Tag: vampiro

  • Índios, vampiros e lobisomens – pt1

    Índios, vampiros e lobisomens – pt1

    Noutra noite me encontrei com Carlos, aquele mesmo lobisomem (licantropo) que já apareceu por aqui em outras histórias. Estávamos num daquelas tradicionais botecos junto de alguns outros conhecidos e dentre um papo e outro ele nos apresentou uma bela história. Seus relatos chamaram a atenção de todos os presentes, inclusive alguns humanos que lá estavam o estimularam a contar mais e mais. Portanto, como a história agradou e Carlos permitiu sua publicação, vamos iniciar mais um conto repleto de mistérios e “causos” por aqui.

    “We’re crazy, all fall down
    We’re crazy, all fall down
    Sure to me
    Sure to me”

    No exato momento em que ouvi esta história, veio a minha mente o refrão de Crazy love do Gruntruck. Música que na minha cabeça parece um mantra e envolve o ambiente, assim como os personagens e os rituais deste conto. Carlos é considerado um sujeito pacato, suas habilidades e experiências indicam que lhe convém ser o próximo alpha de sua tribo. No entanto, o que seria de sua vida se ele apenas ficasse sentado esperando o futuro cair em suas mãos?

    Gosto desse meu amigo peludo, pois ele é daqueles que não fica parado. Sentar para ler ou escrever como eu faço, é algo inconcebível para sua cabeça irrequieta e isso sempre lhe trás os dois lados da moeda. Certa vez ele fazia uma ronda próximo dos limites de sua tribo e se deparou com um índio. O tal homem seminu usava apenas uma tanga feita de folhas trançadas, possuía os pés descalços, muitas pinturas corporais e emanava uma energia diferente.

    Meu amigo ficou curioso a respeito do índio e resolveu lhe seguir. Ele sabia que tal humanoide não era apenas um humano e com a maior atenção de todas, ficou na sua cola por um longo trecho. Alguns minutos em meio a mata fechada feito um predador silencioso e lá estava o índio mirando algo, sua concentração não era abalada nem mesmo pelas várias picadas Birigui, um dos mais famosos e irritantes mosquitos daquela região amazônica.

    Sssslap foi-se a flecha mata adentro e certeira no pescoço da pobre capivara, que teve uma morte tranquila a beira do igarapé. Prontamente, o esguio se aproximou do animal e abocanhou suas entranhas, sugando o mais rápido que pode todo o sangue do animal. Diante de tal fato, Carlos percebeu que o tal índio era na verdade um vampiro, um nômade e talvez solitário que vagava pelas redondezas.

    – Fiquei admirado, sempre ouvi histórias de sanguessugas que eram nômades, mas nunca imaginei que pudesse encontrar um nas noites atuais… Tentei uma aproximação…

  • A bruxa sumiu – pt8

    A bruxa sumiu – pt8

    Dificilmente, eu me comovo diante alguma causa, mas o que aconteceu com Helen mexeu muito com minha cabeça. Esqueça que tivemos alguns momentos mais íntimos, o que entrou em jogo depois de ver seu corpo inerte e desfigurado, foi o meu lado mais sombrio e nefasto. Um lado que nunca deveria assumir o controle de meu corpo e que certamente deixaria horrorizada minha mais nova cria.

    “Se eles querem um demônio eles terão… Pepe também ficaria chocada ao ver a casa bagunçada, por o que há de pior nos lupinos? Era muito para sua cabeça de vampira recente, será que ela daria conta do que estava acontecendo?” – Pensei comigo. Sei que ela já havia caçado junto de Franz, portanto vivenciado seus primeiros encontros com a morte humana.

    – Fê como está diante disso, te acalma. Você me disse que estava “saindo” com ela e isso não pode tirar o foco da situação. Lembra? Você mesmo disse que não podemos nos envolver emocionalmente com os investigados…

    “Essa é minha garota!” Para a minha alegria ela ficou mais preocupada com a minha reação e deixou de lado o fato de ter visto um corpo humano desfigurado, sujo de sangue coagulado e assassinado por uma besta descontrolada.

    – Todo esse sangue e essa situação são tranquilos para ti, minha querida? Quanto a mim estou bem, mas confesso que também quero fazer o sangue deles fluir…

    – Eu me alimentei antes de vir, talvez seja por isso rs… Hey olha ali, tem alguns cabelos na mão dela. Devem ser do tal lobisomem que a atacou.

    – E o que sugeres, vamos dar uma de “CSI” e procurar pelo DNA no banco de dados da polícia?

    – Claro Fê, tu não ouviu o Eliot falando outro dia, que está com acesso ao banco de dados e aos testes de DNA daquela universidade…

    Senti-me um velho naquele momento, daqueles que inclusive veem os programas dois anos depois do lançamento e dublados na TV aberta. Porém, tudo bem. Um dos motivos de eu ter transformado a Pepe era este: ter alguém jovem, deste século e com os pensamentos atualizados para me ajudar.

