Autor: Jean Felski

  • Meu Amante Noturno

    Meu Amante Noturno

    Peço mil desculpas a senhorita Janielly, pois eu achei que já havia publicado este seu FanArt.

    Meu Amante Noturno

    Eu posso ter mil homens, mas você de mim não sai.
    Quando estamos juntos nada mais importa.
    Mas quando você se vai, sou tomada por uma tristeza profunda.
    Todas as noites você vem, mas nunca fica de vez.
    Até quando ficaremos nisto?
    Creio que você não me ama como diz.
    Quando você chega e me envolve em teus braços fortes, me derreto.
    Estou vivendo um dilema, pois não posso ter você para sempre, apenas por algumas noites.
    Você me completa e eu te completo, mas algo nos impede de ficarmos juntos.
    O que pode ser? Você não quer me dizer…
    Nossos jantares â luz de velas , são inesquecíveis, complementados com uma noite de amor sobre meus lençóis vermelhos de seda…
    Quando fazemos amor, o êxtase é incrível, entro em outra dimensão e nos tornamos um só corpo, uma só alma…
    Mas quando esta perto do sol nascer você se apressa em ir e eu não posso te impedir.
    E um belo dia você some e ninguém sabe para onde você foi.
    Eu me desespero, mas depois vou me acalmando…
    Eu sabia que esse dia iria chegar, só não estava me dando conta que o tempo estava a passar rápido.
    Hoje só me resta as lembranças do Meu Amante Noturno…

  • A caixa de Suellen

    A caixa de Suellen

    Para entender melhor esta história leia as duas anteriores:
    A morte de um Mago – 1 de 2
    A morte de um mago – 2 de 2
    [line]
    Acordei, tomei uma bela ducha escaldante e ainda nu em meu quarto, passei por todo meu corpo um perfume levemente adocicado. Apesar de possuir vários frascos dos parisienses, ultimamente eu tenho apreciado o leve frescor doce do Stiletto Elegance. Confesso que minha fortuna poderia comprar qualquer perfume que eu quisesse, porém não tenho as ditas “frescuras” dos ricos e utilizo sempre os que me agradam independente de seus valores.

    Enfim, o papo de hoje não é sobre, banhos, perfumes ou o sujo dinheiro, mas sim sobre a tal caixa. Neste momento em que inicio meus escritos, está tocando a clássica Stairway to Heaven e certamente alguns irão dizer que pode ser uma coincidência. Outros que é o destino, já eu, no entanto, prefiro pensar é por causa da alta e pura magia, que sempre nos envolve neste plano.

    Então depois do banho e do perfume, eu olhei para o criado mudo e aquela caixa que estava sobre ele, parecia-me mais atraente do nunca. Era uma sensação estranha do tipo, que me dizia que eu precisava ao menos tocá-la. Obviamente não resisti, peguei-a e sentei-me sobre a cama, na intenção de mais uma vez tentar abri-la.

    Uma leve sacudida e como uma criança que desconfia do pacote de presente, eu ouvia novamente breves ruídos do que havia dentro. Talvez fosse algo de metal, talvez de madeira, porém o que realmente me atraia nela eram os 7 kanjis Japonenes menores. Estes ficavam num dos cantos do cubo e não haviam sido entalhados como os demais. Eles pareciam ter sido feitos a mão com algum objeto cortante, talvez a ponta de uma faca? Pensei…

    A fim de descobrir, liguei o notebook e procurei no Google por referências aos tais desenhos. A busca de inicio não foi fácil, haja vista que hoje em dia existem milhares desses ideogramas. No entanto e antes de tudo me lembrei de algumas dicas de Sebastian e resolvi definir de que parte do mundo oriental eles pertenciam. Imagens e mais imagens, até que me dei conta de que eram japoneses e na sequencia descobri que eram do tipo Hiragana e katakana.

    Ao fim de uns 20 min mais ou menos, descobri a sequencia: もっと 愛します ou Motto aishimasu que significa em português: Te amo cada vez mais.
    Neste instante a imagem de Suellen não saia mais de minha cabeça. Até que resolvi procurar em minhas coisas, pela única lembrança que eu ainda possuía daquela bela vampira: nossa aliança de casamento.

    Aquele velho pedaço de ouro, já surrado pelos tempos, não é na verdade uma joia cara ou rara. Porém, sempre carregou consigo além de algumas inscrições em alemão, a energia do que havia sido um momento muito especial em minha não vida. Claro, que depois de tantas décadas ele já não emanava a mesma energia daqueles tempos, ou sou eu que já não a sentia, porém mais uma vez eu decidi colocá-la no dedo anular esquerdo.

