncio sepulcral da sala. Alessandra assoou o nariz na manga de sua blusa, e subitamente seu nariz foi invadido por uma série de odores e cheiros. O cheiro de sangue e fezes fez Alessandra ter ânsias, e enquanto se curvava sobre o ventre para vomitar ela finalmente viu a origem do gotejar. Primeiramente Alessandra viu um balde, onde as gotas vermelhas caíam, respingando e emporcalhando o chão, Alessandra ergueu os olhos devagar, temendo o que estava prestes a ver… O grito de pavor finalmente surgiu em sua garganta quando Alessandra viu Paulo pendurado de cabeça para baixo, preso por uma corrente com um gancho preso de maneira firme em seu baixo ventre. Paulo teve a garganta cortada, e a língua ensangüentada foi puxada através do feio corte, em uma típica “gravata colombiana”, a fonte do gotejar era, na verdade, as últimas gotas de sangue que ainda haviam no corpo do namorado de Alessandra. O grito mais uma vez rompeu do âmago mais profundo de Alessandra, mas dessa vez foi subitamente sufocado quando a porta de ferro da sala se abriu em um ruído estrondoso. Alessandra viu o vulto de um homem usando chapéu, porém a forte luz exterior ofuscou a precisão da imagem. Alessandra conseguiu ver o reflexo do óculos escuro do homem, que ao sentir o pânico e o cheiro de morte soltou apenas uma risadinha cínica.

    A porta fechou-se atrás do Doutor, e então se iniciou o verdadeiro tormento de Alessandra.

    Continua…

  • Meu amigo Doutor

    Meu amigo Doutor

    Olá caríssimos,

    Já que ainda não tenho muitos assuntos aqui de Tóquio eu lhe deixo alguns trechos produzidos por um amigo meu: o Doutor.

    Por favor não tenham medo de sua palavras simples e diretas. Ele é apenas um estudioso…

    Um Grito No Vazio – Parte 1

    Alessandra abriu os olhos lentamente ao ouvir o som incessante do gotejar não muito distante.

    “Plim!…” “Plim!…” “Plim!…”

    A cada um desses “plins” Alessandra recobrava sua consciência, ou pelo menos o que restara dela. Desnorteada, ela apelava para sua visão para tentar captar fios de memória capazes de juntar-se formando uma lembrança do que havia lhe acontecido. Lentamente ela observou a sala que estava, se é que aquilo podia ser chamada de sala. Alessandra olhou inicialmente para o teto, era de concreto bastante antigo dado as marcas de mofo e as falhas no reboco… “Bem pode ser fruto da umidade excessiva de uma cidade do litoral”, pensou Alessandra, pelo menos disso ela entendia, afinal se formara com honras na faculdade de engenharia civil, a pelo menos cinco anos atrás. Os olhos de Alessandra detiveram-se por um momento em uma estranha mancha no teto, era de um castanho avermelhado, como se algo tivesse espirrado no teto. “Isso não é mofo, é sangue!” Pensou a jovem assustada, Alessandra mexeu o pescoço, tentando olhar o resto da sala escura, foi então que a dor terrível varando-lhe a espinha fez com que a moça gritasse, e então se lembrou do que havia acontecido…

    Alessandra tentou controlar seu medo, talvez aquilo fosse apenas um sonho ruim. A bela garota fechou os olhos com força e falou a si mesma “Acorde!…” Mas a dor que Alessandra sentia no corpo era real, muito real, assim sendo ela novamente forçou-se a abrir os olhos e contemplar sua realidade.

    “Plim!…” “Plim!…” “Plim!…”

    O gotejar continuava, fazendo Alessandra tomar coragem para mais uma vez explorar com os olhos o local onde estava. Ela percebeu que estava sentada em uma cadeira acolchoada e relativamente confortável, como uma cadeira de dentista, mas não estava em um limpo e claro consultório odontológico, Alessandra estava em uma sala pequena, não mais que quatro por quatro metros, iluminada somente pela débil luz de uma lâmpada incandescente. As paredes eram velhas e mofadas, decididamente fruto da umidade, a ausência de janelas e a sensação sufocante fizeram a engenheira crer que estava no subsolo de algum prédio. Porém, por mais que se esforçasse não conseguia encontrar a origem do gotejar. Alessandra começou a chorar, as amarras de couro em seus punhos e tornozelos a impediam de se levantar, ela sentia uma dor incrível no corpo todo, como se tivesse levado uma surra, porém, por um breve momento a mulher perdeu-se em seus pensamentos, ainda na luta incessante para lembrar o que havia lhe acontecido.

