Tag: vampiro

  • A transformação de Sebastian

    A transformação de Sebastian

    Tempos atrás, vocês me pediram para detalhar melhor como havia sido a transformação de Sebastian. Tivemos inclusive um post por aqui e dedicado a tal momento. Todavia, eu sempre dizia que isso estaria de forma completa em meu livro Ilha da Magia. Eu sei que demorei um pouco para publicar o livro, bem na verdade a culpa foi de uma editora, que me enrolou, mas antes tarde do que nunca… Está no ar um dos momentos mais especiais de minha estadia na Berlin do sec. XIX.

    Sem mais delongas segue o link para a publicação no Wattpad

    Abaixo o início deste, que é o 21º capítulo publicado do meu livro Ilha da Magia:

    “Foi nestas primeiras noites seguidas à viagem de Georg que eu precisei fazer algumas reuniões com nossos Ghouls, principalmente com aqueles que controlavam os negócios do clã e apesar de ser um jovem iniciante no mundo dos negócios vampirescos, felizmente todos me respeitaram. Foram momentos em que meu sangue sempre falou mais alto e ser cria direto de Georg, possibilitava fazer até mais do que eu queria.

    Em função de tantos afazeres a semana passou muito rápido e quando ví já estávamos no sábado. Quando aproveitei a noite para descansar um pouco, folhear alguns livros e pedir ajuda a Joseph com os preparativos para a transformação de Sebastian. Não havia nenhum “ingrediente” muito difícil de encontrar e juntamos tudo que precisava no próprio quarto de Sebastian para facilitar seu descanso após transformação. Assim que aprontamos tudo Joseph foi dormir e eu fiquei por mais um tempo acordado e pensativo. Acabei dormindo ao longo do dia em uma poltrona qualquer do castelo.

    Acordei no domingo à noite e depois de um dia de sono muito conturbado. Haja vista que a ala destruída do castelo estava de reforma e imagino que vocês saibam o tamanho do barulho, que pedreiros podem produzir. Isto era algo que estávamos protelando há tempos, mas Eleonor havia decidido que o castelo deveria estar perfeito para o casamento e também seria uma surpresa para Georg. Como ela era mais velha, estava empolgada com a festa e queria agradar nosso ancião, eu apenas apoiei e liberei o dinheiro…”

    Leia o capítulo completo no wattpad: http://w.tt/26eLp5X

  • 18+ Contos do vampiro e pirata Hector

    18+ Contos do vampiro e pirata Hector

    Foram muitos os pedidos e hoje nós iniciamos um novo livro de contos eróticos lá no Wattpad. Confesso, que relutei um pouco nas primeiras vezes em que nos pediram este tipo de material, afinal sou um cara/vampiro mais romancista. Todavia, há sempre aqueles que são mais intensos e procuram materiais mais “pesados”.

    O Hector, pirata vampiro e aliado de meu clã, já apareceu muitas vezes por aqui. É meu parceiro no projeto “escolhidos”, onde praticamos justiça pelas próprias mãos e dispensa maiores detalhes. Sobretudo, acho importante destacar o seu jeito determinado, acalorado e desprovido de filtros.

    Então se os vampiros te deixam excitada e tu tiveres um pouco de estômago forte para alguns detalhes sórdidos. Eu Ferdinand recomendo veemente que leia os contos eróticos do vampiro Hector, o Vampiro SAFADO.

    capa-pirata-safado

    Segue um trecho do primeiro conto: Cinco chibatadas 

    “20 minutos depois eu cheguei pelo lugar estava bem vestido e foi fácil entrar com meu amigo pela portaria do lugar. Subi alguns lances de escada e la estava a vereadora atrás de uma mesa fazendo pose. Obviamente ela tinha se arrumado e retocado a maquiagem, mas eu só consegui prestar atenção em sua camisa branca, que deixava parte dos seus fartos peitos siliconados a mostra…”

     

     

  • Livro, wattpad e a volta dos VampiroCast

    Livro, wattpad e a volta dos VampiroCast

    Hey minhas queridas leitoras, fazia muito tempo que eu não gravava um VampiroCast e confesso que estava com saudades deste tipo de produção. Como alguns sabem tenho diversos passatempos como fotografia, mecânica de motos, armas, escrita e além destes, também gosto muito de música.

