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  • A vampira ruiva

    A vampira ruiva

    Hoje começarei a contar sobre uma nova “personagem”, confesso que ainda nos dias de hoje e depois de quase cinco anos de site, me é estranho chamar meus amigos e conhecidos de personagens. Todavia, como sempre, isso se faz necessário para ocultar nossas reais identidades. Portanto, hoje falarei de Letícia…

    Assim como Stephanie, Letícia também entrou em nosso mundo aqui pelo site. Porém, ao contrário da anterior, esta já havia sido transformada em Wampir há muitos anos atrás. Letícia é uma Wampir nova ou como alguns de nós apelidamos esta fase: pupillus ou simplesmente pupilo.

    Tudo começou por causa de um e-mail no qual ela se apresentou. Desde então tivemos várias conversas, que se estenderam ao telefone e dentre os quais falamos muito sobre Wampirs conhecidos em comum. Até que depois de tais confidências finalmente agendamos um “bom papo de boteco”. Sim, vocês sabem que a Bohemia é constante em nossas não vidas, sendo assim, nada melhor que um local movimentado e com boa música para fazer novos amigos.

    Mesmo com tudo agendado noites antes, tive de ir sozinho a nosso primeiro encontro, pois todos os outros estavam ocupados. Inclusive Sebatian, que há semanas pesquisa para mim um feitiço novo chamado Vita ultra modum, mas isso é outra história. Era uma noite fria destas típicas de outono no Brasil, um vento fresco pairava no ar e as estrelas convidavam qualquer um a um belo passeio. Sendo assim nem pensei duas vezes antes de sair com uma de minhas motos, aliás, estou gostando cada vez mais da minha nova moto e do silencioso “giro” de seu potente motor elétrico.

    23h00m em ponto e lá estava eu sentado a mesa de um tradicional boteco que eu frequento, é um dos negócios que tenho em sociedade com o Franz, então estava digamos seguro. Sem saber muito da aparência da garota eu fiquei lhe esperando por longos 23 minutos. Percebendo que pontualidade não era o forte da pupilo, aguardei mais alguns instantes até que finalmente percebo uma energia moderada vindo de algum lugar próximo a mim.

    Olho para os lados e como toda Wampir novinha lá estava à espalhafatosa ruiva, que havia deixado de lado os conselhos que eu havia dado sobre vestimenta. Trajando um belo corselete verde que parecia lingerie, com calças jeans super justas e um casaquinho preto. Um belo salto a deixava com mais de 1,75 e a carregada maquiagem escura a faziam parecer uma garota de programa da Baixo Augusta.

    Com a primeira impressão deixando a desejar, só me restava aguardar que ela viesse ao meu encontro. Então dito e feito, ao menos o poder de sentir os sobrenaturais ela havia aprendido e não demorou até que parou ao lado de minha mesa. Sr. Ferdinand? – Perguntou ela – Sente-se minha querida – Disse eu ficando de pé e puxando a cadeira para que ela se acomodasse.

    Então finalmente chegastes senhorita Letícia, é um prazer tê-la aqui esta noite! – Por mais que eu me sinta incomodado com atrasos ou algo do tipo eu não consigo tratar mal uma mulher. Primeiras impressões a parte e o papo durou por longos minutos, entre uma ou outra beliscada de água para disfarçar as aparências. Nunca é fácil aceitar a companhia de novos indivíduos em nosso convívio, porém Letícia havia gerado belas expectativas. Principalmente por confessar de quem ela era pupilo e tendo em vista o renome de seu mestre.

    Noites depois Franz também quis conhecer a pupilo e me jurou de pés juntos que só conversaram… Difícil acreditar que ela não tenha experimentado os lençóis de meu irmão, porém ele está convicto que ela pode andar mais vezes conosco. Independente do que eles tenham feito, imagino que ele tenha lido a mente da ruivinha e visto as suas principais intenções.

    Novos aliados? Amigos? Só o destino sabe o que esse novo contato irá nos trazer…

  • Violência contra mulher

    Violência contra mulher

    Noites atrás eu vi um documentário na TV a cabo, onde o assunto principal era o tratamento arcaico e agressivo dado a algumas mulheres na África / Ásia. Confesso que não foi algo fácil de ser digerido, pois dá raiva da animalidade humana de alguns indivíduos, que estupram e matam até mesmo meninas com menos de 10 anos. Vocês sabem que mesmo eu sendo um predador, eu abomino violência contra pessoas indefesas e é por isso que postarei a história abaixo, enviada mais uma vez pela nossa cronista Júlia Bittencourt. Diz ela que ouviu essa história de uma mulher no shopping.

