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  • Livros e seriados sobre vampiros

    Livros e seriados sobre vampiros

    Praticamente toda semana alguém me pergunta algo sobre os vampiros e outros seres sobrenaturais mais conhecidos. Drácula, Nosferatu, Condessa Bathory ou Abraham Van Helsing… Até mesmo sobre os vampiros dos seriados mais novos, como True Blood ou Vampire Diaries ou Twilight, já circularam pelos comentários deste blog.

    Antes de tudo, eu preciso informá-los que por mais que as histórias sejam realmente muito bem escritas e a ponto de quase parecerem reais. Eu disse, quase. A maioria delas na verdade saiu da cabeça de algum escritor ou entusiasta do gênero. Claro que há muitas histórias que foram baseadas em fatos reais, tais quais as minhas e é por isso que vou lhes dar uma dica simples:

    Antes de sair por ai acreditando em tudo que tu vê, que tal usar a melhor ferramenta que foi criada nos últimos anos e que revolucionou inclusive os pensamentos de todos? O Google é gratuito, fácil de usar e há nele muitas informações, que só precisam ser um pouco lapidadas. Não, eu não estou dizendo que estou chateado por ter de responder perguntas repetidamente. Afinal, meu site sempre teve o objetivo de saciar as dúvidas de vocês sobre o sobrenatural. E por isso vou dar uma de “cara legal” e falar um pouco mais sobre os nomes que mencionei acima.

    Drácula: Drácula é apenas um personagem criado pelo irlandês Bram Stoker em 1897. Se o tal Stoker se baseou em algum fulano, ou cicrano era só ele que poderia informar. Todavia, dizem às lendas que a história foi baseada nas atrocidades feitas por Vlad Dracul III, nascido na Transilvânia e Príncipe da Valáquia. Um monarca que ficou famoso no século XV, por torturar seus súditos ou prisioneiros, por meio de empalamentos ou o que mais viesse a sua cabeça sádica em tais momentos.
    Abraham Van Helsing: Também é outro personagem criado por Bram Stoker no seu romance Drácula de 1897 e ao que consta ele não foi baseado em nenhuma personalidade do mundo real ou sobrenatural. Além disso, atualmente são vistas algumas variações da história deste personagem, todavia, praticamente todas se baseiam no fato dele ser um caçador de vampiros. Particularmente, acho que é um personagem interessante e seria uma “briga boa”, caso o encontrasse pelas ruas escuras no qual tenho frequentado ultimamente.
    Nosferatu: Conde Orlok, é um personagem fictício que ficou conhecido no famoso filme mudo chamado Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens de 1922. Embora este filme possua nomes de personagens  ou de lugares diferentes dos encontrados no Drácula, o roteiro também foi baseado nas histórias do Bram Stoker. Todavia, há sim em meio ao mundo dos vampiros reais, alguns que se assemelham em aparência ou atitudes, com o pobre coitado do Nosferatu.
    Erzsébet Báthory: Tal qual Vlad Dracul III, há também muitas lendas em torno da tal Condessa Bathory. Alguns dizem que ela era apenas uma sádica, que se banhava no sangue de virgens, outros que ela era realmente uma vampira, porém mais uma vez o tempo apagou vários registros. O que se sabe é que seu marido possuía diversas dívidas e estas só pioraram depois de sua morte. Em função disso, o Rei arrumou um jeito de prendê-la e lhe tomou tudo que possuía como forma de pagamento. Em minha opinião, a condessa foi uma grande injustiçada e tudo que foi dito sobre ela, são na verdade histórias para a corte, a fim de lhe retirar tudo que possuía para pagamentos. Pense comigo: “Vamos chamá-la de louca e lhe atribuir alguns crimes, assim podemos tomar posse de seus bens”.
    True Blood: É apenas um seriado dos E.U.A. baseado na série de livros The Southern Vampire Mysteries da americana Charlaine Harris. Quanto ao seriado eu não tenho muito que falar, se não, que achei interessante, porém foi uma pena eles terem dado tanto enfoque na sexualidade dos vampiros. Quanto aos livros, eu os julgo como bons e para ser sincero gosto desses romances onde os vampiros não são vistos como demônios ou íncubos, mas sim como ex-humanos, que lutam para manter sua humanidade ou sentimentos passados.
    Vampire Diaries: É um seriado dos E.U.A. baseada na série de livros de mesmo nome escrita por L. J. Smith. Sinceramente, dois vampiros centenários, que brigam pelo amor de uma adolescente mimada de 17 anos é algo que não entra na minha cabeça. Apesar disso, não tiro o mérito do escritor, que já vendeu milhares de cópias e sabe escrever muito bem por sinal. Alguns dos livros desta série me serviram apenas como um bom passatempo e nada mais, já o seriado é mais uma daquelas produções Hollywoodianas.
    Twilight: Para encerrar eu não poderia deixar de falar da tal série Crepúsculo, que atualmente pode ser vista em forma de livro, filme ou graphic novel. Twilight foi escrito originalmente por Stephenie Meyer, que inclusive teve por base as histórias da Charlaine Harris, mas que no fundo se baseou mesmo em um sonho tido na noite do dia 02/06/2003. Neste sonho um vampiro se apaixonava por uma garota e de acordo com a autora, tudo foi tão vívido, que ela se sentiu obrigada a descrever tal sonho em textos, que por fim geraram os livros. Minha opinião sincera? Crepúsculo, apesar de seu sucesso comercial, é apenas mais uma visão distorcida do mundo dos vampiros, com apelos romancistas adolescentes e que reproduzem mais uma vez os anseios de uma geração estagnada por ídolos. Tudo isso piora ainda mais, quando são observados nítidos conceitos comerciais, muito bem trabalhados pelos produtores de Hollywood, em todos os filmes e produtos relacionados à série.
  • As trevas

    As trevas

    Texto enviado pela Allice

    As Trevas

    As Trevas na noite,
    Triste, pura solidão.
    As Trevas na noite,
    Triste, dentro do meu coração.

    As Trevas, parece nao ter fim…
    No Quarto, Tranca, Chorando.
    Choro Eterno
    Dentro de mim!!

    Sera que algum dia me libertarei?!
    Não sei!
    Sera que um dia serei feliz?!
    Não sei!

    Só sei que a morte esta proxima,
    Agarrada em mim

    Sera que sera triste, sera que tera fim,
    As trevas dentro de mim!!!

  • Demônios e um sequestro – 3 de 3

    Demônios e um sequestro – 3 de 3

    Depois de ser “liberada da possessão” a camareira precisou receber os cuidados dos poderes mentais de Franz, que na sequencia saiu junto de H2 para fazer alguns preparativos para nossa busca. Fiquei com Julie no quarto, na expectativa de que ela acordasse de seu transe e me fornecesse mais dicas sobre o que poderíamos fazer.

    Não tardou e cerca de uns 20 min mais tarde ela reabria seus lindos olhos e antes que eu lhe dissesse qualquer cousa ela me fala: “Detesto estes momentos, ficar desacordada e sem o controle da situação, não faz meu tipo…” Certamente aquelas palavras lembraram-me de muitos momentos íntimos que tivemos, e para minha sorte ou não, ela aproveitou a situação e me puxou pelo colarinho da camisa. Na sequência me tascou um beijo daqueles que só uma possuída pelas artes das trevas se atreve a dar.

    Os “amassos” duraram mais alguns instantes, até que infelizmente reassumi o controle sobre meu demônio e coloquei uma breve pausa naquele momento profano. A linda boca carnuda de Julie mantinha constantemente um sorrisinho sacana e aquilo me deixou incomodado. Eu precisava saber mais das Wampir de meu clã e aquela pervertida não prestava nenhuma atenção no que eu falava… Tentei argumentar e pedir algumas informações, porém ao fim de uns 5 mim aquelas mãos geladas abriram o zíper de minha calça. Fora a típica situação onde os sentimentos do passado excitam o lado humano macho, que por sua vez precisa esquecer-se da matilha e agir como o alfa diante uma bela fêmea.