    Certos amigos me dizem que tenho um gosto muito peculiar para os sons do mundo, que sou “diferentão”, um “hipster das sonoridades modernas”… mas convenhamos, a internet facilitou muito o acesso a esse tipo de material. Antigamente não havia esse conceito de bandas, havia apenas alguns poucos que dominavam tais técnicas e se apresentavam nos grandes concertos ou eventos exclusivos. No qual apenas alguns poucos e abonados tinham acesso.

    Ainda falando do meu gosto musical e respondendo há alguns que me perguntaram, eu prefiro os sons mais clássicos e pesados. Não curto sons populares, então tu nunca vai me ver numa roda de pagode, a menos é claro que esteja naquele tradicional “papo de buteco com os parça”. No qual aliás tenho frequentado com menor frequência. Sobre os tais sons clássicos que ouço eu não falo de Mozart e afins, mas todas as variações possíveis do Rock. Elvis, Ozzy, Beatles, Lordi, Helloween…

    Por falar em Lordi, usei duas faixas do último álbum deles (Amen’s Lament to Ra II e Arm Your Doors and Cross Check), como pano de fundo deste VampiroCast. E no início tentei cantar a primeira frase da música The Sound of Silence do Simon & Garfunkel. Já no decorrer do VampiroCast falei um pouco mais do meu momento atual de existência, onde também agradeci vocês pelas leituras e comentários com relação ao meu livro Ilha da Magia, lá no Wattpad.

  • Capítulo Amor vampiro – 1 de 4

    Capítulo Amor vampiro – 1 de 4

    Hey babe, acabei de publicar a primeira parte do capítulo Amor Vampiro lá no meu livro no Wattpad. Foi um momento muito importante da minha não vida. No qual conheci minha amada Suellen, mas não vou contar mais do que isso por aqui.

    Outra novidade deste capítulo é que farei atualizações semanais, ou seja, semana que vem já vai sair a parte 2. Então corre lá, da uma lida e depois me diz o que achou?

    Segue o link direto para este capítulo: https://www.wattpad.com/215221226-ilha-da-magia-amor-vampiro-1-de-4

    Se quiser você também pode acessar a página do livro aqui no site e saber todos os detalhes desta produção original, aqui do site: https://www.vampir.com.br/ilha-da-magia/

  • Segundo capitulo Ilha da Magia

    Segundo capitulo Ilha da Magia

    Hey people, acabei de publicar na página do livro o segundo capítulo do meu livro. Como este capítulo ficou um pouco menor que o anterior eu resolvi liberar ainda este mês. Muitos estão me pedindo para soltar mais capítulos por mês mas isso está em discussão, pois além de revisar duas ou três vezes antes de publicar, em muitos eu ainda estou trabalhando.

    Sobre o que aconteceu neste capítulo eu não vou fazer spoiler, mas garanto que ele conta uma parte muito importante da existência de qualquer vampiro. Divirtam-se!

  • Noite dos namorados

    Noite dos namorados

    Estamos com uma promo no Twitter. Use a sua imaginação e nos envie qualquer coisa que tiver na cabeça: imagem, vídeo, foto… Marque meu user @fe_wampir e torça!!!

    Quem tiver o tweet com mais “estrelinhas” vai receber uma ligação do Franz pelo Hangout.

    Digamos que o vampirão anda meio sozinho e quer ao menos uma “companhia virtual”, na noite dos namorados 😉

  • Ritual para transformação em vampiro, pela internet

    Ritual para transformação em vampiro, pela internet

    Olá minhas queridas e meus queridos leitores. Ontem a noite eu resolvi gravar algumas risadas, digo comentários sobre os rituais de transformação em vampiro, encontrados nesta grande e populosa internet.

    Se você procura esse tipo de ritual, garanto que não vai encontrar por aqui…

    Caso tenha encontrado algo do tipo e queira compartilhar comigo e com os demais leitores s do site, publique nos comentários abaixo e até o próximo VampiroCast!