    Lembro como se fosse ontem de meu passado assombroso. Sou natural da Etiópia e uma mulher, que problema tem nisso?
    Para começar, no meu país de origem, somos tratadas como um lixo.
    O casamento é ilegal e secreto, exceto para os convidados, e, no Rajastão, a cerimônia costuma ocorrer em noite alta. Por isso, só no fim da tarde, as três meninas noivas nessa árida povoação agrícola no norte da Índia começam a preparar-se para os votos sagrados. Elas agacham-se lado a lado no chão e mulheres do vilarejo, cercando-as com uma cortina improvisada de um pano de sári, se despeja em suas cabeças uma panelada de água e sabão.
    Quando soube que ia me casar, eu tinha apenas sete anos… Fiquei desnorteada, pois sempre vinha à minha mente a imagem de uma amiga minha que por contestar seu marido, perdeu as orelhas e teve seu nariz cortado.
    Eu gritei com o meu pai, expus toda a força que tinha em minhas cordas vocais:
    – Você não pode me forçar a casar com ele! Eu sou uma criança, quero brincar e estudar. Se você me forçar a casar com ele eu vou à polícia e conto tudo!
    Não dei tempo ao meu pai para falar, mas sabia que tudo isso ocorrera devido à uma rixa familiar.
    Então eu corri, corri tanto até meus pés sangrarem, então pedi carona em uma estrada. Ele era um homem meio rechonchudo e com um olha sádico, mas eu precisava de ajuda e ele parou seu carro.
    Minutos depois eu percebi que ele estava me levando para um lugar deserto e fiquei com medo, sabia que alguma coisa ia acontecer… E então fui estuprada. Na Etiópia isso também e comum, às vezes eles estupram para depois reivindicar como noiva.
    Minutos depois enquanto ele dormia, eu o enforquei com o sinto de segurança, e mais uma vez fugi, até encontrar uma ONG, onde me educou.
    Graças a eles eu pude superar tudo isso e vir ao Brasil, encontrei um senhor que me acolheu de forma calorosa e hoje estou aqui, tendo meu próprio negócio.

  • Encontro, estupro e internet.

    Encontro, estupro e internet.

    Estava lendo sobre este caso no Equador, onde uma jovem de 20 anos foi brutalmente morta depois de ter sido estuprada e confesso que fiquei imaginando algumas cousas. Na verdade minhas indagações tem por base os vários e-mails, que recebo diariamente com pedidos de pessoas que gostariam de me conhecer pessoalmente.

    Minha identidade é oculta, digo que sou um vampiro, falo frequentemente que não tenho medo da morte e, aliás, deixo explicitas algumas histórias de quando eu matei sem dó nem piedade e mesmo assim vocês vem atrás de mim…

    Alguém me explica por favor onde está o juízo de uma garota que sai de casa sozinha, muitas vezes mentido para a família e parte para um encontro a cegas em lugar desconhecido e com um cara que conheceu pela internet?

    Está certo sou de outra época, sou do tempo em que garotas não eram assim saidinhas e tinham amor próprio. Valorizavam suas vidas e queriam alguém para amar. Não era apenas um rolinho de uma noite ou uma ficada com um gatinho da net…

    Vamos lá me chamem de velho, digam que sou “out”… Tomara que nenhum de vocês precise passar pela dor de um pai ou mãe, que perdeu uma filha ou filho que resolveu dar uma de aventureiro e morreu nas mãos de pedófilo ou assassino.

    A vida de vocês é curta e frágil, não a desperdicem em uma noite com um príncipe encantado da internet. A realidade é cruel… Palavras de um assassino frio e calculista feito eu!

  • Shopping, cinema e perseguição.

    Shopping, cinema e perseguição.

    Fiquei me perguntando sobre a veracidade de tais fatos, mas isso não importa muito, haja vista que adorei a forma como terminou. Como vocês sabem eu adoro mulheres com iniciativa, n]ao é mesmo? Enviado pela Júlia Bittencourt:

    Shopping, cinema e perseguição.

    Estava passeando no shopping hábito comum aos membros de meu grupo social e quando entrei em uma loja de “armas” percebi que estava sendo seguida. Ele era um rapaz bonito, aparentava ter uns vinte e poucos anos, porém me olhava de forma questionadora.

    Com um pouco de medo, comprei um canivete que lembrava as balas da arma de caça de meu pai e fui ao cinema assistir Django Livre. Novamente, ele comprou os ingressos para a mesma sessão que passaria o filme e repetidamente ocupou-se com maus olhos, enquanto eu revidava de esguelha com desprezo.

    Persisti em considerar o fato de tudo aquilo ser exageradamente estranho, mas irrelevante até porque estava em um local público e meu pai queria ter um menino, logo, sempre soube lutar e vivia me metendo em brigas na escola ou nas boates no qual meu pai vivia se endividando nas orgias.

    O filme acabou (muito bom, em falar nisso) saí da sessão e a perseguição continuava. Paguei o estacionamento de minha moto (uma Kasinski Mirage 250 preta) que estava estacionada em uma parte escondida do estacionamento, então ele finalmente falou:
    – Ora, o que temos aqui? É perigoso andar sozinha à noite sabia?
    – Se você se refere como perigo, então eu deveria ser procurada pela polícia federal.
    – Perigosa? Você? Ahahaha… Pelo visto, as aparências enganam mesmo. Vamos ao que interessa.

    Ele saca uma faquinha ridícula e vem andando em direção, finjo estar aterrorizada e deixo-o permanecer confiante. Aguardo-o chegar a uma distância de 2 cm e espero o momento certo de dar o bote, rapidamente tiro a faca da mão dele e empurro contra seu pulmão.

    Foi um desperdício, olhava com cara zombeteira para a figura flácida que estava ali no chão de forma esparramada… Ah como eu podia ter brincado mais um pouco, fazer cara de choro e sorrir depois, talvez arrancar cada unha de seus dedos, ou tacar fogo no cabelo dele (como já fiz uma vez com a minha prima).

  • Meu céu cinza

    Meu céu cinza

    Este pequeno texto foi enviado pela Aradyna, pode ser pouco extenso, mas gostei da forma como ela expressou seus sentimentos.

