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  • Fui traído! E agora? – pt4

    Fui traído! E agora? – pt4

    Assim que cheguei, Franz logo me explicou o ocorrido e o que Ferdinand precisava que fizéssemos. Todos, inclusive eu, estavam decepcionados com as últimas noticias e loucos para pôr as mãos na causa de todo o problema. Pepe com sua experiência em adquirir informações conseguiu uma lista de alguns locais em que possivelmente poderíamos encontrar a Débora.  Assim que anoiteceu, pegamos o carro e saímos para a “caçada”.

    – Becky e Franz, a gente já rodou a cidade e nenhum sinal da loira – Resmungou Pepe em certo momento afundada no banco de trás.

    – Talvez estejamos procurando de forma errada. É obvio que ela não está nos esperando com placa de “boas vindas” num desses lugares. – Eu já estava ficando sem paciência com a situação também.

    – Pode ser que tenha razão Becky,  mas o que sugerem garotas? – Questionou Franz.

    Resolvemos nos separar. Franz foi contatar mais alguns contatos e tentar falar com Ferdinand.  Eu e Pepe resolvemos ir há alguns outros lugares da lista. Paramos em uma rua próxima a um dos locais e seguimos a pé.

    Chegamos a uma boate, havia música alta e muitos humanos. Por um instante, tive receio de Pepe não conseguir controlar a vontade de morder alguém, mas ela estava sendo bem treinada, devo admitir e comportou-se direitinho. Pegamos uma bebida e começamos a circular pelo local em busca de algo, porém, agindo como se estivéssemos “curtindo” aquela festa.

    Com minha audição aguçada consegui prestar atenção em algumas conversar ao redor.  Em uma das mesas próximas a pista de dança, percebi que dois homens aparentemente bem vestidos, falavam sobre algumas informações que haviam obtido com uma garota. A descrição batia com as mesmas definições da procurada, além de mencionaram alguns negócios semelhantes aos que Ferdinand havia comentado. Segui meus instintos e lá estava nosso “alvo” inicial.

    Geralmente tenho algumas atitudes impulsivas. Mas, eu sabia que precisava ter cautela. Levando Pepe comigo, caminhamos até a tal mesa, sentamos e então falei:

    – Com licença, desculpem interromper o assunto de vocês, senhores. Mas, eu e minha amiga estávamos observando vocês dois e… Homens de negócio são tão charmosos. Será que poderíamos conversar e dividir uma bebida?

    Pobre Pepe! Acho que ficou constrangida e com receio de eu ter nos metido em encrenca. Mas, sim, eu sabia exatamente o que estava fazendo. Os dois homens, simplesmente sorriram e caíram em minha conversa feito dois idiotas. Na saída, gentilmente e “interessadamente” nos ofereceram uma carona. Foi então, que agimos. Pepe imobilizou um dos caras, ela tinha uma força incrível, e eu me livrei do outro individuo, que provavelmente nos levaria para onde não havia informações sobre a Débora.

    Quando conseguimos contato com Ferdinand demos as notícias, e a partir daí os jogos foram simples. Experientes em lidar com esse tipo de “gentinha”, que jura não abrir a boca para nada, Franz e eu que adorávamos nos divertir e Pepe que estava aprendendo a arte da “tortura”, arrancamos informações preciosas daquele pobre coitado.

    Finalmente, estava na hora de buscar “Deb”…

  • Fui traído! E agora? – pt3

    Fui traído! E agora? – pt3

    “Eu desço dessa solidão
    Espalho coisas sobre
    Um Chão de Giz
    Há meros devaneios tolos
    A me torturar
    Fotografias recortadas
    Em jornais de folhas…”

    Eu estava com muitas ideias na droga da cabeça. A vontade era de sair de moto, sem juízo ou capacete. Achá-la e meter a mão na cara daquela puta. Como pôde depois de tudo o que tivemos? Depois de tudo o que lhe dei ou ainda poderia lhe proporcionar deste mundo ou dos outros?

