Autor: Jean Felski

  • Indo para um encontro do clã

    Indo para um encontro do clã

    Estou um indo para um encontro com o meu clã.
    O livro está dando um bom trabalho, mas vai sair em tempo!
    Até breve povo…

  • Primeiro VampiroCast em vídeo

    Primeiro VampiroCast em vídeo

    Olá povo! Para matar a curiosidade de muitos eu resolvi fazer alguns pequenos vídeos contanto como está sendo o processo de fazer uma trilogia que contará a minha vida e não-vida para o mundo. Espero que gostem =)

  • O efeito das drogas nos vampiros

    O efeito das drogas nos vampiros

    Ontem fiz algo que realmente não gosto muito, mas como vocês sempre insistem eu resolvi dar uma passadinha pelo MSN. Fiquei on-line das 22 as 23 horas e entre muitos papos interessantes alguém me pediu para falar sobre drogas e a relação disso com o mundo dos vampiros.

    Como é de praxe vou retomar uma velha história, de uma época primordial em minha não-vida no Rio de Janeiro de 1962, um pouco antes de eu resolver hibernar.

    Lá estava eu em meio a década de sessenta, ao contrário do que muitos pensam sobre os anos 70 ser o alge das libertinagens, os anos sessenta também foram muito “safadinhos“. No Rio, muitas meninas já utilizavam os biquínis pequenos, minissaia, o carnaval já era a maior festa do ano, as favelas já eram grandes. Enfim, tudo o que existe hoje por lá, já existia nos anos 60 também inclusive as drogas e o tráfico.

    Como vocês já sabem nessa época eu tive um affaire com minha meia irmã Eleonor, nada muito sério, na verdade se fosse hoje em dia seria algo comum: sexo eventual e festinhas a dois, três e assim por diante…

    Estávamos em uma festa particular, um figurão da época resolveu comprar um veleiro e queria mostrar aos amigos. Gente rica, bebida e drogas a todo vapor. Enfim, um ótimo lugar para conhecer pessoas importantes e de quebra arranjar uns bons pescoços.

    Eleonor e eu cegamos juntos, mas na entrada nos separamos. Sempre que um vampiro caça é melhor o faze-lo sozinho. Afinal duas pessoas diferenciadas podem chamar muita atenção juntos. Cabe aqui inclusive uma dica: se quiser ser notado, ande com pessoas que sejam diferentes de você.

    Para mulher é tudo sempre mais fácil e antes que eu pudesse desprender os olhos dela já vi um senhores literalmente babando pela morena de olhos verdes. Eu já precisei fitar a festa inteira antes de produzir qualquer ação. Por sorte sempre nas festas dos ricaços sempre tem uma mulher tida como rebelde e que fica a mercê de caras diferentes, tal qual eu, meus olhos azuis e minha pinta de galã europeu… Modesto também…

    Aproximei-me da fulana e logo cara falo aquela clássica frase:

    – Sozinha também?

    Ela obviamente não me deu bola, mas ai entra aquela velha estratégia de se parecer atraente e atiçar a curiosidade da garota:

    – Lá em New York estas festas costumam ser mais animadas…

    Se existe uma coisa que ainda atiça as mulheres do Brasil até hoje são os caras que tem experiências no exterior. Não, estou certo meninas?

    Papo vai e vem, consegui levar a garota para um canto e trocamos algumas carícias. Eleonor também estava em algum lugar com um cidadão aleatório e em certo momento nos vimos e conseguimos combinar de irmos para algum lugar digamos mais reservado.

    O cara velho de bigode amarelado pelo charuto, que Eleonor havia achado, possuía motorista e nos levou para sua casa. Uma bela casa em Ipanema, construída próxima e quase que na mesma época do antigo castelinho do cônsul sueco Jansson. Lá chegando fomos recepcionados por uma senhora bem velhinha que devia ser a copeira ou algo do gênero.

    – Dona Valentina, hoje quero total privacidade com meus amigos e a senhora pode tirar folga.

    Fiquei pensando comigo o que uma velhinha como a pobre coitada da Dona Valentina fazia quando tinha folga, mas tive os pensamentos interrompidos quando minha companhia subiu correndo em um dos sofás e nos brindou com Streep tease modesto. Sinceramente os anos 60 foram muito depravados e hoje ver as pessoas reclamando de mulheres dançando funk de shortinho chega a ser ridículo.

    Enfim, aproveitando o ensejo Eleonor se aproximou da garota desinibida e lhe deu alguns beijos… Logo depois o senhorzinho se empolgou e foi para cima das duas. Eu a principio fiquei de voyer, pois não estava tão empolgado para sexo, deixei eles la “brincando“ e para minha sorte ou azar o cara inventou de usar algumas coisinhas para apimentar a situação.

    O velho foi até o escritório e na volta trouxe uma trouxinha de cocaína. Enquanto as duas garotas estavam entretidas no sofá ele esparramou o pó branco sobre a mesa e com uma nota novinha de 5 Cruzeiros fez um rolinho no qual utilizou para inalar a droga.