    Meu céu cinza

    Quantos problemas e quantas tragédias neste imenso espaço sem cor!
    Mas cinza é a cor do abandono é a cor da tristeza para muitos!
    Mas penso diferente.
    Hoje meu céu esta cinza, não porque estou triste e nem que tenha problemas mais sim porque um enorme céu neutro sempre me faz pensar que meu universo é um quadro de pinturas a mão.
    E foi aquela paisagem pintada que acabei de ganhar!
    Não existe tempo bom ou tempo ruim apenas existe o seu tempo cabe a você saber como vai descrevê-lo!
    AAPP.

  • Halloween

    Halloween

    Lembram-se do Christian, autor daquele conto da Vampira Sophia? Pois então, cá está ele e novamente com mais um conto muito bom.

    Divirtam-se com: Halloween!

    Nota: Este conto foi escrito com base em um sonho de minha esposa que, como todo sonho, é um tanto desconexo e non-sense… Então tomei a liberdade de incluir alguns detalhes e um fechamento para o conto que não estavam no sonho… Por mais irreal que pareça o relato, garanto que jamais verão com os mesmos olhos aquelas plaquinhas de “VENDE-SE” nas entradas de condomínios… Divirtam-se:

    Corriam boatos de que existiam vampiros morando no condomínio, mas com todos que conversei disseram que isso era uma bobagem. “Imagina! Vampiros não existem!…” “Quem disse um absurdo desses? Nosso condomínio é ótimo e mesmo que existissem essas coisas não teríamos isso aqui…” ou “Isso é conversa da molecada. Você sabe como são essas crianças…”
    Como moradores recentes (havíamos acabado de comprar um apartamento ali) ficou até estranho questionar muito essa história…

    Estava ao telefone contanto essas novidades estranhas para uma amiga quando a porta abriu e meu filho Pedro entrou, junto com um outro garoto que morava ali. – “É bom que ele já está fazendo novas amizades…” – pensei. Ele me apresentou o garoto:
    – Mãe, esse é o Cláudio. Eu convidei ele para jogarmos vídeo-game, tudo bem?
    – Claro, filho! Vão brincar!
    O garoto me cumprimentou meio tímido, mas assim que foram para o quarto do meu filho ele já mudou de atitude: falante, foram rindo comentando sobre um jogo que o Pedro ganhou dias antes. Ou seja, um comportamento normal para garotos de 14 anos…

    Terminei de falar com minha amiga e fui ver televisão. Não ia fazer janta, no máximo ofereceria para os garotos um lanche mais tarde.

    Por volta das 22:00hs vem o Pedro me pedir se o Cláudio podia dormir em casa, para jogarem mais. Não vi problema nisso, desde que ele ligasse para os pais avisando. E deixei. Afinal, dava gosto ouvir as risadas deles e o Pedro se divertia bastante tendo companhia para jogar. Quando me dei conta já era quase uma da manhã e fui oferecer um lanche para eles. O Pedro quis, mas o amiguinho dele disse que não estava com fome e não comeu nada. Arrumei as camas para eles e mandei desligarem o vídeo-game para dormirem.

    Foi de manhã que tudo começou a ficar estranho… Pedro veio me falar que o garoto sumiu, mas não foi isso que aconteceu. Fui olhar no quarto e ele estava escondido embaixo da cama! Quando mandei sair, ele começou a rir e disse que não! E ria mais ainda! Só parou quando abri a janela e o sol iluminou o quarto. – “O que faço agora?” – pensei – “Que situação mais esquisita!”

    – Fecha a janela que eu saio… – ele disse, e eu fechei as cortinas. Assim que o quarto voltou a ficar escuro ele saiu mesmo debaixo da cama e saltou sobre mim, rindo loucamente!!! Só então percebi que ele era um vampiro e me lembrei dos boatos! Como ele era franzino, eu consegui empurrá-lo e saí correndo do quarto, mas só acreditei mesmo que aquela situação insólita estava ocorrendo quando ele apareceu no corredor e mostrou os caninos naquela risada demoníaca! E desta vez foi Pedro que impediu que ele conseguisse me morder! Na confusão, ele havia entrado no banheiro e saiu de lá com um pedaço do cabo de um rodo nas mãos e cravou-o nas costas do menino, à maneira de uma estaca! Fiquei pasma com a presença de espírito dele! “Devem ser os filmes que ele adora assistir” – pensei mais tarde. O garoto vampiro, ferido, disparou pela sala e alcançou o corredor do andar. Foi tudo muito rápido, nem sei como ele conseguiu sair do apartamento, acho que meu marido deixou a porta da sala destrancada quando saiu. E o menino desapareceu pelas escadas, deixando atrás de si uma névoa fedida, pois ao passar pela sala do meu apartamento ele foi atingido por um pouco de sol.

    Passamos o dia trancados no apartamento. Como falar sobre isso com outros vizinhos do prédio? A maioria não acreditaria ou iam tachar a gente de loucos. Só no finalzinho da tarde percebemos onde isso ia dar… Pela janela da sala podíamos ver a quadra, toda decorada para a festa de halloween que iam fazer no condomínio. Um palco estava montado lá e uma banda cover que a molecada gostava ia tocar. Eles já tinham chegado, numa van preta que deixaram estacionada ao lado da quadra.

    Várias pessoas, a maioria jovens e crianças, já se reuniam em volta, vestidos à caráter para a festa. Muitos estavam fantasiados de vampiros! Para falar a verdade, gente demais tinha adotado esse personagem para participar daquele halloween estranho. Portanto, uma parte daquelas pessoas deviam ser vampiros mesmo!