    Voltamos para o hotel e Pepe levou as amostras para Eliot. Na noite seguinte recebo uma ligação da recepção e era Hector, que havia chego para a captura de nossa primeira “entrevista”. Então sem me demorar arrumei uma mochila com alguns utensílios, munição extra de prata e algumas especiais com água benta. Além disso, separei num local de fácil acesso dois ou três ingredientes para anti-feitiços.

    Hector disse que estava com sua velha cimitarra de prata no carro e se “garantia” apenas com ela. Fato que agilizou nossa saída e cerca de duas horas depois chegamos perto da casa do tal “membro sênior”. Uma casa normal de subúrbio e próxima de outras, o que limitaria muito nossas ações.

    Logo na entrada percebi uma magia de proteção muito fraca e para se precaver virei névoa para dar uma vasculhada no lugar. O cidadão estava na sala assistindo tv, era algum programa de esportes e estava sozinho. Naquele lugar a magia de proteção parecia um pouco mais forte, talvez por sua presença e quando resolvi dar meia volta para avisar Hector, ele surgiu ao lado do homem no sofá.  Deve ter utilizado alguma magia de silêncio misturada com algo para invisibilidade, mas o importante é que “o cara ficou com o cú na mão”, como disse meu parceiro.

    – Se gritar feito mulherzinha ou chamar atenção dos vizinhos eu arranco tua cabeça com as mãos. O que tu sabes sobre a Helen, que foi morta ontem… Desembucha ai seu pervertido!

    Hector falou isso quando desfiz minha transformação e quando apareci junto deles os tal homem se desesperou. Tentou se levantar, tentou gritar, mas dei-lhe um tapa corretivo com as costas da mão, que inclusive o jogou de volta para o sofá.

    – Tu não ouviste? Desembucha ai o que tu sabes da Helen!!!

    Fui incisivo e vendo que não estávamos para brincadeira ele engoliu a saliva e nos disse gaguejando:

    – Não se-ei do vo-ce-cês ta-ão fala-lando…

    Nesse instante foi a vez de Hector deixar de lado a elegância e socar o estômago do infeliz. Naquele momento, ele gemeu e se contraiu para frente. Depois parou e ficou mudo como se estivesse apagado com as mãos ao rosto. Hector puxou-lhe para cima pelos cabelos e para nosso azar ele havia consumido algum veneno que estava dentro de um anel e tirou sua própria vida.

    Vasculhamos o lugar, encontramos algumas fotos em seu Tablet e para o azar deles obtivemos acesso ao grupo do Whatsapp, que por sinal compartilhava muitas fotos de pornografia, incluindo a infantil. O nojo e a revolta tomaram conta de mim naquele instante…

  • A bruxa sumiu – pt5

    A bruxa sumiu – pt5

    Helen possuía uma voz calma, tranquila, quase “chapada”. Sua idade, algo em torno de 30 e poucos não lhe pesava e confesso que me até me senti atraído por ela, afinal vocês sabem que tenho um fraco para bruxas loiras… Papo vai e vem, por alguns momentos eu até me perdi em mio as suas histórias ricas de detalhes, mas enfim depois de alguns minutos ela  tocou no assunto do desaparecimento de sua mãe.

    – Ferdinand, não é fácil para mim falar de mamãe, ela sempre me foi muito boa, tínhamos uma ótima relação e meu mundo virou do avesso quando ela sumiu. Na época os investigadores da policia procuraram em todos os lugares, vieram até mim com teorias loucas e até mesmo o minha casa e minhas intimidades foram reviradas por eles. Na sequencia disso eu ainda estava bastante abalada e ouve uma investigação por parte de alguns Regrados. Sabes que eles são extremamente loucos por regras e foi horrível  tudo o que eles me obrigaram a fazer. Passei uma semana inteira enclausurada numa sala escura e mal me davam água e comida. Portanto, ter de abrir essa conversa de novo contigo, depois de quase 10 anos é difícil, me entende?

    Nesse momento, o semblante dela havia se fechado, ela ainda não havia me falado nada sobre o dia fatídico, mas estava na cara que escondia algo importante…

    – Quando me lembro deles invadindo a reunião do nosso Coven, dos capuzes, dos tiros e todo aquele fogo…

    Depois dessas palavras ela desatou em lágrimas e tive pena dela e de quão ruim aquilo tudo havia acontecido para sua família. Tentei arrancar mais algumas palavras ou fatos, mas foi extremamente difícil. Comprei-lhe uma água e acabei oferecendo carona até a casa dela. Na minha cabeça eu queria apenas confortá-la e acabei dando um tiro certeiro. Ela Aceitou meu convite e fomos com meu carro para sua residência.