  • As desilusões de um vampiro – Parte 3

    As desilusões de um vampiro – Parte 3

    Depois de ler meu diário traduzido, percebi que deveria repassar os acontecimentos finais para todos vocês. Como devem saber, tenho por nome Trevor, sou mestre de Lilian e aqui vou deixar a continuação do que leram e com as minhas próprias palavras.

    Nevou naquela manhã. Lembro-me de estar deitado, enquanto ouvia os corvos baterem nas janelas.

    Lilian lavava-se em uma banheira de mármore, localizada próxima à cama, dando pancadinhas suaves nas bordas, enquanto mergulhava as mãos claras e finas, dando leves piparotes com os dedos, fazendo com que minúsculas ondulações roçassem a superfície da água, logo depois elevando a voz para que uma das Ghouls fosse chamada.

    Atendendo ao chamado, Clarie foi ao encontro de Lilian, ela a chamou carinhosamente “Venha aqui querida”.  A Ghoul ajudou Lilian trocar-se, e eu assobiava chamando o nosso querido “Thor”. Debaixo de uma das cômodas saiu o pequeno cachorrinho latindo.  Ele claro foi abanando o rabo para sua bela dona, antes de tentar pular para dentro da banheira e tomar a água, “ No Thor!”, Lilian o pegava no colo deixando a mostra os belos seios e o longo cabelo molhado descendo  pelas costas, “ Se ainda fosse humana diria para colocar uma blusa”, “Medo que eu fique resfriada? Acho impossível isso acontecer meu caro vampiro”, aquelas palavras vinham através de um belo sorriso e  gesto para que Claire nos deixasse a sós.

    Logo ela se aproximou e tateou minha testa me dando em seguida um beijo, “Deveria ser menos preocupado!”,”Creio que ainda tenho medo que ele volte e lhe machuque”, “ Acho muito difícil, afinal não tens me treinado por esses anos para a nossa vingança?”, “ Claro Lily, claro!”.

    Sinceramente, toda vez que ficava ao lado dela sentia que de alguma forma a presença de Genevive me rondava, mas creio que era apenas fruto da minha imaginação ou da excitação de estar com alguém querido novamente, “T precisamos ir, lembra que hoje finalmente iria me mostrar o teu poder?”, “Está muito curiosa minha cara?“ Claro que estou, dez anos aqui dentro e todos falam a respeito e eu nunca tiver o prazer de presenciar”, “O prazer? Creio que não pensará assim, depois que acontecer”.

    Caminhamos então até um lugar peculiar nos fundos da fortaleza, lugar este em que guardamos alguns bons inimigos como “ bonecos de treino”, e não se desesperem meus queridos, nenhum humano é guardado por lá. Sendo assim, pedi que trouxessem um vampiro, um jovem ignorante vampiro que em sua “sabedoria” tentou enganar um dos mestres, “ Galian, traga o  Zac, preciso dele”, ao fundo conseguíamos ouvir os gritos do pobre vampiro, eram gritos de desespero, pois, no fundo ele sabia que o fim estava próximo.

    Trouxeram o atormentado e agora fraco vampiro, ele com a cabeça baixa, sussurrou algo “ Vou morrer?”, “Você merece viver?”, “ Não caro senhor, mas mereço a chance de tentar”, “ Claro, claro meu caro. Vais tentar hoje!”, “ Contra quem meu senhor?”, “ Eu!”. O desespero tomou conta daquele vampiro, ele tentou sair das amarras, mas em vão, “ Tragam ele até o pátio”, dadas as ordens segui junto de Lilian até o local da “batalha”, “Vais lutar T?”, “ É o que parece”, “ Contra um vampiro jovem e aparentemente com os pés amarrados a morte?”,” Sim…”, Por que?”, “ Por que? A vida já não é justa meu amor, que dirá a ‘não vida’!”.

    Lá estava Zac, trajado com sua roupa de batalha uma última vez. Mal sabia ele que eu não precisaria usar a minha espada, apenas o poder da mente e das mãos me trariam a vitória. E então podendo assim mostrar meu real poder, a minha então pupila e atual companheira.

    A neve continuava a cair do lado de fora e os corvos continuavam a rondar a muralha, indicando que a morte estava presente e levaria a alma de alguém para o inferno ou aonde quer que a escuridão prospere. Zac estava pronto, sabia que eu não usaria nenhuma arma, daria chance ao rapaz, uma chance ridícula, mas mesmo assim continuava sendo uma chance.