    Ao fim de mais ou menos uma hora, Franz e H2 retornaram e ai então finalmente pude se desvencilhar de cima daquele corpo macio e agora quente. Vestimos-nos e depois na sala, ao invés de uma, eram três me olhando com o famoso sorrisinho sacana. Confesso que nunca fui um líder nato, porém nesse tipo de situação eu prefiro manter as rédeas: …ram, ram, ram… Pigarreei e falei na sequência:

    – Bom, senhores… Sabemos o local onde Eleonor e Stephanie estão, agora o que vocês dois conseguiram para a ação de amanhã? Neste momento eu olho com a cara mais fechada que podia para h2, que percebe rapidamente a situação e responde com sua voz grave e alta de sempre.

    – Contei a Franz de um filme que eu vi, que imediatamente fez Franz se lembrar do que os senhores fizeram no Texas em meio aquela tribo indígena…

    Nesse momento Franz interrompe sua cria e nos fala:

    – Resumindo é aquela situação para se chegar atirando meu irmão. Talvez Julie possa nos dar cobertura com seus dons e tu, eu ou ambos na forma bestial, o que achas?

    Enquanto as lembranças daquele ataque de índios possuidos, vinham a minha mente. Julie se pronunciou. Fazendo enfim o que eu tanto queria, que era ouvir os pontos fracos daqueles malditos. Suas descrições foram precisas com relação a quais de nosso poderes os afetariam mais e ao fim de mais algum tempo, havíamos traçado o que eu julguei ser naquele amanhecer: o plano ideal.

    Descansamos durante todo aquele dia, Julie sozinha no quarto e nós três na sala. Franz, não pregou os olhos, pois ao final de nossa conversa sentiu algo diferente, tal qual uma espécie de premonição. Apesar disso, todos descansaram a sua maneira e partimos assim que tudo foi resolvido no loft.

     

    O início da noite surgia, e com ele a vontade de sair da garagem. O forte ronco do motor da Dodge 2500 ecoava por todo o lugar, H2 estava ao volante e a cada acelerada mais brava que ele dava, ficava mais nítida a intensa ansiedade de todos. Meu relógio de bolso que sempre está correto, informou 17h e 37m e isso foi suficiente para o tão esperado cantar de pneus. Confirmando assim nossa partida a toda velocidade para a maldita fazenda onde Eleonor e sua cria estavam presas.

    H2 havia recheado a caçamba da caminhonete com alguns de seus “brinquedinhos prediletos”. Uma Bazuca M9A1, algumas granadas estilhaçantes, fuzis e um pouco de munição, sendo estas últimas chamadas por ele de “batizadas”. Inclusive este tipo de colocação me faz lembrar uma das lendas que rondam H2, no qual alguns dizem que ele já foi padre…

    A escuridão completa e o silencio mórbido do interior só eram rompidos por nossa 2500. Muita poeira, muitos buracos e todo aquele mato a beira da estrada de chão batido, foram os primeiros a estimular nossa sede por uma boa briga. Foi a típica situação em que o coração, se estivesse vivo, saltaria ao peito em frenéticas e ritmadas batidas.

    E a adrenalina aumentou ainda mais, quando começamos a sentir ao longe a energia sobrenatural emanada, por todos aqueles que deveriam estar presentes em tal antro infernal. Neste momento pedimos a H2 que parasse a caminhonete e nos preparamos. Julie e eu fomos pelo mato no intuito de fazer algo surpresa, enquanto h2 e Franz iriam começar a festa pela porteira da frente.

    Tomei Julie em meus braços e com minha velocidade junto da força chegamos rapidamente até uma clareira, onde fizemos uma breve leitura do lugar. A área útil era muito grande e lá estavam apenas duas casas de madeira, um galpão com maquinário agrícola e alguns poucos homens armados e de vigília. Procurei pelas energias de Eleonor ou Sthephanie, no entanto, somente Eleonor vinha aos meus pensamentos e estava muito fraca.

    Comentei com Julie de me transformar em névoa para localizar mais facilmente as Wampir de meu clã. Porém ela foi incisiva me apontando: – Eleonor está no porão daquela casa! Foi quando no mesmo instante lhe dei um voto de confiança, passando nas sequência as coordenadas para Franz.

    Cerca de 3 minutos depois iniciava uma grande movimentação no lugar. A luz havia sido cortada provavelmente por h2 e alguns seguranças engatilhavam suas armas, ao mesmo tempo em que alguns outros indivíduos saíam das casas no intuito de entender o que estava acontecendo. Além disso, e para minha surpresa, entre eles estava Stephanie… A linda mulher que havia conquistado meu morto coração no início deste ano… Seus cabelos que viviam soltos agora estavam amarrados estilo rabo de cavalo, seu olhar era muito concentrado, sendo a maior mudança a sua energia, que agora era mais fraca e diferente.

    Mostrei para Julie quem era Stephanie e sua expressão ao vê-la não foi das melhores. Tanto que depois de uma breve analise ela se virou pra mim e tentou dizer algo, mas foi interrompida abruptamente pelo barulho de nossa caminhonete.

    Toda ação ou briga um pouco mais intensa, sempre geram novas sensações e esse resgate não fugiu a regra. Haja vista, que foi um daqueles do tipo que irá perambular por nossas cabeças por muito tempo…

    Ao longe era possível ver os grandes faróis da caminhonete, que vinha a toda para cima dos seguranças e em direção há uma das casas. Em cima da caçamba estava Franz no que nós chamamos de forma bestial, aquela mesma em que ficamos parecidos com um lobisomem. Ele estava com a bazuca no ombro e isso por si só já fez alguns presentes borrarem suas calças. Ainda se não bastasse uma besta empunhando um arsenal, H2 também havia feito um de seus procedimentos padrão antes de qualquer briga. Ele aumentou o som do rádio da caminhonete ao máximo e em meio às explosões provocadas por Franz era possível ouvir a agitada Highway to hell do ACDC.

    Os métodos de briga de Franz, H2 e até mesmo os meus podem ser vistos por muitos como joviais ou até impensados, no entanto, sempre deram muito certo. O ataque surpresa inesperadamente pela porta de entrada, havia pego de surpresa quase todos os nossos inimigos. Tanto que logo depois que H2 jogou a caminhonete contra uma das casas surgiu em mim o momento ideal para que Julie e eu agíssemos.

    A pequena e endiabrada Wampir iniciou um de seus rituais enquanto eu também adquiria minha forma bestial. Não tardou e uma nuvem cinza quase preta tomou conta da frente da casa onde teoricamente estava Eleonor. O ritual a meu ver era parecido com o que ela havia feito anteriormente no loft, porém agora todos que estavam próximos simplesmente perdiam a consciência.

    Já em forma bestial resolvo ir em direção à nuvem/casa, porém Julie me segura e amarra uma espécie de cordão feito de plantas em meu pulso direto. Nesta forma nos ficamos muito arredios, porém me contive o máximo que pude e ainda consegui ouvir algumas palavras da bela morena: “Vá e salve tua irmã, isso te protegerá do meu ritual”. Aquelas palavras me soaram tal qual um incentivo e certamente quem tivesse me vendo, perceberia uma besta com ódio nos olhos e muita sede de sangue.