    Contudo, desta vez ao usá-l, eu senti uma espécie de energia, que inclusive arrepiou desde minha espinha, até os poucos fios de cabelos de meus braços. Além disso, ao fitá-lo por alguns instantes em meu dedo, percebi que a opacidade havia dado lugar a um moderado brilho e ao olhá-lo com mais afinco, percebi que alguns dos riscos haviam sumido. Não cheguei a me impressionar, mas depois de esquecer-me dele em meio as busca na internet, tomei novamente a caixa em minhas mãos e eis que então fui surpreendido por sua tão aguardada abertura.

    Alguns ruídos de travas de madeira sendo liberadas, seguidos de uma espécie de destravamento e então um dos lados se abriu. Nesse momento um breve aroma de laranjeiras tomou conta do quarto e inclusive era muito parecido com aquele que eu sentira no funeral de Kieran.

    Removi com cuidado a tampa e lá estava uma carta selada com cera vermelha. O carimbo de cera utilizando possuía a imagem de um dragão, algo que na época era muito utilizando pelo clã de Suellen. Junto havia ainda algumas ervas muito bem preservadas e um vidrinho. Dentro do compartimento havia um composto arenoso, cinza escuro e que impressionantemente não possuía cheiro algum.

    Isto tudo até então me lembrava muito as poções de Suellen, porém só tive a confirmação ao abrir a carta e me deparar com 3 páginas escritas com a linda letra de Su…

    Dentre os escritos em alemão, língua nativa de minha bela vampira, há uma espécie de confirmação do amor que ela sentia na época por mim. Ela comenta também sobre como nosso casamento havia sido o momento mais feliz de sua não vida, dos seus anseios, seus medos e de como queria ser feliz comigo. Há ainda na última página a descrição do ritual, no qual as ervas e o coposto do vidrinho são necessários. É algo relacionado à proteção, fruto do seu árduo estudo naquela época tão longínqua.

    Bom, depois que tudo isso aconteceu, vocês já ficaram sabendo pelo meu Twitter, que sai de moto por ai sem rumo. Dei aquela famosa espairecida, em busca do controle de meus pensamentos e como sempre o vento na cara me ajudou muito. Ao menos, não estou mais ansioso e infelizmente tudo que tenho ainda é aquela sensação de saudades, misturada com um pouco de raiva e ódio. No qual vocês só saberão o porquê depois que lerem meu primeiro livro. Onde toda a minha história com Suellen será exposta em seus detalhes mais deliciosos e vampirescos.

  • A morte de um mago – 2 de 2

    A morte de um mago – 2 de 2

    Lá estava eu admirando minha caixa de madeira, no intuito de achar alguma fechadura. Não sei explicar, mas algo naquele compartimento me ligava a uma época maravilhosa de minha não vida e era praticamente impossível não ligá-lo a minha querida Su. No entanto, não via nenhuma fresta ou furo naquele bendito cubo de mais ou menos uns 30 por 30 cm, e antes que pudesse investigar melhor tal artefato, nossa atenção foi requisitada novamente ao ritual de passagem de Kieran.

    “Todos em pé, por favor…” e eis que o ritual era retomado , o volume do som fora baixado e algumas tochas foram acessas. Neste momento, o sol já havia se posto e aos poucos algumas janelas eram abertas, junto do telhado móvel. Não sei informar se aquela movimentação do telhado e janelas era automática ou se usava magia, pois aparentemente não havia ninguém manuseando. No entanto, as tochas eram acesas uma a uma e de uma forma muito peculiar.

    Não sei se eu era o único a reparar tal procedimento de bastidores, mas me senti encantado ao ver uma mulher com aparência bonita, na faixa de uns 30 anos, que simplesmente pegava as tochas em suas mãos, mencionava duas ou três palavras e assoprava o pavio. Depois disso, magicamente e cerca de uns dois ou três segundos depois, uma linda chama com cor rosa alaranjada assumia por completo a cabeça da tocha.

    Bom, deixando de lado as particularidades, o ritual prosseguiu com mais alguns discursos. Amigos íntimos do mago proferiram breves palavras e ao fim de mais uma hora, a passagem iniciou-se de fato.
    O altar em forma de cúpula, que recebera o corpo inerte de Kieran, estava forrado com uma fina e viçosa palha seca. Já o corpo do mago fora vestido um manto de ceda, muito decorado e de cor vinho, similar ao utilizado por seus discípulos. Próximo ao mago foram dispostos alguns compartimentos, estes vasos de barro marrom cru continham óleos e emanavam um suave aroma de laranjeiras. Árvore, aliás, que era a predileta de Kieran, inclusive cuja primeira muda, que foi semeada em seu santuário, fora presenteada por Suellen.

