Categoria: Fan Art

O mundo é feito de experiências e cada um de nós, humano ou não, carrega diversos momentos especiais. Nos textos desta seção você irá se surpreender com os materiais enviados pelos leitores do Wampir.

  • O despertar

    O despertar

    Como faz tempo que não publico nenhum FanArt, segue abaixo uma bela história de transformação que me foi enviada pela Gabriela Cristina.

    O despertar

    Meu corpo me pedia para sair, minha alma clamava desesperadamente por aquilo. Tudo me pedia. A brisa entorpecente da noite soprando em meu rosto, a lua estava cheia, linda e soberana, dominando um céu negro e apinhado de estrelas. Prometi a Ian que não sairia, ele não queria que eu fizesse aquilo, não achava certo, havia me pedido milhões de vezes, pois se eu o fizesse correríamos o risco de nos tornarmos inimigos, então prometi a ele que não sairia, mas algo naquele lugar foi mais forte que eu e me conduziu pra lá. No caminho, senti que estava sendo observada, mas nem liguei o chamado era tão forte que nem tive tempo de sentir medo do que quer que estivesse me acompanhando, ultimamente, depois de ter tomado de vez a minha decisão, meus sentidos estavam mais aguçados, os espíritos não paravam de aparecer tanto em sonhos quanto pessoalmente me pedindo que reconsiderasse pois se eu fizesse realmente o que queria, estaria me desfazendo de um dom dado por Deus e pela natureza e passaria a ter dons obscuros, não poderia mais vê-los e nem ajuda-los. No início fiquei um pouco pensativa sobre isso. Desde pequena eu era atormentada por espíritos, sempre os vi, ouvi, senti, mas por um bom tempo não soube como lidar com eles, por muitas vezes chorava de medo, implorando para que fossem embora, quando eu contava a alguém, a pessoa se afastava de mim ou então dizia que eu estava ficando louca, já fui parar em muitos médicos por causa disso, mas à medida que fui crescendo, comecei a me informar e descobrir algumas formas de controlar as visões. O medo passou um pouco, mas continuei a vê-los. Quando perdi meus pais, as visões pioraram de novo, vi minha mãe uma vez, era o que eu mais queria, mas de tão assustada não consegui se quer abrir a boca para falar com ela, então ela se foi. Depois desse fato, me revoltei, de que adianta ter o dom de ver espíritos, sentir e falar com eles, se não posso trazer ninguém de volta, isso não é justo! Foi refletindo sobre isso que tomei de vez minha decisão, não tinha mais nada a perder, se desse certo, eu seria, pela primeira vez e muito tempo, uma pessoa feliz, se não, eu morreria e tudo acabaria de vez, como acontece com qualquer mortal.

    A floresta estava muito iluminada pela luz da lua, havia muito tempo que eu não ia ali, desde a morte de meu pai, era doloroso de mais se quer pensar, mas agora era diferente, eu sairia dali diferente, e talvez, se tudo desse certo, as lembranças da minha vida mortal não me assombrariam mais. Fui entrando cada vez mais fundo em direção à clareira, a floresta havia mudado um pouco, não estava mais tão fechada, peguei uma das trilhas e segui em direção ao meu objetivo. O ar foi ficando mais denso e pude escutar meus passos, senti um calafrio percorrer minha espinha e sabia que não tinha nada a ver com o vento, parei. Estava ofegante. Meu coração estava tão acelerado que outra pessoa seria capaz de ouvi-lo de longe. Olhei ao meu redor, não havia ninguém. Silêncio absoluto. Comecei a pensar se deveria mesmo continuar ali, se não deveria voltar e ouvir o conselho de todos que me pediram para que eu não fizesse aquilo. Imediatamente uma voz dentro de mim respondeu: “Continue, você não tem nada a perder, está no caminho certo, ignore o medo.” Fui respirando mais calmamente e aos poucos, o coração voltou a bater mais devagar. Recomecei a andar e pouco tempo depois já estava na clareira. Era o lugar mais iluminado, por entre as árvores eu podia ver a lua claramente. Sentei e esperei. Confesso que o silêncio daquele lugar estava me deixando muito assustada, toda coragem que eu havia reunido estava começando a se dissipar, estava tudo muito quieto, nem um barulho, até o vento estava silencioso. Esperei mais um pouco e nada. Comecei a pensar que era melhor tentar voltar pra casa e desistir de tudo, eu só podia estar louca, ir para o meio da floresta, sozinha, a noite. Ele não iria aparecer, disse que saberia quando eu chegasse e que queria ver se eu realmente teria coragem de ir até ali sozinha, se eu realmente queria o que eu havia pedido a ele, poderia até já estar ali, mas por alguma razão eu não conseguia sentir sua presença. Olhei no relógio, já se passava da meia noite, o ar ficava cada vez mais frio e eu, a cada minuto que passava, ficava mais incomodada com aquele silêncio. Decidi ir embora. Quando me levante, senti outro calafrio transcorrer minha espinha, bem mais forte que o primeiro. Um vulto passou por entre as árvores, tão rápido que não pude ver, meu coração acelerou de novo, fiquei apreensiva, sabia que não era um espírito, era algo físico. O vulto se moveu de novo, dessa vez pude ver a sombra de um rosto. Tudo ficou quieto. Não sabia se corria ou se continuava parada, foi então que ouvi uma voz doce e ao mesmo tempo venenosa sussurrar em meu ouvido.

