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Uma entrevista descabida – pt2

  • Post date 27/10/2014
  • Post author Por Ferdinand W. di Vittore
  • Post categories Em Fan Art

Andressa, uma jovem mulher beirando os seus 30 anos de idade, se encontrava em um dos dias mais estressantes de sua vida. Nunca que, em seus oito anos de carreira, a jovem repórter teve de servir como mediadora em uma situação tão propícia a dar errado como a que ela se encontrava, ali sentada ao lado do colega Daniel.

Quando o programa terminasse, Andressa iria diretamente ao diretor do Jornal expressar o seu descontentamento com a entrevista, afinal, o que o diretor Carlos Lacerda tinha na cabeça para colocar um vampiro no mesmo espaço que o doutor Arruda? Será que Carlos não conhecia a estória de vida do sociólogo, a ponto de lhe enviar um convite tão afrontoso como aquele?

Pois era o mesmo homem, o mesmo doutor ali sentado que havia perdido a sua família para um  imortal como o Senhor Thomas Lloyd, a 10 anos atrás. Na época, não existia sanção alguma a respeito de humanos e sobrenaturais em termos legais de igualdade. A bem dizer, essa história de que “vampiros são mais do que ficção” nem era levada a sério, tanto que Arruda foi internado em uma “casa de repouso”, após o assassinato. Para o sociólogo, foram 6 longos meses vivendo em um inferno, o quarto fechado, os remédios mal administrados que quase o levaram ao loucura, o maldito assassino fazendo-lhe visitas semanais, a fim de  aumentar-lhe a dor…

Muitos dos que estavam a assistir o programa não conhecem essa parte na vida do famoso Sociólogo Marcos Arruda. Pelo contrário, pensam que o mesmo só está ali como um adversário a altura de Thomas Lloyd, o único capaz de fornecer perguntas interessantes o bastante para que o vampiro se dê ao trabalho de respondê-las. Para Andressa, porém, a entrevista era mais do que isso, uma oportunidade de promoção, (se der tudo certo, meu Deus, eu juro, não adiarei mais aquela Romaria…) tão desejada pela jovem nos últimos 3 anos. Se tudo der certo…

-Bem, de acordo com as regras deste respeitabilíssimo jornal, o próximo a realizar uma pergunta é o senhor Thomas Lloyd. -Daniel sorriu amavelmente para ambos os convidados, dirigindo um olhar mais demorado para o sociólogo, cujos olhos teimavam em não se desviar do vampiro, que voltara a se sentar de lado.

-Muito obrigado, Daniel. Senhor Arruda, nos últimos anos, o senhor veio publicando várias matérias a respeito do que deve ser considerado sobrenatural. Em uma delas, intitulada “os inimigos da vida´´ o senhor demonstrou claramente o seu desprezo e ódio por todos os vampiros existentes neste País, bem como a outros seres considerados sobrenaturais . Como representante não só dos vampiros, mas de todos os grupos minoritários que foram agraciados com a sanção aqui em pauta, eu lhe pergunto: O que nós fizemos para o senhor? Porque tanto ódio, vindo de um homem cuja profissão é a de estudar e compreender a interação entre diferentes grupos e instituições, sempre lhes respeitando os costumes, a forma de viver?- A expressão de Thomas se tornara sombria,  nem um leve traço do antigo sorriso brincalhão no rosto.

Marcos Arruda começa a rir, tenta parar, segurar o riso, não consegue, volta a fazê-lo. Andressa prende a respiração, olha para Daniel em pânico, tentando lhe passar pelos olhos o mudo pedido de ajuda. Interrompa a entrevista, Daniel, antes que o sociólogo diga alguma coisa, não lhe dê a chance de descontar todo o ódio no vampiro ali presente…

-Meu caro, – começa Arruda, os olhos a brilhar de forma senil, os lábios contorcidos em escárnio. -Tu me perguntas: qual o motivo para tamanho desrespeito, tamanho ódio? Oras, não temos todos nós o direito de odiar aquilo que nos destrói? Quando alguém, ou algo, que mesmo sem conhecê-lo, vem e tira tudo o que você tem de mais importante, tal ato não lhe dá o direito de fazer o que bem entender com o sentimento de perda? Não te dá o direito de odiar? Pois eu acredito que sim, e não duvido que mais da metade dos que estão a nos assistir pensaria da mesma forma, se passasse pelo o que eu passei.