    Novamente de olhos fechados, Alessandra lembrou-se de estar passeando no shopping center com seu namorado. Paulo César era um bem sucedido engenheiro, quinze anos mais velho que Alessandra, mas ele fora tão gentil com ela quando Alessandra se formou que simplesmente a conquistou. Ela lembrou-se de estar saindo do Shopping de mãos dadas com Paulo, eles caminhavam no estacionamento para chegar até o Honda civic de Paulo, carro que Alessandra tanto gostava. Ela estava tão feliz! Caminhava sorrindo e brincando com Paulo, tomando um delicioso Sunday de morango do Bobs, o preferido de Alessandra.

  • 1º dia no outro lado do mundo

    1º dia no outro lado do mundo

    Olá pessoas e vampiros,

    Bom cá estou, Japão. É pois é, vim parar aqui no final de semana. Na verdade cheguei faz pouco. Consegui uma carona num jatinho com um amigo, que me devia uma grana. Mesmo por que seria inviável eu vir direto de avião comercial.

    Cara como Japão é louco, sabe revista em quadrinhos, to me sentindo dentro de uma, só tem doido nas ruas daqui. Olho pro lado e vejo o Elvis. Olho pra outro lado vejo uma menina com trajes primários, que mais parece uma puta fantasiada de heroína de gibi. Essas crianças não tem pai não? Ta ta no fundo eu sou um pouco conservador…

    Bom, até agora não achei o vampiro líder da cidade, ou alguém com quem eu possa me comunicar. Meu contato me passou um nome e uma rua daqui, mas no momento procuro algum lugar para passar o dia.

    Gostei deste negócio de internet liberada. Estou aqui escrevendo no blog pelo meu celular e vou tentar mandar uma foto do lugar tb.

    Fui…

  • Crise de identidade

    Crise de identidade

    Sabe, acho que to passando por mais daqueles momentos na vida onde temos de parar e ver para onde estamos indo… As vezes o mundo enche o saco. Sério, talvez por isso os humanos morram perto dos 100.

    Bicho, já to beirando os 200 anos, sei la as coisas mudaram muito nos últimos 30 anos, eu sinto que to ficando pra trás. É muita informação junta. Internet, celular, wireless. Eu sempre to tentando interagir com tudo, mas confesso que ta ficando foda.

    Acho que ta na hora de eu ir encontrar os anciões, sabe pegar uns conselhos. Na real faz tempo que não falo com meu senhor. Pra falar a verdade nem sei por onde ele anda. Ele sim ta certo, ta conhecendo o mundo, eu to ficando muito tempo em um único lugar.

    Preciso conhecer novas cultura novos povos. Gosto do Brasil, aqui é tudo tranquilo, mas é muita tranquilidade pra 15 anos… nossa ja faz tudo isso que to aqui… o tempo parece ter voado nos últimos tempos.

    Acomodação é a palavra do qual preciso fugir.

    Bom vo da uma volta ver se surge alguma ideia. Ouvi falar que os vampiros orientais são interessantes, talvez uma visitinha faça bem.

  • Sexo, drogas e Rock ‘n Roll

    Sexo, drogas e Rock ‘n Roll

    Certo dia depois de alguns meses como vampiro me surgiu uma dúvida. Cara e agora? não tenho mais sexo? Será que tudo morreu mesmo, inclusive o meu “mojo”. Será que se eu fumar um cigarrinho de maconha não vou mais ficar legalsinho?

    Foi então que neste mesmo dia eu fui me aconselhar com meu senhor. Que me respondeu com palavras sábias: “Se liga seu mané, é só tu te concentrar e reativar os batimentos do teu coração”. Desta forma didática eu aprendi que posso continuar com minha vida sexual ativa e da melhor forma possível.

    Com relação as drogas em geral, ( ilícitas ou não ) depende. Nessa mesma situação posso falar das doenças também. É assim, não morremos por doença, as únicas que realmente nos atingem são as de pele, muitos vampiros como o Zé, meu amigo nosferatu, tem diversas dessas e geralmente são transmitidas por seus senhores na hora do “abraço”. Com relação as drogas, cara, tem efeito sim, conheci uma vez um vampiro chamado Hector Santigo, um ex-pirata viciado em rum. Ele vivia meio capenga e caindo aheuhauehuae. Mas já vi outros usando outras drogas e deu efeito também. É só tu pensar as drogas agem no cérebro, portanto agem em qualquer um que tenha um…

    Uma coisa que eu sinto muita falta é comer, comida de verdade. Mas se faço isso vomito logo em seguida. Tudo tem seu preço.

    Ta afim de uma cerveja ai? Manda a minha com muito sangue…

  • Como matar um vampiro?

    Como matar um vampiro?