    Bolamos um plano. Se a idéia deles era usar a festa como um disfarce para promoverem uma orgia de sangue, nós também poderíamos usar a festa para combatê-los. O tempo era curto, mas distribuímos todo o alho que tinha na cozinha para alguns poucos amigos e pedimos para procurarem mais com quem conhecessem. A “brincadeira” seria a seguinte: Como tinha muitos “vampiros” na festa, nós seríamos “Caçadores de vampiros”. Para todos os efeitos, seria tudo parte de um trote de halloween! Quem se recusasse a pegar nos dentes de alho se denunciaria como vampiro e nós salpicaríamos “água benta” neles. Para nossos amigos, dissemos que a tal água benta era só uma água perfumada com rosas e que não faria mal algum jogar umas gotas em alguém, tudo pela brincadeira e dentro do clima de halloween, sem abuso. Só que era de fato “água benta”, vinda de Aparecida do Norte! Por sorte, a mania da minha sogra religiosa de trazer litros de água benta de suas romarias ia servir para alguma coisa: tinha uma garrafa PET na geladeira cheia dessa água!

    Descemos para a quadra e começamos a “caçada” – Chegava de repente em alguém e colocava dentes de alho entre suas mãos. Os primeiros que abordamos não tiveram reação nenhuma com o alho e os chamamos para participar da “brincadeira” também. E a coisa pegou! Em instantes, várias pessoas estavam “caçando” no meio da turba, e então começou a confusão: o primeiro vampiro verdadeiro foi pego! Uma moça gritou de dor quando um de nossos amigos colocou o alho na mão dela, e logo em seguida outro sujeito também começou a soltar fumaça quando espirrei água benta nele! Aí gritei: SÃO VAMPIROS DE VERDADE!!! JOGA ÁGUA!!!

    De repente tinha gente correndo para todo lado, alguns soltando aquela fumaça mal-cheirosa ou tentando morder as pessoas, o pânico se generalizou e o halloween dos vampiros desandou geral! Jogávamos dentes de alho e água benta em todas as direções, uma gritaria tomou conta do lugar e não sei de onde apareceram uns moradores empunhando os espetos das churrasqueiras. Em questão de minutos os vampiros debandaram, alguns foram mortos com estacas improvisadas ou espetos de churrasco, muita gente ficou machucada, arranhada, mas poucos foram mordidos…

    No dia seguinte, haviam várias placas de VENDE-SE sendo colocadas na entrada do condomínio…

  • Não beba sangue!

    Não beba sangue!

    Frequentemente muitos de vocês me procuram para falar sobre sangue. O sangue que é tão relacionado aos vampiros e que na verdade é sim a nossa principal fonte de alimentação, não possui o mesmo efeito nutricional se ingerido por humanos. Não sou eu quem vos fala isso de minha própria cabeça, basta conversar com qualquer biólogo ou médico e ele irá te falar dos problemas de se ingerir plasma.

    Nós vampiros ou animais como os morcegos hematófagos possuem órgãos adaptados a este tipo de alimentação. Humanos pelo contrário, podem até morrer se consumirem muito sangue. Pensa comigo, o sangue é rico em ferro e você sabe o que ferro em excesso causa ao seu organismo? Bom, caso não saiba vou descrever abaixo os efeitos do ferro em demasia e fora da corrente sanguínea.

    O excesso de ferro no sangue pode provocar doenças cardíacas, câncer, diabetes e artrites. Os principais sintomas do excesso de ferro no organismo são:

    • Cansaço;
    • Fraqueza;
    •  Impotência;
    • Dor abdominal;
    • Perda de peso;
    • Dor nas articulações;
    • Quedas de cabelo;
    • Alterações nos ciclos menstruais;
    • Arritmias;
    • Inchaços;
    • Atrofia testicular.

    Sei que este artigo sairá um pouco das histórias que conto por aqui, mas acredito que é importante que alguns de vocês saibam disso. Ser vampiro é uma cousa, querer parecer um por que “está na moda”, só irá te fazer mal.

    Para quem quiser saber mais sobre os efeitos do excesso de ferro no sangue, procure na internet por Hemocromatose.

  • Sentimentos

    Sentimentos

    Enviado pela Maiélen (desculpe não ter postado antes minha querida) 😉

    Sentimentos que andam comigo eis aqui uma pobre alma que só quer a paz somente isso.

    Sim senhor medo você esteve e esta-rá comigo em momentos mais horriveis de minha vida.Pergunto-me se um dia o senhor sentiu pena de mim?Acho q sua resposta seria não pois você me vez amadurecer nas horas mais terriveis de minha vida.

    Olá senhorita Piedade,foi você quem vez eu ter deixado meus inimigos vivos para que um dia eles verem minha adorá-vel Vitória. Obrigada senhorita fizestes de mim uma pessoa quase melhor.

    Esperança você segurou minha mão nos momentos que eu mais precisei,nas horas que eu mais sentia medo.Sim eu estou viva até hoje graças a ti muito obrigada por caminhar comigo.

    Morte és tu quem me quer de verdade,que levastes e leva-rá as pessoas que mais amo nessa Vida.Sim minha querida como eu sinto Odio de ti.Tu éis minha enimiga mortal.

    Coragem você fui uma das unicas pessoas que olhou no fundo dos meus olhos e disse ( Vais em frente criança mostre para o mundo quem você verdadeiramente é.Coragem precisa-rás ter para enfrentar os caminhos dessa Vida).Espero que tenhas Orgulho de mim pois estou seguindo o seu conselho minha velha amiga.

    Orgulho sim tu tens grande enfluencia no que sou hoje em dia.E sim graças a ti magoei pessoas que eu não queria magoar.