-Então os boatos são verdade?-Pergunta-lhe Thomas, pouco se importando com as regras da entrevista. Não viera ali por formalidades, pouco lhe importando se a sanção fosse cancelada ao mais tardar. -Que o senhor, aos 39 anos, perdeu ambas mãe e filha para um assassino? Se for, isso ainda não lhe dá o direito de odiar um grupo inteiro por causa de uma ovelha negra! Como sociólogo, o senhor deveria se-Thomas foi interrompido por Andressa, que lhe estendeu a mão na frente do rosto, os olhos verdes a lhe censurar a conduta. -Senhor Arruda, peço-lhe que não leve em conta o último comentário que lhe foi dirigido pelo senhor Thomas Lloyd. O mesmo não deverá ser considerado pelos nossos telespectadores, visto que tal foi feito fora das regras anteriormente comunicadas a ambos os convidados.

Arruda, porém, não querendo deixar a oportunidade passar, respondeu mesmo assim:

-Sociólogo ou não, meu ramo de trabalho não tem nada a ver com a dor que qualquer pessoa sente ao ter sua família amada brutalmente assassinada por um monstro! E devo lhe comunicar, senhor Thomas Lloyd, que querendo o senhor ou não, é exatamente isso que a sua existência, sua e de todos os outros vampiros existentes nesse planeta, representa para mim. Os vampiros são, essencialmente, uma negação a vida, a existência. Demônios a andar pela Terra, destruindo tudo e qualquer coisa que vem a lhes contrariar a senil consciência!

Silêncio no set. Arruda, em pé, tendo levantado em alguma hora durante seu inflamado discurso, tenta retomar o fôlego, enquanto se prepara para a resposta de Thomas, que irritado, se encontra com os olhos num tom vermelho vivo, as presas a mostra. Andressa se põe no meio dos dois, amaldiçoando mentalmente Daniel, que está sentado, em choque, sem saber o que fazer.

-E com isso, senhoras e senhores, termina a nossa entrevista! Os interessados a debater sobre o assunto em pauta, favor se dirigir ao nosso site, agora com debate aberto. Desejo uma boa noite a todos!-Andressa encerra o programa de forma apressada, e o cameraman desliga a câmera, o canal agora a mostrar os comerciais.

-Devo lhes avisar que, devido a sanção, seres humanos e vampiros estão agora em pé de igualdade. Se um dos dois partir para qualquer tipo de agressão física, serei obrigada a chamar a polícia. Acrescento também que se algum dos dois vier a óbito, o outro será devidamente processado por homicídio. – Comunica-lhes a jovem, os olhos passando de um convidado para o outro. – Estou sendo clara?!

-E eu, minha cara – Responde -lhe Thomas, os olhos fixos em Arruda, as presas ainda a mostra. -vou lhe dizer, apenas uma vez: com sanção, sem sanção, este homem na minha frente é um homem morto! Não vim aqui para conversar, muito menos para discutir em entrevista alguma. Tampouco eu vim aqui tomar partido a favor da sanção, coisa mais ridícula nunca vi em meus longos anos de vida. Desde o início, o meu alvo era ele.

-Sou obrigado a comentar que essa talvez seja a primeira e última vez que eu vou concordar com um morto-vivo. Andressa, agradeço o carinho e a consideração que você tentou administrar nessa entrevista. É uma pena que a mesma vai terminar em um banho de sangue.  Quanto a você, Senhor Thomas – Arruda pronuncia o nome de forma venenosa, os olhos azuis fixos no vampiro enquanto retira do casaco uma pistola semiautomática. Andressa sente um peso estranho a lhe agarrar as pernas, Daniel a soluçar descontroladamente nas pernas da moça.- Aproveite agora para comunicar aos aqui presentes as suas últimas palavras, porque eu vou te mandar para o inferno!