    – Tu és mesmo corajosa, vir aqui a essa hora da noite, sozinha e sem avisar ninguém onde estás!

    – Não te disse que eu viria, aqui estou.

    – Sim, estou vendo, provou que és uma pessoa decidida, de palavra, mas não achas que estás se arriscando de mais ao fazer isso? Eu poderia muito bem não cumprir o que disse…

    – Pensei mesmo que você não viria, já estava indo embora.

    Ele se colocou a minha frente e acariciou meu rosto ao falar com aquela voz doce e suave que ao mesmo tempo soava com um tom de perigo, de ameaça, seus olhos verdes, muito brilhantes penetravam os meus, seu cabelo negro e liso caia sobre seu rosto perfeitamente belo, uma beleza sobrenatural, que me deixava hipnotizada, mas o que me fez perder a fala foram suas palavras.

    – Não me refiro a isso, jamais deixo uma dama me esperado, eu já estava aqui te observando, vendo se terias mesmo coragem de vir até o fim, mas eu poderia muito alimentar-me de ti e deixar seu corpo aqui para que talvez fosses encontrada um dia, não tens medo?

    Mais uma vez passou pela minha cabeça se eu realmente deveria estar ali, por um momento pensei em correr, mas de nada adiantaria ele me alcançaria antes que eu chegasse à metade do caminho, então apenas respirei bem fundo e respondi.

    – Por um momento tive medo do silêncio da floresta, de que alguém que não fosse você aparecesse, mas jamais de você. Sei muito bem o que quero, disse que estaria disposta a te encontrar em qualquer lugar.

    – Será mesmo que sabes o que quer? Posso sentir o medo que emana de ti, minha cara… Mas podes ficar tranquila que não vou só me alimentar de ti, bom, pelo menos não pretendo, a menos que eu mude de ideia. Quero saber se pensou a respeito das cosas que eu te disse? Vais embarcar em um caminho sem volta, e não é tão fácil quanto pensas, podes desistir agora e eu até te deixo voltar viva pra casa…

    – Não. Pensei em tudo que você me disse, já tomei minha decisão, farei o que você mandar, o que for preciso, vou aprender tudo que for necessário para conseguir me adaptar.

    – Pense bem minha cara, estarás abrindo mão da sua mortalidade, da sua alma, da sua humanidade e se um dia se arrependeres, não poderás mais voltar atrás, terás que viver com isso pela eternidade. A minha mortalidade me foi tirada contra minha vontade e eu daria tudo para tê-la de volta, tu tens a sua e estás abrindo mão…

    – Se eu pudesse, faria com que você voltasse a ser mortal, trocaria de lugar com você, te daria minha mortalidade, mas não posso, quero ser transformada tanto quanto você quer ser humano novamente, não tenho mais o que pensar, estou decidida, faça o que tem que ser feito.

    – Está bem, minha cara, farei como quiseres, mas te darei um aviso: jamais transformes ninguém, em hipótese alguma, jamais faça isso, nem mesmo se ficares apaixonada, terá que desistir dele ou vê-lo envelhecer e morrer, mas jamais o transforme, porque eu vou saber, e virei atrás de ti de quem tiveres transformado e os matarei, sem dó, e não penses que podes me enganar, eu sempre saberei onde te encontrar. Estamos combinados?

    Nesta hora, senti realmente o peso daquelas palavras, tive a convicta certeza de que ele dizia a verdade, ele realmente teria coragem de me matar, mas eu sabia que não iria me apaixonar, seria a última coisa que eu faria sabendo que teria uma eternidade pela frente.

    – Sim, estamos combinados, você tem a minha palavra de que não vou transformar ninguém.