    Fé deixei a para trás pois quanto eu mais rezava,menos o mundo me ajudava.Mais adimito carrego um pequeno pedaço de ti em mim.

    Odio sim o carrego a sete chaves dentro de mim e sei que um dia não terei forças e você explodi-rá para fora de mim com toda sua força e irá.Espero que isso nunca aconteça.

    Estes sentimentos são os que mais andam conosco em nossas Vidas e Não-Vidas sim tem mais sentimentos,mais são tantos que as vezes nem sei quais deles estou sentindo. Fico frustada por causa disso sentir esses sentimentos é tão estranho,as vezes custumo esconde-los dentro de mim e mentir para o mundo que eu estou bem.

  • O gari serial killer – Parte 2

    O gari serial killer – Parte 2

    Este é o desdobramento final de O gari serial Killer – Parte 1

    Descobrimos onde ficava a central da empresa e mandamos um de nossos Ghouls até lá, com o objetivo de achar mais dados dos funcionários, desejável uma possível lista de empregados. Na noite seguinte a bela loira veio até nós com algumas folhas impressas e ainda comentou: “Vocês homens são tão fáceis de conquistar, basta um decote, um batom vermelho e ficam perdidinhos”. Ok, essa garota havia sido uma bela aquisição, comentou Sebastian…

    E lá havia uma lista de funcionários e melhor do que isso, tínhamos em mãos uma lista com mais de 400 nomes de funcionários fumantes, com seus respectivos endereços e telefones. Cruzamos então os nomes com dados da polícia e fizemos uma busca por todos que possuíssem antecedentes criminais. Achamos 43 pessoas com problemas e destes, 31 eram homens. Dividimos a lista em duas partes, Sebastian verificou 15 indivíduos e eu 16. Até que depois de três noites nos reencontramos e “trocamos algumas figurinhas”.

    Sebastian havia encontrado dois elementos que haviam chamado à atenção, um deles possuía bigode e era viciado em apostas. O outro estava sem barba, mas era conhecido na região por ser um assíduo frequentador de casas de prostituição e morava próximo há uma das vítimas. Eu por outro lado havia encontrado apenas um suspeito e este chamara minha atenção por ser o famoso “mulherengo vida fácil”, por seus B.O. por violência doméstica ou crimes pequenos, pela sua necessidade de ter de manter 4 filhos e por seu bigode muito bem desenhado. Todavia, entre todos os problemas do meu suspeito, o seu bigode era o fator principal de minhas desconfianças. Todo aquele cuidado com tais pelos, me fazia lembrar-se do cuidado que o serial killer teve com suas vítimas.

    Nesta mesma noite fomos atrás de um dos suspeitos de Sebastian, o tal bigodudo viciado em jogos. No Brasil os jogos não legalizados, então se você quiser achar algum lugar para jogar vídeo Poker ou bingo eletrônico, precisa ter contatos. Enquanto eu preparava o carro, Sebastian ligou para um de nossos informantes e naquela noite descobrimos uma jogatina em um bar de periferia, próximo de onde o cidadão morava. Para não chamar muita atenção nos vestimos de forma simples, “jeans e camiseta” e adentramos o lugar. Alguns trocados, algumas conversas e lá estava o gordo, bastou olharmos para o cidadão e de imediato o descartamos.

    Como ainda estava cedo, partimos em busca do outro suspeito de Sebastian, que infelizmente ficava do outro lado da cidade. Era mais de uma da manhã quando achamos o seu barraco, as luzes estavam acesas e para fazer uma boa investigação, falei para Sebastian aguardar no carro enquanto sai em forma de névoa. Adentrei o lugar, que era muito sujo, repleto de revistas pornô pelo chão e lixo. Não precisei perder muito tempo por ali, haja vista que o porco estava no sofá, em meio a muitas latinhas vazias de cerveja barata e uma caixa de pizza. Por que o descartei? Para ele ser um serial killer precisaria nascer de novo…

    Então, depois de duas investigações frustradas voltamos para o refúgio. Sebastian não se conformava e praticamente virou o resto da noite no notebook, lendo e relendo tudo que havíamos encontrado até então. Eu preferi abstrair um pouco e passei o restante da noite respondendo, comentários do site, mensagens do Facebook e Twitter. Então na tarde do dia seguinte Sebastian ainda dormia quando foi a minha vez de revisar as pistas, cousa que agora parecia mais fácil com a cabeça descansada. Porém, nada novo achei que chamasse minha atenção e próximo das 19 horas acordei Sebastian.

    Às 21 horas saímos em busca do último suspeito e durante o caminho até a casa do cara, Sebastian foi me contando as teorias que havia imaginado, porém hoje penso que ele “viajou” um pouco. O local era praticamente o oposto dos demais, limpo, arborizado e bem cuidado. Dentro do lugar havia algumas luzes acesas e novamente fiz minhas investigações em forma de névoa.

    Para minha surpresa tudo era muito bem organizado, quase impecável para ser sincero. Na sala vi uma mulher na faixa dos 50 com uma garota adolescente assistindo a novela, num dos quartos havia um garoto quase da mesma idade da adolescente e noutro quatro estava o suspeito. Porte alto, magro, porém com barriga e com o tal bigode, que parecia mais ornamentado que na foto e ele nem reparou na brisa fina que minha névoa fez ao passar por ele.