    Deste momento em diante, quando meu demônio assume parte de minhas ações eu só consigo me recordar de poucas cousas. Porém antes de entrar na nuvem e depois na casa eu me lembro de desmembrar alguns amaldiçoados e também o que mais me marcou, ver Stephanie atacando H2. Nestes momentos dificeis as escolhas precisam ser feitas em frações de segundos, o que inevitavelmente me levou para dentro da casa, unicamente com o objetivo de salvar Eleonor.

    Dentro do lugar a nuvem de Julie havia feito um belo estrago, várias pessoas estavam pelo chão, porém antes que eu pudesse me dirigir para o porão sou surpreendido por um tiro de pistola, provavelmente .40 e que atingiu meu ombro direito. O forte impacto do projétil desloca minha atenção a quem o disparou e lá estava uma mulher seminua. Como eu estava praticamente ignorando a dor e antes que ela disparasse novamente, eu utilizei toda minha velocidade para lhe imobilizar agarrando-a pelo pescoço. Ela até tentou pronunciar alguma coisa, mas minha força foi tanta que lhe quebrei o pescoço em poucos segundos.

    De acordo com Julie a maior fraqueza de um seguidor das trevas é o longo tempo que precisam para conjurar seus rituais, neste caso atacá-los de surpresa é sempre a melhor alternativa. Então depois de uma breve verificada nos cômodos do lugar, eu fui para onde julguei que seria o porão da casa. No escuro total foi possível ver Eleonor sugando o sangue de um pobre coitado, no entanto, quando me viu ela parou e me disse: “Fê?” e depois deu uma risadinha perguntando via telepatia a mesma cousa.

    Quando estamos nesta transformação não conseguimos pronunciar qualquer palavra que seja, então telepatia ou leitura mental é uma boa forma de ao menos compreender o que se passa pela cabeça do Wampir. Cultura vampiresca a parte, ela percebeu que era eu e tratamos de sair logo daquele lugar maldito.

    Estranhamente Eleonor não havia sido afetada pelo ritual de Julie, e saímos tranquilamente por onde eu havia entrado. Todavia, ao rever a situação do lado de fora fomos pegos de surpresa por algo que mexeu muito comigo. Lá estava H2 ao chão sendo socorrido por Julie, que lhe doava um pouco de seu próprio sangue, enquanto Franz ainda na forma bestial segurava Stephanie pelo pescoço. Foram pouco segundo em que eu desfazia minha transformação e vagarosamente ia na direção deles.

    Sabe quando tu queres gritar, mas como num sonho as palavras não saem? Foi assim que presenciamos Franz utilizar suas garras para adentrar o peito de Stephanie, arrancando-lhe na sequência, sem qualquer dó ou piedade, seu desfalecido coração…

    Nem eu ou Eleonor sabíamos o que estava acontecendo, mas Eleonor que estava em sua forma normal e ainda mais vendo sua cria sendo sacrificada, tratou de correr o mais rápido que fosse ao seu socorro. Naquele instante eles estavam prestes a iniciar uma briga apocalíptica, quando Julie percebeu a situação e falou em claro e bom tom: “Parem, sua alma já estava perdida…”

    Naquele momento, Franz simplesmente largou o corpo desfalecido da jovem Wampir ao chão e tratou de voltar seu próprio corpo ao estado normal. Eu sabia que o momento estava complicado e mesmo nu tratei de procurar um transporte. Entre corpos queimados ou mutilados eu encontrei um Fiat do tipo Wekeend, no qual fiz uma ligação direta e voltei até eles. Todos entraram rapidamente e tratamos de ir embora do lugar o mais rápido que fosse possível. Julie nos disse que o efeito de sua “nuvem” duraria mais alguns minutos e isso foi o tempo que precisávamos para sair da zona de contato.

    Horas depois chegamos a um lugar seguro, no qual H2 havia previamente preparado para passarmos o dia que viria pela frente. Ficamos por ali até o inicio da outra noite, quando nos reestabelecemos e voltamos finalmente para um lugar seguro. Nesta outra noite Eleonor estava muito chateada, havia sido sequestrada, torturada, perdera uma cria e eu que até então estava com ela, agora estava com Julie.

    Como se ainda não bastasse tudo isso, tivemos de escutar também em meio a nossa conversa, mais uma daquelas frases célebres de Franz: “Já que tudo foi resolvido, inclusive com nossa querida maninha, fato que deixará papai muito feliz. Podemos ir relaxar por hora em algum dos nossos puteiros, em meio aqueles belos e deliciosos sacos de sangue quente o que acham?”.

    H2 e eu rimos, Julie ignorou, já Eleonor simplesmente fechou a cara e foi para um dos quartos. O mais engraçado é que Franz realmente falava sério, partindo minutos depois com seu pupilo em busca de diversão. Fiquei mais um tempo com Julie, que também nos deixou, mas que antes de sair me incentivou a ir cuidar de Eleonor.

    Assim terminava mais uma de nossas histórias, onde mais uma vez havíamos escapado por pouco de nossos inimigos. Noites depois Eleonor decidiu ir para junto de Georg, levando consigo a filhinha de Stephanie e na expectativa de ficar talvez por algum tempo aprendendo algo novo junto de nosso mestre. Já eu estou aqui fazendo o de sempre, tirando minhas fotos, administrando nossas empresas e tentando produzir novas histórias, numa espécie de recomeço junto Julie.

  • Amor à primeira vista

    Amor à primeira vista

    Diretamente de algum lugar no mundo, eu acabo de receber por e-mail mais uma bela história da Evelyn. Sim meus caros, a bruxinha continua aprontando das suas por ai…

    Amor à primeira vista

    Evelyn conheceu Jaques quando ainda cursava a faculdade. E não foi difícil notar o interesse mútuo. Colecionador de arte e homem de sucesso no mundo dos negócios, Jaques era o alvo perfeito de Evelyn.

    Ele se casou muito jovem com a sua namorada de escola. Os dois passaram por tempos difíceis ou de pouco dinheiro, até o dia em que Jaques abriu em sociedade com um cunhado, uma pequena firma de empréstimos. Época no qual também veio o primeiro filho do casal.

    O negócio começava a prosperar e tudo ia muito bem à família. Mas um fantasma do passado voltava a assustar. A mãe da esposa de Jaques havia morrido de forma repentina há muitos anos e além disso, no ano do nascimento de sua segunda filha, seu cunhado, do qual era sócio, faleceu da mesma maneira. As circunstâncias que antecederam as duas mortes foram muito parecidas, muito ativos e aparentemente saudáveis e sendo acometidos por algo súbito.

    Caroline, a esposa de Jaques, ainda era jovem, ela nem havia completado 30 anos quando sua filha nasceu. Mesmo assim, começou a acreditar que teria o destino da mãe e do irmão. Em função disso, começou a ir a todos os tipos de médicos especialistas e sempre em busca de algo que pudesse estar errado.

    Depois do falecimento do sócio, que não tinha descendentes diretos, Jaques assumiu sozinho o negócio, que agora se transformava em um poderoso banco. E dinheiro deixou de ser uma preocupação para a família.

    Os filhos foram crescendo e Caroline entrou na pior parte de sua crise quando completou 45. Ela não quis nem comemorar a data. Passava dias no hospital fazendo intermináveis check-ups e duvidava de todo médico que não lhe prescrevia algum remédio. Ela também não aceitava ajuda, nunca concordou em ir ao psicólogo ou procurar um terapeuta. A vida de Jaques tornava-se então um verdadeiro inferno.

    Com os filhos entrando na adolescência e a esposa afundando cada vez mais na loucura hipocondríaca, Jaques decidiu por enviá-los a um internato fora do país. A caçula foi enviada a Suíça, coincidentemente, ao mesmo internato que Evelyn estudava.

