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O retorno do Doutor – Pt 1

Um calafrio percorreu a espinha do delegado Carlos Eduardo Guimarães quando ele, em pessoa, deixou a delegacia e se deslocou até o local onde, duas horas antes, vizinhos fizeram uma denúncia de mau cheiro. Quando o investigador, de maneira informal, comentou que estava indo até o bairro João Paulo, área nobre da cidade de Florianópolis, atender uma denúncia que, provavelmente resultaria em um cachorro, ou gato morto em uma tubulação de ar condicionado, algo simplesmente ligou o sinal de alerta do experiente delegado. Quase cinco anos atrás, quando Cadu, como os amigos o chamavam, era um investigador da Polícia Civil, a cidade também vivia um período de calmaria, e como agora, nesse início do ano de dois mil e treze, uma denúncia aparentemente boba fez com que a calmaria se transformasse em uma tempestade de sangue, morte e medo. Naquela época Cadu investigou uma série de assassinatos brutais que, simplesmente cessou antes que ele pudesse capturar o assassino. O assassino, sem identidade, alcunha, nome, se transformou em uma lenda urbana em Florianópolis, e como todas as lendas, logo foi substituída por outras.

Quando a porta da luxuosa casa foi arrombada, o cheiro de carne podre fez com que dois ou três jovens policiais recuassem, controlando o asco e a ânsia de vômito. Assim que a porta foi aberta, Cadu teve certeza de que, mais uma vez, ele perderia muitas noites de sono devido aos pesadelos terríveis que lhe açoitariam como a chibata de um carrasco. É, ele precisaria visitar a psicóloga gostosa que o departamento de polícia civil de Florianópolis contratara no mês passado…

——–

Hirma, Alessandra, Helena… Durante toda sua vida, e sua não-vida, o Doutor estivera a mercê dos encantos que sentia pelas mulheres. Mesmo hoje, uma criatura morta-viva saída de um pesadelo, começava a sentir falta de um novo encanto feminino. Quatro anos se passaram desde que o Doutor deixara Florianópolis, a cidade que cheirava magia – e podridão, segundo ele – para acompanhar Helena em uma viagem pela Europa. Juntos, as duas criaturas deixaram uma longa trilha de corpos por praticamente todos os países da comunidade europeia. Fora a lua de mel de Otto e Helena, mas ao final dos quatro anos, Otto simplesmente olhou para o lado e cansou-se daquela brincadeira, Helena matava sem qualquer requinte, pouco ligava para os ensinamentos que a dor proporciona, enfim, ao final de quatro anos, Otto von Bastian cansou-se daquela cadela vulgar e decidiu voltar a ser quem ele era, O Doutor.

De volta, o vampiro sentia-se deprimido, sozinho, ele jamais fora uma criatura solitária, apesar de suas práticas não-ortodoxas – mesmo para uma criatura da noite – ao longo de seus quase cem anos como vampiro, O Doutor não conseguia lembrar de uma solidão e tédio tão avassaladores quanto aquele que sentia.

Dezembro já passava de sua metade, aproximava-se de uma data que o Doutor simplesmente era apaixonado, o Natal. No Natal as pessoas ficavam mais tranquilas, mais bondosas, como se todos os pecados cometidos ao longo do ano tivessem sua absolvição garantida no infame “espírito natalino”… Era também a época que as pessoas ficavam mais despreocupadas, esquecendo-se que algo terrível sempre os espreita das sombras. Sentado tranquilamente embaixo de um banco da praça quinze de novembro, o Doutor folheava o jornal do dia anterior, a noite já era avançada, e a praça agora era o território de viciados em crack, prostitutas de baixíssimo nível, e mendigos. De alguns, o Doutor sentia genuína pena, de outros genuíno nojo, especialmente por aquelas mulheres sujas que vendiam seu corpo a bêbados, drogados e maníacos sexuais. Observando uma jovem viciada, o Doutor sorriu para si mesmo lembrando do Natal de 1975, quando ele, em visita na cidade de Atlanta, presentear um adolescente vítima de bullying com uma motosserra. O Doutor observara o adolescente por dias, vasculhara a sua mente, até chegar em seus desejos mais sombrios, a partir daí foi fácil, um presente e uma sugestão mental para ele fazer aquilo que sentia vontade. E na noite de Natal, com toda a família reunida, o jovem finalmente libertou-se de sua dor. O Doutor pensou em como estaria Gregory, seu pupilo, que naquela noite de libertação virara capa dos principais jornais dos Estados Unidos, após chacinar toda sua família, fazendo-a em pedaços obscenos de carne retalhada. O Doutor permitira que Gregory passasse cinco anos no corredor da morte, e na noite de sua execução, ao invés da injeção letal, O Doutor deu-lhe seu mais precioso presente: sua maldição.