    Deixei que ele fizesse o primeiro movimento, errou, segundo movimento, quase acertou, terceiro movimento, errou, errou, errou. Quase não precisei  sair do lugar, esperei que ele tentasse mais algumas vezes, até perceber que ele agora estava com o espírito abalado e aterrorizado, dando oportunidade para lhe capturar e um único movimento, deixei que ele tentasse escapar, mas não, ele não conseguia, estava paralisado, o medo o possuiu, “ Zac, tens algo a dizer?”, “ Eu não queria ter me transformado nisto! Nunca pedi por isto!”, “ Então caro vampiro, todos nós temos o mesmo anseio. Vou lhe proporcionar a alegria de deixar esta casca!”.

    O ergui pelos braços, olhei uma última vez nos olhos daquele ser e comecei a me alimentar de toda energia que ele emanava. Senti meu corpo tomar para si a então energia daquele vampiro. Senti que meus olhos queimavam, minha cabeça rodava em loucura, revi cenas da vida humana dele, senti pena, senti as alegrias dele, a raiva dele, a decepção, finalmente o medo e logo o fim. Senti a explosão de energia espalhar por meu corpo,saté sair do meu delírio e voltar ao normal. Assim que terminei, joguei então o corpo vazio e desfigurado de Zac no chão, eu o havia livrado da prisão eterna.

    “ Você tomou para si toda a energia daquele ser?”, “ Agora sabes meu real poder Lili. Eu posso além de tomar o sangue, possuir a energia  de outro ser, e não precisa necessariamente ser apenas humano”, “Apenas você consegue essa peripécia?”, “ Não! Dani, Michael, Cage, entre outros poucos aqui conseguem”.

    Consegui ver que Lilian possuía mil e uma dúvidas e teria que responder todas, afinal uma das qualidades que ela possui é a vontade de aprender e eu obviamente responderia tudo que ela quisesse saber com todo prazer, adorava ver aqueles olhos curiosos me rondando cheios de perguntas. Mal sabe ela que, a curiosidade que possui é um dos mais deliciosos afrodisíacos para mim. Mas creio que isto fique para outro dia. Afinal na noite seguinte estaríamos indo para o lugar em que seria posta a prova de muitas peculiaridades.

  • Girls night out – Final

    Girls night out – Final

    “Sete botas pisaram no telhado
    Sete léguas comeram-se assim
    Sete quedas de lava e de marfim
    Sete copos de sangue derramado
    Sete facas de fio amolado
    Sete olhos atentos encerrei
    Sete vezes eu me ajoelhei
    Na presença de um ser iluminado
    Como um cego fiquei tão ofuscado
    Ante o brilho dos olhos que olhei”

    Encontrei-me com Hadrian e Trevor, mestre de Lilian, em uma cidade estratégica e próxima de onde nossas vampiras estavam. Sujeito diferente, de traquejo eloquente e de certa forma disciplinado. Pelo que soube é um pouco mais velho que eu e suas habilidades vampirescas são muito peculiares. Seguindo a linha de possessão da alma e de todas as energias disponíveis no mundo, no qual ele e a maioria dos orientais chamam simplesmente de “Ki”.

    – Então és tu que anda arrastando as asas para cima da minha pequena menina.

    – Hahaha relaxa, minha relação com tua filha é puramente fraternal.  Afinal ela é praticamente uma das amiguinhas da minha pequena menina também.

    – Aham sei… E tu ai com essa cara de mau, tá com fome ou vai me morder?

    Hadrian não falou nada ou sequer se moveu para cumprimentar o mestre de Lilian. Visto o ocorrido, resolvi quebrar o gelo e comentei.

    – Ele tá puto com uma humana ai. Relaxa que isso passa durante a nossa missão. Por falar nisso elas mandaram mais algum sinal? Honestamente achei que elas dariam conta do tal “maguinho”.

    – Relaxa meu amigo que mulher é igual biscoito, tu come uma, mas ainda tens mais umas 20 no pacote… Pois agora, eu confio nas habilidades da Lilian, eu a treinei pessoalmente, mas acho que elas fuderam com algum detalhe crucial do plano. É bem provável que nem tenham feito um plano direito e pensando bem, cabe a nós dar um fim adequado para isso.