    – Então, minha cara, bem vinda a sua tão sonhada vida imortal, aproveite a eternidade…

    Confesso que tive medo novamente, mas apesar disso, nunca iria voltar atrás, estava prestes a começar viver a vida que sempre senti que me pertencia, não veria mais espíritos, e nem precisaria conviver com lembranças que eu não quisesse, teria a eternidade pela frente para fazer o muito que ainda não tinha feito em 26 anos, sem me preocupar com o tempo. Estava nascendo de novo…

    Ele veio em minha direção, segurou minha mão, acariciou meu rosto, sentiu o cheiro do meu sangue, meu coração batia acelerado, pude ver nitidamente a cor de seus olhos mudando, ele ficou atrás de mim, tombou gentilmente minha cabeça para trás, senti seus dedos passando pelo meu pescoço, olhei para a lua, que continuava clareando a floresta, me sentia muito feliz… Senti suas presas penetrarem meu pescoço e uma dor excruciante tomar conta do meu corpo, uma dor como jamais senti em outra ocasião, a pior de todas, senti uma fraqueza imensa tomar conta do meu corpo, minhas pernas cederam e minha visão escureceu…

    Quando acordei, não sabia onde estava. Meus olhos que estavam embaçados, aos poucos foram voltando ao normal, fui me recordando da noite que se passou, me dei conta de que
    es estava em meu quarto, deitada em minha cama, senti uma tristeza enorme ao perceber que tudo não passou de um sonho, tive vontade de morrer, não acreditava que pudesse ter apenas sonhado, parecia tão real…

    Mas quando passei a mão em meu pescoço, senti algo diferente… Minhas mãos estavam diferentes… Meu corpo estava diferente… E quando abri a cortina e o sol tocou na minha pele, foi como fogo queimando papel… Percebi então que não havia sonhado, estava acordando para a eternidade.

  • Vivendo

    Vivendo

    Eu adoro postar os FanArt de vocês, mas tenho a impressão de que os últimos estão muito parecidos, não acham?

    Vivendo

    Mais uma noite que se foi…tudo igual… como deve ser… assim vou vivendo..
    Sorrisos trocados, favores somados, sentimentos trabalhados;
    tudo igual… como deve ser… assim vou vivendo..
    Tristezas sentidas, caricias contidas, aparências mantidas;
    como deve ser… assim vou vivendo..
    Lagrimas choradas, palavras sufocadas, almas quebradas;
    assim vou vivendo….
    Sonhando outro amor, que não me traga dor;
    como deve ser… assim vou vivendo..
    Aguardando um carinho, que não venha com espinhos;
    tudo igual… como deve ser… assim vou vivendo..
    Esperando o encontro, que não me deixe só no conto;
    Mais uma noite que se foi… te querendo.. te buscando ..sonhando.. assim vou vivendo..

    Enviado pela Gisely

  • Quando estou ao seu lado

    Quando estou ao seu lado

    Enviado pela Nivia Ramur.

    Quando estou ao seu lado
    É como se estivesse em outro mundo
    Mas não em um mundo qualquer
    Um mundo mágico

    Eu sei,Eu sei
    Isto é inocente
    Puro
    Mas mágico

    Te quero mais e mais
    Te amo cada vez mais
    Te desejo e almejo

    Isto é bom?
    Ou isso é ruim?

    Nos meu sonhos te beijo
    Nos meus dias te vejo

    Eu sinto o seu corpo dizendo não
    Mas o seu coração quer dizer sim

    Me ame!
    Me deseje!
    Me almeje!

  • Sonhos com vampiros

    Sonhos com vampiros

    Diz a Gisely que escreveu este texto ao mesmo tempo em que escrevi o meu sobre os sonhos. Coincidências a parte interessante o relato dela:

    Às vezes os sonhos nos levam a lugares ou situações inexplicáveis…..

    Era uma noite “quente” estava insone na cama, dando voltas e voltas em torno de mim mesma… O jeito foi pegar o Tablet que estava na gaveta do criado mudo e navegar na net até que o bendito sono decidisse dar as caras, depois de olhar pela milésima vez as paginas da rede social, resolvi baixar um livro online e entre tantos títulos achei um interessante… “O beijo da Noite” ( Troquei um pouco o nome pois não vou fazer publicidade gratuita..rss) então comecei a ler a historia de Vampiros guerreiros, assassinatos e uma jovem “indefesa” que se vê em meio a uma guerra do mundo das sombras e bla bla bla …..bem não sei em qual momento adormeci mas vou contar para vocês o “sonho” que tive;

    Abro os olhos, é madrugada ainda, sinto algo incomodando ao lado na cama, é o Tablet que provavelmente escorregou de minhas mãos no momento em que adormeci. A sede me faz levantar, pego a presilha, prendo os cabelos pois o calor continua terrível, olho pela janela aberta, a noite esta iluminada por um luar incrível e fascinante, vou para a cozinha matar a sede, não preciso ligar as luzes, pois o brilho do luar que entra pela porta de vidro que da acesso ao jardim, por si só já ilumina quase todo o ambiente.