    Depois de duas tragadas uma em cada narina ele me ofereceu um pouco e como já estou morto resolvi experimentar. Tentei estimular meus pulmões o processo leva alguns instantes até consegui infla-los novamente e aspirei um pouco… Obviamente não obtive nenhum resultado a não ser o de  expelir tudo de volta depois de dois espirros, ou seja, algo nojento e dolorido. Não adianta nem comida nem nada dura em nossos organismos além de sangue ou talvez um pouco de água pura.

    A garota vendo a cena riu de mim, largou Eleonor no sofá e deu uma boa tragada no que ainda restava do pó.

    O velho já estava bem “doido” quando Eleonor se aproximou por de trás de sua cadeira e abocanhou sua jugular. Por sempre mordemos a jugular? Ele á a mais cheia de sangue, ou seja, a mais saborosa.

    Já que eu não estava afim de sexo, também parti para cima da garota. Mas como tinha tempo, afinal ela estava em uma viagem insólita com o seu inconsciente, eu fui aos poucos. Mordisquei seu pulso, depois lambi para cicatrizar. Fiz o mesmo com outras partes de se corpo e por fim perdi um pouco o senso de realidade. Fui pego de surpresa pela maldita droga que veio junto do seu sangue. Sim querida leitora, entrei também na “viagem“ insólita no qual havia zombado.

    Como descrever a situação? Pensamentos aleatórios vinham a minha mente, lembrei-me de situações no qual lutava, lembrei-me de ver o mundo com um ar meio diferente e distorcido, foram muito os sentimentos, que inclusive quase provocaram a morte daquela pobre alma safadinha no qual eu trocava caricias e breves mordidas.

    Por sorte a viajem não durou muito e alguns minutos mais tarde tudo voltou ao normal, a não ser pelo fato de Eleonor ter se passado com o senhor e o levado ao óbito…

    No dia seguinte, alguns boatos na cidade falavam de um empresário que fez uma festinha particular com a filha de um figurão e que morreu por overdose. Muitos inclusive disseram que a menina lhe matou fazendo sexo e por falar nela, foi mandada para estudar na Europa.

    Depois da viajem eu estava mais do que propenso a retirar-me daquele lugar e futuramente hibernar por algum tempo…

     

  • Em busca da vampira assassina. Parte 2 de 2

    Em busca da vampira assassina. Parte 2 de 2

    Carlos começou a fazer o que sabe de melhor e nos levou mata a dentro atrás dos dois. Mesmo para nós que não somos rastreadores ficava evidente o cheiro do sangue perdido pela vadia. Os diabolistas tem um cheiro muito particular, fétido, que lembra carne podre e ácido. Tem como cheiro ser ácido? Ok…

    A cada passo que dávamos ficava mais evidente na cara de todos a vontade em terminar tudo logo para cada um poder voltar as suas rotinas. Apesar de termos nos recuperado parcialmente era agora o melhor momento para acabar de vez com a maldita sanguessuga diabolista. De nós cinco apenas Hector, Carlos e eu podíamos realmente cair no pau. H2 ainda estava sofrendo os problemas da transformação e Franz havia gasto muita energia, ou seja, na hora eu pensava somente em encontrar rápido a maldita e antes que ela viesse com outra surpresa.

    Carlos, manda todos se moverem em silêncio, mas nenhum de nos conseguiu fazer isso, afinal estávamos em meio a mata na escuridão total. Mesmo com a visão aguçada que possuímos os galho, folhas secas e arbustos formavam a sintonia perfeita para nos denunciar.

    Shiiiii insistiu ele… Mas antes que consiga terminar de falar uma granada de fumaça explode ao seu lado e o impacto o derruba. O forte barulho atordoou nossos sentidos e o susto nos dispersou. Olhei perdido para os lados e segui o que parecia ser o brilho da espada de Hector. No entanto antes que pudesse me aproximar do pirata sou atacado pelo maldito peludo, que em forma de humanoide agarra minha perna e me joga contra uma árvore.

    Sinto o estalar de algumas costelas e ao tentar me segurar em algo para pegar equilíbrio levo um chute na altura do ombro. Nos engalfinhamos então pelo chão, enquanto tentava começar minha transformação, mas não consegui haja vista que é algo que precisa de certa concentração. Nessas horas em meio a socos e agarrões é difícil concentrar e somente a sobrevivência fala mais alto.

    Consigo me levantar e enquanto tento aplicar um aperto em seu pescoço no infeliz ele me surpreende com um golpe de capoeira e me joga novamente contra outra árvore. Desta vez senti alguns ossos do braço esquerdo se quebrarem. Enquanto ele vinha para cima de mim, o que provavelmente resultaria em um belo estrago, vejo Carlos segura-lo e Hector aplicar um golpe certeiro com a espada de prata em seu coração. A besta peluda engoliu um uivo seco, seus olhos ficaram imóveis e ao levar as patas a espada ele se contorceu e ficou de joelhos. O velho pirata o empurrou para trás com o pé e usando sua rapidez deferiu um golpe que separou a cabeça do corpo. A rapidez do golpe foi tanta que certamente olhos humanos veriam apenas o pirata parado na frente da besta e sua cabeça caindo ao lado.