    – Vadia! – Gritei sozinho e desolado no quarto do hotelzinho de beira de estrada.

    – Alô, alguma notícia do wi-fi ou ele tá vindo a cavalo? – Falei para a recepcionista

    – Disseram que “resetaram” o modem senhor – respondeu a garota cheia de resceio e aparentemente medo.

    – Ok. Por favor, me retorna quando voltar! – Falei grosseiramente.

    Se há algo que me irrita é o fato de não poder fazer o que quero. Sim sou teimoso, sim odeio ficar parado e sim vou parar de reclamar e lhes contar o que ocorreu depois que o maldito acesso a internet voltou…

    – Hey pessoal, finalmente consegui me conectar no Skype para falar com vocês. E ai Franz alguma notícia daquela puta?

    – Então irmãozinho. Fomos aos lugares que indicou e nem sinal dela…

    – Puta que pariu – Interrompi-o e louco para lhe dizer que eu iria cuidar daquilo eu mesmo.

    – Calma, deixa eu falar… Não a encontramos, mas a Pepe e a Becky fizeram um refém enquanto eu investigava outro lugar. Espera que vou te mostrar a cara do infeliz…

    Naquele instante Franz levou o notebook para o outro quarto, onde havia um senhor oriental de cabelos brancos e que vestia roupa social. Além disso, ele estava visivelmente abatido, machucado e sem saber o que estava lhe acontecendo.

    – Pelo que descobrimos ele é um “laranja”. Partiram dele os contatos feitos com a aquela vagaba e vamos tentar que ele marque uma nova reunião para emboscá-la. O que tu achas?

    – Acho que ouvi falar desse puto ai é o tal (…), mas acho que é uma boa opção. Conseguiram mais alguma cousa?

    – Por hora isso e o fato de que ela ainda não terminou a espionagem. Parece que ficou devendo alguns arquivos e projetos para eles. Quando ela soube que estava sendo investigada, simplesmente picou a mula, como dizem irmãozinho.

    – Menos mal, me mantenham informado. Não quanto mais ficar me escondendo do mundo. Não achei que a droga da transformação da Pepe fosse sugar tanta energia.

    – Quanto mais velhos, mais poder desprendemos nas transformações. Tanto que a Pepe está bem forte. Fica de molho ai por mais um tempo, melhor isso do que eu ter de te salvar em algum lugar (risos).

    – Ah falou o todo poderoso… Enfim deixa-me dar um tchau para as garotas…

    Depois disso, falei por mais alguns instantes com Pepe e Becky, mas nada além dos “oi, tudo bem?” e desliguei em seguida.

    Desliguei o notebook como quem fecha um livro depois de mais um capítulo lido. Avisei na recepção que iria sair e que era para preparar meu carro. Sai sem rumo, mas com o objetivo de esticar as peras e espairecer. Naquele momento eu estava um pouco mais aliviado por ter falado com meu irmão, mas seria muito interessante se surgisse algum bêbado ou perdido querendo doar sangue.

    “Boite (…) 2 Km”

  • Como eu encontrei o Ferdinand

    Como eu encontrei o Ferdinand

    Era uma típica noite em que eu decidi sair pela cidade, queria ver algumas pessoas e ficar um pouco sozinha, afinal eu moro em um apartamento com mais dois vampiros homens e eu sendo a única “mulher”, ainda tenho minhas necessidades femininas que incluem,  ler um bom livro, ir ao shopping gastar um pouquinho, as vezes assistir algum novo filme, ir a alguma exposição ou relaxar vendo um bom stand up. E nesta noite em particular, eu decidi mudar um pouco a minha rotina “feminina” e fui até um pub bem conhecido em uma das travessas de uma famosa avenida. Eu sempre gostei muito da diversidade de pessoas, estilos, os vários tipos de culturas que se misturam a noite nessas típicas travessas da avenida, pelo menos lá eu não me sentia tão “A estranha no ninho”.