De fato, o natal o inspirava tanto, que ele decidiu que era chegada a hora de espantar aquela depressão que insistia em se abater sobre ele. Levantou-se, espanou as folhas da figueira que caíram sobre seu chapéu, e com o sorriso característico nos lábios, pôs-se a assobiar sua melodia favorita. A garota viciada, enchendo-se de coragem, aproximou-se da sinistra e quase caricata figura que deixava a praça.

– E aí tio, tem um trocado? – Questionou a moça.

O Doutor parou seu assobio de maneira tão súbita que a menina achou que ele lhe daria um soco, ou algo parecido. Mas, diferente do que imaginara, o homem virou-se para ela ainda sorridente.

– O que você pretende fazer com esse trocado, criança? – Respondeu o Doutor com uma pergunta.

– Ah tio, sabe como é…

– Não, minha querida, não sei, me conte? O que você faria se eu ao invés de lhe dar trocados lhe desse isso? – Questionou o Doutor tirando duas notas de cem reais do bolso e deliciando-se com o olhar desesperado da jovem.

– Nossa, dá pra comprar um monte de pedra com isso aí, tio! – Disse a jovem, quase não conseguindo se conter, sua vontade era agarrar as notas e correr o mais rápido que pudesse. Mas algo no aspecto incomum daquele homem lhe dizia que se fizesse isso ela dificilmente conseguiria dar mais do que dois passos. O homem tinha uma aparência bizarra e fascinante ao mesmo tempo, sua pele era extremamente pálida, não era um homem bonito, mas a inteligência exalava dele como perfume, não era alto, pouco mais de um metro e setenta e cinco, estava um pouco acima do peso, mas longe de ser obeso, mas era, com toda certeza o sorriso que ele tinha nos lábios que deixava a jovem viciada inquieta e fascinada: era um sorriso quase que lupino, o sorriso de alguém cujo raciocínio já estava segundos a frente de qualquer outra pessoa.

– Sim, um monte de pedra! E eu aposto que você faria qualquer coisa para que eu lhe desse esse dinheiro não é mesmo? – Perguntou o Doutor.

– Tu quer trepar? Vamos ali do lado, posso te fazer um boquete… – Disse a jovem, pouco mais que uma criança, ansiosa para ganhar seu prêmio e correr para o primeiro traficante que encontrasse. Ela chegava a um ponto tão degradante de seu vício que pouco se importava em abrir as pernas ou fazer sexo oral em um desconhecido, tudo que importava era que o desconhecido tinha duas garoupas azuis que fariam da noite daquela jovem uma imensa viagem. O Doutor se deliciava quando os viciados chegavam a esse ponto, eram como cães ansiosos por fazer os truques que seus donos mandam, apenas para ganharem suas recompensas. Durante sua carreira como psiquiatra ele conviveu com vários viciados, e todas as vezes o Doutor aprendera um bocado testando os limites daquelas mentes destroçadas por substâncias ilícitas.

– Não minha jovem, não quero trepar, nem um boquete, e uma menininha como você não deveria usar desse linguajar, não fica bem para você! Ao invés de sexo, vamos fazer um jogo, ao final dele, se você cumprir todas as provas eu lhe darei o dinheiro, que tal?