    Enquanto Carlos e Hector me ajudavam a se levantar somos surpreendidos por uma espécie de névoa escura. A névoa retardou nossos movimentos e reduziu a praticamente zero nossa visão. Mesmo utilizando a nossa velocidade e força superiores era difícil dar passos simples e por fim percebemos que estávamos presos no maldito poder de Tenébras.

    Depois de alguns poucos minutos sinto minha energia e força diminuírem, mas antes que eu vá ao chão alguma coisa forte me puxa para cima. Confesso que senti meu corpo flutuar como se a gravidade não existisse mais como em algo surreal. Na sequencia minha visão começa a melhorar e vejo ao meu lado Carlos me carregando junto de Hector para cima de uma árvore. Impressionado com a agilidade e força de um lobisomem? Tu nem imagina do que eles são capazes…

    Ele nos soltou em cima de um grande galho, onde ao longe era possível ver a fonte da névoa: a vampira bruxa com uma tênue aura alaranjada recobrindo o seu corpo.

    Antes que pudéssemos tentar falar algo Carlos foi em direção da luz e entre saltos chegou perto de um galho que ficava logo acima da feiticeira. Ele a fitou por alguns instantes, pois percebeu que abaixo de si vinha correndo Franz e H2 em direção da bruxa.

    Os dois vampiros deferiram vários golpes, mas não conseguiram desfazer o círculo mágico, que repentinamente se expandiu e os arremessou para muito longe em meio a mata.

    Enquanto achávamos que tudo ia dar errado, consigo descer da árvore com a ajuda de Hector e rumamos em direção a bruxa que já não conseguia mais manter a escura e espessa névoa.

    Ao chegar perto da vadia ví algo que nunca havia visto em todos os meus muitos anos como vampiro. Não vou conseguir transmitir em palavras tudo que ví, mas vou tentar… Carlos saltou da árvore de onde estava em forma de lobo humanoide, isso quer dizer que ele parecia uma besta de quase três metros de altura ou seja o máximo de poder que um lobisomem poderia ter, achava eu…

    Na verdade acho que a própria encarnação do lado mais nefasto de Gaia estava a nossa frente. Certamente o simples fato de olhar para Carlos faria um humano normal entrar em colapso e o que parecia grandioso aumentaria ainda mais com os atos posteriores da fera.

    Carlos precisou de poucas passadas para ficar frente a frente com a mulher e por algum tempo se encararam. A primeira a se manifestar foi a vadia que mudou cor da aura de energia que a envolvia para uma cor vermelho carmim e se preparou para receber algum tipo de golpe. O peludo em sua vez já estava a conjurar algo até que quando sua longa calda peluda que balançava muito ficou repentinamente parada. Ele abriu então os braços, dobrou um pouco os joelhos e como um relâmpago deferiu uma centena de garradas que perfuraram várias partes da  bruxa.

    Em poucos segundos  o corpo da mulher amaldiçoada foi ao chão e entre contrações e espasmos foi possível sentir o que lhe restava de não vida se esvaindo junto do seu sangue podre, até que restassem apenas um corpo seco.

    Carlos ainda de costas para nós e muito ofegante se ajoelhou em frente aos restos da diabolista agarrando sua cabeça com as duas patas. Ele resmungou mais alguma palavras em uma língua completamente desconhecida para mim e assoprou a face desfigurada do corpo. Com o ato o que ainda restara se desmanchou em cinzas até que não existisse mais nada em frente ao lobo.

    Nos aproximamos, ele estava mais calmo e já era possível ver seu rosto humano novamente. Antes que ele se levantasse diante de mim vejo algumas lágrimas esvaíram-se de seus olhos profundos. Solto então meu braço esquerdo que já estava um pouco melhor e apoio minha mão direita em seu ombro o encarando de frente.

    O peludo limpa o rosto e me fala pausadamente algumas frases que me deram mais confiança para continuar minha jornada:

    – Sonho todos os dias com o fim dessa guerra inútil… Gaia deu hoje mais um voto de confiança para o seu plano contra as trevas… Aproveite pois acabamos de pagar a minha dívida contigo e a alma do seu amigo está livre novamente!

    Voltamos todos para casa e já estamos recuperados, mas ainda fico no meu canto pensando nas palavras de Carlos. Voltei a pesquisar nossas origens e confesso que os últimos acontecimentos deixaram-me na dúvida quanto ao meu lado bestial. Será que meu lado agressivo é realmente demoníaco como insisto em idealizar sempre?

     

  • Wampir em forma de livro

    Wampir em forma de livro

    Boa noite pessoal,

    Sei que vários de vocês estão sentindo minha falta, pelo menos foi o que pude perceber em vários comunicados que recebi, mas confesso que isso foi necessário.