    Na sequencia as cadeiras foram afastadas do altar e todos os presentes fizeram um círculo ao seu redor. A pedido dos discípulos nos demos as mãos e ouvimos, em sua maioria de olhos fechados, a prece celta. Isso ocorreu simultaneamente ao ritual de cobertura do corpo pelo manto branco, feito do mais puro algodão egípcio.

    Após este simples ritual, o óleo das jarras de barro fora jogado em torno do corpo e o discípulo que até então apenas ministrava tudo, ficou de joelhos a frente do altar. Este erguera um pequeno cajado ao céus, dizendo em alto e bom tom: “Igne natura renovatur integra… Vá em paz meu mestre e senhor”.

    Ao final da frase a pedra vermelha, que estava cravada no cajado, iniciou a emissão de uma forte luz vermelha, que ficava mais forte a cada momento. Depois de alguns instantes, quando a pedra parecia ter atingido o seu ápice de luminescência, o discípulo, tocou o corpo de Kieran, que ardeu numa explosão de luz e fogo com chamas altíssimas.

    Todos os Wampir presentes incluindo eu, sentimos aquele arder em nossas frágeis peles. Porém graças à regeneração ou ao ritual, quase nenhum moveu pouco mais do que o simples piscar das pálpebras. Sim, estávamos totalmente hipnotizados com aquelas chamas fortemente avermelhadas, porém foram poucos segundos de apreciação até que finalmente restasse apenas pó do que um dia fora Kieran.

    Não sei explicar, mas ao fim daquele ritual eu me sentia revigorado. Muitos dos meus pensamentos estavam digamos mais tranquilos e inclusive eu não conseguira ter outras recordações de Kieran se não apenas dos momentos bons. Tudo o que eu sentira de ruim ou pessimista, não cabia ao momento e muitos foram os que apenas se sentaram ou ficaram calados por alguns instantes. Aproveitando o que certamente era a melhor de todas as sensações, a de paz com o mundo e principalmente consigo mesmo.

    Nunca saberemos o que Kieran ou seus discípulos haviam nos preparado em tal ritual de passagem, porém a sensação de paz nos acomete ainda hoje. Até mesmo Georg que quase sempre está sisudo, não consegue esconder os mais sinceros sorrisos por onde passa.

    Depois das várias despedidas cada um tomou um rumo diferente e para minha surpresa Achaïkos veio falar comigo. Nossa relação nunca foi das melhores, no entanto, para minha surpresa o ritual também parecia ter tocado aquele coração, que há séculos imergia na mais profunda escuridão.

    Quanto tempo não é mesmo? Disse-me o velho Wampir Grego, com seu inconfundível sotaque habitualmente estranho e sem precedentes. O respondi como sempre formalmente no meu alemão mais puro e seco, ou seja, normal.

    Esta conversa apesar de tudo foi rápida. Ele ressaltou o contive para ir as suas terras e ainda disse que eu teria uma grande surpresa ao abrir a tal caixa que naquele momento estava em minhas mãos. Além disso, George também trocou algumas palavras com o velho ancião e logo em seguida partimos novamente para o aeroporto.

    Desta vez Georg conseguira um voo particular e viemos com todo o conforto possível na volta para “casa”. Durante a viagem eu tentei abrir a caixa das mais diferentes formas possíveis, porém em meio às diversas turbulências daquele voo e depois de uma ou duas horas, resolvi tirar um belo cochilo. Sendo acordado apenas quando chegamos ao nosso destino.

    Hoje, ainda estou aqui na fazenda e nessa bendita missão de abrir a agora “famosa caixa”. Confesso que já passou pela minha cabeça: atirá-la ao chão, quase usei um serrote e até mesmo uma marreta frequentou meus pensamentos… Não sei se foi Kieran que a lacrou, mas com certeza quem o fez, queria garantir que eu somente a abrisse em algum momento muito especial… Alguém de vocês me sugere algo para abrir esta caixa, que aparentemente possui apenas alguns “kanjis” entalhados em alto relevo?

