“…A caligrafia do Livro deve ser firme, clara e bela. Na fumaça do incenso é difícil ler os conjuros. E enquanto tenta ler as palavras por entre a fumaça, ele desaparecerá, e terás de escrever aquela terrível palavra: Fracasso.”
―Aleister Crowley
Quando fui acordado em 2005 depois de 50 anos hibernando nos braços de Morpheus, eu levei algum tempo para me readaptar. Todo Wampir que já hibernou alguma vez, enfrenta esta fase de uma forma muito pessoal e eu não fui diferente. Por incentivo de Joseph e Sebastian, ambos ratos de biblioteca, eu fiquei até meados de 2008, lendo sobre tudo que me aparecia. Livros, revista, internet, até bulas de remédios ou rótulos de produtos nos supermercados foram meu passatempo até que em fim montei este site em 2008.
Dizem que esta hibernação pode recuperar a sanidade de um vampiro e foi por isso que tomei tal decisão nas idas e vindas pelo Rio de Janeiro dos anos 50. Alguns chamam esse processo de realinhamento de xacras, outros de cura da alma e eu só tenho a dizer que voltei “novinho em folha” e pronto para mais 100 anos de muitas peripécias…
Mudando então de assunto, mas nem tanto, foi nesta época de muitas leituras que encontrei um livro especial nas cousas do Barão. Este material cujo nome não posso revelar e que chamarei por aqui de “Livro de bruxarias da Madame Borgia”, me despertou um interesse ímpar. Afinal, entre tudo o que o autor(a) anotou, há também muitas poções e rituais interessantíssimos.
Na verdade, o livro é apenas a ponta de um iceberg que me levou a outra grande aventura, cujo fim será digamos revelador. Pois bem, deixando o contexto histórico de lado voltemos a uma sexta-feira e que por coincidência era dia 13 de outubro de 2006. Não sei o que vocês faziam neste dia, mas eu estava em nossa casa da fazenda. Era uma noite quente, úmida e como todo final de ano no Brasil havia aquele clima Natalino onde todos só falavam disso, TV, internet, lojas decoradas, casas decoradas…
Fazia quase um ano que eu havia voltado de meu sono e mesmo assim esta sempre me foi uma época difícil, pois sempre me recordo muito de minha família mortal. Obviamente chateado e triste decidi ligar o rádio e lá vinha o senhor Eric Clapton com sua famosa Layla.. Para quem não conhece a letra da música começa assim:
“What will you do when you get lonely
and nobody´s waiting by your side?
You’ve been running and hiding much too long
You know it’s just your foolish pride”
Eu gosto desta música, gosto também do ritmo e do famosíssimo refrão: “Layla, you’ve got me on my knees… bla bla bla”, mas sabe aquele dia em você presta atenção na letra? Caso não tenhas reparado mancebo, a letra é um belo tapa na cara logo de início, onde o autor deu a entender algo do tipo: “Deixa de ser orgulhoso e faça alguma coisa seu babaca”.
Para piorar mais ainda minhas ideias não havia mais ninguém comigo naquele dia. Franz havia saído com Eleonor, Sebastian e Joseph estavam em outro cidade/mundo e nenhum dos serviçais Ghouls da fazenda me instigavam a atenção a ponto de eu puxar assunto. Tento em vista isso tudo, eu comecei a vasculhar as coisas antigas em busca de algo que me distraísse.
Quando um vampiro hiberna é como se ele fosse fazer uma mudança então imagine muitas cousas que eu possuía encaixotadas, fechadas ou entulhadas em uma grande sala de jogos, aquela sala onde você joga tudo a ponto de esquecer que possui e aos moldes dos problemáticos acumuladores.
Uma caixa com objetos variados, outra com lembranças, outras tantas com coisas inúteis tipo talheres de prata, se bem que a prata na pior das hipóteses pode ser derretida… Enfim, fucei tudo até que finalmente achei mais uma com livros. Porém, estes eram do barão e eu não deveria mexer. Sabe quando você acha algo velho dos seus pais e surge aquela curiosidade?
Manuscritos sobre biologia, química, algumas cartas… Até que finalmente encontro um pacote muito bem embalado com um tecido bege e lacrado com cera preta. Cujo carimbo não consegui identificar. Naquela de abrir ou não, eu simplesmente deixei de lado o fato de ser um vampiro, o fato de aquilo ser algo do meu mestre e toda aquelas cousas que nos falam sobre educação ou boas maneiras. Minha curiosidade sempre foi minha maior virtude e defeito, não é mesmo?
Dito e feito, logo que rompi o selo do pacote, senti algo diferente, tal qual uma espécie de calafrio inesperado, daqueles que arrepiam os cabelos da nunca de qualquer um. Embalagem para um lado e em minhas mãos um livro grande de mais ou menos umas 500 páginas e uma bela capa de couro texturizado. Não havia cadeado, mas uma simples fechadura daquelas de empurrar uma bolinha para cima e outra para baixo. Ao abrir, as páginas se estufam dobrando de tamanho e algumas cousas caem de seu interior.
Dentre as cousas que caíram havia uma pena negra, um pingente aparentemente de prata com formato de pentagrama e algum tipo de pó, que simplesmente misturou-se ao ar. Guardei tudo nos bolsos e fui para a sala, onde passei o resto da noite folheando e folhando até apagar…
Suellen? Quem é você? Não brinque comigo garota tire logo esse capuz!!!
Curioso…. dá nisso! kkk. Mais uma daquelas histórias de se aguardar ansiosamente a sequencia. 🙂
AI MEU DEUS, MORRENDO AQUI, NÃO ACREDITO QUE VOCÊ RESOLVEU MESMO MUDAR O TÍTULO! 😀
Sério, fiquei super feliz, tô com um sorrisão aqui.
( P/ Srta. Mariana e Sr. Vinicius: canto direito superior, logo abaixo da lupa, vocês já sabem o que fazer 😉 )
Ps.: Ahhhhhhhhhhhhhhhh! 😀
Agora que esta quem esta curiosa sou eu >.<
caramba fe adorei a historia rsrs poxa agr fiquei curiosa pra saber o nome real do tal livro… Bom eu sempre fui medrosa e continuo sendo um pouco,, por isso tomo mt cuidado em mexer nos grimorios ou nas coisas da minhas ancestrais alias nos nao sabemos com quem e com oq estamos lidando rsrs… Bjocas e pff conte mais logo rsrs estamos tds curiosos ^^
A curiosidade matou o gato! rs eu sei como é. também sou curiosa! rs cuidado certos livros possuem feitiços protetores meu amigo! 🙂
muito bom