    Esse pub em particular, apesar de estar muito cheio, era um lugar agradável, lembrava-me alguns pubs de Londres, com os banquinhos de madeira, o bar era bem rústico, exibindo vários tipos de cervejas e outras várias bebidas. Sentei-me em um canto mais discreto no balcão, pedi uma taça de espumante para disfarçar e fiquei ali, sentada, apreciando o lugar e como os humanos interagem.

    Após creio que uns quarenta minutos, senti uma forte presença aproximando-se, realmente muito forte, um vampiro antigo, e para minha sorte naquela noite eu decidi que não era necessário nenhum tipo de proteção… Eu sentei de uma forma mais ereta e comecei a me preparar para sair dali e sumir o mais rápido possível, só que a minha tática foi em vão, pois o tal vampiro sentiu minha presença (creio que ele sentiu a minha presença bem antes que eu percebesse a dele) e entrou no local que eu estava, alto, imponente, forte (lindo), parecia até que ele tinha saído de algum filme da época medieval. Cabelos longos despenteados, barba por fazer e vestido de forma simples:  jeans, camiseta preta surrada, allstar velho e carregando uma jaqueta de couro e um capacete vintage.

    Confesso que dentro de mim eu não sabia o que fazer, eu não sabia se acenava a cabeça como quem diz “E ai somos do mesmo time”, se eu pegava e saia dali correndo, ou se eu dava um abraço.  Minha primeira opção foi dar no pé, mas como nem tudo sai do jeito que a gente deseja, quando eu me levantei um pouco na cadeira, ele em questão de segundos virou o rosto para mim e me penetrou com aqueles olhos azuis e pensando algo do tipo: “ Boa tentativa, mas não”. Em minha cabeça eu só conseguia pensar “ Fuck, fuck, fuck, fuck”, e sentei de volta e esperei ele vir até mim.

    – Boa noite senhorita.

    – Boa noite.

    – Minha cara, o que faz alguém como você, sozinha, sem nenhum tipo de proteção aparente e em um lugar como este?

    – Creio que hoje eu deixei a inteligência em casa e esqueci que o mundo ainda continua um lugar perigoso…

    – Ah gostei do teu sarcasmo, e não eu não vou lhe fazer mal.

    – Eu tenho o dom do sarcasmo e ironia quando estou em uma situação como essa, me desculpe.

    – Situação como esta?

    – Com medo e um pouco de receio.

    – Como te disse, fica tranquila, não sou nenhum sádico.

    – Que bom, porque desse tipo eu já tenho até doutorado. Enfim, onde está minha educação? Prazer Lilian.

    – Doutorado? Interessante… Mas ok as formalidades… Prazer em te conhecer Lilian.

    – Prazer em te conhecer também…….

    – Ferdinand.

    – Ferdinand, um nome antigo e creio que Europeu?

    – Sim… Conheces a Europa pelo visto?

    – Sim, mais do que gostaria.

    – A curiosidade é uma virtude e um defeito que tenho, conte-me mais. Estou até pensando em arrumar uma banqueta e sentar-me ao teu lado se não for incomodo, é claro.

    – Imagine, não quero desperdiçar teu tempo com minhas bobagens. Alguém como você deve ter muito mais com o que se preocupar…

    – Tempo? Querida, o que eu mais tenho é tempo! Adoraria ouvir tuas histórias.

    – Se não for problema, e se você não for me prejudicar, vai ser um prazer lhe contar.

    – Te prejudicar? Por um acaso você vai me bater ou algo do tipo?

    – Não tenho motivos aparentes…

    – Então não há nada que te impeça de começar a falar…

    – Você é bem insistente e persuasivo…

    – É um dos meus dons.

    Depois disso, comecei a contar tudo o que havia passado para Ferdinand e ele foi muito gentil ao me ouvir e entender o que havia passado. Foi um gentleman por todo o tempo que ficamos lá e confesso que me senti mais a vontade e também um pouco mais segura perto dele. Não por ser extremamente forte, mas por ter tido a paciência e por ter me aconselhado em muitas coisas, coisas pelo qual levo muito em conta hoje em dia.