  • A morte de um mago – 1 de 2

    A morte de um mago – 1 de 2

    Boa noite senhoritas e seres masculinos, antes de tudo peço desculpas por minha ausência no blog, no entanto, ao lerem o texto abaixo entenderão o por que…

    Meu smartphone tocou logo depois que o sol se pôs e enquanto eu ainda estava naquele profundo sono dos mortos. Três toques, atendi, mas de inicio foram apenas alguns ruídos produzidos pelas falhas do sinal. No entanto, depois de alguns instantes enfim surge a voz baixa e desanimada de Franz, que sem saber como me falar direito, preferiu não se enrolar e deu a tão aguardada notícia: O grande Kieran havia encontrado sua morte final…
    Emoções e sentimentos sempre são dificílimos de traduzir em simples palavras. Como podia alguém com todo seu poder sucumbir a um simples câncer de pulmão? O que faria eu quando visse seu corpo inerte em seu santuário, sendo ele um dos poucos seres que ainda possuía certa ligação com a magia de minha amada Suellen?
    Foram muitas as indagações que me fiz durante toda a viagem até a Europa. 16 horas naquele maldito compartimento de cargas, escondido de tudo e de todos. Até que finalmente em terras londrinas, sai rapidamente daquele lugar em forma de névoa. Tratei imediatamente de alugar um carro num dos guichês do estacionamento e parti o mais rápido que pude para o ritual de passagem.
    Pouco mais de uma hora até o santuário e finalmente vejo um lugar diferente. Pode parecer uma desconfortada impressão pessoal, mas aquele lugar havia perdido o encanto. As arvores que eram muito floridas no verão, pareciam moribundas como no pior dos invernos. Apesar disso fiquei impressionado com a quantidade de “celebridades” que vieram velar o corpo do grande arcano. Inclusive Achaïkos, o antigo mestre e patriarca do clã de Suellen, que não aparecia em publico a muitas décadas e não poderia deixar de dar um até logo à alma de um dos seus maiores aliados.
    Logo que cheguei Georg veio ao meio encontro, mas antes que fizéssemos aquele longo roteiro de cumprimentos e formalidades eu preferi me despedir de Kieran. Então, aproximei-me do simples altar em que seu corpo fora colocado e fiz o que chamo de meditação. Alguns de vocês sabem que acredito em algumas divindades e na continuidade da vida depois da passagem, então tratei de meditar na intenção de que aquela boa alma vagasse pelos melhores caminhos.
    Depois de alguns minutos ali parado, sinto uma presença, porém olho para os lados e todos os outros estavam fisicamente longe de mim. Todavia, antes que eu pudesse fazer qualquer outro tipo de investigação sobre tal sentimento, um dos discípulos do grande mestre nos convida para a cerimônia final.
    Sentamos-nos todos de frente para o altar e o mesmo discípulo que nos chamou, iniciou os ritos. Eu nunca havia visto o ritual de passagem de um grande magista e sinceramente esperava algo pomposo e cheio de detalhes. No entanto, ao som de Tom Petty, na clássica Free Fallin, fomos todos surpreendidos pelas palavras do discípulo, num inglês extremamente informal:
    “Em toda sua vida, Kieran perseguiu as coisas simples da vida. Sempre nos indicou os caminhos práticos e que levassem de imediato a nossas intenções. Portanto, repeitaremos sua nobre vida e desejo, afim de que sua passagem fosse feita sem os ritos tradicionais”.
    Ao fim destas palavras iniciou-se um breve “murmúrio” entre os convidados, porém isso terminou quando o discípulo iniciou abertamente a leitura do testamento. Além disso, lembro que apesar do lugar ser grande, eram poucos os convidados e havia por ali no máximo umas 60 pessoas.
    Não posso citar tudo o que foi falado durante aquela leitura, porém o importante desta história é que também recebi algo, na tal partilha de herança. Fui agraciado com uma caixa de madeira marrom escura e toda entalhada com “kajis” japoneses. Ela estava muito bem selada aos moldes herméticos magistas, no qual somente o dono poderia abrir. Confesso que fiquei muito curioso para abrir, mas respeitei as palavras do discípulo e deixei para o final do rito toda e qualquer emoção que envolvesse tal “presente”.
    Depois de tal partilha, que levou entre uma e duas horas, o ritual prosseguiu. As músicas continuaram no mesmo ritmo “rock” de antes e inclusive se não me engano, no momento em que o ritual de passagem foi retomado tocava algo do Deep Purple…

  • Momentos íntimos entre vampiros

    Momentos íntimos entre vampiros

    Em uma noite qualquer resolvemos gravar algo. Eleonor se ruborizou e apenas ficou como, digamos, diretora? Não sei a palavra que define a pessoa que segura o gravador… Enfim, acho que minhas deliciosas leitoras irão gostar de ouvir Ferdinand e Franz em um momento bem descontraído? Como sempre ficarei ansioso por seus comentários… Beijos minhas queridas!

  • FanArt para mim?

    FanArt para mim?

    Este texto me foi enviado por uma fã e prefiro não identificá-la.