    Era um lugar afastado, longe do centro e bem arborizado, típico do interior e absolutamente tranquilo. Pelo que havia entendido ela morava sozinha e constatei isso ao chegarmos. Uma casinha bem amistosa, alguns gatos vieram ao nosso encontro quando chegamos e mesmo sendo tarde, próximo das 23h aceitei seu convite para entrar.

    Eu não deveria estar me envolvendo tanto com a vítima, mas havia algo a mais nela e isso excitava minha curiosidade vampiresca. Ficamos por algum tempo na sala e ela já havia desconfiado de meu lado sobrenatural. Claro que não saio dizendo para todos os ventos que sou vampiro, mas resolvi abrir o jogo com ela.

    Inicialmente ela ficou um pouco surpresa, mas depois me confidenciou que havia tido contato conosco por causa de sua mãe e até possuía um ou dois contatos no mundo dos vampiros e dos peludos. Isso abriu assunto para mais uma bela conversa que durou tempo suficiente para eu não ter mais como sair de sua casa antes do nascer do sol.

    – Pode passar o dia por aqui eu estou tão sozinha ultimamente, que um pouco de companhia irá até me fazer bem.

    “Quando a esmola é demais o santo desconfia”, não é isso que diz o ditado? Pois bem, não era minha ideia dormir na casa dela, mas resolvi dar pano para manga e deixar rolar o que tivesse que rolar. Ela bocejou a minha frente e disse:

    – Nosso papo foi tão bom, que nem vi o tempo passar. Queres que eu te apresente  oquarto de visitas ou já se apagou ao meu sofá?

    – Acho que uma cama iria fazer bem as minhas costas se não te importas…

    – Imagine, venha aqui…

    Segui-a até o quarto e estava tudo muito escuro, para minha surpresa não era um quarto mas sim uma escada que dava para um porão. Mesmo diante disso, deixei ela descer a frente e para minha surpresa havia no porão uma cama confortável, limpa e alguns livros jogados numa estante do canto.

    – Aqui é onde minha mãe costumava ficar quando me visitava. Por causa da idade ela estava com os olhos cansados e falava que aqui nesse breu se sentia mais confortável. Pode por tuas coisas no criado mudo. Eu vou tomar um banho e volto para ver se está confortável.

    Será que eu estava numa noite de sorte, será que eu deveria ser o santo desconfiado? Deixei-a ir para o banho e obviamente revirei todos os livros e coisas do lugar. Alguns deles falavam de história, outros eram apenas romances e um deles me chamou atenção. Capa de couro, folhas amareladas e algumas delas rasgadas. Dentre uma linha e outra percebi que era algum tipo de diário impresso, ou seja, a reprodução da vida de alguém. Contudo, o que me chamou muito a atenção essa uma passagem grifada:

    “…é invocado por magos ou exorcistas, pode os ensinar todas as línguas, encontrando prazer em ensinar expressões imorais, e tem o poder de fazer os espíritos da terra dançarem, assim como por inimigos em fuga usando seus animais ou abalos sísmicos.”

    Eu já havia visto essa descrição de Ágares na internet, mas ali havia mais, inclusive um ritual para invoca-lo. Algo complexo e que inclusive envolvia grande quantidade sangue humano. Mesmo com tudo o que já havia visto mundo a fora, aquilo me deixou perplexo e pensativo. Todavia, tive de parar meus pensamentos por algum tempo, Helen havia voltado e trajava uma bela lingerie preta. Percebi muitas tatuagens pequenas por todo o seu corpo torneado e mesmo com o hobby cobrindo as partes mais gostosas, percebi que não dormiria sozinho naquele dia chuvoso e frio de outono…

  • Quero me transformar em vampiro – pt final

    Quero me transformar em vampiro – pt final

    Durante o dia foi possível ouvir os barulhos feitos pelo andar pesado e tenso de Penélope. Certamente, a insônia atormentara seus pensamentos no que seria seu último dia como uma simples humana. Mesmo depois de tudo o que eu fiz para tentar acalmar seus pensamentos, ela devia estar afoita, praticamente eufórica por tudo o que lhe aconteceria nas horas seguintes…

    Acordei um pouco mais cedo e colhi algumas das ervas ainda frescas e sob os primeiros raios de luz da lua cheia. “Uma bela noite para uma morte”, pensei comigo. “Quem sabe ao fim de tudo isso, um passeio de moto traga tranquilidade ao meu demônio”, continuei.

    Com a colheita minuciosa dos ramos e folhas mais viçosos, tratei de voltar para meu quarto. Onde fiquei por mais alguns instantes, polindo o mesmo cálice no qual Sebastian e eu havíamos bebido nossas primeiras gotas de sangue. Poderia eu ficar por mais algum tempo refletindo e relembrando o passado, mas fui interrompido por Pepe.

    – Falta muito para eu me transformar Fê? Nem dormi hoje… Toda minha vida foi repensada e estou mega ansiosa!!!

    – Acalma-te pequena, mais alguns minutinhos e Sebastian vai te chamar lá para fora.