     

  • Como encontrar um vampiro – pt3

    Como encontrar um vampiro – pt3

    Brincadeiras a parte, convidei Rebecca para se sentar ao meu lado e ali batemos um papo. Achei legal e inclusive comentei com ela algumas vezes sobre o fato de sermos parecidos. Inclusive quem conhece um pouco mais de signos vai conseguir imaginar a “conferência”, que se tornou o bate-papo entre dois geminianos natos.

    Depois de uma hora eu já sabia de sua história sobre seu mestre louco e ela já ficou sabendo de meu passado na Floripa, Alemanha e Rio de janeiro. Um papo tão descontraído que me fez voltar para meu “ap provisório” e fofocar com Franz. Inicialmente ele soltou que eu havia me apaixonado pela nova vampirinha, todavia fiz alguns comparativos práticos e ele percebeu meu sentimento fraterno.

    Na noite seguinte chamei-a para uma reunião mais informal junto de Franz no meu “ap provisório” e ali aconteceu algo engraçado. Estávamos no sofá assistindo algum seriado qualquer, quando Franz começou seus clássicos jogos de sedução. Obviamente havia ali sangue novo, alguém com o estilo rebelde que ele adora e era até previsível que ele fosse dar em cima dela em algum momento naquela fatídica noite.

    – Diga-me senhorita Rebecca. Tens onde ficar por aqui? Estou gostando desta cidade e como o vampiro líder é meu amigo estou pensando em ficar por aqui algum tempo. Na verdade cansei do interior e está na hora de voltar a civilização. O que achas maninho, não seria bom se eu saísse da casa do mato como tu sempre me falas? Talvez a Rebecca pudesse passar uns tempos conosco…

    Naquele momento estava acontecendo algo inusitado. Franz estava sendo aparentemente honesto com relação ao fato de querer sair da “roça” e parecia estar agindo da forma mais adequada com Rebecca. Tanto que fiz uma piadinha:

    – Rebecca coloca a mão na testa do Franz e veja se ele está com febre!

    – Se ela encostar em mim eu mordo… (risos)

    – Hey vocês dois, eu gostei da proposta do Franz. Disse Rebecca de forma séria.

    Diante tal frase paramos de rir imediatamente. Rebecca se levantou e ficou na frente de Franz. Em seguida soltou o rabo de cavalo, balançou seus longos cabelos negros e inesperadamente se sentou no colo do vampiro. Com as duas mãos ela agarrou com força a gola de sua camisa e começou a cheirar seu pescoço. Na sequencia ela ficou com as presas afloradas e deu a entender que queria morder seu pescoço. Franz também aflorou suas presas. Porém, antes que ambos pusessem meu “ap provisório” a baixo ela recuou. Deu um beijo na bochecha dele e se levantou dizendo:

    – Ok adoraria fazer parte do clã de vocês, mas pode ir tirando o teu cavalinho da chuva Franz. Conheço bem teu tipinho e fui vacinada pela Eleonor. Não vou virar tua putinha, não senhor!

    Só me restou uma cousa a ser feita naquele momento: cair na gargalhada…

  • Vampiro, flerte e mulheres

    Vampiro, flerte e mulheres

    Um dos meus maiores passatempos é o flerte. Sabe aquela troca de olhares, que proporciona caras, bocas e vontades? Pois então, costumo fazer muito isso nos lugares em que frequento. Noites atrás, por exemplo, eu estava numa livraria e entre a leitura de capas e contracapas dos exemplares que lá havia, confrontei meu olhar, juro que foi sem querer, com uma bela senhorita.

    Cabelos castanhos claros e lisos, pele branca, boca carnuda, óculos grandes estilo Ray-ban e o que me chamou atenção nela além disso tudo: um jeitinho extremamente sexy de mexer os lábios quando lia, dando pequenas mordidinhas safadas de tempos em tempos, provavelmente quando alguma cousa lhe fazia pensar por mais de alguns segundos.