    No dia em que Caroline completou 47 anos, ela decidiu entregar-se e disse que era hora de parar de fugir da morte, assim deitou-se na cama pela última vez. Com o passar dos meses, já no hospital em uma espécie de transe proposital, seu corpo foi definhando até seu destino final.

    Sem saber muito como explicar aos filhos o que acontecia, Jaques se fechou ainda mais em seu escritório e passava agora também as noites trabalhando. Sozinho na mansão da família, ele lia e interessava-se cada vez mais por arte, transformando-se aos poucos em um verdadeiro amante dos pintores renascentistas. Referências que inclusive o estimularam a iniciar algumas pinturas, à medida que também se afundava cada vez mais em várias garrafas de Whisky.

    Jaques conheceu Evelyn em um dos primeiros leilões de arte que foi após o falecimento de sua esposa. A imagem da jovem radiante, que escutava atentamente um velho pintor bêbado declamar sua arte, o acompanhou por muito tempo.

    – Quando a verei novamente. Pensava ele…

  • Quem é a vampira Julie Davonz

    Quem é a vampira Julie Davonz

    Londres, 1866.

    Julie Davonz, no auge de seus 21 anos de idade, era do tipo de mulher que não esperava acontecer. Sempre determinada e forte, corria atrás de seus desejos e lutava por seus ideais. Esbanjava sensualidade e um ar superior, o que muitas vezes acabava causando medo, principalmente aos homens.

    Já havia algum tempo que deixara o povoado de Brighton onde havia nascido e morava com sua mãe, para correr atrás de seus sonhos e uma nova vida na cidade grande. No entanto, como as coisas às vezes acabam não saindo como planejado, o jeito foi se virar da maneira que pode.

    Morando sozinha e vendo o último salário, fruto de seu árduo trabalho de empregada, se desfazendo rapidamente, ela resolveu procurar um novo emprego pela cidade. A busca durou certo tempo, porém nada lhe agradava, até que soube de algumas vagas em bordéis. Neste período do sec. XIX, Londres era o centro da prostituição, e que alias na verdade, tinha muito a cara dela. Tendo em vista isso e toda a disposição da moça, digamos que no primeiro lugar em que foi, ela preencheu todos os requisitos e logo em seguida foi contratada para sua ‘’grande‘’ estreia.

    A partir desta primeira casa em que trabalhou, começou a conhecer muitas pessoas, adquirindo desta forma diversos contatos por todos os cantos onde passava… Durante as noites da semana ela prestava seus serviços em famosos pontos, cafés e até nas ruas. Sendo estes prestados frequentemente para homens bem sucedidos a sua escolha, que deixavam suas pobres esposas em casa para cair na libertinagem noturna. Foi então que em mais uma de suas noites de atendimento num dos bordeis, conheceu um misterioso homem, do jeito que inclusive lhe fazia suspirar ou até mesmo arrepiar todo seu belíssimo corpo.

    Seu nome era Armando Kemena, mas apenas Arman para os mais próximos, descendente de espanhóis, por volta de se seus 30 anos de idade, com um olhar penetrante, desafiador e excitante. Barba daquelas por fazer, sempre perfumado com seu inseparável e insinuante chapéu preto e muito bem vestido. Tais quais muitos outros ele também não resistiu à sensualidade e encanto daquela linda jovem morena de cabelos lisos, curvas hipnotizantes e lábios carnudos. Tanto que depois da apresentação ele a chamou para um canto e fez algo diferente para a época, tratando-a com muita educação, lhe oferecendo bebidas, quase como se estivesse tratando-a como uma nobre.

    Ao passar de algumas horas, parecia que eles se conheciam de uma vida inteira, com gostos e pensamentos compatíveis, um dialogo extremamente descontraído e até mesmo bem íntimo. Tanto que só optaram por ir embora, quando a casa já se encontrava com todas as cadeiras reviradas, o barman guardando os últimos copos lavados e com a luz do luar penetrando as portas e janelas parcialmente trancadas.

    Foi quando que para finalizar, ou melhor, começar, que o encantador homem misterioso e como um grande cavalheiro, se ofereceu para acompanhar Julie de volta até seu frio e vazio apartamento. O prédio da moça ficava algumas quadras dali, num bairro de classe média e onde costumavam morar também alguns operários e outras prostitutas. Apesar de ficar um pouco sem jeito, Julie aceitou e eles saíram do estabelecimento rumo à escuridão gélida da noite. Ela nunca se esquecera de quão confortável estava na companhia de Arman, tanto que foram conversando por todo o trajeto, sem nenhum aspecto de cansaço, sono ou coisa do tipo. Era como se a diversão estivesse apenas iniciando.

    Para compensar o acompanhamento e ser gentil, além de querer continuar ao lado dele, Julie lhe convidou para entrar e “tomar um café”. Daquele momento em diante, tudo aconteceu perfeitamente, quando finalmente entre uma conversa um pouco mais picante, aproximaram-se e enfim sentiram o calor de seus corpos, que de imediato os levou para o quarto.

    Em uma espécie de êxtase, naquele fim de madrugada ela sentiu algo que jamais imaginava ,como se estivesse em outro mundo e ao final, em uma mistura de sensações reais e de fantasias, acabou adormecendo. Acordou somente as 3 da tarde, com o insistente miado de seu querido e amigável gato branco chamado ”Mingau”, que lhe fitava com imensos olhos azuis em cima do criado mudo. Foi aí que olhando para seu lado da cama, encontrou somente um bilhete dizendo poucas palavras que nada entendeu:

    ” Adorei esta noite, mas será melhor ficar sozinha. Espero que entenda. Voltarei na hora certa, Arman”.

    Pensando mais uma vez ter sido usada por outro espertinho qualquer, levantou-se desolada e caminhou ao banheiro, rumo a um demorado banho, quando sentiu uma forte tontura e sentou-se em meio ao corredor. Suava frio, sua pele morena parecia opaca e sem vida, e enjoos terríveis iam e viam a todo o momento.

    Então criando forças, conseguiu se levantar e entrar no banheiro. Tirou sua roupa, ergueu os cabelos para amarrar no estilo coque, passou a mão pelo pescoço e sentiu de imediato duas pequenas perfurações, uma ao lado da outra. Pensando ter sido uma picada de algum inseto, tentou entrar no banho, mas teve de correr de volta para sua cama num horripilante mal estar.

    Delirava em um estado parecido com o febril, coisas sem sentido ate então, como fleches da noite passada, com algumas cenas que ainda lembrava e outras que pareciam impossíveis de ter acontecido. Via sangue em suas bocas enquanto se amavam e os enormes caninos do seu amante enquanto a possuía. Até que sem perceber adormeceu novamente, acordando apenas às 10 da noite com um forte barulho na janela do quarto. Ainda sem entender o porquê de estar daquela forma e muito menos aquelas visões sem nexo, fechou a janela e resolveu voltar para cama.

    No entanto, no exato momento em que se virou novamente para se deitar, deu de cara com aquele charmoso e agora detestável homem ao pé se sua cama. Mais do que chocada, ela tentou  lhe perguntar como havia entrado ali, porém ele não a deixou completar a frase. Levando gentilmente a mão à boca de Julie e pedindo para que ficasse calma, pois explicaria tudo que havia acontecido e o que ainda estava para acontecer.

    Ao final de sua explicação, Julie deu uma enorme gargalhada seguida de um grito, no qual aclamou por ” SOCORRO! ”.  Neste momento como num piscar de olhos, Arman se afastou um pouco, colocou um sorriso de desdenho em sua boca e apenas lhe disse que a deixaria entender e aceitar tudo por si só. Depois se aproximou novamente, deu-lhe um leve beijo em sua testa, que inclusive a fez fechar os olhos e desapareceu novamente como num passo de mágica.

