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A Revelação: A História de Rebecca – Parte III

Recolhi todos aqueles papéis do chão e li atentamente alguns trechos do que havia escrito neles, era uma história e tanto:

“Alemanha, 1562. Foi o ano em que nasci. Sim, sou Thomas Erner. Cresci em um orfanato,mas  fugi e vaguei pelas ruas. Nela descobri o dom de manipular as pessoas e consegui tornar-me um homem rico, porém nada digno. Com 30 anos, e a beira da morte por uma terrível doença. Recebi uma visita de alguém desconhecido e… uma proposta na qual não me arrependo de ter aceitado. Teria vida eterna, mas uma vida sem alma, sem coração. Concebida pelo mal. Na qual a sede por sangue me consumiria, e a luz me queimaria. Escolhi viver na escuridão e com isso, adquirir ainda mais  poder. Eu morri e retornei a vida. Mas, retornei em forma de demônio. Um tipo de demônio na qual chamam de manipulador. Um ser da escuridão, capaz de controlar e manipular outros seres, um ser que anseia por sangue e sente prazer na dor e tortura alheia. Sou capaz de conseguir tudo o que quero!! Ainda mais agora, que conseguirei ainda mais e mais poder…”

Virei algumas páginas aterrorizada, e….

“Alemanha, 1928. Ela estava saindo do seu novo trabalho, não sei por que insiste em fazer algo que é de domínio dos homens… Sempre atrapalhada e ansiosa. Era assim desde pequena. Ao menos consegui atraí-la para perto. Hoje será a grande noite em que sua vida mudará. Eu já estava preparando-a com seus pesadelos, adorava brincar com sua mente enquanto dormia. Então, está tudo planejado. Irei trazê-la para mim…”

Por alguns instantes, permaneci recostada na parede olhando para o nada. Encontrei o que precisava. Ali havia toda a história, todas as anotações sobre mim e sobre ele, agora sabia quem ele era. O pior era que aquele homem havia me observado a minha vida inteira. Desde meu nascimento, talvez, e descobrir algo assim era desconcertante. Cada passo, cada palavra, cada acontecimento. Tudo estava ali.  Ele era maluco, realmente. Por um momento, senti tanta raiva que meu desejo era destruir e quebrar tudo aquilo. Mas eu não podia. Eu vivi uma ilusão, conclui.

Certamente, ele já sabia que eu estava lá e que descobri tudo. Peguei alguns diários e manuscritos e voltei para o quarto. Tentei deixar tudo como estava para que talvez ele não sentisse falta do que eu havia pegado. Mas, ao entrar no quarto… Ele já estava lá. Sentado em minha cama, olhando para baixo. Gelei. E deixei tudo cair no chão novamente…

– Vejo que achou o que precisava não é mesmo?

6 comentários

  1. Muito intensa as palavras a qual usa, já estou ansionsa para a proxima pt. 🙂

  2. Muito intensa as palavras usadas, ja estou ansiosa para a proxima pt . 🙂

  3. Ola sou novo aqui no blog e gostei muito da historia mau posso esperar para ler a continuação ta de parabéns galego

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