    – Geralmente tenho medo, não gosto de ficar ou andar sozinha à noite pela casa, mas nesta noite não sei o que aconteceu comigo me senti tranquila – Parando em frente à porta vejo como o luar toca e acaricia tudo em volta…seduzindo…envolvendo, surge uma vontade louca de sair , abro a porta, uma leve brisa sopra tocando minha pele nua por baixo do cetim de minha camisola, então meus pés como que por vontade própria caminham até sentir a grama macia e refrescante do jardim em torno, subindo o degrau do deck me aproximo da piscina, toco com as pontas dos pés a água, que em uma dança fria e prateada sob o reflexo da lua estremece meu corpo, me afasto para acomodar-me na espreguiçadeira tão convidativa.

    Por um instante fecho os olhos apenas sentindo a magia do Luar, neste momento uma energia forte me envolve e uma voz em minha mente sussurra – Fique tranqüila…continue com os olhos fechados, apenas sinta e entregue-se – Tudo parece conspirar a minha volta, a leve brisa,o suave barulho da água, logo uma doce caricia começa a percorrer minha face, vai descendo ao pescoço… Descendo e desaparece, deixo a respiração suspensa na expectativa, meu coração acelera… A caricia volta agora, mas nos meu pés e vai subindo… Um pouco mais firme e vibrante, a cada avanço minha pele parece derreter-se, continuo ali deitada as mãos parecem grudadas na cadeira ao lado do meu corpo, sem que eu consiga reagir, apenas… Sinto…

    Sinto agora a caricia estendendo-se na parte interna de minhas coxas ao mesmo tempo em que a alça de minha camisola é abaixada deixando meu seio exposto, intumescido e implorando por um toque que não demora a acontecer, algo quente e úmido escorrega pela curva de meio seio, já não penso em mais nada..o sangue ferve em minhas veias, elevo mais os seios em uma ânsia louca, que é correspondida rapidamente com uma boca molhada me sugando, enviando correntes de prazer. Boca, que vai subindo em direção ao meu pescoço, lambendo, arranhando e…. Mordendo….. Meu corpo agora se contorce ao toque preciso entre minhas pernas de pura luxuria e a ardente sucção de minha veia…….desejando e implorando a liberação latejante de dentro do meu ser.

    Em uma batida de coração, me sinto totalmente possuída, subjugada e levada a uma explosão de prazer insana, que me deixa no mais puro… Vazio… E… Escuridão…
    Abro os olhos, é madrugada ainda, sinto algo incomodando ao lado na cama, é o Tablet que provavelmente escorregou de minhas mãos no momento em que adormeci, por um momento fico desnorteada, com coração acelerado, a mente confusa com o “sonho quente”, sinto sede, está tudo muito escuro, vou tateando com as mãos em cima do criado, para ver se acho minha presilha de cabelos, não a encontro, deve ter caído em algum lugar ao chão, mas já não tenho coragem de sair da cama, o cansaço me toma, então me enrolo nos lençóis e adormeço.

    Bem assim foi um lonnnga noite “quente”…rss… gostaria de recordar algo mais ou ter ao menos ficado com meus olhos abertos no sonho para poder contar como era meu “cavalheiro da noite” massss enfimmm sonhos…são sonhos não temos como controlar…rss

    Ahh!! Só um detalhe que esqueci de contar, sabe a presilha……eu a encontrei…. em baixo da espreguiçadeira……estranho não!!

    Gisely

  • Perdida

    Perdida

    As noites não costumam mais serem as mesmas, você não está em lugar algum. Não sinto mais o seu perfume, não sinto mais as suas mãos me tocando, já não me lembro do som da sua voz e parece que estou começando a esquecer do seu rosto.

    As tardes são vazias, e às vezes me pego esperando você me ligar, pra dizer que fez tudo errado e que eu deveria perdoá-lo e esquecer este tempo vazio. Lembro-me das nossas longas conversas, às vezes, não conversamos nada, mas na troca de olhares falávamos tudo.

    Você simplesmente desapareceu me deixando perdida, você se foi sem nem olhar para trás e eu fiquei nesse imenso vazio, escuro e frio. Sofri, chorei e até morri, mas sei que bem lá no fundo eu ainda existo em você e isso tudo, nossas lembranças, brincadeiras e conversas nem o tempo vai apagar.