    Indignada com tudo que acabara de escutar e ver, mas sem forças para ao menos sair do quarto, deitou novamente pensando em todo aquele absurdo. Naquele instante ela sentiu medo, achando que havia se envolvido com um louco. Porém depois de alguns instantes adormeceu novamente, tendo outras visões terríveis com o mesmo contexto anterior.

    Então às 2 da manhã uma fome nunca antes sentida acordou Julie, que parecia estar ótima, como se nada tivesse acontecido anteriormente. Vestiu-se, achando ainda sua pele opaca e agora muito fria, e seguiu para a cozinha a fim de comer algo. Beliscou uma maça que logo lhe fez um mal absurdo, como se estivesse engolindo fogo. Foi então que decidiu sair para caminhar sem rumo, com o intuito de pensar ou ao menos tentar entender tudo que acabara de vivenciar.

    Foi então que ao passar pelas pessoas nas ruas, que naquela hora da noite eram em sua maioria bêbados ou prostitutas, começou a ter desejos totalmente estranhos e animalescos. Como uma selvagem, sentia cheiros, via e ouvia coisas que jamais um ser humano normal poderia. Quando novamente teve a sensação de fome tomando conta por completo de seu ser. O estranho daquele momento é que ela percebera que não queria uma comida qualquer, mas sim carne, ou melhor, o sangue da carne. Chegando em seguida há uma conclusão ainda pior: Quero sangue de humanos!

    Julie estava incontrolavelmente louca de “sede”. Sentia o cheiro do plasma e até mesmo podia vê-lo correndo pelo corpo de cada um que cruzava seu caminho. Impensadamente e tomada por um desejo demoníaco, ela se via perseguindo outra jovem, quando inesperadamente em uma daquelas escuras esquinas, Armand surge a sua frente e lhe diz com sua voz sexy e doce:

    ”Entendes agora minha cara? Se quiseres minha ajuda é só pedir!”

    Naquele instante Julie se desesperou e um ódio frenético tomou conta de seu ser. Não conseguia pronunciar uma palavra que fosse e tudo que conseguiu fazer foi esmurrar o peito de Arman, ao mesmo tempo em que algumas lágrimas molhavam seus belos olhos. Um choro soluçante havia tomado à moça e enquanto Arman lhe abraçava forte, os pensamentos certos, pareciam ter invadido sua mente. Agora tudo fazia sentido: já não era mais uma humana, e havia sido transformada em um Wampir. Arman viu em Julie um ser completo ou pelo menos alguém que lhe seria uma bela companhia para noites que até então o eram frias e solitárias.

    Julie precisou de aquele momento em diante acostumar-se com sua nova forma e obedecer aos ensinamentos de seu mestre e amante. A partir dali, deixou para traz tudo o que dizia respeito a sua forma humana, inclusive o contato com sua mãe.

    Com o passar dos anos o Wampir lhe ensinou tudo o que sabia e lhe era cada vez mais carinhoso e compreensivo. No entanto, a única coisa que a Wampir não conseguiu deixar para traz, era o trabalho em bordéis ou lugares do tipo.

    Tudo isso era facilitado por um estabelecimento que Arman possuía. Um cabaré dos idos de 1817, onde sempre havia boa musica e mulheres se apresentando de diversas maneiras. Claro que tudo era na verdade apenas uma fachada, onde funcionava um imenso esquema de banco de sangue para outros vampiros: os clientes entravam, e então os deslumbrantes seres da noite, que disfarçadamente se faziam presentes, seduziam e os atraiam. Tanto homens quanto mulheres, depois de atraído eram levados para algum quarto no lugar ou nas proximidades, e possuíam seu precioso sangue sugado até a última gota. Ao fim da alimentação os corpos eram ocultados por Arman ou seus seguidores, que inclusive lucravam muito com tal esquema.

    Fora inclusive em uma dessas noites que Julie conheceu Franz, o Wampir se encantou rapidamente pela Wampir novata. No entanto, apenas Ferdinand conseguiu digamos ir além da amizade com ela. Fato que até hoje provoca certas brincadeiras entre ambos…

    No entanto, o negócio de Arman não durou muito tempo, um famoso bon vivant da época fora morto em seu estabelecimento e a policia chegou até o lugar. Todos tiveram de largar tudo as pressas e na fuga Arman fora morto em uma batalha entre vampiros e demônios.

    Julie sentia-se totalmente perdida e não sabia o que fazer, quando aceitou prontamente o convite de Ferdinand para ir viver com seu clã no então novo mundo do Brasil. A ideia seria começar uma nova história e bem longe da sujeira londrina. No entanto, devido aos vários pensamentos que a perturbavam, depois de um tempo ela optou por viver sozinha, de forma independente a clãs ou seitas. Além disso, o ódio aos demônios que mataram seu mentor lhe serviu de base para que se aprimorasse em tais estudos e a fizesse se tornar um tipo de especialista nos assuntos das trevas e suas ramificações.

  • Demônios e um sequestro – 2 de 3

    Demônios e um sequestro – 2 de 3

    Liguei para Julie e a bela Wampir de lábios carnudos, me atendeu prontamente. “Quanto tempo Fê, achei que tu nunca mais me ligaria, saudades das minhas mordidinhas, seu safadinho?” Digamos que Julie sempre foi um tanto quanto direta e nunca se esqueceu dos vários momentos que já tivemos mundo a fora. Porém, naquele momento não cabiam brincadeiras e fui direto ao assunto. “Ju, deixe nossas traquinagens para outro momento, estais por perto? Preciso de tuas habilidades demoníacas, Eleonor e sua cria foram sequestradas…”

    Independente de ela ter percebido minha aflição, ou pelo simples fato de apenas querer estar próxima a mim, ela não relutou e disse que me encontraria em breve. Então na noite seguinte, perto das 23 horas estávamos Franz, H2 e eu discutindo alguns planos. Quando o interior do lugar começou a ficar escuro, as lâmpadas do ambiente não conseguiam mais iluminar e no momento em que a mais completa escuridão tomou conta de tudo, um silêncio apavorante complementou a situação.

    Todos nós já havíamos enfrentado tal ritual em momentos passados, porém desta vez o fator surpresa não estava a nosso favor. No máximo 30 segundos haviam se passado desde o início de tudo e quando eu estava prestes a tentar fazer o contra ritual. A escuridão se dissipou, surgindo imediatamente a minha frente à linda e formosa Julie. Naquele momento ainda estávamos sob o efeito do ritual, ou seja, com a visão turva e tudo que consegui fazer foi aguardar. Na sequência a Wampir me abraçar e sussurrou em meu ouvido: “Boa noite meu vampirinho gostosinho, finalmente estais solteiro e só para mim?”.

    Seus sussurros e sacanagens contadas próximas de meus ouvidos, sempre me seduziram facilmente, mas naquele instante, me controlei e a afastei carinhosamente de perto de mim, ao passo que também fui lhe dizendo “Ju minha querida, por favor acalma-te a situação é complicada, vamos resolver o sequestro de Eleonor, depois comemoraremos, quem sabe…”

    Franz e H2 foram mais diretos que eu e depois das formalidades, repassamos tudo o que havíamos previamente planejado. A primeira necessidade que tínhamos era obviamente saber do paradeiro de Eleonor e Stephanie, no entanto, Julie sabia exatamente quem nos diria isso…

    Para abrir espaço ela afastou alguns móveis da sala, depois pegou um carvão em sua mochila e rabiscou alguns dizeres pelo chão. Na sequencia, espalhou por todo o ambiente um pouco de enxofre, que estava misturado a vários outros componentes, enquanto também pronunciava algumas palavras em latim. Depois deu a cada um de nós um selo desenhado num simples pedaço de folha de caderno e nos disse para mantê-lo junto ao corpo. Só para constar Franz colocou dentro de sua cueca…

    Iniciava-se naquele instante um ritual de conjuração ou como alguns preferem chamar, demonização. Lembram-se de quando eu falo do meu demônio, que as vezes age por mim em algumas situações? Julie e alguns outros, conseguem controlar ou pelo menos se comunicar com seus “companheiros demoníacos” e era isso que ela pretendia fazer naquele momento.