    Tendo em vista aquela beldade, iniciei meu jogo e depois de alguns minutos consegui a atenção dela. Comecei pelo básico, puxei papo sobre o livro que ela lia:

    – Dizem que mulheres que leem 50 tons de cinza tem um jeito muito peculiar no amor.

    – Ah já sei vai dizer que gosto de apanhar e que sou submissa?

    – Nada a ver, dizem que são mulheres intensas e que se entregam no que fazem…

    Desta forma continuei o papo por mais um tempo e consegui inclusive leva-la para um café que havia no mezanino do lugar. Papo vai e vem e por mais alguns minutos despejei aos 4 ventos toda cultura que eu possuo. Nesses momentos adoro ser geminiano e se interessar por tudo um pouco.

    Havia se passado pelo menos uma hora entre confidências, curiosidades e besteirinhas. Descobri, naquele tempo que ela é órfã de pai, que gosta de macarronada à bolonhesa, que champanhe e bebidas com gás lhe dão cócegas no nariz e inclusive que seu signo é touro. Obviamente, para descobrir tais detalhes tive de falar um pouco de mim: nasci em Florianópolis, sou órfão de ambos os pais e não tenho nenhum parente vivo. Essa última questão foi muito conversada por nós e provavelmente o que nos aproximou.

    Todavia, o tempo passa rápido quando nos divertimos e decidi que a pouparia de minhas presas, ao menos por aquela noite.  Confessem senhoritas, vocês morrem de curiosidade, sempre acham que a esmola é demais para o santo e se sentem valorizadas quando o “cara”, não insiste nos flertes no primeiro encontro. Explicada, por aquela desgastada, mas ainda atual situação da sociedade machista, onde o homem pode tudo e a mulher, caso vá para cama no primeiro encontro, fica mal falada.

    Mesmo se a mulher for para a cama no primeiro encontro e ninguém além dela saiba disso, há a pressão pessoal na história. Será que ele vai ligar de novo? Será que é realmente o que está falando ou pode ser um vampiro? Será que vai estou gostando dele? Em fim, deixei que ela ficasse com a pulga atrás da orelha e nem mesmo carona ofereci. Trocamos Whatsapp e naquela noite nos falamos até que ela não aguentasse mais de sono. Cabe aqui um segredo para os caras que precisam de dicas para flerte: Deixe a mulher falar, isso gera mais confiança e permite que ela se entregue mais facilmente.

    Essa história rende mais algumas situações, as quais vos contarei conforme o desenrolar de minhas noites…

  • Quero me transformar em vampiro – Pt3

    Quero me transformar em vampiro – Pt3

    Depois de várias tentativas, finalmente consegui chamar Franz para uma reunião “familiar”, onde sua presença seria muito interessante para agraciar nossas aspirantes, com as famosas transformações vampirescas.  Bem na verdade eu não tinha planejado nenhum evento faraônico e teríamos na minha cabeça um bate papo na forma de workshop. Onde seria importante ensinar a elas um pouco mais sobre nossos poderes.

    Obviamente, não posso revelar aqui tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, se não qualquer um que nos lê poderia criar as famosas contra mágicas. Contudo, a noite começou bem e ao melhor estilo Mandrake. Sebastian levou ambas para jantar no centro e por volta das 22h todos estavam na sala.

    Da velha vitrola saia um belo rock ‘n roll da década de sessenta e naquele clima começamos as demonstrações de “poderes”. Inicialmente Sebastian mostrou toda sua astúcia no popular silere, cujo aprimoramento foi grande nos últimos anos. Em seguida, quando já estávamos absolutamente imersos no mais puro silêncio provocado pelo poder, ele executou um inesperado e perfeito invisibĭlis.

    Na sequência com o intuito de provar a eficácia de tais poderes, divinamente orquestrados, Sebastian pregou um belo susto em Cláudia, agarrando-a por trás e fazendo uma bela trollagem sem dó nem piedade. Deu até dó da professora, que se arrepio dos pés a cabeça.