    Juntei tudo o que precisava e depois de uns minutos fui para o quintal onde preparei o círculo, acendi cada vela e posicionei todos os elementos em seus lugares com a precisão de uma bússola. Tal qual havia escrito num dos manuscritos de meu mestre Georg. Em seguida mandei chamar Pepe e junto dela vieram todos os outros.

    – Irmãos e irmãs hoje é um momento muito especial para mim, pois como vós sabeis é com o máximo orgulho que Penélope entrará para nosso clã. Como sabeis faremos o ritual tradicional, que será seguido pela renovação de nossos laços familiares, onde cada um de vós compartilhará algumas gotas de seu precioso sangue. (pausa) Franz, nosso ancião em atividade, tratará das honras assim que minha alma se unir a de Penélope. (pausa) Portanto sem mais delonga, Penélope, aproxime-se do centro do círculo. Sebastian, o cálice com as ervas, por favor.

    Após o comunicado dei inicio ao ritual, onde as palavras certas foram ditas e fizeram o silêncio tomar conta de tudo. com o punhal consagrado cortei meu pulso esquerdo e derramei sangue suficiente para um gole. Outras palavras precisaram ser ditas para entorpecer a animalidade corpórea da alma e enfim o juízo acalentou seu corpo nu ruborizado. Sussurrei ao pé de seu ouvido direito aquilo que nunca devia ser dito… Finalmente aflorei minhas presas sem dó ou piedade e mordi com toda minha força seu pescoço pela última vez humano.

    “Este é o sangue da eterna aliança…” Beba dele todo e sinta o verdadeiro poder dos deuses!

    O corpo de Pepe morreu…

    Vi e senti todas as lembranças de Penélope como se fossem as minhas. Suas alegrias, seus sentimentos maia intensos e suas dores. Parte de minha energia vagou para seu corpo como um raio que penetra a terra. Concentrei-me para não cair e por ali fiquei de joelhos ao chão na expectativa do retorno da alma de minha nova cria ao seu corpo.

    Franz continuou o ritual…

  • Quero me transformar em vampiro – Pt3

    Quero me transformar em vampiro – Pt3

    Depois de várias tentativas, finalmente consegui chamar Franz para uma reunião “familiar”, onde sua presença seria muito interessante para agraciar nossas aspirantes, com as famosas transformações vampirescas.  Bem na verdade eu não tinha planejado nenhum evento faraônico e teríamos na minha cabeça um bate papo na forma de workshop. Onde seria importante ensinar a elas um pouco mais sobre nossos poderes.

    Obviamente, não posso revelar aqui tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, se não qualquer um que nos lê poderia criar as famosas contra mágicas. Contudo, a noite começou bem e ao melhor estilo Mandrake. Sebastian levou ambas para jantar no centro e por volta das 22h todos estavam na sala.

    Da velha vitrola saia um belo rock ‘n roll da década de sessenta e naquele clima começamos as demonstrações de “poderes”. Inicialmente Sebastian mostrou toda sua astúcia no popular silere, cujo aprimoramento foi grande nos últimos anos. Em seguida, quando já estávamos absolutamente imersos no mais puro silêncio provocado pelo poder, ele executou um inesperado e perfeito invisibĭlis.

    Na sequência com o intuito de provar a eficácia de tais poderes, divinamente orquestrados, Sebastian pregou um belo susto em Cláudia, agarrando-a por trás e fazendo uma bela trollagem sem dó nem piedade. Deu até dó da professora, que se arrepio dos pés a cabeça.

    – Não Franz, minha calcinha não é preta, nem vermelha, nem muito menos é fio dental… E quer saber não curto loiros coroas não, vai se assanhar assim com as tuas quengas seu idiota – Resmungou Pepe indignada para todos. Obviamente, revidando o que aparentemente tinha sido uma telepatia de meu irmão.

    – hahahah Franz e suas “mulheres brabinhas”. Calma garota eu estava apenas demostrando um pouco de telepatia…

    – Eu uso calcinhas grandes tipo shorinhos e coloridas, não sou mais virgem, mas faz mais de 6 meses que não transo com ninguém…

    – Ok obrigado pela confidência senhorita brabinha. Pronto pode voltar a si.

    Franz estalou os dedos e Pepe voltou a si, demostrando naquele momento mais um dos seus poderes, a possessão mental ou Animus Possession.

    -Pow mano pega leve com elas, por favor. Olha a cara de ódio da Pepe, se continuar assim ela vai querer teu sangue depois de transformada hahaha… Mas por falar em transformação, o que vocês acham disso…

    Aproveitei que ambos riam e executei minha transformação em lobo, cousa que levou mais ou menos uns 10 segundos e surpreendeu ambas. Naquele instante Claudia foi a mais empolgada  talvez pelo fato de ser bióloga. Tanto que em seguida ela se aproximou e começou a me analisar como seu eu fosse algum animal em cima de uma bancada de estudos.