    Um dia, bem lá no futuro, você vai passar do meu lado na rua, nossos olhares irão se encontrar, o tempo vai parar e aquela chama vai acender por um instante em nossos corações e nesse momento todas as lembranças vão voltar, vamos rir sozinhos para nós mesmos e vamos dizer baixinho, ainda sinto saudade das nossas conversas…

    Enviado pela Gabi

  • Violência contra mulher

    Violência contra mulher

    Noites atrás eu vi um documentário na TV a cabo, onde o assunto principal era o tratamento arcaico e agressivo dado a algumas mulheres na África / Ásia. Confesso que não foi algo fácil de ser digerido, pois dá raiva da animalidade humana de alguns indivíduos, que estupram e matam até mesmo meninas com menos de 10 anos. Vocês sabem que mesmo eu sendo um predador, eu abomino violência contra pessoas indefesas e é por isso que postarei a história abaixo, enviada mais uma vez pela nossa cronista Júlia Bittencourt. Diz ela que ouviu essa história de uma mulher no shopping.

    Lembro como se fosse ontem de meu passado assombroso. Sou natural da Etiópia e uma mulher, que problema tem nisso?
    Para começar, no meu país de origem, somos tratadas como um lixo.
    O casamento é ilegal e secreto, exceto para os convidados, e, no Rajastão, a cerimônia costuma ocorrer em noite alta. Por isso, só no fim da tarde, as três meninas noivas nessa árida povoação agrícola no norte da Índia começam a preparar-se para os votos sagrados. Elas agacham-se lado a lado no chão e mulheres do vilarejo, cercando-as com uma cortina improvisada de um pano de sári, se despeja em suas cabeças uma panelada de água e sabão.
    Quando soube que ia me casar, eu tinha apenas sete anos… Fiquei desnorteada, pois sempre vinha à minha mente a imagem de uma amiga minha que por contestar seu marido, perdeu as orelhas e teve seu nariz cortado.
    Eu gritei com o meu pai, expus toda a força que tinha em minhas cordas vocais:
    – Você não pode me forçar a casar com ele! Eu sou uma criança, quero brincar e estudar. Se você me forçar a casar com ele eu vou à polícia e conto tudo!
    Não dei tempo ao meu pai para falar, mas sabia que tudo isso ocorrera devido à uma rixa familiar.
    Então eu corri, corri tanto até meus pés sangrarem, então pedi carona em uma estrada. Ele era um homem meio rechonchudo e com um olha sádico, mas eu precisava de ajuda e ele parou seu carro.
    Minutos depois eu percebi que ele estava me levando para um lugar deserto e fiquei com medo, sabia que alguma coisa ia acontecer… E então fui estuprada. Na Etiópia isso também e comum, às vezes eles estupram para depois reivindicar como noiva.
    Minutos depois enquanto ele dormia, eu o enforquei com o sinto de segurança, e mais uma vez fugi, até encontrar uma ONG, onde me educou.
    Graças a eles eu pude superar tudo isso e vir ao Brasil, encontrei um senhor que me acolheu de forma calorosa e hoje estou aqui, tendo meu próprio negócio.

  • Shopping, cinema e perseguição.

    Shopping, cinema e perseguição.

    Fiquei me perguntando sobre a veracidade de tais fatos, mas isso não importa muito, haja vista que adorei a forma como terminou. Como vocês sabem eu adoro mulheres com iniciativa, n]ao é mesmo? Enviado pela Júlia Bittencourt:

    Shopping, cinema e perseguição.

    Estava passeando no shopping hábito comum aos membros de meu grupo social e quando entrei em uma loja de “armas” percebi que estava sendo seguida. Ele era um rapaz bonito, aparentava ter uns vinte e poucos anos, porém me olhava de forma questionadora.

    Com um pouco de medo, comprei um canivete que lembrava as balas da arma de caça de meu pai e fui ao cinema assistir Django Livre. Novamente, ele comprou os ingressos para a mesma sessão que passaria o filme e repetidamente ocupou-se com maus olhos, enquanto eu revidava de esguelha com desprezo.

    Persisti em considerar o fato de tudo aquilo ser exageradamente estranho, mas irrelevante até porque estava em um local público e meu pai queria ter um menino, logo, sempre soube lutar e vivia me metendo em brigas na escola ou nas boates no qual meu pai vivia se endividando nas orgias.

    O filme acabou (muito bom, em falar nisso) saí da sessão e a perseguição continuava. Paguei o estacionamento de minha moto (uma Kasinski Mirage 250 preta) que estava estacionada em uma parte escondida do estacionamento, então ele finalmente falou:
    – Ora, o que temos aqui? É perigoso andar sozinha à noite sabia?
    – Se você se refere como perigo, então eu deveria ser procurada pela polícia federal.
    – Perigosa? Você? Ahahaha… Pelo visto, as aparências enganam mesmo. Vamos ao que interessa.

    Ele saca uma faquinha ridícula e vem andando em direção, finjo estar aterrorizada e deixo-o permanecer confiante. Aguardo-o chegar a uma distância de 2 cm e espero o momento certo de dar o bote, rapidamente tiro a faca da mão dele e empurro contra seu pulmão.

