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A magia e os vampiros – pt5

Uma longa história que se iniciou nas épocas medievais e pelo que ela nos disse dura até hoje. Mais uma daquelas sociedades secretas Ferdinand? Sim, mancebo e uma composta em sua maioria por peludos. A tal Labraid Lámh Dhearg, cuja tradução remete à “Mão vermelha” e que além de todos os interesses lupinos, também exerce poder sobre o mundo dos magistas. Veio até nós na forma daquela loba loira de bumbum empinado…

Eu assumo que Claire, não é apenas um pedaço, mas sim o mau caminho inteiro. Cheia de atitudes, original, forte brarinha do jeito que eu gosto. Porém, Sebastian foi quem literalmente babou e despertou um interesse maior que o meu na bela senhorita. Sendo ele membro da Ordo Dracul, obviamente não faltou assunto até o “local seguro” no qual ela estava nos levando.

Apesar de tanta conversa Claire ainda não havia falado sobre os seus reais interesses em Hadrian e tanto ele como eu, estávamos receosos sobre os planos de tal organização. Então depois de alguns minutos chegamos a um galpão no meio do nada e bem longe do centro da cidade em que estávamos. Algumas poucas lâmpadas incandescentes amareladas iluminavam o lugar e aquele nevoeiro típico do inverno em regiões litorâneas, garantiram um clima ainda mais sobrenatural a situação.

Logo na porta um velho com cabelos longos e cinza nos aguardava. Ele vestia uma camisa xadrez vermelha, calça jeans, botas longas de couro marrom e nas mãos exibia o que parecia ser uma 12 ou similar. Sem mais delongas desembarcamos e ele foi nos falando:

– Já era em hora, mas precisava trazer os três?

-Calma pai, era isso ou eu iria chamar muito a atenção para a o lugar.

– Que merda, entrem então!

Naquele instante percebemos a origem do jeito “nervoso” de Claire.

Ao entrar vimos um lugar simples, alguns colchonetes, repleto de malas e algumas caixas de isopor. Alem disso, havia também muitas armas, inclusive algumas granadas, o que me levou a crer que eles estavam preparados para uma possível guerra.

– Já contou a eles sobre a O.T.O.?

– Não pai, eles estavam mais interessados em mim e na minha calça, não é mesmo Ferdinand?

Naquele momento se eu fosse humano certamente estaria com as bochechas coradas. Então abri um sorrisão a fim de quebrar o gelo. Obviamente ninguém havia entendido a piada, além dela, então resolvi fuçar mais um pouco.

– Ahhh, mas quer dizer então que a senhorita além de ser uma bela espadachim, também tem dons mentais?

Apesar de meu jeito mais descontraído ela manteve o charme, talvez por estar perto do pai e apenas comentou me desdenhando.

– Nem imaginas do que sou capaz…

Depois disso tudo aconteceu muito rápido e tentarei não poupar os detalhes de que me recordo…. Conversamos por mais um tempo, lembro que eu comentei que estava para amanhecer dentro de alguns minutos e o senhor foi até gentil e disse que poderíamos ficar por ali até a próxima noite. Depois disso, a conversa foi para o rumo desejado e finalmente Hadrian virou o centro das atenções.

– Imagino que minha filha tenha fugido do assunto e se o fez foi por que lhe pedi. Como vocês já devem ter percebido eu vou direto aos assuntos e é por isso que o Hadrian irá conosco hoje à noite.

No exato momento em quem ele terminou a frase, Claire se movimentou muito rápido a ponto de meus olhos não acompanharem. Passou provavelmente por trás de mim e quando percebi estava preso por alguma espécie de corda ou fio extremamente forte. Com os braços imobilizados eu não pude fazer outra cousa se não empurrá-la para trás contra uma das paredes. Com a força do impacto uma das janelas abriu e iluminou parte da sala com vários raios de sol matinais.

Praticamente ao mesmo tempo em quem Claire tentava me conter, o seu pai se transformou na forma diabólica Lican e incitava naquele instante uma luta épica, daquelas que certamente ficará por um bom tempo em minha memória.

8 comentários

  1. Olá Fê sou novíssima por aqui,acabei de me inscrever ,já posso dizer que estou adorando a forma como vc escreve…

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