    Caso queira minha querida, por favor fale-me por e-mail. Beijos, gostei bastante!!!

     

    Eu preciso de você doce príncipe,
    Não me faça te esquecer,Por favor, não me obrigue.
    Preciso sentir teu beijo, Não imaginas  o quanto almejo.
    Sentir o gosto de teu sangue, Ser tua,
    Mesmo que por apenas um instante.
    Entrego-te a minha vida em tuas mãos.
    Entrego minha vida e meu coração.

    Venha comigo meu doce príncipe!
    Vamos juntos caminhar por entre mortalhas amaldiçoadas,
    Saciando nossa sede no corpo do inimigo.
    Não existe mal nem o bem,
    Deus mata indiscrinadamente, nós também.
    Não tenha medo!
    Chegasse até mim como uma tempestade,
    Arrastando-me de encontro a ti.
    Olha dentro dos meus olhos,
    Mergulha fundo dentro da minha alma.
    Sinta meu corpo cada vez mais sedento do teu.
    Selamos nosso destino
    Com um único beijo
    Tornando-nos um único ser profano.

  • Vampiros e a sedução

    Vampiros e a sedução

    Já falamos por diversas vezes neste site sobre como os vampiros seduzem suas vítimas, aliás, nas últimas noites quem tem acompanhado os nossos perfis do Twitter, certamente percebeu um pouco mais disso e quase que em tempo real. Confesso, que apesar de meu irmão Franz me incentivar às festas e tudo mais que andamos fazendo, nossa não vida está longe de ser apenas festa. Sempre há a preocupação com os inimigos, com o sol e principalmente com a alimentação.
    Quero que vocês entendam que a grande maioria de nós não é atrativa aos humanos, como é mostrado em alguns filmes de Hollywood, ou seja, não é por que eu vou aparecer em tua frente que tu vai te apaixonar. O buraco é mais embaixo, como dizem. Eu mesmo já fui objeto de exemplo de muitos de meus contos com relação a isso e confesso que invejo alguns Wampir como Eleonor, Franz e Georg que dominam grande parte dos poderes mentais. Eu por outro lado tenho meus atributos físicos melhorados e sou obrigado a resolver tudo com as velhas lábia e manha.
    Hoje não contarei histórias, ao contrário, deixarei este post aberto à discussão de vocês.

    O que te atrai minha deliciosa leitora?

    O que te faz suspirar e até mesmo ficar afoita por um belo exemplar de macho?

  • Medo

    Medo

    Enviado pela Gabriella, divirtam-se!

    Medo

    Quando acordei naquela manhã eu não espera pelo que estava por vir. Arrumei-me e fui para a cozinha tomar o café da manhã com meus pais. Logo percebi que havia algo muito errado, já que estava sentado a mesa, um senhor que eu nunca tinha visto antes. Recebi a notícia de que iria para França, pois minha doença havia se agravado.
    Voltei para o meu quarto, arrumei as minhas coisas, tinha toda a certeza do mundo que iria fugir antes que me levassem embora. Eu sabia que não tinha muito tempo e que apesar de aparentemente estar bem eu sabia que iria morrer. Eu saí como de costume para ir ao colégio, entrei no ônibus, mas desci algumas quadras antes do colégio. Havia uma casa grande no ponto mais alto da cidade, segui pela estrada estreita o longo caminho.
    Eu sabia exatamente onde conseguir o que eu queria, mas não sabia o quão arriscado era para a minha vida. Continuei o caminho e quando estava chegando àquela casa misteriosa tive receio e resolvi voltar, refiz o caminho de volta. Quando parei e dei por mim eu já estava andando em direção a casa. Eu não queria morrer!
    Bati na porta decidida do que queria para a minha vida, ninguém a abriu, eu entrei e subi uma escada rústica, pelo caminho havia muitos quadros e retratos, senti um pouco de medo naquela hora. Abri uma porta grande com maçaneta dourada e logo ouvi a voz no fundo me dizer. – Tens certeza disto, jovem criança? – Eu senti um pouco de raiva, pois eu não era mais criança, mas respondi com toda a certeza existente em meu coração. – Sim, eu tenho certeza. – Depois daquele dia eu nunca mais fui à mesma.
    Hoje vivendo na escuridão da noite, sozinha, percebi que mesmo com a eternidade ao meu lado, os dias eram piores que a própria morte. Vivo nesta casa grande, tenho o tempo do mundo, mas não posso vivê-lo intensamente. Arrepender-me da vida eterna? Acho que não, mas ainda não aprendi como aproveitar essa maldição que escolhi para minha vida.