– Pode ser… – Concluiu a jovem, desesperada mas achando tudo aquilo estranho.

– Bem, caminhe comigo. Qual o seu nome, criança? – Disse o Doutor, dando o braço para que a garota o segurasse. Depositou sua mão gélida sobre a mão magra da menina, que sentiu um calafrio percorrer sua espinha.

– Ju… Julia…

– Julia é um nome recatado demais! Não é o nome de uma jovem que estaria na rua a essa hora não é mesmo? Não! Hoje você se chamará… Vejamos… Hirma! – Disse o Doutor, rindo de si mesmo pela idéia genial de chamar uma prostituta viciada pelo nome de sua mãe.

– Hirma??

– Sim, criança, Hirma! É o nome de minha querida mãe, ela era uma mulher difícil, minha saudosa Hirma. E ela era assim, uma coisinha desesperada, como você. Então aí está sua primeira tarefa, Hirma, vê aquele homem no chão? O mendigo? Pegue a garrafa que está do lado dele e estoure-a na cabeça dele! – Disse o Doutor em um tom tão casual que era como se ele pedisse pra jovem lhe comprar um café, ou atravessar a rua…

– Mas… – Abriu a boca a jovem.

– Sem mas, Hirma, você não quer seu trocadinho? Pense em quanta pedra você poderá fumar, sem abrir as pernas hein?

– Tá… eu faço.

A jovem esgueirou-se, silenciosa como um camundongo, e o mendigo que estava bêbado e caído nem percebeu quando Julia apanhou a garrafa vazia de cachaça. A jovem olhou o homem por alguns segundos, por um lampejo de instante ela hesitou, em um dos raros momentos de lucidez, quando ela lembrava-se de sua casa, de sua família, do pai e da madrasta que Julia odiava, mas que, no fundo, fizera o papel de sua mãe. Por um breve instante ela hesitou, ela queria sair daquele monte de merda que sua vida se transformara, tinha dezesseis anos recém-completados, estava há seis meses na rua, e lá no fundo, tudo que Julia queria era aninhar-se no colo do pai e simplesmente chorar. Mas então ela sentiu a presença daquele homem sinistro atrás de si, imediatamente ela lembrou-se do sorriso lupino, e lembrou do dinheiro, e do que o dinheiro lhe proporcionaria. Quando deu por si, a garrafa já estava em cacos, e da cabeça do homem – agora desmaiado – o sangue jorrava em uma torrente vermelho-vivo. O Doutor olhou para o sangue extasiado, sangue de mendigo não era uma refeição digna, ainda que ele nunca entendesse as manias de alguns vampiros, sangue é sangue. Ele abaixou-se chamando a menina para perto de si. Tocou o pescoço do mendigo e disse:

– Ele morrerá, vê esse corte? Você acertou-o em cheio Hirma!

Julia olhou o sangue jorrando, e novamente a lucidez veio a tona, a jovem pôs-se a chorar e soluçar incontrolavelmente repetindo e implorando para que o Doutor ajudasse o homem que agonizava. Com uma tranquilidade perturbadora, o Doutor aninhou a criança nos braços, como um pai amoroso e disse:

– Shhhhh… shhhhh… calma, criança, calma… Tudo ficará bem… vamos ajudar o pobre homem, sim?

O Doutor colocou a menina sentada de maneira gentil, Julia olhou incrédula quando o homem tirou a fina lâmina do bisturi do bolso de seu casaco. Ela estava paralisada, aterrorizada, tudo que conseguiu fazer foi gaguejar algo incompreensível enquanto o Doutor passou a lâmina na garganta do homem, um corte fino e preciso, que abriu de uma jugular a outra fazendo o sangue jorrar farto. Em choque, Julia começou a tremer e soluçar, não demorou muito para que o sangue do homem, que agora tinha seus últimos espasmos, ensopasse Julia. O Doutor levantou-se e observou a cena, os segundos finais de uma vida, somados a flor da juventude, era algo poético e belo, e o Doutor sentiu vontade de imortalizar aquilo em uma tela. Usando seus poderes da mente, o Doutor entrou na cabeça da jovem, e deleitou-se com o que viu. Ela estava a um passo da insanidade, o que ele fizera arrancara o desejo pelo crack, substituindo por algo muito mais intenso que isso: o pavor.