    – Não Franz, minha calcinha não é preta, nem vermelha, nem muito menos é fio dental… E quer saber não curto loiros coroas não, vai se assanhar assim com as tuas quengas seu idiota – Resmungou Pepe indignada para todos. Obviamente, revidando o que aparentemente tinha sido uma telepatia de meu irmão.

    – hahahah Franz e suas “mulheres brabinhas”. Calma garota eu estava apenas demostrando um pouco de telepatia…

    – Eu uso calcinhas grandes tipo shorinhos e coloridas, não sou mais virgem, mas faz mais de 6 meses que não transo com ninguém…

    – Ok obrigado pela confidência senhorita brabinha. Pronto pode voltar a si.

    Franz estalou os dedos e Pepe voltou a si, demostrando naquele momento mais um dos seus poderes, a possessão mental ou Animus Possession.

    -Pow mano pega leve com elas, por favor. Olha a cara de ódio da Pepe, se continuar assim ela vai querer teu sangue depois de transformada hahaha… Mas por falar em transformação, o que vocês acham disso…

    Aproveitei que ambos riam e executei minha transformação em lobo, cousa que levou mais ou menos uns 10 segundos e surpreendeu ambas. Naquele instante Claudia foi a mais empolgada  talvez pelo fato de ser bióloga. Tanto que em seguida ela se aproximou e começou a me analisar como seu eu fosse algum animal em cima de uma bancada de estudos.

    Deixei que ela pensasse e olhasse meus atributos por alguns instantes, até que avisei Sebastian por telepatia para irmos para o lado de fora da casa. Ele repetiu o que eu disse para os demais, que acataram meu pedido e se locomoveram para fora. Claro que meu ego queria mostrar mais do que apenas uma forma simples de lobo e nos segundos posteriores demostrei a todos  o meu lado mais demoníaco: homem + lobo + vampiro + demônio = “Lobisomem Vampiro”.

    Claudia desmaiou…

  • A vampira pin-up – pt2

    A vampira pin-up – pt2

    Todos sabem das cousas que conto sobre meus irmãos e falar de si próprio é sempre algo difícil, mas para que entendam melhor como eu levo as minhas noites, deixo-lhes uma frase do grande Giacomo Casanova: “Economia em prazer, não é pra mim.”

    Baseando-me nesta ideologia estimulei a conversa entre Eleonor e o tal vampiro, pianista e galã cheio de dedos na esperança de que ele nos apresentasse a beldade pin-up. A conversa foi rápida, mas trocamos muitas dicas e detalhes interessantes, que nos proporcionaram inclusive alguns contatos Wampir relacionados à moda da cidade. Além disso, para minha felicidade ele nos convidou para uma apresentação mais íntima, aonde a maravilhosa Josephine iria se apresentar apenas para um grupo seleto de amigos.

    Na noite seguinte fizemos um pequeno tour, marcamos algumas reuniões e visitamos algumas lojas, onde inclusive tive de carregar as muitas sacolas de minha doce morena consumista. Programas de índio a parte e finalmente nos sobrou tempo para ir a apresentação com os tais amigos selecionados de Josephine.

    Se o Queens of the Stone Age fizesse um som naquela época, certamente estaria rolando Make It Wit Chu quando eu revi a sensacional gringa pin-up. Jeans colado, camisa amarrada entre s seios e lenço na cabeça. Apenas as lentes verdes de seu ray-ban aviator separavam seus lindos olhos dos meus… – Estou apaixonado – Pensei  comigo.

    O tal músico nos avistou logo na chegada e fez as devidas apresentações – Encantado – Disse eu babando e esbanjando toda a elegância europeia que me fosse possível. Porém, para minha surpresa ela ignorou o beijo que tentei lhe dar na mão e  me deu um abraço seguido por beijo carinhoso no rosto, aliás fez o mesmo com Eleonor.