  • A intimidade de sexta

    A intimidade de sexta

    Boa noite meus queridos, tudo bem?

    O que fazer numa sexta como esta? Eu, Franz e alguns outros ficaremos em casa, mas isso não é desculpa para não fazer uma pequena festinha, não é mesmo?

    Aproveito o post para disponibilizar algo inusitado que me pediram. Uma gravação de bom dia… Sim, isso mesmo, uma leitora quer ouvir minha voz ao despertar e eu a gravei. Divirta-se minha querida ^^ Baixe o arquivo aqui: Ferdinand – Bom dia

    Beijos e ótima sexta a todos!!!

  • Aos seguidores das trevas

    Aos seguidores das trevas

    Um breve recado aos malditos seguidores das trevas que estão enviando mensagens ao meu clã. Nós sabemos de nossa exposição na internet, nos sabemos o preço que é pago por tais ideais liberacionistas… Aguardem, o que é de vocês chegará a galope e vindo do inferno que vocês tanto idolatram…

  • Encontro de família

    Encontro de família

    Tanto a vida como a não-vida são feitas de momentos. Estes podem ser bons, ruins ou como agora, no qual eu chamo de limbo. O limbo como vocês sabem é aquela fase no qual as almas ficam depois que deixam este plano, e antes que se defina se elas vão para o céu ou para o inferno. Obviamente estou falando aqui num sentido figurado, todavia, isso é apenas para exemplificar como estou me sentindo. Não sei se em breve terei momentos bons ou ruins e tenho vivido cada noite que se passa, aproveitando o pouco de sanidade que há de me restar por algum tempo ainda.

    Naquele final de tarde era pouco mais de 18h, eu já estava ansioso por sair e mal o sol de pôs, me arrumei e fui caminhar pelas ruas do centro. Muitos transeuntes iam para suas casas depois do expediente, quando percebo aquele delicioso perfume. Não sei o seu nome, já tentei descobrir, mas atualmente nem prefiro saber, pois talvez estrague a sensação de excitação que ele me transmite.

    Notei que vinha de uma loira que caminhava rapidamente à minha frente e então comecei a segui-la. Percebi por suas roupas que ela trabalhava em algum tipo de escritório e aquele botom em seu taier, me lembrava de alguma logomarca conhecida. Continuei lhe seguindo e quando chegamos ao metrô, meu telefone tocou. Mantive os olhos na senhorita, mas acabei lhe perdendo de vista enquanto Frederick me chamava para um “happy hour”. Fazia tempo que o velho vampiro não dava as caras e isso só aconteceu em função do retorno de Georg. Aliás, desde que meu mestre foi acordado, são frequentes as visitas em algumas de nossas propriedades.

    Parti para a fazenda e depois de uns 70 min de moto em meio às estradas arborizadas do interior, eu cheguei a atual sede do clã. Mesmo antes de tirar o capacete, minha audição aguçada já indicava a reunião dentro do velho casarão. Antes de adentrar o recinto eu percebo alguns ânimos exaltados, principalmente da parte de Frederick que falou em claro e bom tom antes de eu chegar à sala principal:

    – O senhor é um velho louco, como pode permitir a transformação de tal Ghoul. Não precisamos de mais uma patricinha mimada entre nós.

    Neste momento eu adentrei a porta e com o uso de seus poderes Georg fez com que os outros simplesmente ignorassem minha chagada e respondeu ao afoito Frederick:

    – Frederick meu amigo, como percebes acordei a pouco, ainda estou me acostumando com essa nossa realidade e tudo o que os tempos modernos me apresentam. Sabes muito bem que nosso clã é um dos menores e em função disto estou permitindo que alguns de nossos Ghouls sejam devidamente treinados e transformados.

    Depois de tais palavras ele se virou para mim e disse:

    – Vejam, por exemplo, o semblante feliz de Ferdinand que soube recentemente da transformação da jovem Stephanie.

    Nesse momento todos me olharam. Stephanie ficou feliz ao me ver, Eleonor idem, Franz fazia sua famosa cara de sínico. Enquanto Georg e Sebastian  e Frederick apenas me observaram com  aquela conhecida “poker face”.  Não me restou nada se não cumprimentá-los ao melhor estilo clássico Wampir, logicamente personalizado a minha maneira:

    – Meus cumprimentos irmãos! Que o sangue nunca nos falte, assim como a lua que sempre nos mostrará o caminho do inferno…

    Nesse momento alguns riram e outros apenas ficaram quietos enquanto Eleonor me deu um breve beijo na boca deixando Stephanie possessa. Georg obviamente acompanhava a situação pelos dois lados, principalmente no mental e rompeu aquele instante com mais algumas palavras cheias de segundas intenções:

    – Percebo que muitos aqui ainda precisam conter seus impulsos humanos, outros precisam saber diferenciar família de negócios e alguns precisam aprender a fechar seus fechecleres. Estou grato pela visita de Frederick, mas hoje tenho algumas visitas em meus negócios. Acredito que todos vocês precisam conversar um pouco entre si, por que não vão há algum lugar se ambientar aos humanos da atualidade?