    Aparentemente um pai de família exemplar se não fossem seus antecedentes criminais. No quarto nada de interessante, então fui para a lavanderia, em busca de alguma pista que pudesse ligá-lo ao emblema rasgado, que encontrei na casa da última vítima. Mais uma vez meu instinto não me deixou na mão e no varal estava o uniforme de trabalho de Oswaldo, bem desgastado e com um furo, onde podia ser encaixado perfeitamente o pedaço que eu possuía.

    Estava eu com um dilema, como agir entre tantos humanos, sendo que apenas um era o culpado? Confesso que poderia ter feito o demônio aflorar e derramar muito sangue, mas preferi a solução, digamos mais limpa e na mesma noite entreguei o que eu havia encontrado para o meu ex-cunhado delegado.

    Algumas diligências passaram a seguir o meliante e na semana passada fui informado, que Oswaldo havia tentado fazer mais uma vítima, quando foi preso em flagrante. O que acontecerá com ele a partir de agora depende da justiça (falha) brasileira, mas pode ter certeza que uma vez condenado por mim, ele não escapará sem punição…

    Caso encerrado e a comemoração foi feita com um belo e fresco B+, lembram-se da foto que postei no Facebook na sexta?

  • Carnaval, amor e surpresas

    Carnaval, amor e surpresas

    Ao contrário de meus irmãos, que preferiram os festejos brasileiros deste carnaval, eu por outro lado resolvi descansar em algum lugar junto de minha doce Julie. Como vocês já estão cansados de ouvir de mim, esta cousa de que vampiros vivem sempre sugando sangue, torturando, investigando ou afins, está longe de ser nossa realidade. Porém, às vezes um simples passeio pode trazer boas surpresas.

    Sexta-feira, pouco mais de 21 horas, o carro já estava carregado e eu estava fechando a porta da garagem, quando o telefone tocou. Número privado e depois de alguns instantes sem ninguém falar nada, eu ia desligar, quando ouço uma respiração forte do outro lado… Mais alguns instantes da respiração funda e seca em meio aos meus “alôs”, até que finalmente a linha cai. Aquilo me pareceu muito estranho, não do tipo que assusta, mas sim do tipo que nos faz imaginar um milhão de cousas. Todavia, como ninguém retornou depois de 10 minutos, arrumei o restante da bagagem e fui ao encontro de Julie.

    Durante o caminho pedi a Julie que enviasse algumas mensagens ao restante do clã e por hora todos estavam bem. A viagem durou mais ou menos 3 horas, foi tranquila e pouco depois da meia noite chegamos ao nosso destino: uma casinha no alto de um morro, em meio a uma bela e escura floresta virgem e vizinha de alguns cânions e rios.

    Adoro fazer este tipo de viagem, principalmente pelo fato de que ali seriamos apenas nós dois e o casal de caseiros. Estes que graças a um tipo de feitiço, aquele que eu aprendi com a Beth, ficariam dormindo ao menos uns dois dias e noites seguidos

    Então logo na primeira noite, depois de fazer o feitiço nos casal de caseiros, eu aproveitei para esticar um pouco as pernas na forma de lobo. O que também serviria no sentido de analise e verificação das proximidades e seus possíveis habitantes. Este passeio durou pouco mais de uma hora e a exceção de alguns gatos ou cachorros do mato, estávamos enfim sós.

    Ao voltar para casa: suado e nu. Deparei-me com Julie sentada à varanda, trajando apenas uma pequenina lingerie e fazendo aquela cena que todo macho adora apreciar: uma bela fêmea passando cremes por todo o copo. Não sei se foi a aproximação com meu demônio, enquanto passeava na forma animal, ou se foi algum feromônio liberado pelos cremes de Julie, mas eu a ataquei…

    Calma leitora, ela “curtiu” meu ataque… Sorrateiro, como um bom caçador noturno eu surgi do nada, levantei-a e apertei contra a parede. Ela sentiu minha pegada, roçou seus lábios carnudos e macios em minha barba rala e me escalou. Suas fortes coxas seguraram com força minha cintura e aquele imensurável tesão aumentava a cada pegada mais forte. Intenso, profano, um só copo, uma única alma…

    Nosso carnaval iniciava da melhor forma, porém meu sono matinal fora interrompido por alguns passos do lado de fora da casa. Abri os olhos e enquanto entendia o que se passava percebi um andar arrastado e pesado. Sim, havia também a sensação de que algum Licantropo estava por perto, mas ao mesmo tempo havia algo familiar em tal indivíduo. Obviamente eu não poderia sair, pois o sol estava forte, mas por sorte aqueles passos duraram apenas alguns segundos, fazendo-me inclusive pensar na hipótese de sonhos ou pesadelos.

    Na noite do dia seguinte comentei o ocorrido com Julie ambos fizemos buscas na região, porém nenhum vestígio de pegada ou da presença de “outros”. Nesta noite depois do passeio tomamos um belo banho juntos e tratei de por em dia algumas leituras que estavam atrasadas. Julie também leu um pouco, mas acabou  trocando os livros pela prática e fez um ou dois rituais que a há tempos queria praticar longe da civilização.

    Nestes locais a magia fica mais forte, conseguimos uma ligação maior com os espíritos antigos e tudo que for relacionado à ritualística é favorecido. Nesta noite e na próxima fizemos praticamente as mesmas cousas, até que novamente na manhã de segunda eu acordo no mesmo horário com os mesmos barulhos. Desta vez os passos e a sensação pareciam mais nítidos, porém novamente duram poucos segundos.