    – Mulheres são complicadas, mas tuas palavras me fazem muito sentido caro samurai. Respondeu então Hadrian.

    – Eu sei…  Já tive uma cota de complicações, mas eu adoro uma bela complicação. Hahaha

    Diante tal apresentação informal e um tanto incomum, revisamos os planos e partimos para os lugares onde elas poderiam estar. Não foi difícil achar o primeiro lugar em que elas foram aprisionadas e ao tocar nos corpos dos seguranças Trevor descobriu para onde elas haviam sido levadas. Não me perguntem como ele descobriu isso…

    Partimos então para o segundo lugar e lá estavam Becky e Pepe presas dentro daquela armadilha das trevas. Imediatamente Hadrian falou que conteria a magia e Trevor correu para tirá-las do raio de ação do feitiço. Eu por outro lado fiz o que comecei a tomar gosto nos últimos tempos: entreguei-me ao meu demônio.

    A transformação tem me ocorrido cada vez mais rápido e a media que eu corria eu percebia os músculos crescendo, junto dos pelos e demais feições animalescas. Mirei a porta e entrei com tudo, quebrando moveis e rasgando a carne de quem aparecesse a minha frente. Espalhando sangue e vísceras por todos os lados. Parei apenas quando o tal mago criou uma luz mágica e que me cegou instantaneamente.

    Momento no qual meus aliados também chegavam ao palco da carnificina. Lilian ainda estava amarrada a uma cadeira e aparentemente xingava todos que estavam ali antes que eu entrasse.  Porém  assim que entrei ela caiu e teve de esperar alguém que lhe libertasse. Hadrian foi o primeiro a agir e foi rápido. Utilizou seu poder de levitação e estourou a cabeça da maldita bruxa contra o teto do lugar.

    Eu ainda estava na forma bestial e recuperando a visão para atacar aquele filho de uma puta,  quando Trevor rapidamente assumiu minha frente falando e batendo palmas doentiamente:

    – Parabéns seu babaca. Finalmente nos encontramos, então quer dizer que tu queria fuder com a minha filha? Você pensou realmente que sairia bem dessa? Vem cá meu querido filho de uma vaca que hoje é você que vai levar uma bela enrabada, seu maguinho de merda. Ninguém mexe com a minha pequena! Seu puto!

    Confesso que naquela situação eu queria apenas ver uma última cabeça rolando, mas comecei a rir doentiamente ao mesmo tempo em que minha transformação era  desfeita e Trevor cuidava do “big boss”. O tal mago tentou resistir, mas o vampiro parecia imune aos seus feitiços, inclusive os mentais. Tanto que ele se aproximou rapidamente do infeliz, segurou com força os seus braços e o encarou em silêncio por alguns instantes.

    – Sabe, hoje eu acordei com muita fome… E acho que acabei de achar minha refeição…

    Em seguida o corpo do mago começou a tremer e alguns poucos como eu, Hadrian e talvez Becky conseguimos ver a energia dele se esvaindo em direção a boca de Trevor. Pouco tempo depois o corpo do infeliz parceria uma múmia antiga e havíamos presenciado uma nova forma de alimentação.

    Em seguida e Becky soltou Lilian, que estava completamente transtornada. Tanto que ela não disse nada e imediatamente se dirigiu ao corpo mumificado do infeliz. Sem piedade alguma ela arrancou a cabeça dos restos mortais e veio a minha direção com aqueles lindos olhos verdes gigantes. Entregou-me dizendo:

    – Aqui está o prometido boss. Espero que ajude como um peso de mesa.

    Com um belo sorriso e o que me pareceu um piscar de olhos, ela se afastou e foi em direção de Trevor, que a recebeu com um longo abraço.

    Apagamos nossos vestígios em ambos os lugares. Pepe anexou os bens e ações do maldito ao nosso inventário e nosso clã está mais próximo do clã de Lilian. Trevor é um sujeito que lida com as cousas de um modo muito peculiar, mas confesso que estou feliz por ter seus dons ao nosso lado.