    Nas últimas noites recebi o contato de uma editora da Inglaterra, no qual ainda não posso divulgar o nome, mas que me convenceu a transformar minha não vida em livros. Como muitos de vocês já sabem isso já estava em andamento e faltava apenas um empurrãozinho para sair.

    De acordo com os prazos acertados vou ter de  entregar algo até o final do mês de julho, para que possam fazer o lançamento já em agosto. Sim, como vocês podem ver estou cheio de trabalho. Mesmo já tendo muito material escrito, vocês sabem que  não é de uma noite para a outra que se junta tudo em mais ou menos 300 páginas.

    Só para dar um pouco de água na boca, o primeiro acerto que fizemos engloba uma trilogia, ou seja, vocês vão ter pelo menos 3 livros contando desde os meus primeiros passos até as noites de hoje.

    Espero pode cumprir os prazos e ainda dar atenção a minha não vida e em especial a todos vocês! Nesse tempo tentarei começar algo que já queria ter feito a mais tempo que são alguns vídeos, mas obviamente isso dependerá novamente do tempo… Pelo menos alguns textos e alguns Vampirocasts serão publicados para contar como estou levando o meu lado “escritor”.

    Beijos e abraços, com certeza esse trabalho vai ser dedicado em grande parte a vocês que me aguentam dede 2008 aqui na internet.

     

     

  • Em busca da vampira assassina. Parte 1 de 2

    Em busca da vampira assassina. Parte 1 de 2

    Reunimos o grupo pegamos um jatinho e depois de um voo tranquilo sobre a Amazônia brasileira chegamos a um cais onde um carniçal do Hector nos aguardava com um barco. Não sei dizer com precisão se já era Suriname ou se ainda estávamos no Amapá, o importante é que o barco nos deixou em uma trilha de onde ainda teríamos uma boa caminhada de duas horas e pouco até o acampamento em uma caverna.

    Passamos o restante da noite e o dia de sábado descansando e preparando o ataque. Além de nós, cerca de 10 outros mercenários foram contratados, transformados em carniçais e receberam armamento e instruções sobre a missão.

    Nesses dias as horas passam muito rápido e logo depois que o sol se põe estamos praticamente a postos loucos para que tudo aconteça de uma vez. Mesmo eu que já passei por tantas situações parecidas fico ansioso, afim de que eu possa retornar logo ao meu refugio tranquilo e seco.

    O que falar do local? Muitas árvores, humidade extremamente alta, sensação de abafamento e os malditos mosquitos que surgem em nuvens quando menos se espera. Nesse tipo de local, meio pantanoso a única vestimenta compatível são as que cobrem boa parte do corpo. Eu sempre estou de jeans e colete a prova de balas, com essa roupa não me incomodei muito. O resto do povo também se cobriu com exceção do Carlos que vestia apenas uma calça solta tipo moletom, tênis velho e uma camiseta com duas vezes o seu tamanho.

    A estratégia foi simples, invadir, capturar fazendo fazer valer a ordem e a justiça.

    Dividimos o grupo em dois. O Franz, H2, alguns carniçais e eu fomos por trás como grupo de invasão e o restante do pessoal foi pela frente como grupo de ataque. Nem preciso dizer do por que que o Lobisomem foi pela frente junto do pirata sanguinário.

    Uma hora depois chegamos a uma velha mina de rubis abandonada, povoada apenas por algumas casas iluminadas por fracas velas. Duas caminhonetes e um caminhão preenchiam o que um dia já foi uma boa estrada. Além disso, uma fogueira grande era rodeada por alguns sujeitos diversos que emanavam uma grande força diabólica.

    Galego o que diabos, uma vampira que gosta de leilões e de coisas chic faz no meio do mato? Simples, existem alguns lugares na terra chamados de Nodo. Nestes lugares a energia é melhor e dizem os especialistas, tal qual o Carlos, que nestes locais as portas para viagens astrais ficam abertas por mais tempo.

    Então se elas ficam mais poderosas é um local pior para atacar, não? Muito pelo contrário mancebo, pois ninguém espera ser atacado num Nodo!

    Enfim, o primeiro grupo chega chutando com os dois pés. Algumas granadas iluminam a escura noite, muito tiros e muito sangue voam pelos ares. Não é sempre que um vampiro pirata se junta a um lobisomem sedento de carne humana em prol de algo, então imaginem a carnificina…

    Depois de alguns breves minutos é a nossa vez. Circulamos o local na sorrateira, fomos em direção ao que aparentava devia ser o covil da vampira. Antes de entrar jogamos uma granada de fumaça por uma das janelas e instantes depois a companheira da maldita sai correndo junto de dois caras. H2 os intercepta com alguns golpes da sua espada abençoada, mas é surpreendido por um lobo que surgiu do nada e lhe atacou pelas costas.