    Foi um desperdício, olhava com cara zombeteira para a figura flácida que estava ali no chão de forma esparramada… Ah como eu podia ter brincado mais um pouco, fazer cara de choro e sorrir depois, talvez arrancar cada unha de seus dedos, ou tacar fogo no cabelo dele (como já fiz uma vez com a minha prima).

  • Meu céu cinza

    Meu céu cinza

    Este pequeno texto foi enviado pela Aradyna, pode ser pouco extenso, mas gostei da forma como ela expressou seus sentimentos.

    Meu céu cinza

    Quantos problemas e quantas tragédias neste imenso espaço sem cor!
    Mas cinza é a cor do abandono é a cor da tristeza para muitos!
    Mas penso diferente.
    Hoje meu céu esta cinza, não porque estou triste e nem que tenha problemas mais sim porque um enorme céu neutro sempre me faz pensar que meu universo é um quadro de pinturas a mão.
    E foi aquela paisagem pintada que acabei de ganhar!
    Não existe tempo bom ou tempo ruim apenas existe o seu tempo cabe a você saber como vai descrevê-lo!
    AAPP.

  • Halloween

    Halloween

    Lembram-se do Christian, autor daquele conto da Vampira Sophia? Pois então, cá está ele e novamente com mais um conto muito bom.

    Divirtam-se com: Halloween!

    Nota: Este conto foi escrito com base em um sonho de minha esposa que, como todo sonho, é um tanto desconexo e non-sense… Então tomei a liberdade de incluir alguns detalhes e um fechamento para o conto que não estavam no sonho… Por mais irreal que pareça o relato, garanto que jamais verão com os mesmos olhos aquelas plaquinhas de “VENDE-SE” nas entradas de condomínios… Divirtam-se:

    Corriam boatos de que existiam vampiros morando no condomínio, mas com todos que conversei disseram que isso era uma bobagem. “Imagina! Vampiros não existem!…” “Quem disse um absurdo desses? Nosso condomínio é ótimo e mesmo que existissem essas coisas não teríamos isso aqui…” ou “Isso é conversa da molecada. Você sabe como são essas crianças…”
    Como moradores recentes (havíamos acabado de comprar um apartamento ali) ficou até estranho questionar muito essa história…

    Estava ao telefone contanto essas novidades estranhas para uma amiga quando a porta abriu e meu filho Pedro entrou, junto com um outro garoto que morava ali. – “É bom que ele já está fazendo novas amizades…” – pensei. Ele me apresentou o garoto:
    – Mãe, esse é o Cláudio. Eu convidei ele para jogarmos vídeo-game, tudo bem?
    – Claro, filho! Vão brincar!
    O garoto me cumprimentou meio tímido, mas assim que foram para o quarto do meu filho ele já mudou de atitude: falante, foram rindo comentando sobre um jogo que o Pedro ganhou dias antes. Ou seja, um comportamento normal para garotos de 14 anos…

    Terminei de falar com minha amiga e fui ver televisão. Não ia fazer janta, no máximo ofereceria para os garotos um lanche mais tarde.

    Por volta das 22:00hs vem o Pedro me pedir se o Cláudio podia dormir em casa, para jogarem mais. Não vi problema nisso, desde que ele ligasse para os pais avisando. E deixei. Afinal, dava gosto ouvir as risadas deles e o Pedro se divertia bastante tendo companhia para jogar. Quando me dei conta já era quase uma da manhã e fui oferecer um lanche para eles. O Pedro quis, mas o amiguinho dele disse que não estava com fome e não comeu nada. Arrumei as camas para eles e mandei desligarem o vídeo-game para dormirem.

    Foi de manhã que tudo começou a ficar estranho… Pedro veio me falar que o garoto sumiu, mas não foi isso que aconteceu. Fui olhar no quarto e ele estava escondido embaixo da cama! Quando mandei sair, ele começou a rir e disse que não! E ria mais ainda! Só parou quando abri a janela e o sol iluminou o quarto. – “O que faço agora?” – pensei – “Que situação mais esquisita!”

    – Fecha a janela que eu saio… – ele disse, e eu fechei as cortinas. Assim que o quarto voltou a ficar escuro ele saiu mesmo debaixo da cama e saltou sobre mim, rindo loucamente!!! Só então percebi que ele era um vampiro e me lembrei dos boatos! Como ele era franzino, eu consegui empurrá-lo e saí correndo do quarto, mas só acreditei mesmo que aquela situação insólita estava ocorrendo quando ele apareceu no corredor e mostrou os caninos naquela risada demoníaca! E desta vez foi Pedro que impediu que ele conseguisse me morder! Na confusão, ele havia entrado no banheiro e saiu de lá com um pedaço do cabo de um rodo nas mãos e cravou-o nas costas do menino, à maneira de uma estaca! Fiquei pasma com a presença de espírito dele! “Devem ser os filmes que ele adora assistir” – pensei mais tarde. O garoto vampiro, ferido, disparou pela sala e alcançou o corredor do andar. Foi tudo muito rápido, nem sei como ele conseguiu sair do apartamento, acho que meu marido deixou a porta da sala destrancada quando saiu. E o menino desapareceu pelas escadas, deixando atrás de si uma névoa fedida, pois ao passar pela sala do meu apartamento ele foi atingido por um pouco de sol.