    E antes que qualquer um de nós se manifestasse, Georg apenas se retirou junto de Sebastian, que agora era assessor particular e como dizem, havia me deixado na mão. Assim começava mais uma noite em que aconteceram muitas conversas isoladas. Muitos pontos foram colocados nos vários “is”, antes que Frederick, Franz e eu saíssemos para um “papo de senhores” em uma das casas de show que havíamos adquirido recentemente.

  • Eleonor Dolores Vantré

    Eleonor Dolores Vantré

    Eleonor faz questão de esconder, junto de suas piores recordações, o ano exato em que tudo aconteceu. Porém, ela não esconde detalhes do lugar, cuja sua vida fora transformada para todo o sempre…

    A noite de chuva torrencial havia espantado praticamente todos os clientes habituais, que pontualmente vinham todas as quartas-feiras prestigiar o show da popular señorita Vantré. A casa ficava no que hoje é conhecido por bairro Gótico, e se assemelhava e muito com a popular Moulin Rouge de Paris. Inclusive Eleonor se lembra muito bem do tal Sanches, o dono do lugar. Um velho gordo, de olhos azuis, que sempre usava a mesma cartola marrom e era conhecido em toda a Barcelona por seus métodos não convencionais de obtenção de favores. Ou era o que ele queria ou a sua faca sempre afiadíssima percorria o pescoço de seus antagonistas.

    Em meio a este contexto de vida, vivia Eleonor, uma garota que desde cedo aprendera a usar seu charme e sensualidade para conquistar os homens e o que mais tivesse necessidade. Saíra cedo do convívio da família em busca de novas expectativas de vida e como ela sempre diz: “Foi a melhor coisa que fiz depois de experimentar sexo a três”…

    Eleonor morava no próprio lugar em que fazia seus shows e o por esse privilégio, deixava no bolso de Sanches boa parte do que lucrava nas apresentações ou nos “programas”, que eventualmente fazia com os poucos ricos que ainda circulavam por aquela região. Por se tratar de alguém com gênio forte, que às vezes passa certo ar de teimosia, Eleonor é alguém difícil de lidar. Sanches que o diria, pois sempre desejou muito a morena de olhos azuis, pele clarinha e sangue caliente cigano.

    Nesta fatídica noite em que Eleonor teve sua vida revirada, ela havia descansado pouco. Estava nos “dias vermelhos”, como algumas mulheres definem tal estado do corpo e com isso seus nervos estavam à flor da pele, junto das cólicas. Sanches, ao contrário, estava numa noite boa e até havia permitido que ela descansasse. Porém, como a bela e teimosa morena precisava de mais dinheiro para fazer o pagamento do aluguel daquele mês, hesitou o descanso e resolveu trabalhar assim mesmo.

    No exato momento em que a striper conversava com seu cafetão um grupo de amigos se preparava para sair de casa. Alberto iria se casar no final de semana e os amigos resolveram lhe levar para a tal casa onde Eleonor trabalhava. Junto deles, porém o que nem a morena ou os amigos da despedida imaginavam é que Georg e Franz estavam em busca de problemas nesta mesma noite fatídica.

    Eleonor geralmente ficava em seu quarto até poucos minutos antes do início dos seus shows. No entanto, naquela noite em função das muitas cólicas, ela se obrigou a beber algumas doses de Rum, pretendendo assim aguentar noite adentro. Ela conversava com uma de suas colegas quando o grupo de Alberto, cerca de cinco jovens adentrou o recinto. Alguns dos rapazes já estavam visivelmente embriagados e praticavam o popular: “sou Fo** e quero todas”. Nesse sentido eles abraçaram e beijaram várias meninas no caminho até a mesa em que decidiram se sentar. Para a sorte de Eleonor e de sua colega, os jovens não as viram e isso lhes garantiu alguns minutos a mais de sossego, antes que pudessem pegar de verdade no batente.

    Eleonor estava no backstage quando Georg e Franz chegaram. Como sempre muito discretos, eles apenas procuraram uma mesa, ignoraram o garçom e enquanto nenhuma menina subia ao palco, eles trocaram algumas palavras um com o outro. Ambos estavam com fome e por que não apreciar algumas stripers antes de caçar? Essa sempre foi uma das teorias de Franz, que, aliás, quase sempre nos convence facilmente.