Thomas olha surpreso para o sociólogo. Endireita-se, respira fundo, os olhos vermelhos voltando ao tom mel. Senta-se na poltrona, gesticula com a mão, demonstrando descaso:

-Só pode ser brincadeira. Vais me matar com o quê? Com esse brinquedo, essa arma inútil que está agora em sua mão? Não sei se lhe contaram, mas balas não são a melhor forma de aniquilar um vampiro. Uma estaca talvez, um pouco de fogo. Ambas inúteis, o senhor não conseguiria chegar perto de mim antes de eu lhe matar.

Marcos Arruda sorri, enquanto carrega a arma, colocando uma bala de cada vez. Andressa se pergunta se alguém já chamou a polícia, e se a polícia vai ajudar em alguma coisa. Se recorda das palavras do diretor, estúpido para algumas coisas, sábio para outras: Se der merda, trate de concertar, eu não quero nem saber como, apenas de um jeito.

– Nós não podemos ter um pouco de calma? Senhor Arruda, o senhor aceita um café, um chá? Para o senhor Thomas, presumo que lhe seria agradável tomar uma taça de sangue, amenizar o clima, não concorda Daniel?- Andressa tenta se desvencilhar do patético colega agarrado em suas pernas, em vão.

Thomas desvia seu olhar de Arruda, e passa a admirar a jovem jornalista. Mulher bonita, mesmo que fisicamente mais velha que o vampiro. Uma pena que vai acabar morta, assim como o resto das pessoas presentes no set. Ordens de seu mestre, infelizmente.

Marcos Arruda termina de carregar a arma, mira a mesma na própria têmpora…

Escrito por The March Hare

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  • Tags conversa, entrevista, mundo paralelo, papo, realidade alternativa, sociólogo, vampiro

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10 Comentários

Ana Julia Petrova falou:
27/10/2014 em 13:30

Nossa… Gostei muito dessa parte!!

TheMarchHare falou:
27/10/2014 em 19:55

Que Bom que gostou, Ana Julia. 🙂 O que achas que vai acontecer?

Ana Julia Petrova falou:
04/11/2014 em 14:10

Eu achava que o Thomas ai simplesmente morder o Dr. Arruda e fazer com que ele sofresse a eternidade sendo uma coisa que ele odeia!! Agora que já saiu a parte 3, vejo que eu estava errada! Porém, minha imaginação não tem fim!!

Ferdinand W. di Vittore falou:
04/11/2014 em 17:30

Estive em diversos locais onde não havia internet e essa última parte foi escrita pela Becky há umas três noites, mas só tive tempo de revisar hoje. Ainda essa semana vocês saberão o que fizemos com aquela pu… Traíra.

Por autor
(w) Rebecca W. Erner falou:
04/11/2014 em 18:25

A história do Fui Traído, e agora ?- Parte 3… Você quis dizer né Fê!! Tenho certeza que todos estão ansiosos para saber o que aconteceu com Débora… Beijos.

Ferdinand W. di Vittore falou:
04/11/2014 em 18:29

Isso, obrigado!!! Comentei pelo painel do site no lugar errado… Cabeça na lua hoje…

Por autor
(w) Rebecca W. Erner falou:
05/11/2014 em 12:23

Huahauhua…Escrevia a PARTE 4 Na verdade. Acho que nossos muitos anos de vida não estão ajudando nosso raciocínio ultimamente :X (Brincadeira)

va.minsami falou:
28/10/2014 em 13:51

Muito bom!!! A narrativa prende minha atenção o tempo todo e com o suspense melhor ainda… Parabéns!! Pode escrever mais que leio com o maior prazer! 🙂

joseph freire ferdinando falou:
28/10/2014 em 15:05

Também 😛

Ana falou:
29/10/2014 em 17:31

Igual. ^-^

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  • Post date 02/08/2013
  • Post author Por Ferdinand W. di Vittore
  • Post categories Em Fan Art

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  • Post date 30/10/2014
  • Post author Por Ferdinand W. di Vittore
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  • Post date 24/11/2014
  • Post author Por Ferdinand W. di Vittore
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