    O assunto morte final de um Wampir (vampiro) é algo que todos nós evitamos ao extremo, todavia, como muitos leitores tem curiosidade, eu resolvi abrir uma exceção e descrevi abaixo algumas formas de se acabar de vez com um sanguessuga:

    Água benta: Como eu já disse ela faz muito mal, não nos mata, porém é como um ácido que corrói nossos corpos e se você ficar exposto por muito tempo pode se ferrar.

    Crucifixo, cruzes, algumas cousas bentas: A princípio nada de mais além de símbolos, algo que preciso deixar claro é que qualquer tipo de cousa como estas pode sim nos afetar. No entanto vai depender de quem estiver usando ou nos atacando e é o que se chama de “fé de verdade”. Algumas pessoas possuem esse dom, não sei de onde vem, mas é mais comum em padres e religiosos.

    Estaca: Essa arma é certamente uma pedra em nossos caminhos, só quem já teve seu coração perfurado por uma, sabe o que ela pode fazer. Se uma estaca atinge nosso coração, ela nos paralisa, não sei o por que disso acontecer, mas ficamos paralisados e não conseguimos nos mexer, como se fosse uma anestesia geral.

    Bala de prata, espada de prata, ou outros artefatos de prata: Tá achando que eu sou um Lobisomem? Prata não tem nenhum efeito num vampiro.

    Cortar a cabeça: Ta isso nos mata… E deve doer…

    Sol: Como já disse em alguns contos isso doí muito e se ficarmos expostos por mais de alguns segundos é morte na certa.

    Fogo: Mesmo efeito do sol e com efeito muito mais agressivo.

    Por hora é isso, caso eu lembre de mais alguma cousa eu obviamente evitarei tocar no assunto. Não gosto de pensar na morte e isso vem desde quando eu era vivo. O desconhecido pós morte sempre me assustou e continua me assustando ainda hoje, mesmo depois de algumas experiências extrassensoriais em situações diversas.

    Pensando melhor eu nem sou tão ruim assim, por que tu gostarias de me matar, não é mesmo?

  • Noite de chuva com sangue…(Só para dar um gostinho)

    Noite de chuva com sangue…(Só para dar um gostinho)

    Mais uma noite de temporal e frio. E eu aqui sem ter o que fazer.

    To precisando dar uma de louco de novo e sair por ai feito esses dias, a propósito não achei ruiva alguma, tive de me contentar com uma morena que cruzou meu caminho. Não que ela foi mal, mas sabe como é gosto é gosto.

    Voltando ao papo do frio e calor a afins. Um fato curioso sobre nossa não vida é a circulação sanguínea,  a nossa não funciona, afinal nosso coração está parado, imóvel. Mas existe uma técnica, que aprendemos com o passar dos anos que nos permite fazer o que chamamos de “bombear sangue”. Através disso podemos fazer muitas coisas normais, tal qual, bater o coração, aumentar a sensibilidade da pele e até mesmo ficar mais forte ou vigoroso por alguns instantes, como em uma ereção. Lógico depois disso precisamos nos alimentar. Só temos o sangue como fonte de nutrientes, sem ele, puft, nada de vampirinhos felizes, contando historinhas bonitinhas em blogs até que nos peguem e nos joguem na prisão, ufa respira.

    Uma coisa bem interessante que acontece quando ficamos sem sangue é o chamado torpor, mas isso é papo pra outro dia, amanhã quem sabe.

    Segue abaixo mais uma foto que tirei antes de ontem inclusive…

    Bju

  • O zé…

    O zé…

    Já faz um tempo que eu conheci o Zé, sujeito digno, um vampiro exemplar. Se não fosse sua aparência horrenda. É pois é o Zé não teve a mesma sorte que eu…

    O Zé é um tipo de vampiro mais raro, reza a lenda que os vampiros da espécie dele precisam passar por uma morte e um sepultamento para se tornar um “cainita”. É dizem que eles enterram os ‘candidatos” a vampiros depois de terem seu sangue sugado por completo e lhe dão apenas uma poucas gotas do nosso. Os que que tiverem sorte, depois de alguns dias de apodrecimento corpóreo sobem a superfície desesperados por sangue feito zumbis.

    Este é o tipo de vampiro que chamamos de Nosferatu, criaturas horrendas, mas que são muito importantes para a sociedade vampira. Eles possuem a habilidade de se esconderem e de modificar sua aparência. ( o ruim deve ser esconder o cheiro ahuehauehaueh). São os Nosferatu como o zé que são os “informantes” e os “trambiqueiros”.

    Preciso de umas armas chama o Zé, preciso saber onde vive aquele safado que te atazana a paciência, chama o Zé. Precisou de ajuda pra ir na balada e conseguir umas gatinhas, não chama o Zé.