O pavor era a sua droga, como ele ficara tanto tempo longe disso? Ele se perguntou. O barulho das sirenes o tiraram de seus devaneios, mas ele ainda não acabara com Julia, por isso, tomou-a nos braços e a levou até seu carro, estacionado há algumas quadras dali. Seu trabalho com o mendigo se encerrara, mas havia muito mais guardado para aquela jovem viciada, pois o Doutor estava de volta a ativa, e ele estava mais faminto do que nunca…

44 comentários

  1. Cada dia que passa fico tão sem palavras, fascinada e consigo rir das historias do Doutor!
    Doutor já tens mais uma fãn 😉

  2. Tenho uma palavra SURPREENDENTE… e aguardo a continuação… vejo que o Doutor voltou com tudo mesmo…

  3. Surpreendente sim..mas perturbador também. Boa escrita Doutor. 🙂

  4. Estou louca para ler a 2 parte. Doutor suas histórias são muitos boas.É Janielly Rodrigues O Doutor tem váris fãs rsrsrsrs.

  5. Crianças, assim vocês me deixam tímido… só que não 😉

  6. não há motivos para ficar tímido Doutor rsrs
    sou sua fã

  7. Uma estoria surpreendente, meu caríssimo Doutor, sua mente parece um labirinto, onde a dor se encontra com o prazer, que ao contar com detalhes , chego a quase sentir sua dor e prazer, o que me parece em vez de ser algo ruim , me parece como uma melodia doce, sutil, e com momentos de adrenalina. Não sei se consegui me expressar, já que há poucos momentos depois de ler esta estoria ainda sinto meu coração batendo forte. Será medo? Ansiedade para ler a continuação? Ou as duas coisas? RSRSRS

    • Tem certeza que quase sente a minha dor e o meu prazer, cara mia? Seu coração batendo forte me soa como poesia, nada me deixa mais inebriado que um coração batendo de forma ritmada, cujo ritmo vai diminuindo a cada gole… e de fato, os limiares entre dor e prazer, vida e morte, para sempre irão me fascinar 😉

      • Ah meu caro Doutor, vamos dizer que sou daquelas poucas pessoas que ao ler conseguem visualizar as cenas descritas de tal maneira que quase chego a sentir o perfume, ou o odor que é descrito, imagine então o turbilhões de sentimentos que creio que o senhor senti. Quanto ao fato de saber que o fato de meu coraçãozinho bater forte com seu relato o deixou inebriado, me fez imaginar o que o senhor não daria por chegar tão perto de alguem que o olhe de uma forma que tu não saibas descrever o que esta pessoa realmente sente, se é medo, ou apenas cuidado, afinal o senhor me parece alguem que não devo nunca abaixar a guarda nem dar as costas rsrsrsrs, muito menos mostrar meu pescocinho rsrssrsrsrsr Espero ler em breve a 2º parte da estoria 🙂

        • Criança querida, sua guarda sempre estaria baixa, visto que eu entraria em sua mente e beberia de suas memórias como um sedento em um deserto… dar-me as costas? Ora, isso é relativamente seguro… como já disse antes, vocês nada tem a temer… Um pescoço exposto não é algo que atiça meus instintos mais primitivos… já o cheiro de medo, de inocência… ahhh criança, isso é como o crack para a doce Julia…

          • Ao ler suas palavras senti uma pontada de vontade de ter esta chance de me encontrar com o senhor, mas creio que não é sábio de minha parte provocar-te para saciar minhas duvidas quanto aos seus dons de entrar em minha mente. Há certos segredos que não devemos expor, mas não posso negar que fiquei tentada 🙂 . Fico aliviada em saber que meu pescoço estaria a salvo perto de vossa senhoria, afinal preso muito esta região tão delicada, e minha vida tão cheia de energia para mim esta sendo uma deliciosa experiencia. Carissimo Doutor a cada resposta sua fico extasiada, é muito bom saber um pouco mais de ti 🙂

          • Huuummm quanto tempo vc fica observando, digamos sua vitima (w) O Doutor?????? E q tipo de sangue vc prefere??????
            A e outra pergunta bom digamos ousadas.Se a Julia fosse uma caçadora infiltrada naquele lugar cm o senhor sairia da cilada da vida??????