    Na sequencia outros dois peludos chegam e começa alí uma luta que resultou em muito sangue perdido a toa. Todos os caniçais de nosso grupo foram dizimados e sem o H2 era apenas mais uma vez Franz e eu contra tudo. Nesse momento um rápido flashback passa na minha cabeça e me lembro de nossa luta nos EUA.

    ***

    Depois de alguns anos de prática minha transformação já ocorre mais rapidamente e entre vários socos e garradas eu consigo liberar a minha fúria para cima do peludo. Nesse momento é como se eu ligasse o automático, muitos dos meus atos são pensados muito mais rápido e fica de certa forma simples deferir golpes fatais como os que dei no metamorfo.

    Esta fúria que nos toma é tão forte que é difícil reduzir ânsia que fecha a garganta, se meu corpo respirasse certamente estaria bufando. Olho então para o lado em busca de mais inimigos e vejo o outro lupino já ao chão e o Franz frente  a frente com a Companheira da vampira.

    Por cerca de uns dois minutos em quanto volto ao normal, Franz lê a mente da bruxa e na sequencia ele lhe dá um tapa no rosto com a parte de fora da mão, com ela já ao chão ele chuta sua barriga, se aproxima de seu pescoço e lhe suga o sangue até a morte.

    Nessa hora a briga havia chegado ao seu ponto alto, éramos momentaneamente vitoriosos, no entanto todos foram acometidos por um grito que nos atordoou gravemente. Lembro-me de ver Carlos de joelhos, franz deitando em cima do corpo da vampira e ao procurar por Hector não o vejo, mas consigo me manter em pé encostando numa árvore apoiando com a cabeça enquanto levo as mão ao ouvido.

    Era a maldita bruxa vampira que surgiu de dentro da entrada da mina com mais dois peludos em forma de lobo.

    Mesmo depois do grito estridente parar ainda é difícil voltar a realidade. Não ví a hora que Hector partiu para cima da vampira, mas foi ele que a fez parar de gritar com um golpe de espada que lhe perfurou o peito. Com este golpe ela se encolheu mas teve força para desequilibrar o pirata e sair fugida mata a dentro.

    Um dos peludos a seguiu e para o azar de Hector o outro lhe desferiu vários golpes enquanto tentava se levantar.  Mesmo atordoado Carlos em forma de humanoide consegue se aproximar dos dois, e arranca o lobo de cima de Hector. Eles lutam por alguns instantes e depois de alguns granhidos Carlos finaliza a luta com uma pedrada na cabeça do lobo. Depois disso Hector levanta-se e com sua espada de prata corta a cabeça do infeliz.

    ***

    Depois de alguns instantes de atordoamento eu consigo me aproximar de Hector e Carlos e separa o que iniciaria uma briga. Procuro por Franz e não o vejo de imediato, mas algum tempo depois o vejo perto de H2. Começava ali um ritual improvisado que traria o velho caçador para o lado de quem ele perseguiu por tantos anos.

    Hoje mais calmo eu vejo que realmente seria um grande desperdício deixar para morrer um cara com tantas habilidades como ele. No entanto Franz vai ter muito trabalho barra domesticar a sua nova cria.

    Algum tempo depois do ritual, nos alimentamos com o resto de sangue que encontramos nos restos mortais dos que lá estavam. Obviamente tudo isso foi muito rápido, pois ainda tínhamos dois alvos escondidos em meio a selva.

    Carlos começou a fazer o que sabe de melhor e nos levou mata a dentro atrás dos dois…

     

  • Antes do 1° ataque a vampira assassina

    Antes do 1° ataque a vampira assassina

    Isto aconteceu a alguns dias, antes de ganharmos a primeira batalha ontem…

    Eis que se iniciou uma nova batalha. De um lado duas vampiras com todo o seu exército de seguidores e do outro eu. Claro que não estou sozinho e nas linhas abaixo vocês poderão ver na prática como os contatos são necessários para a sobrevivência.

    Depois que o Zé se foi, precisei juntar forças do além para me controlar e não sair por ai fazendo besteira. Afinal, sempre que nos tiram algo a primeira ideia que surge é sair por ai querendo fazer justiça com as próprias mãos. Todavia, quando o assunto envolve vampiros as regras são bem diferentes.

    Um vampiro que mata vampiros, é tido como um párea de nossa sociedade e a punição para tal ato é a morte. Essa punição geralmente é lançada pelos Regrados e divulgada de imediato aos quatro cantos do universo. Por se tratar de uma das maiores punições ela demora um pouco para ser decretada. Neste caso como minha família está envolvida foi um pouco mais fácil conseguir o aval.

    Depois de ter ido a alguns lugares, de ter conversado com informantes dos mais diversos lugares eu resolvi juntar uma equipe de especialistas para dar fim nesta ameaça. Ter trabalhado com os mais experientes em Berlin me permitiu ter uma visão mais apurada dos fatos e principalmente de quem poderia ser útil nesta caçada. Caçadas de vampiros são sempre difíceis então nada melhor que gente de fora da instituição para fazer o serviço.