    Passamos o dia trancados no apartamento. Como falar sobre isso com outros vizinhos do prédio? A maioria não acreditaria ou iam tachar a gente de loucos. Só no finalzinho da tarde percebemos onde isso ia dar… Pela janela da sala podíamos ver a quadra, toda decorada para a festa de halloween que iam fazer no condomínio. Um palco estava montado lá e uma banda cover que a molecada gostava ia tocar. Eles já tinham chegado, numa van preta que deixaram estacionada ao lado da quadra.

    Várias pessoas, a maioria jovens e crianças, já se reuniam em volta, vestidos à caráter para a festa. Muitos estavam fantasiados de vampiros! Para falar a verdade, gente demais tinha adotado esse personagem para participar daquele halloween estranho. Portanto, uma parte daquelas pessoas deviam ser vampiros mesmo!

    Bolamos um plano. Se a idéia deles era usar a festa como um disfarce para promoverem uma orgia de sangue, nós também poderíamos usar a festa para combatê-los. O tempo era curto, mas distribuímos todo o alho que tinha na cozinha para alguns poucos amigos e pedimos para procurarem mais com quem conhecessem. A “brincadeira” seria a seguinte: Como tinha muitos “vampiros” na festa, nós seríamos “Caçadores de vampiros”. Para todos os efeitos, seria tudo parte de um trote de halloween! Quem se recusasse a pegar nos dentes de alho se denunciaria como vampiro e nós salpicaríamos “água benta” neles. Para nossos amigos, dissemos que a tal água benta era só uma água perfumada com rosas e que não faria mal algum jogar umas gotas em alguém, tudo pela brincadeira e dentro do clima de halloween, sem abuso. Só que era de fato “água benta”, vinda de Aparecida do Norte! Por sorte, a mania da minha sogra religiosa de trazer litros de água benta de suas romarias ia servir para alguma coisa: tinha uma garrafa PET na geladeira cheia dessa água!

    Descemos para a quadra e começamos a “caçada” – Chegava de repente em alguém e colocava dentes de alho entre suas mãos. Os primeiros que abordamos não tiveram reação nenhuma com o alho e os chamamos para participar da “brincadeira” também. E a coisa pegou! Em instantes, várias pessoas estavam “caçando” no meio da turba, e então começou a confusão: o primeiro vampiro verdadeiro foi pego! Uma moça gritou de dor quando um de nossos amigos colocou o alho na mão dela, e logo em seguida outro sujeito também começou a soltar fumaça quando espirrei água benta nele! Aí gritei: SÃO VAMPIROS DE VERDADE!!! JOGA ÁGUA!!!

    De repente tinha gente correndo para todo lado, alguns soltando aquela fumaça mal-cheirosa ou tentando morder as pessoas, o pânico se generalizou e o halloween dos vampiros desandou geral! Jogávamos dentes de alho e água benta em todas as direções, uma gritaria tomou conta do lugar e não sei de onde apareceram uns moradores empunhando os espetos das churrasqueiras. Em questão de minutos os vampiros debandaram, alguns foram mortos com estacas improvisadas ou espetos de churrasco, muita gente ficou machucada, arranhada, mas poucos foram mordidos…

    No dia seguinte, haviam várias placas de VENDE-SE sendo colocadas na entrada do condomínio…

  • Sentimentos

    Sentimentos

    Enviado pela Maiélen (desculpe não ter postado antes minha querida) 😉

    Sentimentos que andam comigo eis aqui uma pobre alma que só quer a paz somente isso.

    Sim senhor medo você esteve e esta-rá comigo em momentos mais horriveis de minha vida.Pergunto-me se um dia o senhor sentiu pena de mim?Acho q sua resposta seria não pois você me vez amadurecer nas horas mais terriveis de minha vida.

    Olá senhorita Piedade,foi você quem vez eu ter deixado meus inimigos vivos para que um dia eles verem minha adorá-vel Vitória. Obrigada senhorita fizestes de mim uma pessoa quase melhor.

    Esperança você segurou minha mão nos momentos que eu mais precisei,nas horas que eu mais sentia medo.Sim eu estou viva até hoje graças a ti muito obrigada por caminhar comigo.