  8. Hummm… pelo que tenho lido…nao me parece que o Doutor seja assim apanhado em ciladas tao facilmente Maielen. E se fosse uma cilada tenho a certeza que o caçador(a) sairia a perder…rsrsrsrsr 🙂

    • Rsrsrsrsrs sim cara Cassandra o Caçador(a) poderia perder ou ganhar, mais sou uma garota muito digamos criativa e adoro fazer algumas hipotices 😉 É divertido por um pouco de adrinalina na história as vezes 😉

  9. Querida Maiélen, respondendo suas perguntas:
    1. Não tenho vítimas, e sim pacientes. Não existe uma receita, como de bolo, para isso. Cada paciente ganha a atenção que o caso requer. O médico que trata seus pacientes com uma receita pronta está fadado ao fracasso.
    2. Meu tipo preferido de sangue é o vermelho sabe, aquele bem quentinho e saboroso 😉 brincadeiras a parte, não faço distinção entre os tipos, mas confesso uma predileção por emoções intensas, deixam um sabor carregado de sensações únicas… fazendo uma analogia, é como comer comida temperada com uma boa pimenta, alho, etc…
    3. Se Julia fosse uma caçadora? Bem, primeiramente que não seria uma cilada, eu simplesmente adoro ser surpreendido! Imagine viver uma eternidade sem surpresas, certamente seria algo bastante tedioso não? Mas hipoteticamente falando, se Julia fosse uma caçadora, teríamos um problema sério para definir quem seria o caçador e quem seria a presa, julgo que seria um jogo revelador para ambos.
    Enfim, espero ter respondido suas dúvidas.

    • Bom estou grata pelas suas respostas caro (w) O Doutor 😉 As vezes é bom ser curiosa e eu sou muito curiosa.

  10. Doutor qual foi o momento mais tenso que vc já passou,sei lá algum momento que vc pensou nao sair vivo ou morto rsrs, e é claro se isso já aconteceu alguma vez.

  11. Seria dificil imaginar tal cena, uma humana para ter o minimo de resultado teria que ser muito bem treinada, mesmo assim não creio que conseguiria ter força para atingir um ser sobrenatural, talvez o Doutor so teria uma leve surpresa, nada muito drástico capaz de causar algum dano . Vejo que muitas pessoas acreditam que um ser humano é capaz de lutar com seres sobrenaturais e ganhar, na realidade a luta é sempre muito dificil, requer muitos conhecimentos, treinamento, e anos de experiencia, mesmo assim uma luta gera sangue, suor, e muitas lagrimas, por que doí e muitooooo, rsrsrsrs acho que o Doutor deve saber muito bem o que os ” pacientes” dele passam, principalmente aqueles que se apresentam como ” caçadores “, ou estou errada Doutor?Bem melhor mesmo é ficar assim deste lado da telinha do pc, lendo estas estorias incrivéis, e deixar para alguns a tarefa de tentar provar o contrario do que eu disse :0

  12. Isso é praticamente impossível um humano tentar matar ou atacar de alguma forma um ser sobrenatural e conseguir,só se for uma traição de alguma pessoa próxima ou algo do tipo fora isso é impossível.