    O primeiro a ser chamado foi um cara que já saiu algumas vezes comigo e que só não é mais próximo em função do seu sangue. Já discutimos algumas vezes sobre nossa situação no mundo, mas quase sempre temos um impasse. Carlos é um peludo e como todos da sua espécie é um tanto quanto seco, direto e um pouco mais nervoso que a maioria. A história com esse peludo é longa e será contada em seu tempo, mas o conheci a pouco mais de 70 anos enquanto estive no Chile em uma das minhas fases exploratórias e na época nos livramos de alguns inimigos em comum.

    Além do Lobo rastreador, me ajuda nessa operação o vampiro pirata Hector. Amigo de longa data, aventureiro nato, cujo algumas de nossas histórias juntos já foram contadas por aqui.

    Obviamente Franz meu irmão de longa data está comigo nessa e para surpresa de todos trouxe consigo o H2, lembram-se dele? Isso também é uma longa história, mas vale aqui aquele ditado: ”Se não pode vence-los é melhor juntar-se a eles”.

    Hoje já estamos voltando para o Brasil e durante o dia contarei mais detalhes dessa última empreitada. Já disse que eu escrevo para me acalmar? Bom nesse momento isso é extremamente importante haja vista que a vadia esteve em minhas mãos, mas conseguiu fugir novamente.

    Pelo menos temos um novo membro no clã… H2 foi transformado!

     

  • FanArt da Vivian

    FanArt da Vivian

    Este FanArt é da Vivian, que fez um belo click do por do sol e aproveitou para mandar junto um elegante poema sobre a sua visão do despertar de um vampiro, além de algumas fotos pessoais.
    Quero deixar um registro aqui: Tenho um certo “fraco” para as ruivas =)

    Além disso, queria ouvir a opinião de vocês sobre algo: vocês se sentem bem quando possuem algumas fotos publicadas por aqui?

    O despertar

    Acordo confusa e me pergunto onde estou?
    Olho para os lados e vejo o que restou daquela noite,
    Sem saber o que faço um caminho eu trilho
    Por esta noite sombria de céu vazio
    Na simples esperança de encontrar algo que me faça lembrar tudo…

    Olho lá no fim da estrada e te vejo
    Sem mero entendimento você corre, para bem longe
    Não estendo o porquê disso
    Estão vou ao seu alcance..
    Esta tudo tão estranho, pois vejo o mundo diferente
    Sinto fome, uma fome sobre humana, uma fome que não é comum,
    Uma fome forte e agonizante,
    Sem entender o porquê..
    Sim uma fome de sangue!

    Não sei o que fazer, caminho pela rua com adrenalina a mil,
    Todos que me olham me evitam, fogem..
    Então paro em frente a uma espelharia,
    E me recordo de tudo,
    Então percebo que o despertar aconteceu!

    Corro, corro, o mais longe possível,
    Vejo que ainda tenho muito para aprender nesse novo mundo,
    Nesse mundo estranho,
    Sem conseguir conter esse mal que tanto me atormenta.

    Caminhando pela floresta, nessa noite sombria
    Em busca de ajuda, em busca de alguém que ira me fazer bem,
    Que ira dividir esse mundo comigo, por toda a eternidade..
    Em busca de alguém que fará meu coração bater,
    Em busca de alguém que me fará sentir novamente o calor,
    E a chama de uma paixão!

     

  • Continuo perseguindo a vampira assassina

    Continuo perseguindo a vampira assassina

    Em meio as mudanças feitas no site no últimos dias, eu também estive passando o meu tempo me dedicando a resolução de alguns outros problemas. A não vida de um vampiro sempre é rodeada de problemas, então essa primeira frase não foi um desabafo e sim um relato.

    Nesse sentido, eu começo a ver que um problema pode gerar outro problemas. Confesso que depois de algumas idas e vindas  dos últimos dias eu acredito que quem disse isso estava completamente certo.  Então o negócio é começar a resolve-los, não é senhor Galego?

    Semana retrasada, a Beth foi cuidar da sua vida e nos distanciamos. Sinto muito a sua falta, ainda mais por que ela foi meu primeiro porto seguro depois que acordei a alguns anos atrás. Porém o tempo passa e não adianta ficar reclamando. Não é por que tenho a vida eterna que posso me dar ao luxo de me entregar a uma dorzinha de cotovelo.

    Na semana passada mesmo eu fui atrás de algo que incomoda muito, a resolução da morte do meu amigo e irmão Zé.  Algum tempo atrás o Franz e eu descobrimos algumas pistas do paradeiro da maldita vampira que consumiu a alma do meu irmão, uma nômade sem endereço fixo. Faz o papel da típica vampira que fica em uma região por um tempo e depois foge com o rabo entre as pernas quando começa a ter problemas. Isso obviamente tem dificultado as buscas, mesmo com vários na sua cola, afinal ela já é tida como uma ameaça a ordem.