    Deixei que ela pensasse e olhasse meus atributos por alguns instantes, até que avisei Sebastian por telepatia para irmos para o lado de fora da casa. Ele repetiu o que eu disse para os demais, que acataram meu pedido e se locomoveram para fora. Claro que meu ego queria mostrar mais do que apenas uma forma simples de lobo e nos segundos posteriores demostrei a todos  o meu lado mais demoníaco: homem + lobo + vampiro + demônio = “Lobisomem Vampiro”.

    Claudia desmaiou…

  • Contos de vampiro – Vitória

    Contos de vampiro – Vitória

    Desta vez o VampiroCast não é meu, mas do Adriano Siqueira, que Produz HQs, escreve histórias contos e poemas sobre vampiros. Participou como autor convidado nos livros Amor Vampiro, Draculea o livro secreto dos vampiros e Metamorfose a fúria dos lobisomens. Além disso, ele tem um blog www.contosdevampiroseterror.blogspot.com e também o site http://www.adoravelnoite.com/

    Faz tempo que acompanho seus trabalhos, tanto que há um link para o site dele no rodapé aqui do site, e como ele tem produzido uns contos bem interessantes, resolvi compartilhar um deles aqui com vocês.

    Apreciem, adoraria ouvir a opinião de vocês 😉

  • Que se iniciem os jogos!!!

    Que se iniciem os jogos!!!

    No final de tarde de um dia qualquer eu resolvi iniciar a competição para escolha de minha próxima cria. Bem na verdade, eu estava com insônia e por não ter mais o que fazer, estava ali o momento ideal para pensar em como eu provaria a lealdade de meus pupilos.

    Obviamente, a lealdade é adquiriria depois da transformação, mas tendo em vista minha transformação conturbada, eu coloquei na cabeça que a escolha de minhas crias deve ser sempre espontânea. Afinal, imagine-se tendo de optar por viver longos e duros anos nestas terras e ainda mais ao meu lado.

    No início, eu até pensei em fazer algo coletivo, chamar todos para algum lugar e nele executar testes macabros ao estilo Héctor ou Doutor. Porém, meu estilo sempre foi outro e tratar cada um deles individualmente e dentro de suas zonas de conforto, com muitos jogos mentais e conversas foi a melhor escolha.

    Lembro que Sebastian na verdade não teve uma escolha justa, ou ele se transformava ou Georg “faria sua cabeça” com uso de algum poder. Sendo assim, eu queria que tudo fosse perfeito desta vez.

    Primeira semana de volta ao Brasil e Willian foi o primeiro a ser analisado, agora com outros olhos. Fui até a sua cidade e o chamei para uma reunião, onde previamente eu já havia imaginado um belo trabalho a ser executado por sua hábil e brilhante mente.

    – Pois então meu querido, tenho um trabalhinho diferente do habitual. O que tu conheces dos assuntos explosivos, bombas e afins?

    – Ahh o básico que todo físico/químico aprende na facul. Precisas de algo de qual tamanho?

    – Se eu falar a palavra revolução o que me dizes?

    – Diria injustiça, loucura… Conte-me mais Ferdinand…

    Resumidamente este foi nosso papo inicial, onde disponibilizei fundos, contatos e tudo o mais pra que ele pudesse desenvolver alguns artefatos. Sim, diga que sou louco e pense o que for há meu respeito mancebo, afinal, sou um vampiro e isso por si só já é motivo suficiente para desvincular o teu senso de realidade deturpado de minhas rotinas, desejos e objetivos…

  • Preciso de uma nova cria

    Preciso de uma nova cria

    Como vocês sabem tirei umas férias prolongadas pela Europa no final do ano passado, onde inclusive tive o privilégio de desfrutar bons e ótimos momentos com minha doce Eleonor, sua filha adotiva, Franz e H2.

    Para que vocês matem a curiosidade vou contar um pouco de como anda nossa atual situação de “vida”, se é que posso chamar nossa existência desta forma. Atualmente Eleonor atingiu o que eu chamo de ponto alto da vida de mãe. Para ela, a pequena “G” é mais do que uma simples pessoinha em fase de crescimento e todos que veem as duas juntas percebem o afeto e o amor existente entre elas. Lembro que Stephanie era uma boa mãe, mas Eleonor está “saindo melhor que a encomenda”.

    Ambas fazem compras juntas, passeiam por muitos lugares, obviamente a noite, Eleonor dedica uma parte do dia para lhe transmitir suas experiências e a garotinha além disso possui duas outras professoras Ghoul. A pequena parece ter se acostumado com o nosso mundo, mas confesso temer a noite em que ela irá enfrentar os hormônios da adolescência e provavelmente nos trará problemas… (acabei de bater algumas vezes na mesa de madeira para tentar atrair mais sorte)

    Franz é outro que anda para cima e para baixo com “sua cria”, o H2. Claro, que a relação entre os dois é muito diferente desta vivenciada por Eleonor e a pequena “G”. Todavia, é sempre muito engraçado ver Franz tentando ensinar algo para o seu brutamontes. H2 era um “caçador de recompensas”, já havia estudado para ser padre e pelo que sabemos, beira os 70 anos. Seu corpo é forte, definido e ele deve ter a minha altura, algo entre 1,90 e 1,95. O grande detalhe é que ele conseguiu ao longo de suas andanças mundo a fora, diversos rituais poderosos relacionados à cura e regeneração. Cousas, que lhe renderam mesmo depois de tanto tempo a aparência de uns 30 e poucos anos.