    Conversamos muito rapidamente, aquele básico “Oi tudo bom fiquem a vontade, amigos do fulano são meus amigos…”, seguido por ais apresentação que me frustraram um pouco. Afinal meu ego dizia que seria mais fácil a aproximação com aquela pinup cheia de atitude. Além deles havia mais dois casais de vampiros e três humanos.

    Fizemos amizade fácil e eles adoraram o fato de que naquela época éramos empresários da moda brasileira, ainda mais cariocas. Assim como hoje o conhecimento sobre o Brasil não era tão grande, mas Carmen Miranda e o fato de o Brasil não ter participado com tanto afinco nas duas guerras rendeu boas conversas.  Vários minutos haviam se passado e antes do amanhecer fomos convidados a visitar o espaço vampiresco do lugar. Um porão muito grande, repleto de cômodos aconchegantes e onde a festa continuaria com a apresentação de Josephine numa sala grande, cheia de almofadas e iluminada por várias velas.

    Confesso que havia ficado um pouco chateado pelo fato de não ter recebido tanta atenção por parte da diva, mas a noite continuaria e aparentemente cheia de surpresas. O vampiro se acomodou com um violão e olhando fixamente para Eleonor começou a tocar algo caliente, provavelmente flamenco ou algo do gênero. Depois de alguns instantes surgia Josephine, avassaladoramente sexy num vestidinho carmim curto, que realçava ainda mais suas formas voluptuosas.

    Entre um rebolado e outro ela dançou entre nós de olhos fechados, envolta por vezes no que parecia ser um transe inconsciente e que rapidamente nos contagiou. Lembro-me de um intenso perfume de hibiscos antes dos primeiros humanos sucumbirem à dança, seguidos na sequencia por todos nós.

    Todo estase gerado pela intensidade do mantra, provavelmente misturado há algum feitiço não poderia terminar de outra forma: orgia. O sangue dos humanos, vários corpos nus entrelaçados uns aos outros numa interminável batalha pelo prazer. Bocas, saliva, mãos, gemidos longos e todos aqueles gostosos barulhos emitidos quando a pele de um se esfrega continuamente a pele do outro…

  • Vampiros falam com animais?

    Vampiros falam com animais?

    Eu ia narrar esse acontecimento, mas fiquei sem microfone, o áudio que havia feito no celular ficou uma bosta então vão ter de esperar para ouvir minhas histórias 😛

    Era mais ou menos umas 8 da noite quando eu acordei ouvindo uma voz diferente, não era parecida com a de nenhum outro vampiro ou pessoa que habitava naquele castelo. Algo meio abafado, que ressoava como um eco dentro dos meus ouvidos e dizia: “Eu não quero ir para o buraco, lá é frio e o quarto é bem melhor…”

    Olhei para os lados inclusive abri a porta do meu quarto , até que depois de um tempo eu vejo aos pés da cama um casal de ratos. Eram ratos normais desses de rua cinza e tal. Bati o pé e eles correram para a toca. Ok tudo bem eu ainda era um vampiro novo, mas loucura não é uma palavra comum para os sanguessugas da minha linhagem.

    Lavei o rosto, coloquei uma roupa e fui para o salão principal, Eleonor conversava com o Barão e os interrompi com o um saudoso: “Boa noite vampiros”. Eles me olharam e o barão perguntou: ” Boa noite jovem mancebo, ao que vejo tiveste um bom dia de sono?”

    “Tive sim apenas acordei com alguém dizendo algo, mas nada de muito importante, mas então algo importante para fazer esta noite?”
    O barão mudou seu semblante para algo meio ruim e me disse: “Sim, eu estava comentando agora com Eleonor, que precisamos levar algumas armas paras os vigilantes da fábrica de sapatos. Alguns operários começaram a roubar material e precisamos manter a ordem. Esse povo só sabe reclamar, pagamos os melhores salários da região e ainda por cima nos roubam…”

    Depois do papo eu me prontifiquei para ir. Fui até o porão, juntei algumas armas diversas, coloquei dentro de dois baús, com a ajuda do cocheiro amarramos tudo certinho na carruagem e fomos para a fábrica. Enquanto saíamos eu ouço de novo aquela voz, agora um pouco mais aguda e que dizia: “Eles sempre ligam as luzes nas horas mais inoportunas, parece que gostam de nos perturbar…” Olhei para o cocheiro e falei:” Tu disse algo Scot?” “não não senhor” e aquilo me deixou encucado, de onde vinha essa maldita voz.