    Certamente eu se eu soubesse do que iria acontecer eu teria escolhido um lugar menos visado, que um hotel para aquela reunião, mas isso são detalhes… Ficamos os quatro um de frente para o outo na intensão de fazer um pequeno círculo. Julie cortou um de seus pulsos com um punhal ritualístico e novamente pronunciou mais algumas palavras em latim. Naquele instante as luzes começaram a piscar e o ambiente começou a esquentar.

    Depois de alguns segundos algumas lâmpadas queimaram, e tudo o que era mais sensível, incluindo nossos pertences e alguns objetos mais delicados da sala ficaram com a aparência de derretido ou chamuscado. Era nítido o calor vinha do corpo da vampira, e quando ela atingiu o ápice de seu transe, ela simplesmente desmaio. Naquele instante me aproximei de Julie, seu corpo estava mais quente que o de um humano normal e só me restou colocá-la no sofá para descansar.

    Cerca de uns 5 minutos haviam se passado, o calor já havia se dissipado e estávamos na sala aguardando Julie acordar, quando alguém bateu a porta do flat. Fui atender e era uma das camareiras. Mal a ví, tentei lhe dispensar, porém ela me surpreendeu com um olhar fixo, as pupilas de seus olhos estavam muito dilatadas e ela me disse: “Não vai me convidar para entrar senhor Wampir?”

    Nesse momento eu dei uma olhada, tentei dar aquela mexida na porta, mas o pé da fulana estava segurando. Com isso e num ato impensado me senti coibido a deixar que ela entrasse. Ela caminhou lentamente entre nós, quase como se estive dentro d’água, foi até Julie, acariciou sua face, sentou-se no sofá e colocou a cabeça da Wampir sobre seu colo. Então entre mais alguns cafunés , ela iniciou uma breve conversa conosco, sempre com uma voz suave e muito encantadora.

    “Tadinha, sempre que me procura ela fica assim, tontinha, fraquinha… Vocês querem saber do paradeiro das outras não é mesmo? Pois bem eu proponho uma troca, mas adianto que minha doce Julie não poderá saber disso. Caso contrário tenho uma legião de fãs, que virá lhes puxar os pés enquanto dormem. Prestem atenção… ”

    Pacto feito e na noite seguinte partimos para uma fazenda, afim de por um ponto final nesta situação ridícula, que ocorrera com minhas queridas Eleonor e Stephanie.

  • Demônios e um sequestro – 1 de 3

    Demônios e um sequestro – 1 de 3

    Em todos os meses deste 2012 anno Domini, fora meu smartphone o grande culpado por me transmitir a maioria das notícias ruins. Então, esta história não poderia iniciar de outra forma se não assim…

    Estava eu cuidando da parte burocrática de uma de minhas fabricas, quando o smartphone com chip do Brasil tocou. Inclusive me assustando, haja vista, tamanha concentração que eu empregava em algumas contas e conferências. Ao perceber que era Eleonor, atendi, liguei o viva voz e antes mesmo de dar boa noite fui surpreendido de outra forma. Muitos barulhos de motor de carro, junto de alguns gritos, tiros de armas de fogo e na sequencia um breve silêncio.

    Naquele instante a sensação de algo ruim acontecendo tomou conta de mim e em meio aquele silêncio, resolvi dizer algo: – Eleonor? – Ninguém me respondeu, os segundos passavam e todo aquele silêncio na linha… 20 segundos haviam se passado e então resolvi ligar para Stephanie de outra linha. Lembrei que provavelmente elas estariam juntas, no entanto, para aumentar ainda mais minha aflição, o celular deu caixa postal. Naquele momento fiquei ainda mais apreensivo e de mãos atadas, eu pensava no que poderia fazer. Quando o silêncio deu lugar a pequenos estalos, que aumentaram de intensidade de uma forma muito rápida até que por fim a linha caiu.

    Depois disso, tentei ligar para ambas por várias vezes, mas sempre na caixa postal. Como a sensação de problemas aumentava cada vez mais, larguei meus papeis como estavam, sobre a mesa de centro da sala e liguei para Franz. O celular dele também chamou várias vezes e para piorar minha tensão ele também não atendeu. – Maldição, que mer**, o que diabos está acontecendo. – Pensei comigo. Ainda não era o momento para importunar Georg, que aliás estava acompanhando os últimos dias e noites de Kieran. Porém, o tempo passava e quando estava prestes a chamar meu senhor, meu telefone toca e desta vez era Franz.

    Conversamos por alguns instantes, ele também havia sentido algo diferente e depois de muitas teorias resolvemos ir até o refúgio de Eleonor. Nós até havíamos recebido algumas ameaças, nada que tivesse fugido do habitual e que merecesse maior atenção. Todavia, ao menos se algo de ruim estivesse ocorrendo, já tínhamos por onde começar. Fui de moto para agilizar minha ida e combinei de me encontrar com Franz num café próximo ao apartamento de nossa irmã.

    Próximo ao quarteirão do condomínio, muita movimentação e alguns policiais faziam um bloqueio nas ruas que davam acesso ao lugar. Neste instante a sensação ruim já estava impregnada em minha cabeça, e ficou ainda pior quando percebi o prédio de Eleonor ruindo em chamas. Eu não queria acreditar e na verdade naquele momento nem passou pela minha cabeça, que Eleonor pudesse estar dentro daquele inferno.

    Estacionei a moto o mais rápido que pude em um local mais afastado, desci, tirei o capacete e senti a presença de outro ser sobrenatural. Procurei ao redor e não ví ninguém, porém quando dei por mim, Franz estava ao meu lado. Deixamos as formalidades de lado e ele foi logo me contando o que descobrira antes de minha chegada.

    — Lí a mente de alguns humanos e dentre muitas informações desencontradas, entendi que Eleonor e Stephanie foram surpreendidas por um grupo armado e sofreram, o que chamam hoje em dia de “sequestro relâmpago”. Já vistoriei o lugar e não existem câmeras de segurança pelo arredores. Só espero que a tua morena não tenha deixado nada no lugar e que possa ser usado contra nós no futuro. Como eu sempre digo, é um absurdo ela querer viver como gado, uma hora isso iria acontecer. Repito eu avisei…

    Mesmo em uma situação tão ruim, Franz manteve seu tom de voz calmo como sempre e apesar de suas alfinetadas me controlei e o convenci de darmos mais uma olhada pelo lugar. Sai de perto dos olhos humanos, transformei-me em névoa e vaguei pelo lugar em busca de alguma pista ou respostas. Passei pelos curiosos, furei o bloqueio policial e vistoriei por primeiro o carro de Eleonor. A SUV possuía duas marcas de tiros de armas de pequeno porte e um dos vidros estava quebrado. Nenhum sangue ou vestígio a não ser um brinquedo de criança, que provavelmente era da filha de Sthephanie.
    Ao chão próximo do veículo, alguns cartuchos vazios e que deviam ser da arma de Eleonor, porém o que prendeu minha atenção foi uma marca de mão em uma das portas do carro. Esta marca parecia ter sido feita por alguém que tivesse fogo nas mãos ou alguma espécie de luva especial, pois derreteu parte da superfície metálica. Naquele momento eu percebi que o carro deveria ser eliminado e voltei até Franz. Próximo a ele e já na forma humana eu lhe contei o que ví.