    Então, apesar de eu estar revendo algumas coisas para o novo formato do site eu também estive em contato com alguns seres afim de continuar a busca pela assassina. Confesso que as vezes ainda me impressiono como certas coisas que nunca mudam, como o fator dinheiro. Tendo ele é sempre mais fácil conseguir o que se precisa: uma arma, um documento ou até mesmo uma vida ou uma morte.

    A ação será em breve: já tenho um nome verdadeiro, os pontos fracos, os fortes e quem vai apoiar…

    Aguardem a continuação desta novela nos próximos dias, quem tem simpatia pelos lupinos vai adorar a história!

  • A fé e os vampiros

    A fé e os vampiros

    Recentemente foi lançado o filme Padre (Priest), apesar de já ter lido algumas resenhas como esta, eu ainda não o ví e portanto não farei pré julgamentos com relação a história e sua temática. Todavia, como sei que esta história levanta muitos boatos e principalmente trás a tona muitas ideias, principalmente relacionadas a fé, eu irei falar um pouco da nossa relação com a crença em Deus e o poder que rege a vida.

    Certamente tu já deves ter lido nos meus textos por aqui onde falo sobre a origem dos vampiros. Obviamente já deves ter visto que eu sempre digo que não sabemos de onde viemos,  afinal tivemos a mesma origem que os humanos e apenas recebemos uma espécie de upgrade. Ok, esse upgrade ou atualização nos custou a vida, o sol e acabou nos trazendo milhares de problemas que muitos de nós apenas deixam rolar.

    Em função disso, frequentemente ouço a pergunta: Galego, por que os vampiros são afetados pela fé? Sinceramente não sei meu caro mancebo, mas vou tentar explanar um pouco sobre as possibilidades. Alguns dizem que somos manifestações malignas, que temos uma ligação com demônios, magia negra e até mesmo que somos de outro planeta. Enfim, as teorias são bem amplas e cada um acredita em algo .

    No entanto preciso deixar claro que a fé, seja ela lançada por um padre, por um bispo, por uma criança ou até mesmo por algum objeto abençoado, pode fazer muito mal a um vampiro. Isso obviamente já pode ser explicado através de uma ciência humana chamada de física quântica, que cada vez mais tem conseguido explicar certas relações ainda obscuras entre a mente e a matéria.

    Longe de mim difamar a fé, mas ela faz parte do que se pode chamar de manifestação do pensamento e pode ser tanto usando para o lado digamos positivo ou para o lado negativo. Calma mancebo, eu não andei lendo livros de autoajuda. Apenas quero te fazer entender que não é apenas pelo fato de que o cara é um padre que ele nos fará mal, mas sim pela situação de que ele sabe como manipular as energias, entendes?

    Existe já a algum tempo muitos caçadores de seres sobrenaturais que descobriram o poder da fé (mente) e se utilizam dela para nos prender, maltratar ou até matar. Esse poder da fé pode ser aplicado a armas que nos causam mais sofrimento, pode ser usado em forma de submissão mental e até mesmo como telepatia ou telekinesis.

    Todavia, ai que entra o que eu havia falado anteriormente, a fé ou como eu prefiro chamar ”magia verdadeira”, pode ser utilizada tanto para o bem como para o mal. Afinal originalmente ela é bipolar e vai depender de quem a canaliza. Independente de ser um padre, um lobisomem, um vampiro ou ainda uma bruxa ou um humano normal, ou seja, qualquer um pode domina-la e utiliza-la como achar melhor.

    Portanto mancebo se és um vampiro novo, fique atento ao entrar em igrejas, fique de olhos mais abertos ainda ao passar por um convento e acima de tudo lembre-se do nosso lugar. Podemos ser fortes, mas há uma lei que diz que todos possuem as mesmas chances e as mesmas oportunidades de sobrevivência, independente da sua casca e de seus vícios. No mundo mental as diferenças são ainda menores!

  • Vampiro de mal humor

    Vampiro de mal humor

    Esta noite aconteceu algo um pouco diferente comigo, mas nem tanto.

    Como a Beth ainda está longe eu tenho passado minhas noites vagando por ai em busca de novidades e indo a lugares no qual nunca vou normalmente. Costumo praticar aquela ideia de que quando andamos por ruas diferentes descobrimos coisa diferentes, o que acaba resultando por consequência em novos aprendizados.

    Nesta noite que passou de quinta-feira para sexta-feira, encontrei um bar novo em uma fábrica fechada e próxima a um viaduto. Sabe aquele lugar no qual sempre passamos mas nunca damos muita bola? Confesso que só percebi este em função de minha audição aguçada e de algumas luzes que piscavam por trás de algumas janelas escuras e sujas.

    Fiz alguns breves contatos e soube que era uma baladinha alternativa, mas sem perigos (aparentes) aos sanguessugas.

    Estacionei a moto, desta noite a HD, em uma rua próxima e fui para a baladinha. Sempre fico com um pé atrás quando a porta da balada é fechada e não tem nenhuma alma penada cuidando, mas resolvi mesmo assim me arriscar nesta investida.