  13. Querida Gabriela, puxando pela memória, consigo lembrar de uma situação bastante inusitada onde realmente achei que minha não-vida estava em risco… farei um breve relato. Espero que Ferdinand não brigue comigo por isso 😉

    Bem, era inverno de 1978 se não me falha a memória, e eu resolvi visitar o norte da Europa, lá em cima, na Noruega, Dinamarca, etc… Bem, vocês devem imaginar que o extremo norte se torna a meca dos Vampir nessa época do ano, porque? Bem, são muitas horas no escuro, poucas com luz…
    Estava eu sentado em um café de extremo requinte, quando avistei um jovem sentado, tomando um café e acariciando um cachorrinho, uma coisinha pequena e felpuda, que daria uma excelente entrada para o prato principal.

    Para encurtar a história, sabemos que os Europeus em geral possuem uma cultura muito mais antiga que a de vocês brasileiros – muitos inclusive se consideram com o rei na barriga por isso – mas o que tem de refinados, tem de malucos. O sujeito em questão deve ter consumido algum tipo de droga, bem, foi o boom das drogas sintéticas, provavelmente alguma coisa relacionada a isso, e ao me alimentar dele o efeito residual da substância me deixou, como vocês dizem, doidão.

    Ok, não seria um problema, na verdade foi uma sensação diferente de tudo que provei. O problema foi a sonolência que fui acometido, longe de meu refúgio, a poucas horas do curto período de sol se iniciar. Tive que passar as poucas horas do dia em um lugar horrendo, repleto de mulheres de vida fácil – ou nem tão fácil assim – mas ao final tudo terminou bem.

    Estou acompanhando a discussão sobre humanos enfrentando Vampir… ah crianças, se vocês soubessem o poder que tem, jamais pensariam em tamanho disparate! 😉

  14. nossa contando assim até parece que foi simples mais não gostaria de estar na sua pele, e acho que o Ferdinad não ficará bravo assim espero.Muitas vezes o erro dos humanos é não acreditar em si mesmo,mais o certo é não subestimar nunca uma outra pessoa,nunca se sabe o que o próximo é capaz de fazer.Talvez vai até além da compreensão humana.
    Né querido Doutor.

  15. Concordo com a Gabriela, só não sou de encorajar ninguem falando que ” sim é possivel “, as coisas não são assim tão faceis, melhor eu continuar a falar que o ser humano é fraquinho 🙂

  16. Crianças, conseguiriam vocês medirem forças com um Leão? Quando me refiro a “força” que vocês possuem não é encorajando-os a fazer uma queda de braço com o vampir mais próximo, e sim compreender em qual estagio da cadeia alimentar vocês estão, e saber em que ponto nós nos tornamos dependentes de vocês. Devo lembrá-los também que nem todos os vampir são assassinos, conheço uma meia dúzia que são até bem gente boa. A rapazeada do clã, por exemplo, só sangue bom, se é que vcs me entendem…

    Eu, particularmente adoro conversar com caçadores, mesmo com minha saudosa Hirma me repreendendo diversas vezes por eu brincar com a minha comida… 😉

    • RSRSRSRSRS Ah Doutor não temos como saber realmente qual seria o resultado, ja vimos tantas coisas neste mundo, e sei que ainda não vi 1/3, é tanta novidade, tantas surpresas, e olha que sabemos que este planeta tem apenas alguns milhares de anos, é novinho em vista da idade do universo, por isso qualquer coisa é possivel. E brincar com a comida sempre foi bem divertido, torna o sabor mais apetituso, as mães de algum tempo atraz não entendiam que para as crianças comerem tinha que ser com prazer e não como obrigação, 🙂

    • Doutor, mas pense só comigo baby. Até uma delicada e frágil ovelhinha pode despedaçar cruelmente o coração de um poderoso Leão…
      beijinhos… Lola°

  17. Ai que preguiça deu de ler todos esses comentários extensos.. Tarde povo..

  18. Deixa de ser preguiçosa Janielly rsrsrs concordo com vc Ursula,não é nada legal ninguém gosta,é bem melhor quando as coisas são feitas com prazer do que por obrigação

  19. Apenas enfatizando as palavras do Doutor.
    É desgostoso ver a própria humanidade duvidar de sua infinita capacidade, seja ela qual for. Crível é que muitos aparentam ser muito limitados porém temos todos uma ”força”, como assim disse o Doutor, que se estende além de nossas meras alusões ou mesmo emoções, diretamente falando. Uns poucos que a sabem a chama de ”fé”, outros poucos, que a compreendem, de apenas ”eu”.
    Sejam todos seus próprios deuses, projetem vossa consciência para além dos mares sem medo de atravessar o desconhecido aí sim, caros colegas, poderão desfrutar daquilo que esse plano pode oferecer.