    Ele pensou por alguns instantes e depois disse para segui-lo. Subimos então até o alto de uma das construções próximas do lugar e alí naquele terraço aberto, ficamos por um tempo apenas observando o andamento de tudo. Confesso que tentei imaginar os planos de Franz, mas antes de sugerir qualquer cousa, ele me surpreendeu com uma granada, que estava em um dos bolsos de seu sobretudo. Naquele momento ele simplesmente ignorou todos os meus pensamentos, deu um passo à frente e com um sorrisinho sacana estampado em sua cara, ele arremessou a pequena bomba contra o veículo.

    O grande impacto do artefato contra o carro chamou a atenção de quase todos, porém o que ninguém esperava, era a explosão que viria na sequencia. Estilhaços do veículo atingiram algumas pessoas próximas, porém nada grave. O susto, fez a multidão se dissipar e foi ai que também aproveitamos para sorrateiramente ir embora.

    Franz foi comigo de moto e cerca de 10 min depois paramos em uma rua deserta e desocupada, próxima de um parque. Ali começamos um conversa que durou alguns minutos, onde inclusive sugeri algo que ele aceitou de imediato. Chamar Julie, uma amiga Wampir inglesa, que digamos, é especializada em demônios e vive pela Améria latina há alguns anos.

  • Meu Amante Noturno

    Meu Amante Noturno

    Peço mil desculpas a senhorita Janielly, pois eu achei que já havia publicado este seu FanArt.

    Meu Amante Noturno

    Eu posso ter mil homens, mas você de mim não sai.
    Quando estamos juntos nada mais importa.
    Mas quando você se vai, sou tomada por uma tristeza profunda.
    Todas as noites você vem, mas nunca fica de vez.
    Até quando ficaremos nisto?
    Creio que você não me ama como diz.
    Quando você chega e me envolve em teus braços fortes, me derreto.
    Estou vivendo um dilema, pois não posso ter você para sempre, apenas por algumas noites.
    Você me completa e eu te completo, mas algo nos impede de ficarmos juntos.
    O que pode ser? Você não quer me dizer…
    Nossos jantares â luz de velas , são inesquecíveis, complementados com uma noite de amor sobre meus lençóis vermelhos de seda…
    Quando fazemos amor, o êxtase é incrível, entro em outra dimensão e nos tornamos um só corpo, uma só alma…
    Mas quando esta perto do sol nascer você se apressa em ir e eu não posso te impedir.
    E um belo dia você some e ninguém sabe para onde você foi.
    Eu me desespero, mas depois vou me acalmando…
    Eu sabia que esse dia iria chegar, só não estava me dando conta que o tempo estava a passar rápido.
    Hoje só me resta as lembranças do Meu Amante Noturno…

  • A caixa de Suellen

    A caixa de Suellen

    Para entender melhor esta história leia as duas anteriores:
    A morte de um Mago – 1 de 2
    A morte de um mago – 2 de 2
    [line]
    Acordei, tomei uma bela ducha escaldante e ainda nu em meu quarto, passei por todo meu corpo um perfume levemente adocicado. Apesar de possuir vários frascos dos parisienses, ultimamente eu tenho apreciado o leve frescor doce do Stiletto Elegance. Confesso que minha fortuna poderia comprar qualquer perfume que eu quisesse, porém não tenho as ditas “frescuras” dos ricos e utilizo sempre os que me agradam independente de seus valores.

    Enfim, o papo de hoje não é sobre, banhos, perfumes ou o sujo dinheiro, mas sim sobre a tal caixa. Neste momento em que inicio meus escritos, está tocando a clássica Stairway to Heaven e certamente alguns irão dizer que pode ser uma coincidência. Outros que é o destino, já eu, no entanto, prefiro pensar é por causa da alta e pura magia, que sempre nos envolve neste plano.

    Então depois do banho e do perfume, eu olhei para o criado mudo e aquela caixa que estava sobre ele, parecia-me mais atraente do nunca. Era uma sensação estranha do tipo, que me dizia que eu precisava ao menos tocá-la. Obviamente não resisti, peguei-a e sentei-me sobre a cama, na intenção de mais uma vez tentar abri-la.

    Uma leve sacudida e como uma criança que desconfia do pacote de presente, eu ouvia novamente breves ruídos do que havia dentro. Talvez fosse algo de metal, talvez de madeira, porém o que realmente me atraia nela eram os 7 kanjis Japonenes menores. Estes ficavam num dos cantos do cubo e não haviam sido entalhados como os demais. Eles pareciam ter sido feitos a mão com algum objeto cortante, talvez a ponta de uma faca? Pensei…

    A fim de descobrir, liguei o notebook e procurei no Google por referências aos tais desenhos. A busca de inicio não foi fácil, haja vista que hoje em dia existem milhares desses ideogramas. No entanto e antes de tudo me lembrei de algumas dicas de Sebastian e resolvi definir de que parte do mundo oriental eles pertenciam. Imagens e mais imagens, até que me dei conta de que eram japoneses e na sequencia descobri que eram do tipo Hiragana e katakana.

    Ao fim de uns 20 min mais ou menos, descobri a sequencia: もっと 愛します ou Motto aishimasu que significa em português: Te amo cada vez mais.
    Neste instante a imagem de Suellen não saia mais de minha cabeça. Até que resolvi procurar em minhas coisas, pela única lembrança que eu ainda possuía daquela bela vampira: nossa aliança de casamento.

    Aquele velho pedaço de ouro, já surrado pelos tempos, não é na verdade uma joia cara ou rara. Porém, sempre carregou consigo além de algumas inscrições em alemão, a energia do que havia sido um momento muito especial em minha não vida. Claro, que depois de tantas décadas ele já não emanava a mesma energia daqueles tempos, ou sou eu que já não a sentia, porém mais uma vez eu decidi colocá-la no dedo anular esquerdo.

    Contudo, desta vez ao usá-l, eu senti uma espécie de energia, que inclusive arrepiou desde minha espinha, até os poucos fios de cabelos de meus braços. Além disso, ao fitá-lo por alguns instantes em meu dedo, percebi que a opacidade havia dado lugar a um moderado brilho e ao olhá-lo com mais afinco, percebi que alguns dos riscos haviam sumido. Não cheguei a me impressionar, mas depois de esquecer-me dele em meio as busca na internet, tomei novamente a caixa em minhas mãos e eis que então fui surpreendido por sua tão aguardada abertura.

    Alguns ruídos de travas de madeira sendo liberadas, seguidos de uma espécie de destravamento e então um dos lados se abriu. Nesse momento um breve aroma de laranjeiras tomou conta do quarto e inclusive era muito parecido com aquele que eu sentira no funeral de Kieran.

    Removi com cuidado a tampa e lá estava uma carta selada com cera vermelha. O carimbo de cera utilizando possuía a imagem de um dragão, algo que na época era muito utilizando pelo clã de Suellen. Junto havia ainda algumas ervas muito bem preservadas e um vidrinho. Dentro do compartimento havia um composto arenoso, cinza escuro e que impressionantemente não possuía cheiro algum.

    Isto tudo até então me lembrava muito as poções de Suellen, porém só tive a confirmação ao abrir a carta e me deparar com 3 páginas escritas com a linda letra de Su…

    Dentre os escritos em alemão, língua nativa de minha bela vampira, há uma espécie de confirmação do amor que ela sentia na época por mim. Ela comenta também sobre como nosso casamento havia sido o momento mais feliz de sua não vida, dos seus anseios, seus medos e de como queria ser feliz comigo. Há ainda na última página a descrição do ritual, no qual as ervas e o coposto do vidrinho são necessários. É algo relacionado à proteção, fruto do seu árduo estudo naquela época tão longínqua.