    Bati na porta que era de ferro enferrujado com o bico da bota e poucos segundos depois  ouço passos e alguém na sequencia a arrasta lateralmente. Surge então uma mulher grande e forte quase do meu tamanho (1,90) trajada com um elegante terno preto, camisa preta e gravata preta. Óculos preto estilo Ray-Ban e sapatos cuidadosamente lustrados e brilhosos completavam o look da gigante.

    Ela me olhou de cima em baixo, baixou um pouco os óculos sobre o nariz para me ver melhor e me disse:

    –       Tem convite?

    Fiz um sorrisinho de canto de boca,  me aproximei dela e a uns 40 cm de distância de seu ouvido lhe digo:

    –       Preciso?

    Ela então se afasta um pouco para trás, abre o paletó e me dá um cartão verde escuro quase preto, onde havia escrito apenas “VP“ com uma tinta prateada e já um pouco gasta. Penso em perguntar algo, mas ela abre um pouco mais a porta para que eu entre e me acompanha por um corredor escuro que leva para uma escada até uma porta. Ela abre então a porta e lá estava a baladinha.

    O ambiente era de fábrica, muitos corrimões de ferro, dois bares, algumas mesas e cadeiras de ferro, alguns sofás, alguns coqueiros altos. Um DJ em uma pick-up e várias pessoas diferenciadas. Haviam góticos, play boys, patricinhas, gente sem definição e até alguns engravatados mais excluídos. Acho que depois de tanto tempo indo a lugares de gosto duvidoso eu já não vejo tanta coisa estranha.

    Enfim, fiz o procedimento Galego de sempre, olhei ao redor para perceber, imortais, fucei pelo bar, dei um pulinho pelos banheiros. Isso tudo vai parecer estranho para alguns, mas infelizmente é uma rotina necessária quando se possui muitos inimigos como eu e se está em um local diferente e ainda desconhecido.

    Para minha sorte era apenas um lugar diferente então resolvi sacudir um pouco o esqueleto, dancei por alguns minutos. Algumas meninas tentaram flertar comigo, mas não estava com cabeça para tal coisa, nem mesmo para brincar. Já faz algum tempo que venho pensando na Beth e em como nossa situação vai ficar e isso com certeza é o maior dos meus problemas pois realmente amo ela.

    Uma hora e pouco la dentro, já passava das 2 da manhã e resolvi ir embora. Passei no caixa, paguei a quantia mórbida de R$100 reais e fui para minha moto. Para quem achava que essa noite não ia dar em nada vejo ao longe um cara montado na minha moto, que conversava com um outro que estava encostado no muro fumando algo.

    Existem noites em que até uma briguinha não é bem vida e continuei normalmente até chegar perto da moto, onde parei e fiquei esperando o cidadão se levantar. Acontece que os dois continuaram conversando e nada de se levantarem. Sabe eu juro que tento ser paciente, mas nos últimos anos as pessoas insistem em fazer merda. Será que alguém pode me explicar por que alguns humanos precisam levar uma boa surra de vez em quando?

    –       Amigão preciso ir, será que tu se podia levantar dai?

    Para encurtar um pouco a história, o cigarro do outro cara foi parar dentro do ouvido do babaca que estava infectando o banco da minha moto. Já que ele parecia ser surdo nada melhor do que usar os ouvidos deles para apagar a bosta do maldito cigarro que estava me incomodando.

    Sim estou numa fase ruim…

  • Morte versus amor:  Aviso!

    Morte versus amor: Aviso!

    Hoje a minha querida Beth estão fora de casa e irá ficar por pelo menos um tempo até que sua família fique bem.  O tio da Beth foi acometido por um câncer há uns cinco anos, conseguiu se recuperar, fez transplante de rins, mas desde quinta passada acabou entrando em coma em função de uma pneumonia. Esta pneumonia foi muito cruel e o levou ao falecimento ontem pela manhã.

    É um momento de dor para toda a família da Beth e me dói muito não poder estar perto dela para lhe confortar, haja vista que ele lhe era praticamente um pai.

    A morte já é minha parceira a muitos anos, confesso que as vezes acho que já me acostumei com essa parceria. No entanto, é nesses momentos em que a dona morte rompe o amor entre as pessoas que eu vejo como ela pode ser cruel, com todos sem exceção.

    Outro dia inclusive me perguntaram se um dia eu transformaria a Beth. Já pensei nisso, mas é algo extremamente complexo, afinal eu seria como a morte e romperia novamente o fluxo normal da vida.

    Tem gente que acha que ser vampiro é fácil, mas sempre se esquece de que isso não é uma brincadeira de criança…

    Quem dera eu pudesse não me apaixonar, quem eu não tivesse de ser o carrasco que precisa escolher quem vive ou quem se vai. Quem dera um dia eu fosse mortal de novo…

    Odeio quem quer essa maldição pra si e não tenho piedade nenhuma em atacar quem não ama e valoriza sua própria vida. Fique atento, eu posso puxar muito mais que os teus pés a noite!