    • Nossa, gostei das palavras do Gabriel, e como já ouvi falar algumas vezes ” O céu é o limite ” ou ” Os pensamentos são o unico lugar que realmente estamos voando livremente “, então podemos crer em tudo que quizermos, apenas algo me deixa um tantinho preocupada, o homem ainda é muito fraco em sua fé, são poucos os que eu conheci que chegaram a ter uma fé 100%, muitos caem ao primeiro sinal contraditorio se entregando ao medo e é ai que entra as habilidades do Doutor. O homem realmente é forte, mas não deve se achar indestrutivel, por isso concordei com as palavras da Gabriela e do Doutor 🙂

  20. Apenas enfatizando as palavras do Doutor.
    É desgostoso ver a própria humanidade duvidar de sua infinita capacidade, seja ela qual for. Crível é que muitos aparentam ser muito limitados porém temos todos uma ”força”, como assim disse o Doutor, que se estende além de nossas meras alusões ou mesmo emoções, diretamente falando. Uns poucos que a sabem a chamam de ”fé”, outros poucos, que a compreendem, de apenas ”eu”.
    Sejam todos seus próprios deuses, projetem vossa consciência para além dos mares sem medo de atravessar o desconhecido aí sim, caros colegas, poderão desfrutar daquilo que esse plano pode oferecer.

  21. Fé ta ai uma coisa que poucos sabem seu significado e o tamanho do seu poder.

  22. Ah, vcs não pretendem começar a rezar ou citar passagens bíblicas aqui certo? Pois é só isso o que está faltando, crianças queridas.

    • claro que não querido Doutor como a Ursula disse aqui não é lugar para se discutir esse tipo de assunto.

  23. Caríssimo Doutor, para tudo se tem lugar e hora certa, aqui no site não é o caso, rsrsrsrrssr, mas senti ai um leve puxão de orelhas?? ai ai ai Doutor 🙂

  24. Eu nunca puxo orelhas, querida, a não ser quando quero saborear um snack 😉

  25. Bom eu vou dizer um pouco do que senti e pensei ao ler esta historia:
    Digamos que eu senti repulsa ao imaginar o mendigo sangrando
    Fiquei rindo com a parte da garota drogada
    E ri mais ainda quando ele mudou o nome dela
    Esse doutor louco me arranca risadas!

  26. mmmmm me deliciei com a historia…confesso q tenho uma parte assassina dentro de mim. Adorei o tal doutor

  27. Serio dar uma moto serra pra um ser mal resolvido é o mesmo que dar um…um… dar um bisturi ao Doutor! ou seja, uma ameaça a sociedade e a todos a uma galaxia de distancia 😀 e eu não colocaria o nome da minha mãe em uma prostituta ela sairia do tumulo pra mi matar( oh mulher osso duro de roer!) adorei a historia. Nota um milhão vezes o infinito(10 é muito pouco)

  28. quanta coisa eu perdi por aqui não ? bem as estorias, essas estorias que me deixam inebriada de medo e de desejo ao mesmo tempo ,nao sei como descreverbem . os calafrios pelo meu corpo, uma sensaçâo de pavor e ao mesmo tempo de curiosidade de saber como seria se eu me encontrasse com um vampiro, no caso o( senhor ) senhor doutor…. Bem já tinha lido algumas estorias suas antes e fiquei surpresa com a insanidade e com a sexualidade, e o desejo aflorando por entre os poros,bem já faz um tempinho que eu não visito o site , e aguardo ansiosa agora para ler a segunda parte da história que deve estar fascinante ,bem … até breve meus queridos !

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