    Cabe aqui um parágrafo sobre minha cria, Sebastian, que continua cuidando de muitos dos nossos negócios, mas que no momento dedica todo o seu tempo a um novo amor. Quem sou eu para impedi-lo de aproveitar cada momento com sua nova garota? Portanto, deixei-o livre por uns tempos.

    Em função da ausência de Sebastian eu resolvi abrir uma espécie de concorrência para uma nova cria, sendo os principais candidatos três de meus Ghouls mais ativos. Como vocês sabem Ghols são pessoas que possuem uma união de sangue muito forte com um determinado vampiro e se tornam na verdade dependentes dele. O sangue do vampiro gera um tipo de vício no individuo e se este não for consumido de tempos em tempos pode trazer sérias consequências. Dentre elas loucura, paranoia e todos os outros tipos de problemas que tu possas imaginar.

    Pois bem, vamos aos candidatos que sofrerão nas minhas mãos nas próximas noites: inicialmente há o Willian, estudante de física, 21 anos e Geek. Na verdade ele completamente viciado em novas tecnologias e tem me servido muito bem no quesito informações e tendências.

    Além deste há a Penélope, aliás, acho que é este o seu pseudônimo atual. Uma jovem de classe baixa, mas muito esforçada e que depois de ganhar seu primeiro computador aos 10 anos, virou uma Hacker de “mãos cheias”. A história dela já foi contada por aqui se não me engano no ano passado neste conto.

    Por último e não menos importante, há a Débora. Ahhhhh a pequena Deb (suspiros), loirinha com cara de sapeca e que mesmo aos 26 me parece uma adolescente do tipo Lolita. Ela na verdade foi por algum tempo um afair, mas que no passar dos anos se mostrou extremamente útil nos assuntos relacionados ao popular “jeitinho brasileiro”. Já perdi as contas das informações, negócios e “aquisição de favores” que ela me permitiu adquirir com maior facilidade… Num mundo como este é fundamental ter alguém que saiba mentir tão bem quando a melhor das atrizes. Ainda mais sendo tão bonita, gostosa e sexy como ela.

    Nas próximas noites mantê-los-eis informados sobre as provas que cada um terá de enfrentar para se torna um VAMPIRO. Aguardem!

  • A magia e os vampiros – pt1

    A magia e os vampiros – pt1

    Quase sempre eu escrevo por aqui para confidenciar meus pensamentos e angustias, relacionados ao fato de eu ser um vampiro. Para alguns, isso não é um fato aceitável e exige muito mais do que conhecimentos ou crenças, pois vai além do que lhes é ensinado em escolas ou por suas famílias tradicionais. A cultura de muitos lugares, principalmente no Brasil da atualidade, salvo alguns lugares específico, é favorável a uma educação mais lógica, desprendida de mitos, lendas e histórias.

    Sinceramente quando entrei nesse mundo on-line em meados de 2006, eu vislumbrei muitas cousas, principalmente o fato de que a internet permitiria o aumento do conhecimento geral das pessoas e uma possível aceitação do que nós somos. Todavia, o que eu vejo por ai nesses 7 anos de acessos é que houve sim o aumento do conhecimento geral, mas a questão lendas está cada vez mais apagada.

    Que papo de sociólogo é esse Ferdinand? Calma mancebo, essa introdução é para contextualizar minha última aventura junto de Hadrian e Sebastian em meio aos seres tidos como “despertos”.  “Despertos”, aliás, é um termo novo aqui no site, muito utilizado por Hadrian e de significado simples. Abrange todos nós que conhecemos a verdade por trás da penumbra da sociedade humana: Vampiros, bruxas, metamorfos …

    Enfim, essa história teve início meses atrás e logo que voltamos do enterro de meu estimado Kieram.  Lembram-se da caixa de Suellen? Pois então, cerca de duas noites depois eu recebi um telefonema de um cara até então desconhecido e que se dizia discípulo do falecido mago. No telefonema ele foi breve e disse apenas que gostaria de marcar um encontro para nos conhecermos.

    Naquela mesma noite liguei para meu pupilo (Sebastian) e ele tomou a liberdade de resolver tudo, definindo inclusive um local público e seguro. Tendo em vista, o fato de que não é sempre que nos contatam em números exclusivos aos membros do clã, tal preocupação se fez importantíssima. Naquele mesma noite ele foi ao meu encontro e combinamos algumas ações e reações para evitar imprevistos.