    Pontualmente a uma da manhã Eleonor subiu ao palco. Ninguém prestava atenção naquele canto escuro, até que o violeiro começou a tocar algo novo para época e que hoje se assemelharia muito ao popular Flamenco.

    Trajando um vestido longo e preto com detalhes de bordados vermelhos, a estonteante morena deixou todos boquiabertos. Inclusive os dois Wampir, que sentiram de longe o perfume dos “dias” da striper. Bastou apenas um olhar e Franz vira naquela morena algo além das castanholas e rebolados. Georg também se sentira muito atraído pela jovem, que nesta época estava no auge dos seus 23 anos.

    No entanto, antes mesmo que qualquer um deles pudesse lançar seus poderes na intenção masculina de atrair a fêmea. Todos foram surpreendidos pelos gritos eufóricos dos jovens da despedida de solteiro… “Muy caliente”, “¡Mira que chica tan guapa!”… E os ânimos explodiram ainda mais quando a espanhola resolveu tirar sua roupa.

    Os dois seguranças que vigiavam a porta não foram suficientes para conter o grupo de Alberto, que na empolgação o jogaram para cima de Eleonor. Inclusive se não fosse à prontidão da morena, ambos iriam ao chão. Neste mesmo instante Franz, que observava tudo atentamente chegou a se levantar, mas fora contido por Georg.

    Iniciava ali o verdadeiro terror que Eleonor já estava acostumada, porém, sempre temia. No fundo ela sempre gostou de ser desejada, no entanto, quando há mais de um homem eufórico em cima de uma mulher, ela não pode fazer muito mais além de apenas aguentar como puder.

    Alberto tentou improvisar uma dança com Eleonor, mas no fundo ele apenas desejava aquele corpo quase nu e seu instinto não se conteve e suas mãos percorreram todas as partes da jovem. Eleonor tentava agir como sempre, mas quando o futuro noivo a beijou na boca ela fora surpreendida por um “coice no útero”, que lhe fez morder com um pouco mais de intensidade a boca do mancebo.

    Como reação Alberto não se conteve e enquanto Eleonor se contorcia ele desprendeu um tapa com as costas da mão diretamente no belo rosto da morena. Com o impacto inesperado Eleonor caiu por cima do violeiro e por consequência ficou de joelhos ao seu lado, iniciando um breve pranto.

    Georg ao perceber os pensamentos de Franz e ao contrário da outra vez não o conteve. Iniciava ali uma briga fora do contexto, algo que certamente renderia uma boa cena de ação em qualquer filme do gênero.  Cadeiras, mesas e corpos voam para todos os cantos, até que depois de alguns minutos o que podia ser visto era um cenário com a mais perfeita destruição. Nem mesmo os seguranças ou a faca de Sanches contiveram os dois vampiros possuídos por seus demônios.

    Nem mesmo Eleonor fora poupada e estava desmaiada ao chão em função de uma garrafada em sua cabeça. Franz voltava ao seu normal quando a percebeu, ele poderia tê-la deixado desfalecida como já o fizeram em outras situações, mas algo em seus pensamentos era atraído pelos lábios carnudos da striper.

    Com o consentimento de Georg ele colocou a morena em seu ombro e em meio à chuva que ainda não cessara, voltaram para o hotel no qual estavam hospedados. O caminho até o lugar fora feito de carruagem alugada, que eles conseguiram a algumas ruas de distância do bordel.

    Cerca de trinta minutos depois eles passaram tranquilamente pela recepção do hotel praticamente vazia. Apesar de carregarem o corpo de uma mulher seminua e toda encharcada, o recepcionista fora convencido facilmente pelos poderes mentais de ambos os Wampir. Já no quarto, Franz repousou Eleonor na cama e iniciou uma conversa com Georg. Neste papo eles discutiram as possibilidades sobre Eleonor e ao fim da noite Georg se convenceu de que uma mulher seria muito útil ao seu clã. Uma bela mulher com toda a manha de uma prostituta, certamente faria toda a diferença naquele clã que estava apenas no inicio de sua formação.

    A transformação de Eleonor ocorreu depois de alguns meses, no qual ela teve de provar sua lealdade e habilidades aos dois Wampir. Inicialmente ela fora transformada em Ghoul e ao contrário do dia em que os dois senhores da noite entraram em sua vida, a sua transformação ocorreu bem tranquila. Era noite de primavera e como ela romanceia, o perfume das acácias foi o último cheiro que ela sentiu antes de morrer.