    O caminho até a fabrica era descendo a montanha e continuava por entre uma estrada em meio à floresta. Um caminho tranquilo movimentado e que mais tarde se tornou uma grande avenida da cidade. Depois de quase duas horas em meio aos sacolejos da carruagem nos chegamos à bendita fabrica, fomos para a parte administrativa, entregamos os baús para o responsável e eu resolvi dar uma volta pelo lugar. Aquela coisa, mostrar que o dono está presente no negócio sempre deixa os medrosos com mais medo e os entusiasmados mais trabalhadores.

    O ambiente de fabrica não é algo bonito de se ver, ainda mais nas condições que eram em 1800 e alguma coisa. Muita sujeira, restos de comidas, crianças, mulheres, homens, todos sujos e feios… Ainda bem que as pessoas de hoje tomam mais banho.^^

    Já no depósito parei para pegar alguns sapatos novos e em meio às provas a bendita voz surge do nada: “Oba encontrei uma maçã, já posso alimentar os filhotes” Epa era isso mesmo que eu tinha ouvido? Pior que era, olhei em volta, apenas uma mulher empilhava umas caixas no canto e não tinha cara de que possuía aquela voz. Procurei em meio às caixas e perto de um buraco eu vejo um rato com uma maçã podre na boca. Tá bom agora sim eu tinha ficado louco, estava ouvindo um rato… Como sou curioso me aproximei dele e disse baixinho, é você que precisa alimentar seus filhotes? Por alguns instantes eu não ouço nada, até que uma hora a vozinha diz “cuidado tem um cara aqui perto da toca” Então eu digo: “calma, eu não vou fazer mal para vocês” e penso comigo “será que essa droga de rato ta me ouvindo”. Quando eu menos espero sou interrompido pela voz que fala “Hei droga de rato não, olha como fala” Fui obrigado a rir, eu tinha descoberto mais um dom…

  • Uma noite tranquila…

    Nada como acordar e ter uma bela noite pela frente.

    Peço desculpas por ontem, tem vezes que a besta assume, por isso que é complicado ficar sem sangue, meu estoque tinha acabado, e a Lúcia ali dando sopa limpando meu quarto, já viu… Mas ela ta bem, virou minha carniçal, isso já é um bom pagamento pelos seus serviços prestados.

    Hoje quero falar um pouco sobre trabalho. Tente visualizar o diálogo:

    “- Oi bom dia o senhor Fulano por gentileza.

    – Ele não se encontra só depois das 20h, quer deixar recado?

    – Depois das 20h? Mas isso é fora do horário comercial!

    – Sim, o Fulano só trabalha a noite ele é fotógrafo noturno.

    – Nossa que estranho ele se acha um vampiro por acaso?

    – Não senhor, ele é um vampiro de verdade mesmo…

    – Ahhh hauehuaehuah que figura você, eu ligo mais tarde então e cuidado com o pescoço heim ahuehauehau”

    Cada história que minha secretária me passa, ainda bem que da pra disfarçar se não eu teria de fazer como muitos cainitas por ai e sair roubando, ou tendo negócios obscuros com testas de ferro. Na verdade, me da vontade as vezes de fazer algo mais fácil, mas sei la gosto tanto da vida de fotógrafo que é dificil deixar de lado.

    Quem sabe um dia eu monte um cassino com uma igreja universal nos fundos, afinal hoje ta normal ver cassino por tudo que é lado e uma igrejinha dessas, cá entre nós da uma granaaa e se for um culto escondido então… nem vou falar demais pra não dár idéias para os outros hehehe.

    Fui… bora trabalhar!!!