    Morte és tu quem me quer de verdade,que levastes e leva-rá as pessoas que mais amo nessa Vida.Sim minha querida como eu sinto Odio de ti.Tu éis minha enimiga mortal.

    Coragem você fui uma das unicas pessoas que olhou no fundo dos meus olhos e disse ( Vais em frente criança mostre para o mundo quem você verdadeiramente é.Coragem precisa-rás ter para enfrentar os caminhos dessa Vida).Espero que tenhas Orgulho de mim pois estou seguindo o seu conselho minha velha amiga.

    Orgulho sim tu tens grande enfluencia no que sou hoje em dia.E sim graças a ti magoei pessoas que eu não queria magoar.

    Fé deixei a para trás pois quanto eu mais rezava,menos o mundo me ajudava.Mais adimito carrego um pequeno pedaço de ti em mim.

    Odio sim o carrego a sete chaves dentro de mim e sei que um dia não terei forças e você explodi-rá para fora de mim com toda sua força e irá.Espero que isso nunca aconteça.

    Estes sentimentos são os que mais andam conosco em nossas Vidas e Não-Vidas sim tem mais sentimentos,mais são tantos que as vezes nem sei quais deles estou sentindo. Fico frustada por causa disso sentir esses sentimentos é tão estranho,as vezes custumo esconde-los dentro de mim e mentir para o mundo que eu estou bem.

  • Ser humano

    Ser humano

    Este texto foi enviado pela Gabriella, que me deixou muito feliz reaparecendo por aqui. Fica bem minha querida, a vida é assim mesmo repleta de surpresas, jogos e trocas 😉

    Ser humano

    O ser humano não é digno de pena, pelo menos não aqueles que eu conheço. Machucar, magoar, ferir parece tão simples para algumas pessoas… Brincar com o sentimento das pessoas é ferir a alma sem perceber. Às vezes é sem consciência, às vezes é proposital… Quem inventou o amor achando que estaria fazendo o bem e ensinando algo bom, pelo contrario mostra a fragilidade do homem, o ponto fraco… Arranco hoje do meu peito isso que chamam de coração, que na verdade deveria ser apenas mais um órgão. Toda minha essência, todo sentimento que existia em mim morreu. Não existe mais nada dentro desse corpo, apenas osso, sangue e carne. Uma máquina ambulante, sem sentimentos, sem uma causa pra lutar, sem coração. Não é uma escolha fácil, mas no mundo de hoje onde não existe sentimento também não existe dor… Se hoje prefiro ser como um zumbi, é porque acredito que seja mais fácil sobreviver a esse mundo assim. Minha alma foi arrancada, ferida e dilacerada… Eu aceito que tenha que ser assim, pois nada acontece sem nosso consentimento, mas cansei de viver num mundo onde o amor já não tem mais importância, é mero detalhe… Aos que ainda acreditam, sinto muito…

  • Eu aclamo

    Eu aclamo

    Onde está meu ego?
    Perdido entre as sensações que nego?
    Ou será que realmente, o monstro sou?
    Nunca liberto-me do pavor,
    À alguém, eu conto meu temor…
    À alguém, eu faço as preces,
    Para encontrar sentimentos alegres.

    O desejo sanguinário dentro de mim, nunca morre,
    O ódio sobre todos os humanos, apenas dorme.
    Eu que venho das profundas sombras misteriosas,
    Eu que vago em pensamentos e discórdia,
    A vida de uma criatura lamentável,
    Não sabe se existe algo,
    Que a liberte de tanta insegurança, dúvida e dor.
    Abandonada foi, pelo amor.

    Ó pai,
    Ó pai, se estás tu aí em cima,
    Se és tu dono de tanto…
    Alivia meu pranto.
    Filho do filho que gerou o pecado.
    Sou eu errático.
    Sou eu o herdeiro, que possuiu a mente inundada de perguntas,
    Sou eu o vampiro que chora por teu sorriso para mim,
    Sou eu quem lhe faz os pedidos para dormir,
    Um sono ao qual eu tenha um sonho de luz.

    Eu sou o mal e o bem…
    Eu possuo as qualidades e o desdém.
    E eu clamo a ti, um pouco de compreensão,
    Um pouco de iluminação,
    Ao caminho que sou fadado a andar.

    Ó força superior,
    Ó força superior, Livre-me do horror.
    Livre-me do calor,
    O calor dos humanos, sujos, impuros e traiçoeiros,
    Seres esses que deveriam está de joelhos,
    Perante a presença de seu criador.
    Eu sei, que ainda nutres um grande amor,
    Por esses insolentes sem escrúpulos.
    O teu perdão eu imploro, por tirar a vida desses impuros.

    Enviado por Armand Anthony.