    – Ferdinand meu caro, que tal irmos até o nossa casa, lá vocês podem descansar e se recuperar. Acredito que nossa atual aliança permita a discussão de alguns negócios bastante lucrativos!

    – Claro, ótima ideia! Mesmo por que vai amanhecer em breve e eu adoro negócios lucrativos.

    – Ótimo, ótimo. Vou adorar a companhia de vocês e creio que as meninas queiram ficar juntas mais um tempo. Lili meu amorzinho, tome sua espada. Becky e Pepe. É um enorme prazer conhecer tão belos seres como vocês.

    Lilian revirou os olhos e deu uma leve risada, obviamente ela havia ficado envergonhada diante as palavras de seu mestre. Porém, apesar de alguns atos doentios eles pareciam ser “bons vampiros”. Ofereci uma carona para Pepe na garupa da moto, mas ela preferiu o conforto da Mercedes de Trevor. Aliás, todos foram com ele de carro e eu atrás comendo poeira. Estava apenas de calças rasgadas e torci para que nenhum “policial mala de interior” surgisse para acabar com o meu estase pós-batalha.

    PS: Trevor passou o dia inteiro dando em cima de Becky.

  • Servidão – pt1

    Servidão – pt1

    A The March Hare enviou-me mais algumas histórias do vampiro Ernst, no qual compartilho com vocês abaixo:

    Servidão – Parte 1

    O cemitério de Bom Descanso era um dos mais requisitados em todo o País. Suas lápides eram todas iguais e seguiam um padrão clássico, onde todas as cruzes, santos e vasos contidos alí deveriam ser da cor branca, de modo a trazer mais paz para os seus poucos visitantes. Stephen Ernst não se encontrava nem um pouco em paz. Enterrado a alguns palmos abaixo do chão, Ernst gritava a plenos pulmões, esperando que algum conhecido imortal o ouvisse ou, (mais provavelmente) sentisse a sua fraca presença dentro daquele caixão.

    – Alguém me escute e me tire daqui! – Exclamou Ernst, o corpo dolorido devido ao longo tempo deitado na mesma posição.

    Rapaz orgulhoso, não implorava nem em uma situação tão delicada como aquela. Pensando em ninguém mais do que em seu mestre e em como o mesmo o deveria estar procurando, Ernst mal sentiu a presença de um imortal parado em cima do seu caixão, a vários metros acima do solo.

    – Me deixe sair! – Gritou Ernst, o som de sua voz a lhe machucar os ouvidos, o apertado caixão lhe proporcionando uma desagradável sensação de claustrofobia.

    “Acalme-se, criança.” Sussurrou-lhe mentalmente o estranho que se encontrava em cima de sua lápide. “Eu te tiro daí, se permaneceres quieto…”

    – Mestre! Abençoado seja! – Respondeu-lhe Ernst, os olhos cheios de lágrimas, o medo já começando a lhe tomar a razão.

    “Criança Ingrata! Não podes nem cumprir uma simples ordem, logo tu, que me implorou por uma chance de se mostrar digno do presente que eu vos dei? Eu deveria deixá-lo aí, preso por toda a eternidade!”

    Ygor Pietro se afastou da lápide e fingiu se encaminhar para a saída quando ouviu Ernst chorar, a voz baixa e subserviente que lhe dava tanto prazer:

    – Por favor, mestre, eu lhe imploro. Tires-me daqui, e eu prometo que farei o possível para pagar pelos meus erros!

    Ygor sorriu. Os alvos dentes à mostra, no rosto uma expressão mista de desdém e compaixão por aquela cria que havia apenas causado tumulto, mas que lhe era tão cara, tão amada.

    “Pois bem, Ernst. Por ser um homem benevolente, vou tirá-lo daí e levá-lo de volta para casa, para junto de seus irmãos…”.