    22:10 estávamos no local marcado e fazia 10 minutos que o cidadão estava atrasado. Como não sou muito paciente com horários eu resolvi ir para o terraço e praticar aquela famosa “esticadinha nas pernas”. No meio das escadas eu esbarrei num sujeito  com quase meu tamanho, um pouco mais forte, feições europeias e que descia correndo. Apesar dele não emitir qualquer tipo de energia sobrenatural, os seus grandes olhos verdes e olhar penetrante me chamaram a atenção, a ponto de não reparar em sua voz grave e no rápido pedido de desculpas.

    Eu mal havia posto os pés no terraço e estava a ponto de queimar um pouco de essência de menta em meu cigarro eletrônico, quando sinto o smartphone vibrando no bolso. – Herr, nosso convidado chegou – Disse-me o afoito Sebastian. No mesmo instante voltei para o salão e lá estava o sujeito da escada…

    Durante alguns minutos ele confirmou sua ligação com Kieran, revelou momentos e situações muito íntimas do velho mago e aquilo me pareceu suficiente para que nos retirássemos para um lugar sem eventuais “ouvidos nas paredes”. Chamei Sebastian para um canto e ele também compartilhou de minha opinião, confesso que inicialmente o sentimento que vinha a minha mente era de que tínhamos diante de nós uma espécie de órfão. Alguém, que independente dos poderes, estava precisando mesmo de um ombro amigo.

    Instantes depois a conversa foi retomada num dos meus refúgios e lá veio a revelação: Estávamos diante um trunfo de Gaia, alguém que havia fugido a todas as regras e se revelou como sendo um “mago-vampiro”.

  • Entrevista com o vampiro Ferdinand

    Entrevista com o vampiro Ferdinand

    Olá minhas queridas leitoras, no final do ano passado uma garota que se dizia jornalista me convenceu a lhe dar uma entrevista. Isso foi feito em vídeo, mas como há muitas partes em que ela aparecia eu optei por divulgar apenas o áudio aqui no VampiroCast. Como faz algum tempo os meus planos mudaram e como vocês ouvirão, nós não fizemos ou temos a intenção de fazer um ensaio fotográfico. Isso havia sido uma proposta cortada por meu tio e mestre Georg.

    Apesar do áudio estar ruim e da música do lugar ficar um pouco alta, acredito que ele matará a curiosidade de muitas de vocês. Inclusive publico junto deste post aqui em cima no banner mais uma foto minha tirada no dia desta entrevista. Outro fato, que certamente vão me perguntar é sobre o cigarro e adianto que isso não é um hábito. Eu fumo em situações raras como esta, onde passa certo receio ou impaciência na minha cabeça.

  • Como encontrar um vampiro

    Como encontrar um vampiro

    Certamente, “Como encontrar um vampiro?” é a pergunta que mais me fazem depois de “Como se transformar em vampiro?”. Isso é algo que para o meu entender não se explica e se encaixa no mesmo patamar daquela brincadeirinha “qual a cor do cavalo branco de Napoleão?”.

    Porém, como sou um vampiro legal e gosto de contar minhas andanças mundo a fora. Segue abaixo uma lembrança que tive esta noite que passou, sobre outra época, noutro continente, em outro mundo…

    Disseram-me que o gelo do inverno havia derretido quase que por completo e isso por si só me era um ótimo motivo para sair do castelo e dar uma volta pelo centro de Berlin. Sabe, esticar as pernas, sair da rotina para talvez conhecer gente nova. Nesta época ainda não possuíamos carros e as carruagens ou cavalos nos levavam de um lado para o outro. Desta forma levei algumas horas para fazer uns 50km até o centro de minha adorada Brandemburgo.

    Mandei o cocheiro me aguardar numa praça qualquer, peguei minha cartola, a bengala e segui a pé por entre as ruas ainda frias daquela noite. Passei por pubs animados pelos cânticos dos bêbados, por lugares sujos repletos de mendigos, lixo e ratazanas. Vislumbrei amantes, ladrões, vendedores e até mesmo crianças fazendo cousas que até mesmo Deus duvidaria.

    Sinceramente dou risadas, quando vejo pessoas idolatrando épocas como a Medieval ou Vitoriana. Se o assunto for moda eu mesmo gosto muito daquelas senhoritas com vestidos e espartilhos, porém se formos parar para analisar eram muitos os problemas da sociedade. Não havia esgoto, empresas que recolhiam lixo ou hábitos de higiene tais quais os atuais. Não é a toa que a peste negra dizimou muitos.

    Enfim, deixando o contexto histórico de lado… Eu ainda estava passeando por uma rua quando avistei ao longe uma bela senhorita. Nesta época eu não possuía o dom de perceber as energias, portanto de inicio era apenas uma moça, sozinha e frágil. Aproximei-me e fui cavalheiro – Posso acompanha-la senhorita? Está uma noite fria e este lugar me parece um pouco perigoso para uma dama. – Mesmo diante tal cordialidade ela não me respondeu e continuou andando ao meu lado.