    Passei aquela manhã me enrolando na cama e a tarde desisti do sono e escrevi um pouco. À noite logo depois que o sol se pôs e antes que Julie acordasse, eu resolvi sair sozinho pela região. Deixei um bilhete na mesa da cozinha e sai. Ao abrir a porta sou surpreendido por um objeto interessante e próximo da cadeira de balanço na varanda. Era uma caixa quadrada provavelmente de madeira e revestida em couro preto, com detalhes em metal.

    Não senti nenhum tipo de perigo vindo daquele objeto, mas ao abri-lo desabei sobre meus joelhos… Muitos pensamentos vieram a minha cabeça, porém havia naquele simples objeto uma lembrança inesquecível… Minha família mortal…

  • Moda vampiresca

    Moda vampiresca

    Hi seres noturnos! Resolvi começar este meu espaço cedido por meu amado e estonteante Ferdinand, falando um pouco sobre moda. Sim, mas, como aqui estamos falando, e aliás, quem vos fala é uma Wampir, então nada melhor do que falar de moda vampiresca.

    Quem aqui não fica de olho nos modelitos usados nos filmes, séries, revistas, fotos que circulam na net e tudo mais? Pois então, vou tentar matar a curiosidade de todos com um pequeno primeiro  post sobre o assunto. Como o lindinho do Fê já disse, não é pela roupa que vocês irão reconhecer um wampir, principalmente nos dias de hoje, com tantos recursos para tudo, embora ainda existam alguns de nós que não deixaram de lado a moda antiga.

    A moda vampiresca também sempre aparece nas passarelas do mundo, com muito couro, renda, maquiagem pesada, alguns acessórios entre outros. Mas hoje a garotada também está agitada com esta moda por conta desta ‘’onda’’ de vampiros na mídia que invadiu o planeta terra .O que posso deixar claro, é que nós, vampires, circulamos em todos os lugares por aí com roupas digamos que ‘’comuns‘’ muitas vezes. Não é regra ter aquele estilo gótico, sempre de preto, ou vermelho.Muitas combinações podem ser feitas, diversas cores , materiais ,acessórios e até mesmo a básica calça jeans e camiseta.

    O fato é que a moda vampiresca é uma mistura muito grande de épocas e costumes, como a moda Vitoriana e a moda gótica, tendo assim nos dias de hoje um amplo campo de diversidades. Então,  para quem gosta deste estilo, vai aí algumas dicas de looks para o dia a dia , para festas e alguns exemplos de moda dos vampiros famosos da antiguidade e da atualidade.Posso dar alguns  exemplos simples de uma moda mais antiga de vampiros com em ‘’Entrevista com o Vampiro’’, com um look mais clássico.E depois com o mesmo Lestat, mas agora em ‘’A Rainha dos Condenados ‘’, ainda adotando no começo uma vestimenta antiga, mas depois caindo na atualidade:

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    Já agora, podemos ficar com os vampiros da mídia e da moda atual, como os das séries True Blood, Diário de um Vampiro, e até mesmo Crepúsculo:

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    Bem,poderia continuar dando inúmeros exemplos com vários outros de nós em muitos outros filmes ,cena musical e em outros tipos de mídia, mas pretendo prolongar em outro post^^.

    Então para finalizar, alguns modelitos, for men and women usarem, para mudar e combinar normalmente em diversas ocasiões:

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    Well, por enquanto então é isso… Kisses to all e que os diabinhos estejam com vocês 🙂 …

  • O retorno do Doutor – Pt 2

    O retorno do Doutor – Pt 2

    – São dois adultos e uma criança, Doutor Carlos. Devem estar nessa situação já tem uns quinze dias segundo a polícia técnica. Também já temos uma investigação preliminar, o homem era um engenheiro, a mulher psicóloga. A criança é filha dos dois. Ainda tem, segundo os vizinhos, uma segunda filha, do primeiro casamento, mas parece que a menina fugiu de casa tem uns seis meses, alguma coisa a ver com droga. Agora, pelo amor de Deus, Doutor Carlos, que animal seria capaz de fazer uma coisa dessas? A criança foi morta a mordidas! – As palavras do investigador Silveira ressoaram na cabeça do delegado Carlos Eduardo como um eco distante.

    – Estamos aguardando a perícia terminar seu trabalho, mas o alarme da casa não disparou, aliás, foi desarmado por alguém que sabia a senha, será que foi a filha que fez isso? – continuou Silveira – Delegado, o senhor está me ouvindo?

    A cabeça de Cadu latejava, ele não sabia se era o cheiro, a visão dos corpos, as dezenas de policiais falando ao mesmo tempo, a explicação que ele teria que dar para a imprensa local ou se era seu instinto acionando o sinal de alerta de que os pesadelos voltariam. De repente o delegado se sentiu terrivelmente cansado, pensou na esposa e no filho pequeno, mas nem mesmo pensar nos dois tirou o peso dos ombros de Cadu. O delegado suspirou, retirado de seus pensamentos pelo toque no braço do investigador.

    – Não acredito que a filha tenha feito isso, pelo menos não sozinha… De qualquer forma vamos partir por essa linha, mande o Almeida e o Pedro Paulo tentar localizar a guria. Ah, e Silveira, nem uma palavra sobre isso, vamos tentar manter isso longe da RBS. – Concluiu Cadu.

    Julia abriu os olhos lentamente, o teto que estava sobre ela era incrivelmente familiar, de um rosa delicado, com estrelas e corações desenhados. A cama, o travesseiro, tudo lhe era familiar… Ela estava em casa, estava limpa, estava com seu pijama favorito, teria sido tudo um pesadelo? Julia sentia-se faminta, poderia comer um boi inteiro, ela levantou-se animada. O crack parecia uma lembrança distante, uma triste lembrança, seu corpo não mais sentia a necessidade daquela pedra maldita, na verdade Julia sentia-se forte e saudável, e sentia-se radiante!