    Ernst não teve tempo de responder, tendo uma sensação quente de paz, ao mesmo tempo em que sua consciência ia se apagando e caindo em um sono induzido, outra característica de seu mestre…

  • As torturas de um filósofo

    As torturas de um filósofo

    “No canto da sala e sentado a sua poltrona predileta ele pitava o tradicional Davidoff, adquirido décadas atrás em uma tradicional tabacaria de Londres. Cidade, aliás, onde adquiriu o hábito de preparar um bom Latakia para os seus momentos mais íntimos e contemplativos…”

    A noite era fria e úmida, típica da serra e da região a qual ele havia escolhido para seus experimentos, recheados de segundas, terceiras ou até mesmo quartas intenções. Nenhum conforto ou itens da era contemporânea. Todavia, alguns detalhes indicavam seu lado mais refinado e podíamos observar seu estilo, por exemplo, nos móveis. Todos foram escolhidos a dedo entre os seus pertences prediletos e inclusive há quem diga que alguns pertenceram a celebridades de outras épocas.

    As luzes das lamparinas a óleo iluminavam parte do outro canto da sala e se não fossem as roupas seria difícil dizer quem era o homem ou quem teria sido a mulher do casal. Ambos receberam as punições necessárias de Hector, em função de seus “pecados” e se Frederick não quisesse brincar mais um pouco com seus corpos, certamente suas almas já estariam em outro plano.

    – Dizem que a pureza da alma pode ser vista quando os corpos estão prestes a perecer e por isso os trouxe aqui… Vejam a fumaça que se esvai deste belo Latakia, que queima livremente em meu cachimbo. A alma dos humanos é como esta fumaça e flui livremente aqui neste ambiente controlado e sem as intemperes mundanas.  Agora vejam o que acontece se eu estalar meu dedo ou sussurrar algo próximo da base do fogo…

    Thssspaaa… Ecoou a chibata nas costas do homem, que se contraiu mais uma vez e emitiu alguma espécie de grunhido áspero de dor.

    – Ok ok vocês andam calados depois de tudo o que Hector os proporcionou…

    Nesse momento ele se aproximou da mulher e continuou seu monólogo próximo de seu ouvido esquerdo.

    – Tu achavas mesmo que passaria toda tua vida medíocre, fazendo aquelas pessoas moribundas sofrerem ainda mais no hospital por causa dos remédios adulterados, que com a maior cara lavada e de pau, tu aplicava nelas? E tu seu viado, achavas mesmo que iria conseguir comprar o silêncio de todos, diante o dinheiro que tu levavas por fora com os fornecedores e pilantragens que fazia?

    Thssspaaa… Thssspaaa… Thssspaaa… Thssspaaa… Mais duas chibatadas em cada um deles e finalmente a mulher resolveu se pronunciar com um silencioso “por-fa-vor”.

    – O que tu resmungou?

    – Por-fa-vor… Por favor, para…

    – Ah mas que alegria, realmente como dizem as mulheres são mais resistentes.

    Nesse instante Frederick volta a se sentar em sua poltrona, pita mais duas vezes o cachimbo e prossegue:

    – Em que posso ser útil? Aliás qual a sua graça mesmo? É Silvia, não mesmo? Vamos lá Silvia conte-me o que está tão ansiosa para falar!

    A mulher tossiu e expeliu o sangue velho e seco que estava em sua boca. Depois se concentrou para inflar os pulmões e proferiu algumas palavras carregadas de ódio, utilizando as últimas forças que ainda lhe restava:

    – Vai pro inferno junto daqueles outros demônios, vocês são bestas que Deus colocou no meu caminho.

    Hahahahahahah gargalhou Frederick como se tivesse ouvido a melhor das piadas.

    – Então depois de tudo o que aprontasse ainda ousa pronunciar o nome de alguma divindade? Sabes o que mais me irrita nos humanos? É essa externação de culpa, essa falta de coragem para assumir os próprios erros diante aquilo tudo que faz para si ou para os próximos. Pelo visto depois de tudo o que tu passaste tu não aprendeu nada não é mesmo? Chega…

    Frederick levantou-se rapidamente, aproximou-se da mulher e com as próprias unhas rasgou de fora a fora o pescoço da infeliz, que ainda se contorceu por mais alguns instantes e faleceu jorrando sangue por toda a parede e chão a sua frente.

    O vampiro limpou suas mãos nos trapos da falecida e voltou calmamente para sua poltrona, onde pitou por mais algumas vezes o tal Davidoff. Onde provavelmente planejou friamente o destino do homem semivivo a sua frente.