    Tentei novamente – Desculpe-me, só queria ser cortês contigo – Neste instante passávamos próximos a um beco e muito rapidamente ela me jogou para dentro dele. Mal tive tempo de analisar a situação e me vi encostado na parede tendo uma das mãos dela segurando “minhas partes baixa” e a outro meu pescoço por trás. De baixo para cima ela me encarou e ao mesmo tempo em que mexia carinhosamente as mãos, foi incisiva com uma voz sexy quase rouca – Não gosto que me sigam Wampir, se também estás à caça, saibas que este é meu território!

    Depois disso ela me deu uma tapa na cara e saiu andando como se nada tivesse acontecido. Confesso que tinha gostado do seu jeito, vampirinha esperta e cheia de atitude. Pena que nunca mais a ví por aqueles lados…

  • A história de Hector Santiago – pt1

    A história de Hector Santiago – pt1

    Nascido em 1793, em Ciudad Real uma pequena província da Espanha conhecida mundialmente por possuir um dos castelos que pertenceu à ordem dos templários, mais especificamente a ordem dos Calatrava.

    Hector é filho de Altino Fernandez e Madalena Herreira, bisneta de um peculiar pirata de barbas escuras e longas. Desde cedo ele aprendeu o oficio de seus pais, sempre foi um garoto sozinho e vivia perguntando para sua mãe por que ele não tinha irmãos, Fato que a deixava muito triste, pois sempre tinha de responder que não podia mais ter filho. Apesar deste detalhe a vida deles era simplória e tranquila.

    Josué e Madalena eram caseiros de uma pequena fazenda pertencente a Rafael Santiago, homem no qual seu pai sempre lhe dizia ser muito novo, forte e estranho, mas que também era muito inteligente, perspicaz e honesto. Dono de muitas propriedades e riquezas pelo mundo todo.

    Hector gostava muito de seus pais, mas não gostava da vida na fazenda. Porém sua sorte mudou de lado durante numa conversa entre seus pais e Juan Carlos Montez, funcionário de Rafael, um homem misterioso e de semblante de dar medo. Na conversa, Juan pediu para Josué se ele não possuía algum empregado de confiança em sua fazenda, alguém que quisesse trabalhar com ele em um de seus barcos. Quando Hector, mais do que prontamente se ofereceu, nesta época ele já tinha 17 anos, uma idade perfeita para aprender este tipo de oficio.

    Logo de início Josué disse que não, mas por causa da insistência de seu filho, Juan disse que eles poderiam conversar e lhe dar uma resposta até a próxima noite. Durante o dia que se passou Hector conseguiu convencer seus pais de que aquela era oportunidade ideal para eles melhorarem de vida. Apesar da imensa tristeza de sua mãe, ele juntou forças para ir, afinal em no fundo de sua alma ele entendia que a oportunidade realmente poderia melhorar a vida deles.

    Na noite seguinte Juan veio e levou o rapaz, até hoje Hector lembra-se das lágrimas de sua mãe e do estado catatônico de seu pai. Antes deles entraram em uma carruagem, muito bonita, mas diferente por possuir sistemas de proteção e nenhuma janela. Hector estranhou, mas achou melhor não comentar nada, porém ao olhar para Juan, o viu sorrir pela primeira vez (poucos viram isso até hoje).

    – Hei garoto o que você conhece sobre o mundo, sobre o que existe fora da sua vida na fazenda?
    Hector pensou por um instante, mas deixou a timidez de lado e respondeu:
    – Não conheço muito senhor, mas o pouco que sei me diz que eu posso melhorar minha vida, ser conhecido, talvez um nobre e ter uma vida de luxo para mim e meus pais.
    Surpreso pela sagacidade do jovem, Juan lhe respondeu de imediato:
    – Meu filho, a primeira coisa que você vai ter de se esquecer é de sua vida antiga e de seus pais, pois agora você se tornará um pirata e se você tiver tanta fibra na vontade quanto na retórica, poderá até mesmo se tornar meu discípulo! Agora durma que a viajem é longa…

    Durante o sono de Hector, passou-se o tempo necessário para a chegada até o porto, onde estava ancorado o navio de Juan.

    O cocheiro abriu a porta e avisou da chegada. Como já estava por amanhecer Juan chamou Hector e estes foram a passos largos até o navio. Chegando lá todos receberam os dois muitíssimo bem, Juan apresentou o garoto para os tripulantes e disse para ele dar uma volta pelo lugar.

    Eis que em 1809 iniciava a vida de pirata de Hector mediante um belo batismo pirata… Uma longa e interminável batalha no Atlântico contra uma esquadra mercante da coroa inglesa, onde todos escaparam por pouco, mas o navio de Juan sofreu diversas avarias.