    Bom, depois que tudo isso aconteceu, vocês já ficaram sabendo pelo meu Twitter, que sai de moto por ai sem rumo. Dei aquela famosa espairecida, em busca do controle de meus pensamentos e como sempre o vento na cara me ajudou muito. Ao menos, não estou mais ansioso e infelizmente tudo que tenho ainda é aquela sensação de saudades, misturada com um pouco de raiva e ódio. No qual vocês só saberão o porquê depois que lerem meu primeiro livro. Onde toda a minha história com Suellen será exposta em seus detalhes mais deliciosos e vampirescos.

  • A morte de um mago – 1 de 2

    A morte de um mago – 1 de 2

    Boa noite senhoritas e seres masculinos, antes de tudo peço desculpas por minha ausência no blog, no entanto, ao lerem o texto abaixo entenderão o por que…

    Meu smartphone tocou logo depois que o sol se pôs e enquanto eu ainda estava naquele profundo sono dos mortos. Três toques, atendi, mas de inicio foram apenas alguns ruídos produzidos pelas falhas do sinal. No entanto, depois de alguns instantes enfim surge a voz baixa e desanimada de Franz, que sem saber como me falar direito, preferiu não se enrolar e deu a tão aguardada notícia: O grande Kieran havia encontrado sua morte final…
    Emoções e sentimentos sempre são dificílimos de traduzir em simples palavras. Como podia alguém com todo seu poder sucumbir a um simples câncer de pulmão? O que faria eu quando visse seu corpo inerte em seu santuário, sendo ele um dos poucos seres que ainda possuía certa ligação com a magia de minha amada Suellen?
    Foram muitas as indagações que me fiz durante toda a viagem até a Europa. 16 horas naquele maldito compartimento de cargas, escondido de tudo e de todos. Até que finalmente em terras londrinas, sai rapidamente daquele lugar em forma de névoa. Tratei imediatamente de alugar um carro num dos guichês do estacionamento e parti o mais rápido que pude para o ritual de passagem.
    Pouco mais de uma hora até o santuário e finalmente vejo um lugar diferente. Pode parecer uma desconfortada impressão pessoal, mas aquele lugar havia perdido o encanto. As arvores que eram muito floridas no verão, pareciam moribundas como no pior dos invernos. Apesar disso fiquei impressionado com a quantidade de “celebridades” que vieram velar o corpo do grande arcano. Inclusive Achaïkos, o antigo mestre e patriarca do clã de Suellen, que não aparecia em publico a muitas décadas e não poderia deixar de dar um até logo à alma de um dos seus maiores aliados.
    Logo que cheguei Georg veio ao meio encontro, mas antes que fizéssemos aquele longo roteiro de cumprimentos e formalidades eu preferi me despedir de Kieran. Então, aproximei-me do simples altar em que seu corpo fora colocado e fiz o que chamo de meditação. Alguns de vocês sabem que acredito em algumas divindades e na continuidade da vida depois da passagem, então tratei de meditar na intenção de que aquela boa alma vagasse pelos melhores caminhos.
    Depois de alguns minutos ali parado, sinto uma presença, porém olho para os lados e todos os outros estavam fisicamente longe de mim. Todavia, antes que eu pudesse fazer qualquer outro tipo de investigação sobre tal sentimento, um dos discípulos do grande mestre nos convida para a cerimônia final.
    Sentamos-nos todos de frente para o altar e o mesmo discípulo que nos chamou, iniciou os ritos. Eu nunca havia visto o ritual de passagem de um grande magista e sinceramente esperava algo pomposo e cheio de detalhes. No entanto, ao som de Tom Petty, na clássica Free Fallin, fomos todos surpreendidos pelas palavras do discípulo, num inglês extremamente informal:
    “Em toda sua vida, Kieran perseguiu as coisas simples da vida. Sempre nos indicou os caminhos práticos e que levassem de imediato a nossas intenções. Portanto, repeitaremos sua nobre vida e desejo, afim de que sua passagem fosse feita sem os ritos tradicionais”.
    Ao fim destas palavras iniciou-se um breve “murmúrio” entre os convidados, porém isso terminou quando o discípulo iniciou abertamente a leitura do testamento. Além disso, lembro que apesar do lugar ser grande, eram poucos os convidados e havia por ali no máximo umas 60 pessoas.
    Não posso citar tudo o que foi falado durante aquela leitura, porém o importante desta história é que também recebi algo, na tal partilha de herança. Fui agraciado com uma caixa de madeira marrom escura e toda entalhada com “kajis” japoneses. Ela estava muito bem selada aos moldes herméticos magistas, no qual somente o dono poderia abrir. Confesso que fiquei muito curioso para abrir, mas respeitei as palavras do discípulo e deixei para o final do rito toda e qualquer emoção que envolvesse tal “presente”.
    Depois de tal partilha, que levou entre uma e duas horas, o ritual prosseguiu. As músicas continuaram no mesmo ritmo “rock” de antes e inclusive se não me engano, no momento em que o ritual de passagem foi retomado tocava algo do Deep Purple…

  • FanArt para mim?

    FanArt para mim?

    Este texto me foi enviado por uma fã e prefiro não identificá-la.

    Caso queira minha querida, por favor fale-me por e-mail. Beijos, gostei bastante!!!

     

    Eu preciso de você doce príncipe,
    Não me faça te esquecer,Por favor, não me obrigue.
    Preciso sentir teu beijo, Não imaginas  o quanto almejo.
    Sentir o gosto de teu sangue, Ser tua,
    Mesmo que por apenas um instante.
    Entrego-te a minha vida em tuas mãos.
    Entrego minha vida e meu coração.

    Venha comigo meu doce príncipe!
    Vamos juntos caminhar por entre mortalhas amaldiçoadas,
    Saciando nossa sede no corpo do inimigo.
    Não existe mal nem o bem,
    Deus mata indiscrinadamente, nós também.
    Não tenha medo!
    Chegasse até mim como uma tempestade,
    Arrastando-me de encontro a ti.
    Olha dentro dos meus olhos,
    Mergulha fundo dentro da minha alma.
    Sinta meu corpo cada vez mais sedento do teu.
    Selamos nosso destino
    Com um único beijo
    Tornando-nos um único ser profano.

  • Vampiros e a sedução

    Vampiros e a sedução

    Já falamos por diversas vezes neste site sobre como os vampiros seduzem suas vítimas, aliás, nas últimas noites quem tem acompanhado os nossos perfis do Twitter, certamente percebeu um pouco mais disso e quase que em tempo real. Confesso, que apesar de meu irmão Franz me incentivar às festas e tudo mais que andamos fazendo, nossa não vida está longe de ser apenas festa. Sempre há a preocupação com os inimigos, com o sol e principalmente com a alimentação.
    Quero que vocês entendam que a grande maioria de nós não é atrativa aos humanos, como é mostrado em alguns filmes de Hollywood, ou seja, não é por que eu vou aparecer em tua frente que tu vai te apaixonar. O buraco é mais embaixo, como dizem. Eu mesmo já fui objeto de exemplo de muitos de meus contos com relação a isso e confesso que invejo alguns Wampir como Eleonor, Franz e Georg que dominam grande parte dos poderes mentais. Eu por outro lado tenho meus atributos físicos melhorados e sou obrigado a resolver tudo com as velhas lábia e manha.
    Hoje não contarei histórias, ao contrário, deixarei este post aberto à discussão de vocês.

    O que te atrai minha deliciosa leitora?

    O que te faz suspirar e até mesmo ficar afoita por um belo exemplar de macho?