    – Pai! Estou em casa! – Gritou a jovem deixando o quarto e descendo as escadas que ela conhecia desde criança, mas que sempre deixava o pai e a madrasta em pânico quando ela descia correndo daquele jeito.

    Julia correu para a sala de televisão, sabia que estava de noite, e que o pai certamente estaria em casa. A madrasta costumava chegar depois das 20 horas, já que pegava seu irmão mais novo nas aulas de inglês quase todas as noites, mas o pai certamente estaria ali assistindo o jornal e tomando uma boa dose, como fazia todas as noites. A sala estava escura e de fato a televisão estava ligada, Julia não prestou a atenção no que estava passando, correndo direto para a poltrona que ela sabia que o pai estaria sentado. De repente, como se tivesse levado um soco no estômago, o sorriso deixou os lábios de Julia, a força de suas pernas abandonou seu corpo e a jovem caiu de joelhos diante do homem que estava sentado na poltrona de seu pai. O sorriso lupino presente nos seus pesadelos, Julia sentiu-se tonta, e por um instante quase desmaiou. Sorrindo o Doutor levantou-se e amparou a menina com carinho.

    – Boa noite, minha bela adormecida. – Disse alisando-lhe os cabelos. – Você estava tão cansada que eu simplesmente permiti que você dormisse. Aproveitei e fiz compras que você irá adorar… Seu lanche preferido. – Disse, tirando do bolso algumas pedras de crack.

    De repente era se como o pesadelo voltasse, Julia olhou para as pedras nas mãos do homem e salivou. Era fome, desejo, loucura, tudo misturado na simples visão daquela droga maldita. Ela tentou agarrar as pedras e sair correndo, exatamente como pensara na primeira vez que o Doutor lhe mostrou as duas notas de cem, e exatamente como ela pensou na primeira vez, ela não conseguiu dar mais do que dois passos antes que ele a agarrasse pelo pescoço. A mão do Doutor se fechou em volta do pescoço como um alicate, Julia sentiu o ar faltar naquele aperto mortal. Dotado de uma força descomunal, o Doutor levantou a garota do chão e arremessou sentada no sofá, fazendo as pedras de crack caírem espalhadas pela sala. Julia mal sentiu o impacto, atirando-se no chão, desesperada para apanhar as pedras da droga maldita.

    O Doutor gargalhou vendo o desespero, ela estava quase no ponto… Ele a pegou pelos cabelos e fez com que ela se sentasse na poltrona do pai. Dois bofetões com a mesma força do apertão e Julia voltara a si, ou pelo menos o medo que sentia sobrepujava o desejo pelo crack.

    – Mas que menina levada! Tentando me roubar? Você deverá fazer por merecer estes deliciosos doces, minha criança. – Disse o Doutor em um fingido tom de censura, e tomando notas mentais de cada reação da menina.

    – Eu faço, faço qualquer coisa! – Disse Julia, chorosa.

    – Qualquer coisa pode ser MUITA coisa, criança. – Brincou o Doutor – Vejamos se você é uma boa cadelinha e faz por merecer sua primeira pedra da noite… Venha até aqui, cadelinha… – Chamou o vampiro, chamando-a com o dedo indicador.

    Julia ameaçou levantar-se da cadeira, mas com uma velocidade que ia além do seu raciocínio, foi atingida por um novo bofetão que fez com que ela caísse sentada novamente.

    – Alguma vez você já viu uma cadela andar em duas patas, Hirma? – Ralhou o Doutor, deixando a ira queimar em seus olhos. Bater naquela garota que sua mente insana associara a sua mãe era como um bálsamo para a raiva – e amor – que ele sentia por sua mãe. Por diversas vezes o pequeno Otto levou bofetões como aquele, e por diversas vezes os cães da Bavária, onde vivia, eram melhor alimentados que o menino. Na época, o Doutor ainda não existia, havia apenas Otto, o garoto órfão de pai e filho da louca Hirma. Uma mulher cuja sanidade simplesmente azedara após a morte do marido. Não que o ódio do Doutor por Hirma fosse diretamente relacionado aos abusos que sofreu, o Doutor simplesmente estava acima disso, na verdade o Doutor odiava Hirma por sua fraqueza, por sucumbir a loucura durante todo o tempo, ao invés de procurar a iluminação que o equilíbrio entre instinto e razão proporcionam. Que grande companheira Hirma teria sido!

    O Doutor foi retirado de seus devaneios quando Julia pôs-se primeiro de joelhos, depois de quatro apoios, e então o olhou com olhos suplicantes. O Doutor sorriu em genuína satisfação, Julia começava a demonstrar sinais de que se renderia.

    – Tire sua roupa… cães não andam vestidos… – Sugeriu o Doutor, quase que como uma ordem.

    Sem dizer uma palavra, Julia começou a tirar o pijama, até que ficasse completamente nua. Apesar dos dezesseis anos, ela já estivera com homens antes, mas ficar nua na frente daquele homem fez com que ela ficasse arrepiada, temendo o que viria a seguir. O Doutor caminhou em direção a cozinha, onde mantinha a família de Julia amordaçada. Sorrindo, como sempre, ele chamou:

    – Venha, minha cachorrinha, venha ver os ladrões que estão tentando invadir a nossa casa…

    E assim, com a mente subjugada, a jovem caminhou como um cão, em direção a sua insanidade…